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Dezenove - Lucas

Eu estava tremendo dos pés a cabeça enquanto a gente corria, atravessando os corredores quentes e abafados o mais rápido que conseguíamos.

Um dos homens que fazia parte do grupo tinha nos seguido. A raiva no olhar dele era insana, e se transformava a cada passo em fogo, as chamas queimando a areia e as pedras. Olhei pra trás por um segundo, e vi o chão ficar espelhado, a areia se transformando em vidro pelo calor, enquanto o homem corria mais rápido do que a gente esperava, nem dava pra ouvir o som das botas batendo no chão, como se estivesse praticamente escorregando nas chamas. O fogo estava azul nas pontas, denunciando a temperatura.

Helena usava seu poder pra impedir que a gente morresse queimado no meio da correria, e no abre e fecha de portas pelos corredores. Tudo que estava perto de nós recebia uma camada de gelo, que logo era derretido quando o homem chegava próximo a nós, mas dava tempo de uma brisa fria permitir que a gente respirasse direito. Kille fazia o vento frio atingir o fogo, tentando diminuir as labaredas um pouco.

Deixei minha magia escorrer pelos poros também, sentindo a água que vinha do gelo derretido de Helena ao meu redor, antes de evaporar. Usei aquilo, do mesmo jeito que Kille, jogando a água contra o fogo, tentando diminuir o calor. Mesmo sem olhar, sabia que consegui apagar as chamas mais próximas, por que a água evaporou com um chiado.

Atravessamos uma porta, fechando com violência pra tentar atrasar o homem e continuando a corrida. O som da madeira sendo praticamente explodida, fez eu me encolher correndo, e tropeçar no gelo. Madison pegou meu braço, segurando com força mais do que o necessário, pra impedir deu cair pela falta de força nas pernas.

— Ele é rápido demais, desgraçado, está ficando cada vez mais quente aqui.— Jesse reclamou, limpando o suor que escorria na testa com a manga do macacão.

— Desculpe se não está frio o suficiente, estou fazendo o possível!— Helena praticamente gritou, a voz um pouco irritada, fazendo o gelo ficar mais grosso e um pouco de neve começar a cair.

— Não estou reclamando, fica tranquila!— Jesse disse, tropeçando no chão escorregadio que o gelo fazia igual a mim.

Nós sete demos uma guinada pra direita no corredor coberto de gelo, e perdi completamente o ar quando o corredor em que saímos era fechado, uma porta de pedra de areia com um racho reto no meio no fim. As paredes se encheram de gelo, e inspirei fundo, arregalando os olhos quando percebemos o que realmente aquilo era.

— O elevador.

Nossas vozes entraram em coro, olhando a passagem para o labirinto.

Antes que pudéssemos tentar abrir aquele elevador, o calor cresceu, e as gotas de suor brotaram na minha pele, escorrendo pela têmpora. Mantive a calma o máximo possível, vendo os passos duros dele caminharem na nossa direção, dessa vez, as chamas logo atrás, e suas botas fazendo um leve estalar no chão. Não dava pra dizer que ele era só um soldadinho que acabou de sair da adolescência em um batalhão, não pela forma que caminhava como se fosse dono de tudo, ou pelo rosto adulto. Naquele momento ele era dono de alguma coisa... Do seu fogo.

— Que pena... Acho que esquecemos de mencionar que a entrada está fechada. Quebrada, melhor dizendo.— O homem resmungou, os lábios se arqueando em um sorriso. As mãos estavam cheias de fogo, mas ele passou os dedos na roupa, na adaga na cintura, e sorriu sádico pra nós, nem ao menos sentindo o calor. Era uma armadilha simples, e que nós caímos sem problema nenhum, mesmo sabendo dela.— Me parece correto que ao menos saibam o nome de quem tirará a vida dos sete. Quero que saibam que Alexandrer Voltan, foi o responsável pelo fim de vocês, e que ontem essa história no pós vida, se A Deusa permitir.

As chamas derreteram o gelo de Helena mais perto dele, fazendo nós caminharmos pra trás. Nós sete estávamos com medo, encurralados e suados agora. Era fácil ter medo, nenhum de nós julgaria o outro por isso. Alexandrer fez mais chamas queimarem nas suas mãos, rodeando os dedos, enquanto crepitavam.

Engoli em seco.

E Alexandrer atirou as chamas que rodeavam as mãos pra cima de nós, causando uma explosão enorme. Esperei sentir meu corpo ser carbonizado virando cinzas, mas ao invés disso, o gelo derretido e transformado em água, subiu pela minha pele. A água protegeu minha pele das chamas com um vapor, soltando uma nuvem de vapor no ar, que a magia que Helena mantinha logo transformou em gelo. O frio da ruiva protegeu Rosh, mas Jesse teve que subir uma parede de areia com a própria magia para se proteger, que logo foi transformada em vidro. Kille usou o feitiço de escudo, mesmo não precisando por que as chamas não chegaram diretamente até ela.

Mas Madison não estava perto o suficiente, nem de Helena, nem de Jesse, para se proteger das chamas, e muito menos ouvi sua voz tentar algum feitiço. Ela foi a última a correr quando fugimos do grupo, o que fez com que ela estivesse mais perto de Alexandrer esse tempo todo. Mais perto do fogo.

Mas Madison não tinha virado pó. Na verdade, por alguma bondade de Universo, tudo o que tinha acontecido com ela eram os cabelos chamuscados com pequenas chamas queimando nas pontas. A pele da Madison não estava nem mesmo suja de fuligem. Nem Madi parecia estar acreditando no que aconteceu, arregalando os olhos por um segundo. O homem parecia decepcionado, mas não surpreso igual a gente com o que tinha acabado de acontecer.

— São cheios de surpresas, chega a ser irritante.— Ele reclamou.

— Lide com isso.— Madi virou a cabeça, desafiando ele com o olhar. Ela fechou as mãos em punho, encostando nas chamas próximas quando deu um passo a frente. A voz dela dava confiança pra nós.

Sem aviso, Alexandrer atirou mais chamas sobre nós, dessa vez estava ainda mais irritado, e o fogo veio ainda mais forte. O calor corroeu o gelo de Helena até próximo a Rosh, e acabou estilhaçando a parede de vidro que Jesse se protegia. O vidro quebrado voou pra todos os lados, fazendo nós sete nos protegermos com as mãos, Kille e Rosh sendo jogado pra trás, contra a parede. Kille derrapou no resto de gelo, acabando no chão com as mãos cor de rosa de queimado. Rosh foi atirado acima do chão, e bateu com as costas no meio da porta do elevador, com um estrondo maior do que o normal.

Os sete pares de olhos encararam ele, até mesmo Alexandrer parecia estar de boca aberta. Rosh tinha os olhos preenchidos por completo e brilhando com luz laranja, raios de eletricidade saiam dos seus poros, envolvendo toda a parede do elevador do teto ao chão com faíscas da mesma cor. Mas ele não parecia estar sendo eletrocutado. Parecia que era de Rosh que todas a eletricidade vinha.

O som um pouco irônico fez uma risada sair da minha garganta. O elevador se abriu com um som como se tivesse chegado ao andar, e Rosh caiu de costas lá dentro, escorrendo pela porta, os olhos voltando ao normal. Em um piscar de olhos, Madison puxou meu braço de novo, e nós sete entramos na caixa de metal correndo, nossa vida dependendo daquilo.

Por maldade de Destino, Alexandrer foi rápido o suficiente pra entrar junto com a gente, antes que a porta que só mostrava metal por dentro, se fechasse. Parecia que o tempo tinha parado, de tão surpresos que os oito estavam, se encarando. A caixa de metal estava silenciosa demais, e nenhum de nós parecia estar respirando.

Até que Helena colocou as duas mãos, que soltavam vapor do gelo, tão frias que dava pra sentir a temperatura mesmo não estando perto, nos ombros de Alexandrer, e o homem perdeu a força das pernas, a pele bronzeada ficando azul nos ombros. Ele arfou tentando puxar o ar, sem conseguir se mexer com a dor.

— Vamos fazer um teste, o que acha?— Helena fez com que o homem olhasse pra ela, o medo dentro dos olhos dele substituindo o fogo que habitava ali a dez segundos atrás. Já o verde dos olhos de Helena... Estavam cobertos por gelo, sadismo e crueldade.— Vamos ver quanto tempo você aguenta sem seu fogo querido?

As mãos escorregaram pelos ombros dele devagar, em direção ao coração. Helena estava se divertindo com ele, completamente perdida no caminho que fazia com os dedos na pele de Alexandrer, um sorriso cruel no rosto dela.

— Lena.— Madison chamou, tentando tirar a ruiva do transe.— Lena! HELENA!— A ruiva encarou Madi com o canto dos olhos, o sorriso desaparecendo do rosto, substituído por uma expressão séria.

— Ele merece isso.— Trincou os dentes.

Nenhum de nós além da Madi ousava respirar, as costas coladas nas paredes de metal. Alexandrer também não respirava, mas seu motivo era outro.

— Não, ele não merece a morte Lena...— Madi tentou encostar na Helena, mas puxou a mão rápido, as pontas dos dedos cor de rosa e queimadas. A pele de todo o braço da ruiva soltava fumaça de tão fria, e uma camada de geada cobria os ombros dele, correndo devagar para o coração do homem.— Helena, você não é cruel desse jeito, não é cruel o suficiente para matar alguém, nenhum de nós é, você precisa se lembrar disso!

— Não sei se você tem propriedade para falar sobre crueldade Madi. Aposta quanto que Anne concordaria comigo?

Madison se encolheu completamente, os ombros se arqueando como se tivesse levado um tapa na cara. Até eu senti o peso da voz de Helena. Descolei as costas do metal, me adiantando, na obrigação de fazer algo.

— Não matamos ninguém se não for preciso, se isso não custar nossa vida!!! Nunca matamos ninguém de verdade, apenas hologramas!— Ficamos em silêncio, e até a geada vinda do poder de Helena parou pra me escutar, enquanto eu tentava manter a voz firme o suficiente.— Pode ir em frente Helena, vai, mata ele. Mas depois você vai ter que conviver com esse peso, e ele vai ser só seu, por que nós tentamos alguma coisa pra impedir.

Helena encarou Alexandrer, estudando o rosto do homem devagar, vendo a expressão de dor colada na cara dele. Então ela puxou as mãos, deixando caírem ao lado do corpo. O frio que estava no elevador sumiu, como se fosse sugado pra dentro de Helena junto com a fumaça, e Alexandrer caiu de joelhos com um estrondo enorme, a geada desaparecendo, puxando o ar enquanto tentava sobreviver.

Nós seis que observávamos Helena soltamos o ar preso na garganta, a tensão nos ombros relaxando tudo de uma vez, em um suspiro coletivo. Quando o ar começou a circular novamente no elevador, o som de metal se retorcendo e contraindo me fez arregalar os olhos de novo, alerta.

E então, com o único aviso sendo um rangido mais alto, o elevador deu um tranco que nos desequilibrou, e despencou fosso a baixo.

As costas de nós oito foram coladas no teto com a velocidade da descida, a única luz, branca e doentia que iluminava tudo piscando desesperadamente enquanto a gente começou a gritar, o ar preso nos pulmões.

E então com um baque e um rangido ainda maior, o elevador chegou no fundo, e nós oito caímos de cara no chão com gemidos baixos de dor. Bati a cabeça com tudo no metal, estrelas flutuando na minha visão com as costas doloridas do impacto. Me apoiei nos joelhos, segurando o corpo dolorido sem equilíbrio.

O elevador, que parecia praticamente brincando com a nossa cara, fez o mesmo som de antes, como se chegasse no andar certo, e as portas se abriram devagar, rangendo um pouco. Mesmo com as cabeças e músculos doendo, nossa primeira reação foi nos arrastarmos pra fora da caixa de metal, uns puxando aos outros. Assim que o último dos sete estava do lado de fora, sem forças, as portas se fecharam, trancando um Alexandrer desmaiado do lado de dentro, nem parecendo mais o homem de um minuto antes.

Só ousamos levantar e olhar onde tínhamos parado, quando o eco do elevador subindo no fosso desapareceu.


Eu sabia que tinha desmaiado pela dor e pela adrenalina assim que as portas do elevador fecharam. Agora, de olhos abertos e lacrimejando, conseguia ver eu mesmo refletido em um espelho limpo e sem vincos, deitado no chão de pedra.

Levantei de uma vez só, ficando sentado enquanto as costas latejavam. Fechei os olhos, segurando a dor no fundo da garganta junto com o ar. Pisquei, procurando os outros Escolhidos.

— Pelo amor de Universo, se estiver todo mundo vivo me lembra de fazer uma festa quando voltarmos.— A voz de Kille resmungou.

— Eu ajudo a organizar, porquê estão todos aqui.— Jesse foi quem respondeu.

Ajudamos uns aos outros a se levantar. Reparei que Helena fez questão de ajudar Madi a se levantar, pedindo desculpas com o olhar. As duas se encararam, antes que a nossa atenção fosse voltada pro brilho colorido nos nossos pulsos.

Fazia muito tempo que nossas marcas não brilhavam.

Não era um brilho leve e doentio, como acontecia as vezes quando estava testando a minha magia com Kortry e Felin. Era o tipo de brilho forte, florescente, que só acontecia quando estávamos perto de algo importante pra nossa missão. Encostamos as costas uns nos outros, formando um círculo. Estávamos em uma sala com as paredes e o teto completamente espelhados, redondas e com o chão de pedra, pela primeira vez desde que chegamos em Wonderfull sem uma camada de areia cobrindo, de onde luzes minusculas faziam sombra na nossa cara.

As marcas pareceram estar ainda mais brilhantes se é que isso era possível. Até que sumiram, todas de um vez, e levamos um susto, quando uma voz grave e masculina ecoou na sala espelhada, quase como um suspiro.

— Um grupo de Escolhidos... É um acontecimento único ver os jovens que tiveram a honra de receber a marca.

— O que é você?— Perguntei, tendo total consciência que por mais que pareça muito, aquela voz não chegava perto de ser humana.

— Fizeram a pergunta certa, Escolhidos. Não tenho um rosto como vocês, ou um coração batendo e sangue quente nas veias. Não fui criado com um nome. Os bárbaros porém, costumam me chamar de Labirinto, apesar do nome não ser a melhor classificação.

— Esse lugar é um labirinto. Por que não seria a melhor classificação? — Continuei falando, tentando achar alguém a mais no reflexo dos espelhos, algum lugar de onde possa vir aquela voz.

— De certa forma, esse lugar é um labirinto. Mas Espelho, é um nome melhor para denominar...

— O que quer de nós?— Engoli em seco.

— A pergunta correta, é o que vocês querem de mim. Porém, já possuo essa resposta, e confirmo a vocês, a joia que procuram está aqui. Porém, jovens Escolhidos, existem regras nestas salas, e vocês pagarão o preço por encontrarem esses espelhos. Antes que gastem folego para indagar qual será o preço, posso dizer apenas que vocês mesmos descobrirão isso, nos próprios reflexos. E terão que fazer isso sozinhos.

Os espelhos da sala redonda brilharam com uma luz branca, e assim que a luz desapareceu, sete redemoinhos, parecidos com nebulosas de estrelas brilharam, cada um deles diretamente em frente a cada um de nós.

— Cada um desses portais levará vocês para cem salas adiante, em todas as direções. A joia estará em algum lugar destas salas. Sigam os rastros da vida para encontra-la. A unica coisa que posso avisar a vocês, é fiquem longe dos espelhos.

A última frase de Espelho fez um arrepio subir pela minha coluna. Senti Madison e Jesse apertarem cada um uma das minhas mãos, a força sendo transmitida entre um e outro.

— Nós vamos voltar a nos ver. Vamos nos ver, vivos, e voltaremos em segurança.— Contra o que eu achei que aconteceria, quem disse aquilo foi Helena. As vezes, era difícil lembrar que Helena representava a Perseverança entre nós.

Concordamos com a cabeça em silêncio.

Tive que respirar fundo pra soltar a mão de Madi e de Jesse, desejando mentalmente que o que Helena disse fosse verdade. Então, dei um passo a frente, sentindo a nebulosa do portal formigar na minha pele.

A ultima imagem que veio na minha mente antes de atravessar todo o portal, foi Madison, no exato momento em que seus ombros se arquearam quando Helena praticamente deu um tapa verbal nela.

Mais especificamente, no rosto de Madison. Na expressão de culpa.


Frase impactante não é mesmo milhos pra pipoca. Culpa, é uma coisa destrutiva para todos nós, não temos uma exceção. Ela machuca profundamente... Apesar disso, a Madi tem uma pele dura kkkkk, suportou uma labareda na cara né anjos. Ah, eles vão entrar no labirinto, que saudade de escrever esse labirinto, mas vai ter tantas mudanças que vocês vão se surpreender. Coloquem suas opiniões e teorias nos comentários, e não se esqueçam de apertar na estrelinha linda que me ajuda MUITOOOO!!!

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