Dia 37
DIA 37
Olhei no espelho o resultado final de Natalie em mim. Eu precisava admitir, eu estava muito gostosa. Usando uma calça jeans escura bem justa, coloquei um top preto e um body por cima de manga comprida todo preto transparente. Meus cabelos estavam soltos e o lápis preto destacavam meus olhos azuis. Como Natie disse: eu estava de matar. Era sexta-feira à noite, também conhecido como o último dia de provas. Finalmente as provas tinham acabado e muitos da faculdade costumavam frequentar um PUB perto do campus para relaxar. Eu não costumava ir muito, mas dessa vez eu estava precisando me distrair. Não é como se o Matthew tivesse me perguntando se eu iria ao PUB porque ele queria ir com os amigos. Tudo bem, talvez eu esteja querendo ir um pouquinho só por causa dele, mas também era para me divertir com os meus amigos.
A semana foi longa e corrida, conseguimos nos ver algumas vezes entre uma prova e outra, e teve uma noite que ele foi me buscar no estágio e nos beijamos em seu carro, mas depois, não conseguimos mais nos ver. Trocávamos mensagens o tempo todo, mas a pressão de tirar notas boas era maior e acabou que não conseguimos nos ver como queríamos. Hoje à noite depois do PUB eu iria para sua casa, combinamos de passar o fim de semana juntos.
Pedimos um Uber, Aidan iria nos encontrar lá. Natalie também estava muito gostosa. Ela estava usando uma calça jeans branca e um top traçado de cor pêssego que realçava seu tom de pele, rabo de cavalo e argolas enormes. Ela estava de matar.
— Minha maquiagem está exagerada? — perguntou se olhando no reflexo do seu celular enquanto o motorista fazia seu trajeto.
— Você está perfeita, Natie. Vai chamar a atenção de todos os caras hoje.
— Na verdade, não estou preocupada com isso.
Franzi o cenho olhando para ela.
— Desde quando?
Natalie sempre quis arranjar um namorado e sempre se vestia para atrair olhares, mas até então eu não sabia que o único olhar que ela queria era o de Aidan. Agora que eles estavam em paz, eu achei que ela tiraria ele de vez da sua cabeça e tentaria de verdade conhecer alguém.
— Desde quando eu percebi que não preciso mais chamar atenção de ninguém, já tenho tudo que preciso.
Fiquei ainda mais confusa com suas palavras, mas tínhamos acabado de chegar e cortamos o assunto. Aidan já estava sentado em uma mesa no canto, nos esperando.
— Oi! — ele sorriu ao ver Natie, cumprimentando-a.
— Oi pra você também. — disse ao me aproximar quando ele só a cumprimentou.
Ele riu.
— Vem aqui! — beijou minha bochecha antes de voltar a se sentar.
Olhei ao redor, o lugar já estava ficando bem cheio e movimentado, mas ainda nada dele.
— Ele ainda não chegou. — murmurou Natie só para mim.
Sorri sentindo minhas bochechas corar. Eu já estava ficando tão óbvia assim?
— O que vão querer? — Aidan perguntou e decidimos pedir cerveja. Como ele era o único de nós três que tinha vinte e um, ele sempre pedia as bebidas em bares.
— O que irão fazer no fim de semana? — Natie perguntou quando Aidan se afastou. Ela olhou para minha bolsa grande cheia de roupas que eu havia levado, já que dali eu iria com Matthew para sua casa.
— Não faço ideia, ele só exigiu que eu levasse biquíni, mas acho que devemos ficar no seu apartamento.
— Hmmmm. — ela sorriu maliciosamente. — Permita-se experimentar o que a vida tem de melhor. Não pense muito no passado, está na hora de você viver o presente. — segurou minha mão, sorrindo, tentando ao mesmo tempo me passar segurança.
Sorri para ela, segurando sua mão de volta. Eu sabia do que ela estava falando, de toda a minha insegurança por causa do que Tyler fez, mas eu não iria deixar ele estragar esse fim de semana.
— Aqui está, três Heineken. — colocou as bebidas na mesa. — Uau, esse lugar encheu. — disse olhando ao redor. Realmente parecia que todos os estudantes estavam aqui hoje.
— Imagina no final do semestre. — Natie disse bebericando sua bebida e olhando toda a movimentação ao redor. — O Halloween está perto, já sabem o que irão fazer?
— Minha família vai fazer as festas de sempre, então talvez eu vá para casa. — disse Aidan.
— É, a minha também, mas ainda não sei se irei. — Natie respondeu antes de beber sua bebida sem tirar seus olhos de Aidan que pareceu olhá-la da mesma forma, ou talvez a cerveja já estivesse me fazendo efeito. — E você? Seu pai ainda estará em missão até lá?
Ambos olharam para mim, esperando por uma resposta. Essa pergunta fez meu coração se apertar, fazia tanto tempo que ele não me ligava, estava sentindo tanta saudade. Só espero que ele esteja bem e que volte logo para casa.
— Sim, ele só deve chegar em novembro, mas sabe como é, da última vez ele ficou mais tempo do que o previsto, as coisas podem sempre mudar. — dei dois longos goles na minha bebida tentando afastar o gosto amargo da saudade.
— Ficaremos com você no Halloween, ou você pode decidir vir com a gente para as festas em família.
Franzi o rosto. Tudo que eu não queria era uma reunião familiar, não por eu não gostar dos seus familiares, mas isso só me deixaria mais infeliz.
— Eu amo vocês, mas dispenso confraternização familiar.
— Então ficaremos com você, muita gente vai ficar para fazer festas, não vai faltar lugar para se divertir. — encorajou Aidan, mas eu não queria que eles ficassem presos a mim justo em um feriado onde poderiam viajar para rever a família.
— Eu prefiro vocês indo pra casa, não é justo com os seus familiares. Eu vou ficar bem, é só mais um feriado idiota.
Antes que Natalie pudesse protestar, a atenção de tudo se foi para ele. Matthew chegou sorridente acompanhado de três amigos que eu já tinha visto com ele na faculdade. Não o vi andar mais com o Tyler desde então. Ele cumprimentou algumas pessoas que foram falar com ele e começou a varrer o lugar com os seus olhos azuis cinzentos. Quando eles pousaram em mim, senti meu estômago se revirar e todo o meu corpo corresponder ao seu olhar. Intenso. Nunca iria me cansar da sensação de ter o seu olhar sobre mim. Era como se estivéssemos nos conectando por um fio transparente.
— Chegou a estrela.
Apesar do deboche, Aidan não parecia incomodado mais, pelo menos não como antes. Eu não sabia se ele desconfiava de alguma coisa, mas se sabia, estava escondendo muito bem. Eu sei que precisava contar logo que estávamos saindo pra valer, mas preferia esperar as coisas com Matt ficarem mais concretas.
Matthew se sentou do outro lado com seus amigos e pediram uma rodada de bebidas. Entre uma conversa e outra, ele sempre estava olhando pra mim. Não importava com quem ele estava conversando ou o que ele estava fazendo, seus olhos sempre pousavam em mim. Depois de beber mais uma cerveja Natalie queria dançar e me arrastou junto com ela, mesmo eu protestando. Não sabia dançar e morria de vergonha de tentar em público, mas eu já tinha feito isso antes então eu podia fazer de novo.
Olhei para Natalie que rebolava os quadris e sorria alegremente por cima da música alta. Imitei seus movimentos e esperava não estar parecendo com uma perereca fugindo do fogo. Sorri para ela quando entrelaçamos nossos dedos e erguemos nossos braços, dançando em conjunto. Joguei meus fios dourados de um lado para o outro, seguindo o ritmo da batida. Havia muitas pessoas ao nosso redor também dançando e se divertindo. Olhei rapidamente na direção de onde Matt estava, mas notei que o seu lugar estava vazio, somente seus amigos estavam lá. Varri meu olhar ao redor tentando encontrar seu rosto familiar, mas ele não estava no meu campo de visão. De repente, senti uma mão segurar minha cintura e um calor avassalador percorreu o meu corpo.
Virei meu corpo e dei de cara com seus olhos azuis cinzentos que queimavam em brasas. Ele me desejava. Abri um sorrisinho e começamos a dançar juntos movendo nossos corpos ao som de Drake. Eu tinha total consciência das pessoas que estavam ao nosso redor, mas eu era só mais uma garota universitária dançando com o cobiçado Matthew Finley, todas ali estariam fazendo a mesma coisa se tivessem a mesma oportunidade. Não me importei com os olhares. Não iria deixar que nada atrapalhasse aquele momento de diversão, estava feliz por estarmos fazendo algo que não fosse escondido.
— Quando eu voltar para a mesa vou tomar mais uma rodada com meus amigos. — ele gritou em meu ouvido sobre a música. — Depois irei sair pelas portas dos fundos, espere dez minutos e me encontre lá.
E então ele se afastou sem nem esperar pela minha resposta. Me virei para encarar Natalie que abriu um sorrisinho para mim. Seu olhar já dizia tudo. Ela sabia que em breve eu estaria saindo dali com ele. Dançamos mais um pouco, depois resolvemos nos sentar e beber alguma coisa, já estava sentindo sede e com calor, mas esse calor não era somente por causa da dança. Matthew tinha esse feito sobre mim só em me tocar. Me perguntava se eu tinha o mesmo efeito sobre ele.
Peguei a cerveja que Aidan me entregou depois de pedi-la no bar e bebi quase a metade da garrafa em uma golada só. Estava me sentindo quente e precisava de algo gelado em meu corpo. Notei pelo canto de olho Matt se despedir dos amigos e ir para os fundos do bar. Olhei para a tela do meu celular e contei os minutos para ir atrás dele, quando fios ruivos passando pela multidão e indo na mesma direção que ele chamaram minha atenção. Droga. Aquela garota não se tocava. Abri a minha caixa de mensagens com Matthew e digitei:
Mensagem enviada por Kate, às 8:22pm.
Líder de torcida ruiva indo em sua direção.
Segundos depois ele respondeu um "merda".
Mensagem enviada por Batman, às 8:23pm.
Vou me livrar dela, aguarde um pouco.
Mensagem enviada por Kate, às 8:23pm.
Vai ficar suspeito eu ir atrás de você depois disso
Irei voltar para o dormitório, me encontre lá.
Esperei que respondesse alguma coisa, mas nada veio nos próximos minutos. Dez minutos depois e nada. Eu já estava tendo um colapso. Ele não deixaria ela encostar nele, não é? Mas por que ele estava demorando tanto para responder? Não era tão difícil assim se livrar de alguém. E se ela se jogou sobre ele e ele acabou caindo na tentação? Afinal, ela era uma líder de torcida e era gostosa, qual homem não iria querer dormir com ela? Quinze minutos depois e nada dele responder. Estava tentada em ir e ver com meus próprios olhos o que estava acontecendo, mas o medo da realidade era muito maior. Senti como se meu coração estivesse sendo esmagado lentamente. Era uma dor insuportável, nada comparada com as outras frustrações que eu já tive. Virei o último gole de cerveja de uma vez só e bati a garrafa na mesa.
— Não estou me sentindo muito bem, preciso ir embora. — murmurei enquanto me levantava para sair dali o mais rápido possível.
Natalie piscou para mim, abrindo um sorrisinho, achando que eu estava indo encontrar Matt. Mal sabia ela que a minha noite estava destinada ao fracasso.
— Se quiser eu posso ir com você. — ela estava encenando para que Aidan não percebesse.
— Não precisa, obrigada. Eu ficarei bem.
— Tem certeza? Podemos voltar com você. — insistiu Aidan, preocupado.
Agora estava me sentindo uma péssima amiga também.
— É só cólica, Aidan, coisa de mulher. Eu vou ficar bem, só preciso deitar na minha cama quentinha.
Isso pareceu o convencer, já que não insistiu e ficou desnorteado. Porque assuntos sobre cólica e menstruação causava esse efeito nos homens? Mas pelo menos funcionou, ele rapidamente quis se livrar do assunto e se despediu de mim, desejando melhoras.
Me afastei deles e segui em direção à saída principal, mas parei abruptamente e olhei para a porta dos fundos. Respirei fundo três vezes e segui em sua direção. Mesmo não querendo dar de cara com a verdade, mais cedo ou mais tarde eu precisava encará-la. Meu coração batia mais forte que a batida da música saindo pelo auto-falante. Senti minhas pernas fraquejarem várias vezes, como se não suportassem mais o meu peso. Minhas mãos estavam pálidas e trêmulas. Segurei a maçaneta, fechei meus olhos com força, suspirei fundo e abri a porta sendo golpeada com o vento frio de Boston. Meus cabelos voaram agressivamente. Me envolvi em meus braços, olhando ao redor em busca da sua Lamborghini ou da BMW, mas não havia nada, a não ser um Fiat usado e uma caminhonete vazia e que com certeza não pertenciam a ele. Não havia nenhum sinal do seu carro ou dele.
Seja lá onde ele estivesse, ele estava com a ruiva.
Durante o caminho de volta para o meu dormitório, senti como se minha garganta estivesse fechada em um nó. Alguma coisa deveria ter acontecido, ele sabia que eu estava esperando por ele, não é possível que ele tenha me deixado para ficar com ela. Eu sabia que não estávamos em um compromisso sério, mas éramos exclusivos, isso eu tenho certeza que deixamos claro um para o outro. E por que eu deveria me importar? Olha de quem estamos falando, eu não deveria ficar surpresa se caso acontecesse alguma coisa entre eles. Mas ainda assim machucava, eu não tinha notado que estava tão envolvida até esse momento.
Senti meu celular vibrar em minha bolsa. Meu coração parou.
Mensagem enviada por Batman, às 8:43pm.
Desculpe a demora, precisei leva-la até sua irmandade
Ela estava muito bêbada
Estou indo para o seu dormitório, ok?
Soltei um suspiro de alívio. Mandei um "Ok" de volta e bloqueei a tela. Assim que cheguei em meu dormitório não subi, fiquei sentada nos degraus da entrada aguardando ele chegar. Tentei não pensar muito no que poderia ter acontecido, preferia esperar ele chegar antes de pensar em qualquer baboseira. A irmandade onde ficavam as líderes de torcida não ficava muito longe, logo ele estaria aqui. Alguns minutos depois sua Lamborghini estacionou. Olhei ao redor para me certificar de que não havia ninguém da faculdade por perto antes de atravessar o gramado e ir de encontro ao seu carro.
— Desculpa, Kate. Está chateada? — ele me olhou aflito, parecia realmente chateado com a situação.
— Só com algumas dúvidas. O que ela queria?
Era óbvio o que ela queria, mas eu precisava ouvir os detalhes da boca dele.
— Assim que você me enviou a mensagem eu vi ela saindo do PUB e vindo em direção ao meu carro. Ela tentou me beijar, não vou negar, mas eu expliquei que nada rolaria entre nós dois.
— Por que não me avisou que iria levá-la pra casa?
— Ela estava muito bêbada e quase vomitou em mim, não deu para pegar meu celular e ainda escrever uma mensagem, ela estava péssima, só pensei em deixá-la em casa. — olhei seus olhos azuis que estavam mais escuros agora e com uma leve expressão de preocupação. Ele estava com medo da nossa noite ter sido arruinada, e também estava com medo de que eu não acreditasse nele. — Kate... — segurou minha mão — Eu sei que não tenho muitos motivos para você confiar em mim, mas eu falei sério quando eu disse que gostava disso. — apertou minha mão com força, deixando claro que estava se referindo a nós dois — Você me viu hoje à noite quando eu estava dançando com você, eu desejo você. Somente você. — um calafrio percorreu o meu corpo, correspondendo às suas palavras — Eu não estragaria nada disso, pelo menos não propositalmente.
Suspirei pesadamente, olhando para as nossas mãos entrelaçadas. Elas pareciam combinar tão bem juntas. Levantei meu olhar para encontrar o seu e pude sentir todas as sinceridades de suas palavras através dele. Abri um sorriso tranquilizador que pareceu confortá-lo, já que ele suspirou de alívio.
— Vamos. Temos um final de semana para curtir.
Ele sorriu beijando minha mão e seguiu em direção ao seu apartamento.
O elevador se abriu revelando a cobertura luxuosa. Observei a grande cidade pela enorme janela de vidro. Apesar de ser uma noite fria, olhando daqui do alto, a cidade parecia quente com toda sua luz e movimentação. Matthew acendeu a lareira da sala para aquecer o cômodo. Senti suas mãos subindo pelos meus braços e puxando meu corpo para se apoiar no seu. Apoiei minhas costas no seu peito esguio e deitei minha cabeça, ainda olhando a cidade. Ficamos assim por um tempo, observando todas as luzes com suas mãos acariciando meus braços. Lentamente, suas mãos subiram e afastaram o meu cabelo, revelando meu pescoço. Recuei levemente quando senti seus lábios molhados beijar o meu pescoço. Fechei meus olhos e suspirei fundo, sentindo meu corpo se arrepiar. Céus, como eu amava sentir os seus beijos.
Ele trilhou caminhos de beijos até chegar em minha orelha, mordendo e chupando meu lóbulo. Meu corpo rapidamente correspondeu e se acendeu ao seu toque. Sua mão direita foi para dentro do meu cabelo e recebi um puxão com força. Fechei minhas pernas ao sentir minha intimidade latejar. Era incrível o poder que ele tinha sobre todo o meu corpo. Quanto mais ele tocava, mais eu queria, e isso não acontecia desde... o Tyler. Ele foi o primeiro cara para o qual eu me entreguei e, depois de tudo, eu passei a me sentir insegura com todos, e eu o odiei por muito tempo por ter feito eu me sentir assim. Matthew me guiou para o confortável tapete de sua sala, bem de frente para a lareira.
— Vou pegar um vinho. — ele se afastou beijando minha mão e desaparecendo na escuridão do apartamento. Somente a lareira e o céu estrelado estavam proporcionando luz ao ambiente.
Tirei meus sapatos e me sentei no tapete confortável, entre as almofadas que ele havia espalhado por ali. Matthew voltou dois minutos depois com duas taças cheias de vinho. Eu bebi três cervejas no bar, beber mais um pouquinho não faria mal algum. Ele tirou o seu tênis e se acomodou comigo no tapete, puxando meu corpo para o dele enquanto observávamos as faíscas do fogo na lareira. Bebemos um pouco do vinho antes dele voltar a beijar e mordiscar minha orelha. Virei minha cabeça para que meus lábios encontrassem os deles. Precisava senti-los em minha boca, mais do que qualquer coisa que eu já precisei na vida.
Segurando o meu rosto com uma de suas mãos – já que com a outra ele estava segurando sua taça – sua língua invadiu minha boca de encontro com a minha. Seus lábios macios e quentes devoraram os meus com desejo e intensidade. Soltei um gemido entre uma mordidinha e outra. Matthew ficou louco, me puxando mais de encontro com o seu corpo, sem interromper os beijos ofegantes. Pude sentir seus pênis ereto nas minhas costas, deixando claro que estava bem acordado e em alerta. Eu desejo você. Suas palavras ecoaram em minha mente, e eu estava feliz por ver – e sentir – na prática que isso era real.
Matthew pegou nossas taças e as colocou sobre a mesa de centro que estava logo atrás de nós. Deitei meu corpo no tapete apoiando minha cabeça em uma das almofadas. Ele apoiou sua mão esquerda ao lado da minha cabeça, inclinando seu corpo sobre mim. Abri minhas pernas para que ele se encaixasse perfeitamente sobre o meu corpo. Ele me beijou mais delicadamente, trilhando beijos pela minha bochecha e chegando em meu ouvido.
— Não vou ir adiante hoje. — olhei para ele rapidamente, frustrada. Ele percebeu abrindo um sorrisinho de lado. — Você foi magoada e perdeu confiança em si mesma, tenho medo de ir rápido demais e você se arrepender. — quando eu ia abrir minha boca para protestar, ele prosseguiu — Shhh, eu sei, você vai me dizer que quer isso, e é sempre por causa dessas falsas certezas que a gente acaba se arrependendo. Prometo que será ainda neste fim de semana, se você de fato quiser, mas até lá prefiro que você se sinta mais confiante e segura consigo mesma.
Abri um sorriso e entrelacei os meus dedos em seu cabelo que é tão escuro quanto as suas sombras.
— Aceito os seus termos, mas não posso dizer que eu não quero você.
— Eu não disse nada sobre não brincarmos um pouco. — ele sorriu maliciosamente. Retribuí o sorriso, já gostando do rumo da conversa — Quero ir devagar para ter certeza que você se sentirá bem no final. Eu vou tocar o seu corpo, me diga para parar caso você se sentir desconfortável, tudo bem?
Assenti com a cabeça, hipnotizada pela sua voz charmosa e seus olhos acinzentados. Ele voltou a me beijar, mas dessa vez com mais vontade, voraz, soltando gemidos e suspiros. Desci minhas mãos por baixo de sua blusa, subindo pela sua barriga definida e seu peito esguio. Ele era musculoso, mas nada exagerado, tudo na medida certa. Eu precisava sentir seu peito nu sobre mim. Puxei sua camisa para cima e ele rapidamente me ajudou a tirá-la, revelando suas tattoos. Eu nunca mais o tinha visto sem blusa, já tinha esquecido dos desenhos que cobrem o seu corpo. Suas tatuagens não eram exageradas, mas seus braços eram quase fechados e ele tinha algumas pequenas nos peitos e costelas.
Minha roupa estava mais complicada, estava com um body transparente por baixo, mas rapidamente nos livramos dele e da minha calça jeans, ficando apenas com o meu top rendado e minha calcinha também de renda. Matt desabotoou sua calça e em questão se segundos ele já estava de cueca nos embolando e se esfregando um no outro sobre o tapete da sala, bem de frente para a lareira.
Envolvi minhas pernas ao redor do seu quadril que se movimentava sobre mim. Gemidos e arfadas saiam do fundo da minha garganta e preenchiam o silêncio do cômodo. Seus beijos os engoliam, explorando e se deliciando de cada prazer. Envolvi meus braços ao redor do seu pescoço e tencionei meus quadris para frente, de encontro com o seu, tornando o impacto mais forte e intenso. Ele gemeu, minha intimidade latejou em desejo. Entre gemidos e suspiros, nos esfregávamos até eu sentir meu corpo entrar em combustão. Fechei meus olhos e gritei o seu nome, sentindo meu orgasmo controlar todo o meu corpo. Matthew engoliu meu gemido de prazer beijando meus lábios e se esfregando em mim com mais força, até que o seu gemido cortou o meu e seu corpo caiu sobre mim tendo um orgasmo.
Ainda em êxtase, ele afundou seu rosto entre o meu pescoço, sentindo o meu cheiro. Envolvi meus braços ao seu redor, o abraçando. Ficamos assim por um tempo abraçados sobre o tapete, sem falar nada, somente desfrutando do aconchego um do outro e ouvindo o fogo trepidar na lareira.
Quando me dei conta, o álcool começou a fazer efeito e minhas vistas começaram a se fechar.
NOTAS FINAIS: Desculpem a demora, estava fazendo meu monólogo pra faculdade, acabei perdendo a noção do tempo. Espero que tenham gostado desse capítulo, eu avisei que seria mais quente Hahaha. Até sábado que vem <333
O livro ganhou uma nova capa, gostaram? Gostei mais dessa pq é bem mais clara e deu pra ver os traços melhor da imagem. Espero que tenham gostado, beijos!
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