A difícil decisão de Shina
Santuário de Athena, Vila das amazonas...
Shina permanecia dormindo, pois hoje era domingo e não haveria a treinos, já que os treinos, tanto para os homens quanto para as mulheres, eram realizados a semana inteira, mesmo que agora não se tenham mais guerras para os guerreiros e as amazonas terem de enfrentar.
Mesmo assim, Athena, Shion e Dohko acharam melhor não suspenderem os treinos, pois vai que algum deus venha quebrar o acordo de tratado de paz, gerando assim novas e sangrentas guerras, pois o próprio Apolo quase quebrou essa regra ao vim querer se vingar de Shaka por conta de seu relacionamento com sua irmã Artemis. A sorte foi que tanto a deusa Athena e Hermes, conseguiram evitar essa guerra desnecessária, contando assim com a ajuda dos pais de Apolo e Artemis, pois tanto o soberano dos deuses e a deusa Leto, não desejavam vir quebrar esse tratado de paz feito entre Zeus e Persafane.
Se tal tratado viesse ser quebrado, iria causar uma guerra colossal entre todos os deuses, podendo assim acabar com toda terra e, quem sabe, até o universo.
No Santuário reinava a paz e alegria, pois as regras arcaicas foram refeitas. As amazonas de prata já não tinham mais necessidade de virem usarem as incomodas máscaras para cobrirem aos seus belos e feminino rostos.
Saori estava sentada em seu trono, pensando no seu amado Hermes, pois ela estava profundamente apaixonada pelo belo e doce mensageiro dos deuses. Shion e Dohko estavam presentes no 13º templo, junto dela.
— Shion, você está sentindo dois cosmos entristecidos? Parecendo que algo horrível ocorreu? — a deusa perguntou. — Por favor, me chame a Geist até aqui, pois eu preciso falar com ela. Eu sinto que algo aconteceu com a Shina. E me chame o Camus também. — os dois olharam um para o outro e, em seguida se retiram da presença de sua deusa. Kanon adentrou a sala, indo a sua direção.
— Minha deusa, eu preciso lhe entregar uma carta vinda de meu irmão, que é direcionada a senhora. — avisou após se ajoelhar em reverência.
— Kanon, quer dizer que seu irmão está me enviando uma carta? — ela olhou-o de forma surpresa.
— Sim, uma carta para senhora, minha deusa. — ele já estava em pé e de frente para Saori.
— Não precisa ser tão formal comigo, pode me tratar só por Saori. Mas enfim, estou curiosa com tal carta. Será que é algo grave?
Ele balançou a cabeça em negativa.
Geist e Camus adentraram a sala da divindade, passando por Kanon. Ambos lhe cumprimentaram e, em seguida se ajoelharam em reverência a sua deusa.
Após Kanon pedir a autorização para a deusa, com a mesma consentindo, em seguida ele se retirou.
— Camus, como está o Milo? — Saori perguntou, após pedir para os dois se levantarem. — Geist, e a Shina, como vai? — eles se olharam ao mesmo tempo, pois ambos não poderiam esconder os fatos lamentáveis acontecidos entre o casal. Geist começou relatando o estado da amiga, devido o que houve entre ela e Milo. Camus confirmou a história, revelando ainda o fato de seu amigo ter traído a namorada justamente com duas deusas. Saori disse que iria conversar com os dois e iria falar com as deusas também. — Camus e Geist, por que vocês dois não aproveitam esse domingo para passearem juntos? Aí um faz companhia para o outro.
Ambos coraram e saíram em seguida da sala da deusa.
Enquanto isso, na casa de escorpião...
O escorpiano tomava um bom banho enquanto pensava na sua namorada ou, seria ex, quando de repente foi interrompido de suas divagações, sendo chamado pelo cosmo da deusa que lhe deseja lhe falar. Através de seu cosmo, a respondeu que em breve estaria no 13º templo.
Saori fez o mesmo com Shina, porém ela se negou a ir por não estar se sentindo bem. Fato que a deusa entendeu perfeitamente, pois Saori sabia o quão difícil era essas situações. Não que ela já tenha enfrentado crises em relacionamentos por causa de brigas e traições, mas quando ela teve o baque de ver Saga com Surya juntos, a deusa ficou sem chão, pois a mesma estava apaixonada pelo cavaleiro de gêmeos, o amando em segredo e sofrendo com esse amor até Hermes aparecer de forma apaixonado em sua vida.
A deusa estava com a carta do geminiano entre as mãos, porém quando iria começar a abri-la, Milo adentrou a sala, caminhando em sua direção. O mesmo se ajoelhou em reverência, logo se levantando em seguida, ao cumprir a sua ordem.
Saori colocou o envelope na mesinha, ao lado de seu trono e, em seguida a mesma se levantou, indo em direção ao escorpiano. Ao se aproximar dele, ela pegou suas mãos, as segurando entre as dela.
— Milo, eu já sei de tudo o que houve entre você e a Shina. Eu sei que vocês se amam de verdade e, mesmo que você tenha errado com ela, te dou um conselho: vai lá na casa dela, conversa com ela, lhe pedindo desculpas, pois vocês dois são um casal muito bonito que se amam. Vocês não merecem ficar assim como estão. — ele beijou a mão da deusa, lhe agradecendo, contendo algumas lágrimas no olhar. Em seguida, pediu a autorização para a sua retirada, com a mesma assentindo que sim. O escorpiano já estava indo em direção à porta, para assim se retirar da sala quando ela lhe chama novamente. — Milo, por favor, espere. Eu preciso lhe entregar algo. — a deusa foi em direção onde estava o cavaleiro, prestes a abrir a porta. Ele deu meia-volta, ficando de frente para ela, que já estava bem próxima dele. Após Saori se aproximar bem, ela o entregou um buquê de rosas vermelhas. — Milo, leve esse buquê para Shina, foi o Dite que o preparou.
Após o escorpiano lhe agradecer novamente, o mesmo se retirou, retornando rumo a sua casa de escorpião e, ela retornou para seu trono.
Em quanto isso, na cachoeira, nas proximidades um pouco mais afastadas da vila das amazonas...
Camus e Geist, Shura e Shina. Os quatro estavam aproveitando o maravilhoso e quente manhã de domingo, se refrescando nas cristalinas e frescas águas do rio. Camus e Geist se afastaram, indo para perto da cachoeira.
Shura e Shina ficaram conversando no rio. A esverdeada, ao se lembrar do escorpiano, sentiu seus olhos lacrimejarem. O espanhol envolveu a Italiana em seus braços, tentando lhe consolar. A mesma chorava de forma copiosa, até Shura lhe beijar, cena que o escorpiano acabara de flagrar. O moreno se declarou para a esverdeada, após ambos cessarem o beijo. Shina se deparou com Milo, lhe olhando com tristeza no olhar, parado com o buquê de rosas vermelhas entre as mãos.
Ela saiu dos braços do espanhol, se dirigindo rumo para onde estava o escorpiano. Já Shura, se levantou e foi atrás dela.
— Milo, o que você faz aqui com esse buquê de rosas nas mãos? — Shina perguntou a ele.
— Esse buquê era para você, mas pelo que vejo, você já está com outra pessoa. — dizia cabisbaixo. — Como eu sou idiota mesmo! Foi só ficar dois dias longe de você, que logo já está com esse aí! Você realmente não perde tempo. — jogou o buquê no chão. — Shina, agora eu vou embora para deixar seu caminho livre, para assim você poder ficar com esse fura olho aí. Maldita hora, que eu bobo vim te pedir perdão e, pedir para você voltar comigo, pois eu ainda te amo, mas eu vejo que você não me ama mais.
— Já chega, Milo! — o espanhol interferiu. — Pare de dar uma de vítima, pois você bem sabe que você é um cretino traidor. Afinal, você traiu a Shina com duas mulheres que vai saber quem são. E se realmente você a amasse, você não haveria a traído com vadia nenhuma, pois quando alguém ama jamais trai, seu galinha patife de uma figa! — com raiva, Milo armou a mão para dar um pescotapa no espanhol, porém Camus o segurou, o impedindo.
Shina estava em pé e chorava de forma copiosa. Então, tanto o grego quanto o espanhol a colocou contra a parede, lhe exigindo que ela decidisse entre um dos dois.
— Vocês dois não estão vendo o estado dela? — Geist perguntou. — Como fazem isso, colocando-a contra a parede, tendo de decidir em escolher um de vocês dois? Milo, eu já esperava uma atitude dessas de você, mas você, Shura... Que papelão, hein!
— Está tudo bem, Geist... — Shina limpava os olhos. — Eles têm razão... Eu vou fazer a minha escolha. — e esverdeada continuou dizendo. — Milo, eu ainda gosto de você. Aliás, eu ainda o amo. — o escorpiano já se sentia triunfante, achando que já havia ganhado, até que ela continuou a dizer. — Porém, você me fez sofrer muito por me trair. E quem garante que você só me traiu dessa vez? Agora, você, Shura... Eu vou lhe ser sincera... Eu ainda não lhe amo e, não sei se poderei lhe corresponder com os mesmos sentimentos que você sente por mim, mas se mesmo assim você desejar nos dar uma chance, devido à pessoa tão maravilhosa que você é comigo, eu creio que não irei demorar a amá-lo.
O escorpiano o olhou contendo fúria, se sentindo péssimo.
— Você ainda vai vir correndo atrás de mim, Shina! Só que aí será tarde! Adeus e tomara que você e esse aí, sejam super infelizes juntos. — o mesmo se retirou na velocidade da luz, sendo alcançado em seguida por Camus, que ficou a consolá-lo, pois ele chorava feito uma criança.
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