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DIA 6

DIA 6

Batendo meu pé sobre o asfalto, eu esperava meu pai do lado de fora do dormitório. Evitava ao máximo fazê-lo entrar, já que na última e primeira vez em que ele esteve lá dentro quase me arrastou de volta para casa. Muitos jovens juntos e livres das regras dos pais no mesmo ambiente realmente pode ser uma experiência traumática para qualquer pai.

Olhei para cima fechando os meus olhos por causa do sol, sentindo a brisa fresca acariciar minha face.

O dia estava perfeito nessa manhã de sábado.

Quando voltei a abrir os meus olhos, pisquei algumas vezes para que minha vista voltasse ao normal, pegando meu celular que estava no bolso da minha calça. Dez minutos atrasado. Ele nunca atrasava, nem mesmo por um segundo. Deveria de fato haver uma boa explicação.

Olhei para o lado quando algo chamou minha atenção.

O carro do meu pai apareceu no final da rua, me fazendo sorrir. Não sabia que estava sentindo tanto a sua falta até ver o familiar carro prateado se aproximar. O carro foi estacionado ao meu lado, abri a porta e escorreguei pelo assento de couro, logo eu já estava o abraçando forte como se eu não o visse a anos.

— Quem é que está com saudades agora? — brincou.

Revirei os olhos, rindo levemente.

— Parece que você, já que não me largou até agora e está quase me sufocando.

Meu pai riu se distanciando.

— Como foi o retorno as aulas? — perguntou dando a partida com o carro. Parei para pensar em toda a minha longa semana que parecia uma eternidade, muita coisa de fato aconteceu.

— Tumultuada. — concluí.

Era uma simples palavra, mas descrevia totalmente a minha longa semana.

— Tumultuada? Isso é bom ou ruim? — olhou para mim rapidamente antes de voltar sua atenção para o trânsito.

— É uma coisa boa, tivemos muitas novidades, então foi bom.

Ele me olhou novamente por alguns instantes, talvez quisesse perguntar sobre o astro que dividia tempos de aulas comigo, ou se parte dessa semana tumultuada e de novidades era por causa dele, mas não o fez e fiquei aliviada por isso. Ele surtaria se soubesse onde eu estava a vinte e quatro horas atrás.

Assim que chegamos ao restaurante, nos acomodamos em uma mesa para dois. Estava disposta ao máximo dissipar o que poderia vir nos próximos minutos, queria aproveitar cada segundo sem preocupações, mesmo já sabendo o real motivo desse almoço repentino. Natalie sempre costuma vir conosco nessas visitas ou passar o fim de semana em minha casa, morava muito longe dali e só revia os parentes em feriados prolongados, então eu nunca a deixava sozinha, mas como hoje a ocasião era "especial" eu sabia que meu pai precisava estar comigo a sós.

— O que vai fazer esse fim de semana com seus amigos? — quis saber.

— Acho que devo ir em uma festa hoje à noite. — murmurei casualmente, como se fosse nada demais, não gostava de preocupa-lo com as diversões joviais.

— Não preciso repetir meu discurso, não é?

— Oh, não, por favor, tudo menos isso. — ri levemente.

Tudo que eu não queria era o seu velho discurso de: não beba em copo de estranho, fique sempre perto da Natalie, não pegue carona com estranhos, não deixe passarem a mão no seu corpo, não transe sem camisinha. Melhor: não transe.

Seus discursos estavam mais do que decorados, poderia recitá-los de trás para frente quando e onde quisesse.

Quando nossos pedidos chegaram, nos deliciamos de uma comida muito gostosa enquanto conversávamos sobre minhas aulas, como estavam Natalie e Aidan e sobre lugares que meu pai e eu queríamos viajar nas próximas férias.

Caribe. Meu pai estava louco para conhecer o Caribe e faria o possível para que conseguíssemos ir nas próximas férias, mesmo que precisasse economizar para isso, valeria a pena. Porém eu sabia que seria tranquilo, quando ele recebe uma missão e passa meses longe de casa, ele recebe um bom salário no final. Talvez seja por isso que estávamos aqui conversando sobre essa viagem sem preocupações com as despesas dos meus livros e faculdade, ele sabia que teria a grana para tudo isso.

Pedi um Petit Gâteau com uma bola de sorvete como sobremesa, depois do meu almoço saudável com salmão e salada, esperava que a sobremesa não fizesse muita diferença.

— Já que estamos falando de viagens, preciso dar uma notícia não muito agradável... — parou por um momento, deixando suas palavras no ar. E lá vem o momento que eu sempre odiava. — Fui chamado para uma missão no Irã. — mesmo sabendo que essa seria a notícia, meu coração se apertou. — Sei que odeia essas viagens, mas realmente precisam de mim. — ele me olhou fixamente, esperando pela minha reação. Permaneci calada por alguns instantes, tentando processar toda a informação.

— Eu sabia! — sussurrei, quase de forma inaudível, mas o suficiente para que ele ouvisse.

— Sei que é difícil pra você. Também é para mim, odeio deixá-la, mas quando o dever chama...

— Devemos cumprir, eu sei. — completei, desanimada.

— Olha... — ele segurou minha mão sobre a mesa. — Quando eu voltar, vamos fazer essa viagem para o Caribe e ficar mais tempo juntos, tudo bem? — assenti balançando a cabeça, mas sem dizer mais nada. Uma luz se apagou em mim, como quando uma vela se apaga somente com um sopro, mas no meu caso foram necessárias poucas palavras. — Não quero ver você assim, por isso escondi da última vez. Não quero atrapalhar seu desempenho nos estudos.

— Não se preocupe comigo. — apertei com força sua mão. — Só estou absorvendo a notícia, ficarei bem. — sorri tentando aliviar a situação. Eu já estava ciente que esse almoço seria por isso, mas ter a certeza era muito pior.

Depois da sobremesa, meu pai me levou de volta para o alojamento onde nos despedimos com um forte abraço. Ele me prometeu que me ligaria via Facetime no domingo — já que na segunda bem cedo ele estaria indo para o aeroporto —, depois disso eu não o veria mais nos próximos três meses. 

Só esperava que o tempo passasse rápido sem que eu percebesse.

Ao anoitecer, eu e Natie fomos para uma festa na fogueira dada pelos veteranos, e mesmo eu sendo uma veterana e trabalhando no jornal local, boa parte ali eu não conhecia. Natalie poderia ser exagerada em alguns momentos, mas nisso ela estava certa, precisava mesmo me enturmar mais.

Dessa vez chamei Aidan — mesmo Natalie não querendo, novamente —, eu não o deixaria de fora dessa vez, mas para a minha surpresa ele inventou uma desculpa para não ir. Não era o feitio de Aidan inventar uma indisposição para algo assim, principalmente sendo festa para os veteranos. 

Finalmente nós éramos os veteranos.

Perguntava-me se isso tinha a ver com a última festa, ele tem ficado estranho desde então.

Ouvi a voz inconfundível de Tyler a alguns centímetros de mim, ele ria de alguma coisa que os amigos haviam dito. Apertei meus lábios em uma linha fina, em irritação. É claro que Tyler Carter não perderia essa festa por nada, aliás, ele não perdia nenhuma. Continuei prestando atenção nele e em seus amigos quando minha atenção mudou de foco para algo atrás dele. Matthew Finley tinha um copo de bebida em sua mão enquanto conversava com uma garota ruiva que tinha o corpo de uma supermodelo. Ela mexia em seu cabelo e tinha uma necessidade irritante de ficar tocando em seus braços.

Revirei os olhos para aquela cena.

Poderia não conhecer muita gente naquele lugar, mas ela era completamente desconhecida. Não parecia ser da universidade, provavelmente foi convidada pelo Tyler ou pelos seus amigos já que ela estava com eles.

Kate? — Natalie gritou. Dei um pulo de susto, olhando para ela. — Estou falando com você a meia hora. Sei que a música está alta, mas você está excedendo o nível da surdez.

— Oh, desculpe... — pigarreei. — Só estava olhando ao redor.

— Ou estava olhando para o Finley? — sorriu de forma acusadora. Bufei.

— Só estava olhando ao redor. — reafirmei repreendendo-a com um olhar, depois peguei um dos copos que estavam em sua mão. — Obrigada pela bebida. — levantei o copo em sua direção como agradecimento dando uma bebericada logo depois. Parecia ser algum tipo de batida com muita vodca.

— Vamos dançar um pouco, tem muitos gatos aqui. — ela me puxou para perto da fogueira onde haviam pessoas dançando e se divertindo. Natalie começou a mover seu corpo com as batidas da música, mexendo os meus braços para que eu a acompanhasse. Dei risada, mas acompanhei seus movimentos.

Após ter bebido todo o meu drink e ter dançado três músicas — ou pelo menos tentado dançar —, avisei Natalia que precisava usar o banheiro, ela assentiu com o dedo e continuou a dançar. Me afastei e fui para a cabine que estava posta especialmente para esse tipo de necessidade. Senti um grande alívio por já estar prendendo o xixi por tempo demais.

Saí da cabine tropeçando em algo, quase caindo para trás. 

Mãos e braços firmes me seguraram.

— Opa... — sua voz grave ressoou, fazendo os pelos da minha nuca se arrepiarem. — Realmente precisamos parar de nos encontrar assim. — Matthew riu.

Ri levemente até perceber que estava com minhas mãos apoiadas em seu peito rígido e seu braço ao redor da minha cintura.

Afastei-me rapidamente.

— Eu tropecei... — pigarreei limpando minha garganta, nervosa. — Cuidado ao abrir a porta, não seria agradável cair e virar todo esse... — parei de falar ao notar toda a baboseira que eu ia dizer. Minhas bochechas queimaram.

Ele riu.

— Não se preocupe, não sou tão desastrado. — arqueou uma sobrancelha para mim, mandando uma indireta.

— Não sou desastrada. — retruquei cruzando meus braços, encarando-o.

— As circunstâncias dizem o contrário.

— Você nem deveria estar aqui enchendo a minha paciência. Essa é uma festa para os veteranos, você é um calouro.

— O que eu posso fazer? Todos me querem nas festas, essa regra não se aplica a mim. — Deu de ombros, se gabando. Revirei os olhos. — E olha só quem está falando, não havia me dito que tinha um compromisso com seu pai? Ou ele curte festas de veteranos? — sorriu para mim, me desafiando.

— Eu não tinha, eu tive um compromisso com meu pai, e não sei porque estou me explicando, eu... — a figura de Tyler logo atrás do Matthew fez com que as palavras sumissem da minha boca, foi como se eu tivesse desaprendido a falar as palavras.

Matthew notou meu olhar estranho e se virou, notando Tyler atrás dele.

— Oi, Tyler, veio usar o banheiro também?

— Na verdade... — ele se aproximou cautelosamente, intercalando seu olhar entre mim e ele. — Eu estava o procurando, o que faz aqui? — voltou a olhar para mim, e dessa vez senti todo o meu corpo se arrepiar, mas não de uma forma agradável.

— Só vim usar o banheiro, Katherine quase caiu. Eu estava ajudando. — Tyler me olhou novamente. A cada olhar eu me sentia inferior, sem palavras e sem a capacidade de me mover. Nunca pensei que seria assim estando cara a cara com ele novamente.

Uma coisa era ver sua existência de longe, outra era estar respirando o mesmo pequeno metro quadrado que nos separava.

— Então vamos, Zac está falando de irmos para outra festa.

Matthew olhou para mim por um momento, como se estivesse fazendo uma batalha com ele mesmo por dentro. Ir ou não ir?

Não tinha motivos para ele não ir.

Se cuida. — ele murmurou quase como um sussurro antes de se afastar com Tyler. Continuei paralisada como se meus pés tivessem criado raízes no solo, sentindo meu estômago embrulhar. No meio do caminho, Tyler se virou e olhou novamente para mim antes de se afastar por completo.

Soltei o ar preso no fundo da minha garganta que eu nem sabia que estava prendendo, minhas mãos estavam frias e a vontade de chorar havia voltado depois de tanto tempo. Ele me olhou do mesmo jeito que me olhava antes.

Do jeito que me fez acreditar em todas as suas mentiras.  


NOTAS FINAIS

Mais um capítulo postado, obrigada pela paciência (já que eu não atualizei no find passado), e espero que vocês tenham gostado. O capítulo de hj foi bastante revelador, estou ansiosa para saber as suposições de vocês a respeito do que aconteceu LOL. Os próximos capítulos vão continuar sendo assim, cada vez mais revelador, a história está começando oficialmente. 

Estou no Twitter, se quiser bater um papo comigo lá, aqui está: @AutoraKOliveira, aguardo vocês!

Com amor, Ka♥

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