A consciência - parte 4
Os encontros entre Érica e Pedro continuam acontecendo e certa noite ela leva o novo amigo para conhecer um atelier de um pessoal que ela gosta naquela cidade. Chegando lá tem uma roda de umas vinte pessoas de tipos e idades bem diferentes, todos parecem bem à vontade, o som que está rolando é um CD do Legião. Ela apresenta Pedro para a turma. Ele é bem recebido.
Após acompanhar algumas discussões e histórias ele já se sente um pouco mais inteirado com a galera. Dentro de alguns instantes chega um cara de uns cinquenta anos trazendo consigo uma sacola de supermercado com chocolates e outras coisas mais que na primeira vista Pedro não consegue ver, mas ele pode sentir no ar a excitação das pessoas. O homem joga o conteúdo da sacola na mesa e dá uma ordem:
- não é pra sobrar nada heim galera!
Érica olha para Pedro um pouco constrangida e diz:
- espero que você não seja careta, vamos fazer a cabeça?
- bom, se você vai eu também vou!
Ele não queria desapontar a garota, e se deixou levar pelo momento. Seus treinamentos já haviam descrito essas circunstâncias e ele pensou que teria a situação sob controle.
Alguns já vão pegando um punhado da erva e saem em procura de um papel para enrolar o baseado. O dono do atelier joga na mesa uma resma de papel pardo, aí a galera faz a festa.
Érica ganha de uma amiga um baseado bem servido já aceso. Ela sorri e pega o objeto com a maior naturalidade possível, era como se fosse rotina para ela. Dá umas boas puxadas e prende, então passa para Pedro. Ele tenta repetir o ato dela, mas dá algumas tossidas e o pessoal da roda solta uma grande gargalhada. Ele não desiste e consegue prender uma grande porção de fumaça. Então uma outra garota arranca o baseado da sua mão e fala:
- vai devagar aí gatão! Pelo jeito você não é muito acostumado.
Érica encara Pedro por alguns segundos e passa sua mão na nuca dele. Ele devolve a investida e acaricia suavemente o rosto da moça, a beija. Sente uma sensação muito diferente, sente seu corpo leve e sua mente se perder no espaço. Eles ficam se beijando por um longo tempo. O baseado chega novamente até eles e dessa vez Pedro manda mais. Érica estava linda, era a mulher mais linda daquela noite.
O pessoal leva a ordem de não deixar sobrar nada bem a sério. Eles vão para uma rede pendurada na lateral do imóvel e aproveitam a escuridão. Pedro já não sabe bem o que é realidade e o que é viagem, sua mente entra na mente de Érica, ele sente que ela era ele e ele era ela. A garota tinha um corpo maravilhoso, magra, atlética e alta. Sua pele morena cheirava suavemente a uma mistura de flores. Seus cabelos estavam trançados, deixando sua nuca à mostra. Ela estava usando um batom bem escuro e seus lábios macios era um convite irrecusável à entrega. Peitos do tamanho de laranjas, macios e excitados. Ela tirou a camisa de Pedro pode sentir o calor de seu corpo em sua pele. A noite não poderia ter sido mais perfeita para eles.
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No outro dia Pedro não conseguia diferenciar o que foi realidade ou viagem, só sabia que de qualquer forma foi bom demais. Não se lembra de como foi parar no hotel, ficou preocupado com Érica e decidiu ligar. Ela achou graça do jeito como ele se comportou na noite anterior, disse que ele cantou e dançou além de ter feito uma grande bagunça no estúdio de pintura. Pedro corou de vergonha, mas depois acabou achando isso engraçado.
Dênis corta o barato do amigo e lembra que tinham uma missão a ser realizada.
Pedro começa a administrar o cabresto para Alcides, o intuito era convencê-lo de transferir um operador com conhecimentos de química de uma outra unidade fabril para essa unidade do litoral, mas Alcides teme não ter funcionário a altura para substituir o talentoso trabalhador.
As noites do novo casal continuavam interessantes Érica era uma pessoa muito popular e tinha vários amigos naquela cidade. Em outra aventura eles foram a uma boate onde uma banda de uns amigos dela iriam se apresentar. O local estava lotado, o pessoal da banda era bem legal. No meio do intervalo Érica foi buscar umas bebidas no bar quando um engraçadinho a segurou pelo braço e tentou beija-la a força, um de seus amigos viu e foi defendê-la. Mas o cara que assediou a garota era grande e bateu no amigo dela. Pedro viu a confusão e já chegou dando um pisão no joelho do meliante que logo ficou fora de combate, outros caras chegaram pra tomar as dores do grandalhão e a confusão tomou o lugar. Pedro protegeu e puxou Érica pelo braço para fora da briga e ficou observando de longe, Érica achou o máximo a atitude de seu herói. Depois que os seguranças fizeram a limpa no local colocando os brigões pra fora, o som voltou a tocar.
Eles beberam alguns copos e logo decidiram sair dali. Pegaram o carro de Érica e foram para um point que Érica gostava de observar o mar. Ela acendeu um baseado e ofereceu a ele, Pedro aceitou. Eles sentaram-se na beira da orla e ficaram observando a lua refletir nas ondas. Ele achou aquele momento mágico. "Porque a vida não poderia ser simples assim?". Érica era uma mulher maravilhosa, "será que isso poderia ter algum futuro?". Pedro começa a se fazer várias perguntas que não consegue responder.
https://youtu.be/gFjGXypua_w
Dênis continua puxando o amigo para o mundo real e sempre lembrando qual o real motivo deles estarem ali. Pedro então vai tocando a missão para poder aproveitar as horas de folga com Érica.
Algumas contratações são feitas e alguns apoiadores entram na jogada para dar suporte ao químico do Bureau.
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Abraço.
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