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DIA 1

DIA 1


Beberiquei meu café fazendo uma careta. Droga! Esqueci de adoçá-lo. Acrescentei três meias colheres de açúcar e provei novamente. Perfeito. Estava entretida demais conferindo o grupo da minha turma da faculdade no Facebook onde as pessoas estavam comentando empolgadas sobre o dia de hoje. Não que fosse um dia muito importante ou uma data comemorativa do ano, era somente o retorno das aulas depois do verão. Tudo bem que todo início de volta às aulas eram exatamente assim, e apesar de não gostarmos da parte de ter mil coisas para estudar, milhares de trabalhos para entregar, sentíamos falta das pequenas coisas, como: os amigos que fizemos no ano anterior, o pudim de chocolate do refeitório, o Wi-Fi liberado no bloco G, e principalmente das confraternizações em conjunto, mas não era exatamente esse o motivo de todo o rebuliço.

O rebuliço se chamava Matthew Finley — um Pop Star de vinte e um anos com álbuns lançados, turnês mundiais, uma legião de fãs histéricas e apaixonadas. —, ou como eu preferia chamar: um completo idiota. No final do verão os jornais, revistas de fofoca e por toda a internet as pessoas não paravam de circular a notícia de que Finley estaria fazendo uma breve pausa na carreira para cursar publicidade na The University of Cambridge, minha universidade.

Por um momento foi como se o mundo tivesse acabado para muitas pessoas, principalmente para os fãs, Matthew precisou fazer um vídeo na época para tranquiliza-los, que a pausa seria breve e logo estaria de volta aos palcos. Uma loucura.

Matthew tinha uma lista longa de encrencas. Já atrasou horas para um show, brigas com paparazzi, andava sempre bêbado, fora os rumores de uma quase overdose, mas o que realmente me incomodava não era o mal que ele fazia a si mesmo, era quando praticava isso com outras pessoas.

Suas atitudes ríspidas com os outros me incomodavam, e olha que eu nem tinha o convívio do dia a dia com ele, imagina agora que eu possivelmente terei?

Estava contando com o fato de a faculdade ser enorme, várias áreas e blocos, tinha esperanças de não precisar me esbarrar com ele por aí.

 — Bom dia, filha. — meu pai adentrou na cozinha depositando um beijo no alto da minha cabeça. 

Sorri para ele.

— Bom dia, pai. Vou esquentar seu leite. — levantei-me pegando a jarra com o leite para fervê-lo novamente, já estava frio, mas meu pai me interrompeu balançando sua mão.

— Não precisa, vamos nos atrasar se eu enrolar. Termine logo seu café. —  voltei a me sentar para terminar o café da manhã. 

Mexendo em meu celular sobre a mesa, mastigava a minha torrada que estava crocante e saborosa, o café tão quente que quase queimei minha língua, por pouco a caneca não virou sobre a mesa.

— Para de mexer nesse celular e presta atenção no que está fazendo. — chamou minha atenção. Bloqueei a tela do celular e o afastei. — As férias acabaram Kate, nada de perder o foco. — me deu uma olhada rígida.

— Não se preocupe com isso, é que o grupo da faculdade está uma loucura, todos ansiosos para amanhã.

— Ah, claro, o marginalzinho estará lá. Se tiver alguma aula com ele, se mantenha longe, fale só o necessário, esse garoto cheira problemas de longe. — murmuro preparando seu pão, dando uma grande mordida logo depois.

— Isso não será um problema. Vou terminar de me arrumar.

Lavei minha louça do café antes de deixar a cozinha, ainda precisava arrumar meu cabelo. Entrei em meu quarto destravando a tela do meu celular e encontrando mensagens no privado da minha amiga Natalie.

Mensagem enviada por Natalie Goroni, às 8:15AM.

Viu a loucura no grupo? Alison jura que Finley ficará de quatro por ela *emoji rindo*

Revirei os olhos, mas não pude conter a risada.

Mensagem enviada por Katherine Mackenzie, às 8:16AM.

Ainda bem que eu não vi isso, poupei os meus olhos.

Joguei meu celular sobre a cama e me sentei diante da minha penteadeira. Precisava arrumar meu inseparável rabo de cavalo e passar alguma coisa em meu rosto, estava com aquela aparência de quem foi dormir tarde e acordou cedo.

Depois de pronta, peguei minha bolsa que faltava e meu celular sobre a cama. Olhei ao redor do meu quarto, sentiria falta da minha cama, das minhas coisas e dos meus recortes de jornais e revistas na parede formando um grande mosaico. A parte da casa que eu mais amava era o meu quarto, adorava ficar nele e desfrutar de um momento sozinha, assistir séries ou escrever sobre qualquer coisa que me viesse à cabeça, mas uma hora a rotina deve continuar.

Fechei a porta do quarto e voltei a olhar meu celular, agora havia mensagens de Natalie e Aidan.

Mensagem enviada por Natalie, às 8:17AM.

"Ela é uma grande iludida, e oferecida, é claro."

"Mas não descarto a possibilidade dele pegar ela, ele deve fazer isso com várias quando chegar, aaah, por falar nisso, que horas você chegará ao dormitório?"

Mensagem enviada por Natalie, às 8:40AM.

Onde você está? Odeio quando me deixa falando sozinha.

Ri e comecei a digitar perambulando pela casa.

Mensagem enviada por Katherine, às 8:44AM.

Desculpe apressadinha, estava terminando de me arrumar. Já estou saindo de casa, antes do almoço estou aí.

Saí da conversa com Natalie e visualizei a mensagem de Aidan.

Mensagem enviada por Aidan, às 8:20AM.

Bom dia, raio de sol. Vou precisar sair mais tarde de casa, mas à tarde já estarei no campus, não se meta em confusão até eu chegar, bjs.

Sorri ao ler a mensagem. Apesar de eu ter visto Aidan mais vezes nas férias do que Natalie, já estava morrendo de saudades dele também. Respondi sua mensagem com um "Ok, nos vemos lá", antes de bloquear novamente a tela do meu celular e guarda-lo em meu bolso.

Ano passado havia sido bem louco, pela primeira vez eu estaria cursando a faculdade, uma dinâmica completamente diferente, pessoas distintas de todo canto do mundo, milhares e milhares de pessoas entrando e saindo por aquele local, e eu me sentindo completamente perdida — literalmente, entrei em diversas salas erradas dando de cara com olhares sobre mim. Então conheci Natalie, seríamos colegas de quarto. Foi fácil fazer amizade com Natalie, gostávamos de falar sobre os mesmo assuntos, mas se não fossemos colegas de quarto, provavelmente eu olharia para ela da mesma forma que muitos ali. Natalie estava cursando Design de moda, seus cabelos eram enormes em tranças típicas africanas, usava roupas com cores chamativas ou com muito brilho em plena luz do dia, isso sem mencionar a risada exagerada que você ouvia a quilômetros de distância, tudo isso fazia as pessoas terem uma aversão sobre ela.

Eu percebia os olhares estranhos direcionados a Natalie toda vez que ela passava exibindo mais um dos seus trajes, mas foi justamente isso que me fez gostar dela. Amava a forma como ela simplesmente não se importava com o que iriam pensar, ela simplesmente era Natalie, sempre se permitindo explorar o que bem quisesse.

Conhecemos Aidan duas semanas depois quando ele passou a nos salvar com a impressora da biblioteca. Aos poucos percebemos que não podíamos viver mais sem Aidan, bom, não posso dizer por Natalie já que ela e Aidan adoravam viver de provocações.

Encontrei meu pai na sala pegando minhas malas maiores para colocar na mala do carro.

— Já pegou tudo? Não se esqueceu de nada? — perguntou quando notou minha presença.

— Não. Estou pronta. 

Durante o caminho sincronizei meu celular com o rádio do carro para que pudesse reproduzir minhas músicas preferidas. The Last Day do cantor Moby começou a tocar, apoiei minha cabeça na poltrona do carro e fiquei olhando pela janela enquanto meus pensamentos iam para longe.

— Katherine? Está me ouvindo? 

Olhei rapidamente para o meu pai que me encarava a espera de uma resposta.

— Desculpe, não prestei atenção.

— Não deixa o celular no silencioso, você adora fazer isso e não ouve as minhas ligações.

— Tudo bem.

— E o jornal da universidade?

— Vou continuar esse ano, já começamos na próxima semana. — meu pai sorriu satisfeito, ficou com tanto orgulho quando consegui estágio na redação acadêmica, esse estava sendo o primeiro passo para algo melhor no futuro.

Ser jornalista era algo que nunca havia passado pela minha cabeça antes. Cresci com o pensamento de ser veterinária, e seria exatamente isso que eu iria fazer caso não participasse da feira de profissões no meu antigo colégio onde várias áreas nos foram apresentadas. Daquele dia em diante o amor pela área jornalística cresceu em mim. Era isso que eu queria fazer pelo resto da minha vida.

— Todo mês seu cartão será carregado para fazer suas refeições e comprar o necessário. Somente o necessário, entendeu? — suas palavras me tiraram do meu devaneio. Assenti novamente, mesmo sabendo que eu sempre fui responsável com os meus atos, meu pai sempre me enchia de instruções antes de me levar para faculdade, sempre a mesma coisa, como se eu ainda fosse uma criança, mas eu sempre ignorava e deixava pequenos detalhes assim passarem, meu pai sofreu mais nessa vida do que eu posso explicar em palavras.

Primeiro foi abandonado pela mãe, cresceu em lares de tutores, se tornou militar, perdeu muitos amigos em combate, e depois veio minha mãe.

Construir sua própria família parecia um sonho, era tudo o que ele mais queria, uma família de verdade, mas ninguém esperava que o destino não quisesse o mesmo. Minha mãe teve complicações no parto devido à eclampsia, uma coisa foi puxando a outra, no final os médicos precisavam salvar uma e deixar a outra, e aqui estava eu.

Sem a minha mãe.

Eu não sabia se agradecia por estar viva, ou se lamentava pela sua morte, afinal, ela morreu por mim, para que eu sobrevivesse. Meu pai nunca deixou que eu me sentisse culpada por nada disso, até porque a decisão final não foi minha, foram dos médicos, eles analisaram as possibilidades, e as minhas eram maiores, mas eu percebia toda a falta que ela lhe fazia, o quanto ele mudou depois da sua morte. Pelos vídeos e fotos antigas, meu pai era uma pessoa mais aberta, alegre, levava as coisas de forma mais descontraída, hoje em dia não era bem assim, seu pensamento era completamente fechado, tudo tinha que ser seguindo as regras, tudo precisava ser com extrema responsabilidade.

Uma parte dele também tinha morrido. Nunca cheguei a conhecer seu lado descontraído, mas esperava vê-lo novamente um dia.

A universidade ficava a quase quatro horas da minha cidade. Suspirei aliviada quando avistei os dormitórios do campus, odiava passar mais de uma hora dentro de qualquer transporte, sejam eles veículos ou aéreos.

— Não quer ajuda para subir com essas malas? — perguntou retirando minhas malas do carro.

— Não, eu dou conta. — murmurei pegando minhas duas malas maiores e as pendurando uma de cada lado do meu ombro. Meu pai só entrou uma vez nos dormitórios, uma única vez para nunca mais. Lembro que ele quase me arrastou de volta para casa no mesmo dia, com muita persistência eu o fiz mudar de ideia. Muitas pessoas diferentes no mesmo lugar geravam costumes diferentes, porém foi demais para o coração do meu pobre velho antiquado aguentar. — Posso me virar daqui. Obrigada, pai. — fiz biquinho já triste por ter que deixá-lo. Ele me abraçou forte depositando um beijo no alto da minha cabeça.

— Por favor, Kate, se cuide, sabe que pode ligar para Diane caso algo aconteça, ou a família do Aidan. — revirei os olhos. Meu pai adorava jogar indiretas a respeito do Aidan para me mostrar que gostava dele e da sua família, que aprovaria nós dois juntos. Se caso eu precisasse mesmo de ajuda, Diane seria a primeira pessoa que eu iria procurar. Ela cuidou de mim praticamente a minha vida toda, tinha ela como uma avó, como parte da minha família.

— Tudo bem, não se preocupe comigo. Se cuide você também, se aparecer alguma missão, por favor, me avise antes. — pedi quase como uma advertência já que no ano passado ele não me informou que precisaria sair em uma missão no Irã porque eu estava em semana de provas. Levei em consideração as suas intensões, não queria me preocupar ou me desconcentrar dos meus objetivos, mas não saber sobre seu paradeiro foi assustador.

— Eu prometo, agora juízo — segurou meu rosto e beijou minha testa. — Não se meta em confusão, nem fique perto de confusão. — reforçou seu aviso sobre Matthew Finley, como se realmente fosse necessário. Eu era totalmente, cem por cento nada a ver com o Finley.

Não respondi, nem precisava, só peguei minhas coisas e caminhei em direção ao enorme prédio. O lugar estava lotado, muitas pessoas ao redor e várias fileiras de carros causando um pequeno congestionamento. Muitos pais e taxis estavam deixando os alunos no campus. Subi as escadas com minhas coisas quase morrendo ao pisar no último degrau. Tinha que parar de ser tão sedentária.

Atravessei o corredor lotado de pessoas até que finalmente cheguei em meu quarto.

Chegou! — Natalie largou suas roupas que estava tirando da mala e veio gritando em minha direção. — Chegou! Chegou! Chegou! — ficou gritando me abraçando e dando pulinhos.

— Obrigada pela recepção festiva, mas eu estou morrendo. — as palavras saíram falhadas, quase perdendo o fôlego. Joguei-me sobre a minha cama toda esparramada.

— Claro, as escadas. Vou pegar água, trouxe algumas garrafas. — abriu o nosso frigobar e me jogou uma garrafa de água. — Não está muito gelada, coloquei há pouco tempo. — não me importei, bebi vários goles de água até que meu corpo foi correspondendo todo o alívio. — Agora sim... chegouuuuuu! — pulou novamente em cima de mim, quase fazendo a garrafinha virar. 

Dei risadas.

— Sua louca, quase nos encharquei. — tampei a garrafa que ainda estava em minhas mãos e a coloquei sobre o criado mudo. — Agora que finalmente cheguei, podemos ir comer? Estou morta de fome. — olhei para o relógio em meu punho, já estava na hora do almoço.

— Só me deixa colocar meus sapatos de plumas. — pulou da cama empolgada indo em direção a sua mala própria para sapatos. Pensei em perguntar o que diabos seria um sapato de plumas, mas era melhor deixar pra lá. Logo eu já estava cara a cara com o sapato de plumas fazendo tec-tec pelo extenso corredor. Olhei para meus pés encontrando meu par de tênis branco da Adidas e depois voltei a olhar os saltos extravagantes de Natalie em plena luz do dia.

Éramos tão distintas, porém nossas diferenças era o que nos fazia dar certo.

Andamos algumas quadras até chegarmos ao Outback, o ambiente estava lotado, cheios de estudantes no local que também acabaram de chegar, mas demos a sorte de ainda ter algumas mesas disponíveis.

Assim que nos acomodamos, pegamos o cardápio para analisar as opções.

— Animada para amanhã? — quis saber me olhando rapidamente e voltando sua atenção para o cardápio.

— Por que estaria? É só o retorno das aulas, queria que as férias fossem eternas.

— Você sabe o que eu estou querendo dizer, qual é Kate, tudo bem que Matthew vem agindo feito um idiota, mas teremos um grande Pop Star estudando com a gente, possivelmente, não está nem um pouco animada?

— Não animada, mas curiosa. — um breve silencio se instalou, quando percebi que Natalie ainda me olhava esperando por mais alguma resposta, umedeci meus lábios e continuei. — É uma celebridade, quero ser jornalista, a curiosidade já faz parte de mim. Não estou animada, mas curiosa sobre a chegada dele, entendeu?

— Faz sentido. — deu de ombros dando por vencida. Dei graças a Deus mentalmente por isso. — Mas vamos ser sinceras, o homem é um gato, essas garotas vão ficar piores que cadelas no cio. — Natalie riu me fazendo acompanha-la. Isso de fato seria engraçado de ver.

— As pessoas mudam completamente só porque o cara é famoso e tem uma aparência legal, isso não é tão importante quando o caráter está em falta.

— Aparência legal? Não força, Kate, aquele garoto me faz querer cometer os sete pecados capitais.

Nós duas gargalhamos.

Chamei o garçom para fazer o nosso pedido. Almoçamos colocando todas as novidades em dia em meio a risadas. Quando estávamos na sobremesa, senti meu celular vibrar em minha bolsa. Era uma mensagem de Aidan.

Mensagem enviada por Aidan, às 1:15pm.

"Acabei de chegar no campus, vou colocar as coisas no meu quarto. Onde você está?"

"A chata da Natalie já está ai?"

Revirei os olhos, mas sorri chamando atenção de Natalie.

— Quem é? — murmurou com sua boca cheia de Crème brûlée.

— É só o Aiden, ele também chegou.

Como esperado, Natalie revirou os olhos e se mostrou completamente desinteressada. Esses dois tinham uma forma diferente de demostrar amor. Muitas vezes em que Aidan precisava de alguma ajuda, Natalie era a primeira a ajudá-lo, exatamente como Aidan em relação à Natalie, ele seria sempre um ombro amigo quando ela precisasse, mas no dia a dia? Eram piores que cão e gato.

Mensagem enviada por Katherine, às 1:18pm.

Deixa de ser chato. Sim, ela está comigo, estamos terminando de almoçar, nos encontre daqui a pouco no nosso dormitório.

Travei a tela do celular e o joguei novamente em minha bolsa voltando a terminar minha deliciosa torta Alemã. Finalizamos nosso almoço e saímos do restaurante de braços dados pela rua conversando sobre coisas descontraídas. Como eu senti falta de momentos assim com ela. Era acostumada a ser sozinha. Filha única, sem mãe, pai sempre ausente por conta do trabalho, ficar sozinha era algo natural para mim, mas Natalie foi criada com mais cinco irmãos, família alegre e agitada, ela me trazia um pouco dessa harmonia agradável que ela tinha.

Quando estávamos perto do campus, Natalie e eu recebemos uma mensagem juntas. Nós duas nos entreolhamos e pegamos os nossos celulares. Era uma mensagem no grupo da faculdade, Tyler faria uma festa amanhã à noite em sua fraternidade em retorno as aulas.

— Sabia. — disse guardando meu celular de volta. Não era uma surpresa que Tyler-exibido faria essa festa. Ele adorava ser exibicionista, era líder da sua fraternidade e capitão do time de futebol americano da universidade. Tyler era o Tyler, não gostava de ser contrariado e amava ser bajulado. 

Detestava esses tipos de caras e amanhã estaria chegando outro com o Rei na barriga.

— Fessssssta. Vamos! Vamos! Vamos! — Natalie ficou dando gritinhos empolgados ao meu lado. Bufei.

— Não mesmo, não fui ano passado e vou continuar não indo esse ano. — retornei a andar.

— Ah, qual é, Kate, estamos na faculdade, não podemos viver essa experiência sem frequentar festas de fraternidade. — disse correndo atrás de mim.

— Vou dizer a mesma coisa que eu disse ano passado: Se quiser ir, fique a vontade, mas eu ficarei assistindo Netflix.

— Qual é, Kate, por favor, você sabe que eu não gosto de ir sozinha. Eu sempre quis saber como eram essas festas e nessa todos os alunos estão convidados. É retorno das aulas, vamooooos. Por favorzinho? — parou na minha frente me impedindo de andar, fazendo biquinho como se fosse uma criança de três anos.

— Não curto festas assim, na verdade eu não curto festa nenhuma.

— Eu sei, mas custa fazer esse pequeno favor? Prometo que se você achar muito entediante, se algo aborrecê-la, nós vamos embora, tudo bem? — uniu suas mãos em súplica com o mesmo olhar do gato de botas. Droga. Esse olhar sempre funcionava comigo.

— Tudo bem, mas com uma condição. — impus rapidamente quando ela começou com seus pulinhos empolgantes. — Não vamos passar da meia noite, teremos aula no dia seguinte e se eu não gostar do ambiente, vamos embora antes, concorda?

— Concordo com tudo o que você quiser, não acredito que finalmente irei nessas festas da fraternidade. — deu outro pulinho empolgante antes de voltar a entrelaçar seu braço no meu. Continuamos com o nosso caminho até o dormitório encontrando Aidan sentado no chão em frente à porta do nosso quarto.

Ele estava com seus fones ouvindo alguma música, ao sentir a nossa presença, levantou sua cabeça e sorriu ao nos ver.

— As donzelas chegaram, finalmente. Devoraram o restaurante inteiro? — brincou vindo me abraçar tirando meus pés do chão, depois esfregou a cabeça de Natalie com as mãos, bagunçando suas tranças.

— Oi pra você também. — Natalie indagou irritada tateando suas mãos pelas suas tranças para arrumá-las novamente.

— Souberam da festa? Não é nenhuma novidade, mas esse ano vocês irão?

Quando pensei em abrir a boca para respondê-lo, Natalie respondeu apressadamente:

— Não, será no início da semana, teremos aula no dia seguinte. Fora que é festa do Tyler, o cara é um tremendo idiota. — revirou os olhos mostrando indignação. Continuei parada perplexa, sem entender o que estava acontecendo. Ela mudou de ideia?

— Pela primeira vez Natalie tem razão. — murmurou zombando. Natalie lhe mostrou a língua antes de passar por ele e entrar no quarto.

— Vocês dois podiam parar com as provocações, assim eu teria um ano mais agradável.

— Vou pensar a respeito. — ele cruzou os braços e franziu o cenho, fingindo estar pensando em algo. — Não. É divertido demais. — sorriu brincalhão. Dei um leve tapa em seu braço, rindo junto com ele. Aidan não mudava.

— Preciso de um banho e descansar um pouco, mais tarde nos encontramos na pizzaria Olni? — dadivei. Garotos não eram permitidos no dormitório feminino, Aidan nem deveria estar aqui no corredor.

— Claro, até mais tarde. — nos despedimos e eu voltei para o quarto. Natalie havia voltado a arrumar suas coisas. Caminhei até ela de braços cruzados e parei na sua frente, esperando que me olhasse. Ela se fingiu de cega.

— Ei? — chamei sua atenção, seus olhos me encararam rapidamente antes de voltar sua atenção para o que estava fazendo.

— Oi?

— Não preciso perguntar, você já sabe o que eu quero saber. Porque disse aquilo ao Aidan?

— Porque ele é um chato, me irrita ao extremo e quero aproveitar a festa sem a sua companhia. Está boa essa justificativa? — murmurou irritada.

— Sei que vocês dois ficam nas implicâncias, mas não podemos simplesmente deixá-lo de fora.

— Vocês fizeram programas nas férias só os dois, assim como nós duas saímos juntas sem ele, qual o problema? Pelo menos na festa da fraternidade não quero esse chato no meu pé.

Suspirei coçando minha pálpebra cansada de todo esse papo.

— Tudo bem, mas não deixe Aidan ficar sabendo disso, e não se esqueça do nosso combinado.

Ebaaaa. — me abraçou empolgada.

Desfiz minhas malas e organizei minha escrivaninha, depois pegamos nossas toalhas e roupão para tomarmos um banho. O banheiro era coletivo, vários chuveiros enfileirados, tudo bem às claras, somente as cabines com vasos sanitários que eram dividas separadamente. Graças a Deus por isso.

O banheiro estava vazio nesse horário, tomamos um banho rapidamente e nos enrolamos no roupão antes de voltarmos para o quarto. Fazíamos tudo juntas, nunca deixávamos uma ir sozinha sem a outra, quando Natalie queria ir, eu sempre a acompanhava, assim como ela sempre me acompanhava também. 

Mais tarde nós três nos reunimos na pizzaria Olni onde comemos uma pizza de três sabores com borda recheada. O lugar estava lotado de estudantes. Olhei ao redor e me senti bem de estar ali novamente, todo fim de semana vínhamos para cá, esse ano não seria diferente.

Depois de devorarmos uma pizza grande com muita conversa e risadas, Aidan nos deixou em nosso dormitório e voltou para o seu.

O dia havia acabado e estava na hora de se recolher.


NOTAS FINAIS:

SURPRESAAAAA. Sei que eu avisei que só postaria no dia 02, mas Intenso alcançou mais de 500 visualizações e quase 100 comentários somente com o prólogo, então resolvi presenteá-los com o 1 capítulo antes do prazo, vocês estavam merecendo (e muito♥ ). MUITO OBRIGADA por todo esse apoio que me deram somente com o prólogo, significa muito para mim. Espero que tenham gostado bolinhos, estou a muito tempo com esses capítulos prontos na espera de serem postados, foi tudo escrito com muito amor ♥ 

Não sei se postarei no domingo dia 02, provavelmente no fim de semana devo postar somente o Elenco para vocês (vai depender do desempenho desse capítulo), então deixe seu voto e seu comentário, gosto das opiniões e apoio de todos vocês (fora que é importante para a história). 

Até a próxima, Ka♥

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