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Vinte e três - Madison.

Cheguei a pensar que não teríamos mais problemas com aquele homem, depois do susto que foi encontra-lo pelos corredores escuros do castelo. Mas devia ter imaginado que a sequência de acontecimentos que vieram depois era possível, a adrenalina sendo injetada em minhas veias de uma hora para a outra, me fazendo esquecer todo o resquício de dor dos ferimentos que Emanuelly curara.

— CORRAM!

As palavras da princesa foram claras, mas não consegui encontrar um rota viável para correr. O homem bloqueava a única saída da cela, ostentando um sorriso satisfeito em seus lábios, do tipo que eu ficaria feliz em arrancar do rosto fétido. Não seria tão fácil passar por ele.

— Sai da frente, se não quiser perder o outro olho também! — Lucas ameaçou e foi um alívio ouvir sua voz depois de tanto tempo. O garoto franziu as sobrancelhas, trincando o maxilar para ele, os punhos cerrados ao lado do corpo. Meu corpo estava quente, suava por causa da adrenalina pulsando sem parar em meus ouvidos.

— E o que pode fazer criança? — Ele tossiu uma risada de escarnio. — Estão desarmados, contra um soldado muito mais experiente que vocês. Se isto é uma suplica para a morte, ficarei feliz em atende-la! — Sem aviso, o homem desembainhou sua espada e iniciou um ataque, a lâmina cortando o ar como um raio.

Ele golpeou várias vezes, girando e se movimentando como um peão para adquirir mais força ao atingir o alvo, revezando sua atenção entre cada um de nós. A criatura se demorava um pouco mais em Emanuelly, que lhe dava um trabalho maior utilizando a magia para se defender e atacar. Consegui desviar dos golpes, sentindo a lâmina apenas roçar contra minha pele e tentei de todas as formas traze-lo cada vez mais para o fundo da cela, deixando a entrada livre.

Em certo momento, não consegui mais me esquivar, as paredes sujas de pedra batendo contra minhas costas, me encurralando. Pelo canto dos olhos, reparei que Kille e Rosh já se encontravam do lado de fora da cela, observando a mim e a Emanuelly, mas Lucas hesitou, preocupado. Nesse segundo de distração, o homem levantou sua espada acima da cabeça, preparando-se para me dar um golpe certeiro.

Seria com apenas um golpe que eu morreria. Cortada ao meio, encurralada e sem chance de defesa. 

Ele tomou impulso, descendo a espada de uma vez só, aproveitando o momento de vitória. Cerrei os olhos, respirando profundamente uma última vez, sentindo o cheiro podre daquela pele flácida, apenas esperando a dor me nocautear. Qual seria a sensação de morrer? Mas nada me atingiu, tornando o momento mais comprido do que esperava e apenas o som do bruxulear de magia chegou até mim, acompanhando de um odor forte e metálico. Abri os olhos um tanto surpresa, encontrando a luz azul clara e leve da magia de Emanuelly, segurando a espada no ar com as duas mãos. Ela parecia séculos mais velha naquela posição, encarando Reven nariz contra nariz. Poderosa, era a palavra correta.

— Corra, saia daqui! Eu cuido dele! — A princesa ordenou, o tom de voz estupidamente firme e calmo para aquela situação. Seus olhos estavam cerrados de ódio. — Não deixarei que estrague o que construí aqui, Reven.

— Reven? Não sabia que tratava-me pelo nome, pequena. — Ele resmungou, sorrindo de forma maníaca. Seu punho fechou-se mais fortemente na guarda da espada e forçou a arma contra a magia da princesa. Ele encarou-me, voltando seu rosto de forma amedrontadora em minha direção, que continuava em choque, presa contra o limo da parede. — Quer saber que tipo de relação sua Oráculo particular tem comigo criança? O que sua salvadora é?

— Madison, por Universo, mexa-se! — A voz irritada de Emanuelly tirou-me do torpor do medo e não demorei para correr, me esgueirando junto à parede e por trás dos dois.

— Então não contou para sua protegida de onde veio? Ela sequer sabe que é filha de Nelifa, princesa? 

Já me aproximava da saída da cela, Rosh, Kille e Lucas chamando-me em desespero do outro lado. Mas a curiosidade venceu-me, a conversa capturando minha atenção e parei para ouvi-la, os olhos levemente arregalados.

— Você subestima a inteligência e astucia dos sete. — Ela respondeu, o maxilar trincados.

— Mas será que eles sabem... — Não precisava encara-lo para entender que Reven sorria. — Que também é minha filha?

A frase atingiu-me com mais intensidade do que esperava. O motivo, eu não tinha certeza. A princesa ajudou-nos no momento mais crítico, permaneceu ali, utilizando de sua boa vontade e de sua magia para nos manter vivos. Era filha de dois seres cruéis, mas em nenhum momento esboçou qualquer inclinação para a crueldade conosco... Não deveria julga-la, não poderia... Mas da mesma forma, meu coração se apertou e um peso desconfortável se instalou em meu estômago.

Emanuelly espumava de raiva. Ela estapeou o rosto do pai, a magia rasgando o tapa olho preto que a criatura utilizava e deixando a pele do rosto fumegante, queimada. Ele deu um passo para trás, atônito com a reação da princesa.

— A quem importa eu ser sua filha? O sangue que correm em minhas veias, é sangue de bruxa, não há nem ao menos uma gota de sua raça em mim! — Ela berrou, seus lábios se erguendo em um sorriso, as mãos faiscando. — Eu entendo que queira gritar a todo o cosmos que possui qualquer grau parentesco comigo, sabe Reven? — Emanuelly esfregou as mãos uma na outra, iluminando toda a cela com seu tom de azul, os olhos faiscando de raiva sendo ocultos pelos cabelos escuros, caindo sobre seu rosto. — Deve ser agoniante, ser pai de um ser tão poderoso e não possuir a mínima importância.

A magia da princesa explodiu, iluminando o comodo de maneira tão destrutiva que parecia queimar a pele. Eu teria sido destruída pela explosão de energia, que produziu um estrondo estupidamente alto e abalou as estruturas do castelo, como provavelmente Reven foi, se não tivesse sido puxada com força de dentro da cela e arrastada para um canto escuro, por uma cabeleira ruiva oleosa e suada.

— Você enlouqueceu, só pode... — Helena segurou meu rosto com as duas mãos cheias de sardas, obrigando meus olhos a encontrarem suas íris verde-musgo. — Não podemos ficar aqui nem mais um segundo, precisamos ir embora! — Tudo em volta desapareceu por um segundo, apenas ela existia em meu campo de visão. Só o que me importava era a voz dela, o que Helena dizia. O transe em que me encontrava se dissipou de uma hora para outra e concordei com a cabeça. A ruiva segurou minha mão forte e nos levantamos, sentindo o prédio tremer. — Vamos.

Não podia perder o foco. Não agora. Emanuelly sacrificou muita coisa para nos ajudar, não importava seu passado, não permitiria que tudo fosse em vão. Jesse atirou nossas armas pelo ar, devolvendo-as rapidamente para cada um. Abri um largo sorriso satisfeito, sentindo o conforto da guarda encouraçada de Incandescente em mãos.

— Vocês entenderam. — Murmurei, o alívio e a felicidade se espalhando por meus músculos.

—  Você me explicou quase tudo, não foi muito difícil. — Helena respondeu, correndo em disparada para subir a escadaria de pedra puída em espiral, nossa única passagem para o mundo exterior. — Foi inteligente em pensar nesse plano! Nossas armas caíram em uma varanda, alguns andares abaixo e tinha razão quando disse que não sairemos daqui sem elas. — Nossos passos ecoavam pela pedra, provocando um burburinho alto enquanto nós sete corríamos. — Não teríamos encontrado vocês desarmados, o castelo está apinhado de guardas!

Meus pés escorregaram no limo, assim que todos pararam subitamente no fim da escadaria e apoiei o corpo contra a parede. Brandi Incandescente entre os dedos, preparando-me para a batalha que batia à nossa porta. Kille virou-se para descer pelo corredor, chamando-nos para acompanha-la, mas segurei seu braço antes que pudesse dar mais um passo.

— Não, não podemos descer. Emanuelly disse que não conseguiremos sair daqui, se não for por cima! — Avisei, direcionando-me para o lado contrário do corredor.

— O que a princesa tem a ver com isso!? — Jesse perguntou, inclinado a seguir Kille.

— Ela é um Oráculo, Emanuelly vê o futuro! E ela avisou, enfaticamente que não sairemos daqui se tentarmos escapar descendo! — Respondi, ficando séria por um instante, na tentativa de esconder o desespero que sentia. — Confio inteiramente nela, só estamos vivos por conta da ajuda que ela nos deu! A princesa esteve certa mais de uma vez, ela é confiável, é nossa confirmação, um caminho certo a seguir! — Meu tom de voz era sério, sem um pingo de dúvida. Kille pareceu surpresa quando percebeu isso e apenas balançou a cabeça, concordando comigo devagar. — Vamos!

Ainda com Incandescente em mãos, corri pelo castelo, buscando a primeira escadaria que surgisse em nosso caminho. Nossos passos ecoavam juntos, ritmados, as armas prontas para golpear qualquer um que surgisse em nosso caminho, a principal preocupação sendo subir o mais rápido que conseguíssemos.

— Para cima, para cima... — Resmungava, repetindo várias e várias vezes para mim mesma durante a corrida, como um mantra.

A cada passo, o mundo parecia se comprimir e se alargar de forma ritmada, meus olhos demoravam para focar, como se de repente, tivesse algum problema de visão. Era como um torpor, que só permitia que meu foco estivesse em correr, nem ao menos prestava atenção nos soldados que surgiam, golpeando sem muito foco, apenas deixando-os para trás. Talvez a adrenalina e o medo tivessem me causado um ataque de pânico, mas aquilo não tinha importância. Antes que pudesse reparar, com as pernas reclamando por conta do esforço, nos vi em frente aos aposentos de Nelifa. Permiti que meus pés desacelerarem, esquadrinhando o corredor, buscando uma forma de continuar. Ainda haviam as torres e uma de suas passagens ficava em um corredor lateral àquele. Eram tudo o que tínhamos.

— Por aqui... — Chamei, voltando-me em direção ao arco que levava a torre mais alta. 

Estávamos perto do fim, podia sentir isso, a expectativa pulsando no ar como uma droga, repetindo para mim mesmo que terminaria rápido. Os colares em meu pescoço funcionavam como âncoras, me mantendo presa ao mundo real. Um deles, a única forma de voltarmos à Cidade de Touque, o outro, representava os motivos pelos quais queria voltar.

Os últimos degraus da longa escadaria que nos levaria ao topo do castelo, pareceram a pior das torturas. Atravessamos o arco da saída, surgindo no ar puro e frio do fim de noite, a manhã tentando irromper nos últimos minutos de madrugada, pintando de laranja e amarelo o horizonte imenso e inexplorado para mim. Uma bandeira tremulava levemente ao vento, acenando para nós. Cada segundo pareceu se passar em uma eternidade particular.

Por um momento, me permitir encarar o horizonte, como se todas as respostas estivessem na linha de luz que emergia pouco a pouco. Mas fora apenas um único e breve momento. A paz e segurança que povoava minhas decisões anteriormente, esquecidas, quando o estalar de palmas, lentas e espaçadas, ecoou pelo ar, acompanhada pelo tom de voz dela. Nossa maldição.

— Admito que errei. São adversários interessantíssimos, devo dizer que a bravura dos sete me angustia! — Nelifa disse, sua voz nos atingindo como ondas de um mar revolto. O sorriso e o olhar maníaco estavam presentes, cada um de seus gestos pareciam calculados, mortais como uma animal selvagem. — Engenhosos, mas não posso chama-los de espertos. Seguiram cada passo, desenhado e exposto pelo Oráculo Detentor da Palavra, em direção a um fim necessário... A mim!

Senti que poderia chorar para todo o sempre, sem pausa, até desidratar e expulsar de meu peito todo o sentimento de traição que se instalou ali.

 Seria capaz de me atirar do precipício, se o ato fizesse-me sentir melhor...

— Não... — Sussurrei, tão baixo que nem eu mesma tive certeza.

— Uma princesa complacente, que sacrificará tudo para auxilia-los à sair deste castelo... Por cima, evidentemente. — Não conseguia me mover. Minhas pernas pareciam pesadas demais para suportar, minha pele havia perdido a cor... Estava pálida, completamente pálida. Uma armadilha. Caímos em uma armadilha. — Onde, claro, a psicótica rainha estará esperando-os ansiosamente. Tudo torna-se mais divertido em outros cenários, quando os ratos esperneiam para sobreviver... Um jogo, doce como sangue.

— Ela não é como você... Emanuelly não é como você! — Anunciei, como se pudesse tornar o que dizia realidade, se repetisse várias vezes.

— Tem razão criança... — Nelifa sobrepujou o último degrau da escada, finalmente prostrando-se de forma imponente à nossa frente. — Ela é muito pior.

Os dedos de Nelifa envolveram-se de uma aura esverdeada, faiscante. A magia deixava um cheiro metálico ainda mais pungente no ar, perceptível mesmo que a floresta morta em volta o atenuasse com o aroma de fogo e o vento rapidamente o dissipasse. A esfera de energia e faíscas cor de mata era assustadora e mesmo assim, belíssima.

— Serei rápida, não sentirão dor. — A rainha murmurou. Subitamente, o céu se fechou para o amanhecer, o tom amarelado desaparecendo como se jamais tivesse existido. Nuvens espessas formaram um rodamoinho nos céus, uma tempestade de raios, tão escuras quanto o breu dos cabelos da mulher. Seus lábios avermelhados se abriram suavemente, sua voz rasgando o ar em uma risada baixa e debochada. — Ou ao menos, não tanta quanto gostaria...

Raios esverdeados escaparam de dentro das nuvens, rodeadas de pequenas faíscas elétricas, acompanhados de flashes de luz branca. Não tinha tempo para imaginar o que os habitantes da cidadela estariam sentindo, mesmo assim, o pensamento surgiu em minha mente e desapareceu tão rapidamente quanto.

— Está mentindo e sabe disso, não é Nelifa? — Assustei-me, assim que a voz de Kille, alta e clara como nunca a tinha ouvido, inundou o ar. A garota pousou sua mão em meu ombro, prostando-se ao meu lado. Rápido como veio, o sorriso de Nelifa desapareceu de seu belo rosto, transformando-se em uma expressão de raiva oculta pela máscara de serenidade. — Estive ao lado dela. Ela me curou, escutei sua conversa com Madi, encarei o fundo de seus olhos! Emanuelly jamais poderia ser pior do que você. — Arregalei os olhos, surpresa e atônita. Se até eu mesma, que escutei cada palavra que a princesa tinha a dizer, estava confusa, duvidosa... Não esperava que algum dos Escolhidos tivesse outra visão dos acontecimentos. — Pelo contrário, Majestade. Ela seria uma rainha muito melhor que você!

O ódio que faiscou no olhar de Nelifa, carregado com rastros de loucura e brilhantes por conta da magia, fez com que tentasse me afastar, dando um passo para trás. As nuvens negras no céu se juntaram ainda mais, compactando-se, rodopiando e um relâmpago, seguido de um trovão alto e estrondoso, fez com que nos amontoássemos, buscando conforto uns nos outros.

— Sua importância é tão ínfima, que não me darei ao trabalho de divertir-me com vocês... — Nelifa resmungou, enraivecida. Ela levou suas mãos ao céu, faiscando tamanha a intensidade da magia, sem nem ao menos tirar seus olhos cor de âmbar de nós. — Não merecem essa atenção.

Como se uma criatura imensa tivesse urrado um som agoniante, os céus irromperam um forte e poderoso raio, completamente verde, feito de pura magia e pulsando energia. O raio explodiu à nossa frente, emitindo uma onda tão forte, que abalou as estruturas da torre e nos atirou para trás, em direção ao precipício e à cachoeira. Por sorte, Kille, Jesse e Helena conseguiram se segurar uns nos outros, recebendo a energia profundamente e Lucas, Genezis e Rosh se atiraram no chão, suportando a onda.

Eu não tive a sorte deles.



     WOOOWWWW!!! O que vocês acharam desse fim de capítulo emocionante? Muita coisa aconteceu, mas como é finalzinho desse livro, é bem plausível que tenhamos muito ocorrendo em cada capítulo! Emanuelly, sendo filha de dois seres deploráveis, poderia ser uma pessoa que ajudará nossos Escolhidos, ou Nelifa está certa e seu plano dera certo? O que vocês acham que aconteceu com a Madison?! Me digam aqui nos comentários, colocando suas opiniões e teorias e não se esqueçam de atirar uma bomba na estrelinha que vai me ajudar demais!

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