As revelações II
Ao chegar Dênis fica espantado em verificar que haviam montado uma espécie de UTI dentro da sala de encriptografia, Pedro estava tendo um ataque de espasmos e encontrava-se amarrado na cama, havia uma bolsa com um soro azulado e uma mangueira que ia direto para a veia de seu braço, fios com eletrodos estavam saindo por todo o seu corpo e estavam ligados à máquinas que Dênis nunca tinha visto por ali.
Dr. Lourenço ao vê-lo dentro da sala grita:
- Saia daqui agora rapaz! Eu não lhe dei autorização para entrar!
Dênis começa a caminha de costas em direção à porta, uma das enfermeiras o pegou pelo braço e o empurrou para fora e fechou a porta, o mentor de Pedro pôde ouvir o velho médico pesquisador dar ordens para as enfermeiras mexerem nos equipamentos e preparar seringas com mais medicamentos. "Eles vão matá-lo" pensou Dênis.
Ao se virar Dênis viu que a agenda do Dr. Lourenço estava em cima da mesa então a pegou e tentou encontrar alguma informação a respeito de Pedro. As folhas mais recentes tinham anotações sobre o projeto RPD149-A, eram anotações sobre os horários dos medicamentos além dos problemas relatados como "dores de cabeça", "dores nas incisões antigas", "convulsões"... "só podiam se referir a Pedro" pensou. O operador continuou a vasculhar as anotações em busca de informações mais conclusivas a respeito do objetivo daquilo tudo, e o que ele encontrou lhe fez perder o chão.
O operador largou a agenda na mesa e foi direto para a sala do conselho, não havia ninguém ali. Ele foi informado que todos, inclusive Augusto, o gerente do CCO14. Haviam saído para uma reunião externa e só voltariam no dia seguinte.
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Dênis passou a noite em claro e logo pela manhã procurou uma das enfermeiras da tarde anterior para saber sobre o estado de Pedro.
- Ele já está bem melhor receberá alta na hora do almoço e, a propósito, Dr. Lourenço disse que precisa falar com o senhor.
"Velho desgraçado! Maldito! Vou quebrar a cara dele!" - pensou.
Augusto e alguns membros do conselho já estavam de volta e Dênis tratou de procurá-los. Ele expôs tudo aquilo que havia lido na agenda do Dr. Lourenço.
- Então Augusto vamos deixar isso continuar?
- Cara o que você fez? - perguntou Augusto.
- Como assim o que eu fiz? Você ouviu o que eu acabei de dizer?
Um dos anciões do conselho esbravejou:
- Espionar um membro do Bureau sem autorização é um ato de traição!
Dênis parecia incrédulo com a reação dos conselheiros e de Augusto, receoso procurou olhar para os pontos de saída, portas e janelas, então se deu conta que Dr. Lourenço também tinha chegado para continuar com a cessão de esporro, trazendo seu fiel escudeiro felino nos braços.
- Posso ficar a sós com Dênis?
Todos os demais saíram só ficaram na sala o velho médico pesquisador, Dênis e o felino.
- Dênis, o que você fez meu filho! Você acessou informações que estão além de suas capacidades de compreensão.
- Dr., qual o propósito disso? Onde vamos parar? Isso não é justo conosco!
- Você sabe que existe um bem maior, e precisamos nos sacrificar. Cada um tem que dar a sua parte.
- Mas os operadores sempre ficam com a pior parte! Isso não é justo! Pedro tem que saber o que vocês estão fazendo com ele!
- Se você disser alguma coisa a ele você o terá destruído, você sabe disso.
- Eu não concordo com isso! Tudo tem um limite. Além do mais ou eu falo ou ele corre um sério risco de morrer.
- Essa decisão não lhe cabe, você sabe qual é o alcance do Bureau. Só lhe peço uma coisa não desgrace a vida dele. Você já desgraçou a sua, aliás por mais de uma vez... mas agora, isso foi muito grave...
- Que vida, nós somos meros cães de caça...
- Não é verdade! Você sabe da importância que vocês têm para o nosso objetivo. Vocês são essenciais! Mas é uma grande pena que você quebrou a regra de ouro. Você não poderia se virar contra seus próprios criadores. Você trouxe a desgraça a sua existência. Eu só lhe imploro para que você também não desgrace a vida do Pedro. Não diga nada a ele. Você sabe que não terá perdão, e sabe que não poderemos lhe deixar partir, então como um último gesto de grandeza eu lhe peço, não destrua a vida do Pedro.
- Eu não preciso fazer isso, vocês já estão fazendo...
O operador passou dando um esbarrão no velho e caminhou até seu apartamento, pegou uma mochila e caminhou até o estacionamento. Augusto deu um sinal para que os demais presentes não interferissem, pois temia piorar ainda mais a situação.
Dênis abriu a porta do carro e jogou sua mala dentro. Ligou o carro quando percebeu a chegada de Pedro ao pátio, Dr. Lourenço corre na direção dos dois e grita:
- Dênis não faça isso! Lembre-se do que eu lhe disse!
Dênis olha para Pedro por um instante fecha os olhos e apenas mentaliza para o amigo:
- As coisas saíram do rumo! Eu tenho que partir! O tempo vai lhe mostrar a verdade amigo!
O homem acelera o carro e sai pelo portão sem olhar para traz.
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