Treze - Madison.
O almoço foi engolido em tempo recorde, como se não tivéssemos comido nada nas últimas semanas. Mesmo que fosse apenas sobras do dia anterior, o pensamento de que talvez não teríamos outro momento de calmaria dava um tempero especial. Medo.
Deixei o prato na cozinha e segurando meu notebook embaixo do braço, me sentei no sofá estofado da varanda, apoiando o corpo nas almofadas. O vai e vem baixo das ondas me acalmava, quebrando e dissolvendo areia pouco a pouco. A luz da estrela chicoteava a cidade como sempre fez, poucas nuvens sendo carregadas pela brisa leve e fresca, com odor oceânico. O calor constante da Cidade de Touque acolhia meus músculos, fazendo o papel de uma sauna sem suor. Para onde iriamos teria o clima parecido, ou a neve deixaria a paisagem branca?
Roubei pouco mais de quinze minutos para apenas observar o mar e deixar que lavasse meus pensamentos. Meus medos e minhas inseguranças. Então, abri o notebook sobre as coxas, tendo a necessidade de conversar com alguém da minha família. Que horas seriam em Cartherfon?
Chat on.
Eve's Barterdon entrou na sala.
Madi H. Roberts entrou na sala.
Madi H. Roberts: Hey Eve! Que bom te encontrar online agora!
Eve's Barterdon: Ah, Madi. Tudo bem? Acho que o difícil é VOCÊ estar aqui a essa hora. Não tem curso?
Madi H.Roberts: O professor do quinto período faltou e decidi vir almoçar em casa.
Eve's Barterdon: Isso é muito bom! Aceita uma chamada de vídeo agora?
Madi H.Roberts: Claro
Eve's Barterdon: Okay, vou te chamar.
Eve's Barterdon está ligando em chamada de vídeo.
Madi H.Roberts aceitou a chamada de vídeo.
Chat off.
Perdi o ar por um momento quando a vi. Não sabia se de saudade ou de surpresa. Eve havia mudado o corte de cabelo e parecia mais linda do que nunca, mesmo com a qualidade baixa da câmera e a camiseta amassada. Ela usava seus óculos de leitura com armação colorida, que deixavam as olheiras de fim do E.S mais aparentes. Eu me lembrava muito bem de como era o último ano e de como ele havia consumido minhas energias, transformando-as em marcas de cansaço. Eve estava em casa, a parede branca de ladrilhos da cozinha ao fundo.
— Oi... — Eu disse, sorrindo ao ouvir o eco da minha voz vazar na chamada..
— Oi Madi! Que sofá bonito, onde está? — Eve perguntou, um sorriso ainda mais largo que o meu no rosto.
— Na varanda.
Esperei Eve concordar levemente com a cabeça, alisando a almofada que protegia meu colo. Estava abraçada a ela, como um brinquedo de infância e esperava que melhorasse o peso em meu peito.
— Como está indo o curso? Está gostando do intercâmbio? — Eve apoiou o rosto em uma das mãos e levou uma xícara a boca com a outra, sorvendo o liquido. Seus olhos estavam brilhantes, apesar de todo o cansaço.
— O cursinho está indo bem, mas é tão cansativo Eve... — Arrastei a última letra de seu nome e ela deu uma risada. O som da sua voz soou tão bem que não pude evitar rir também. — Eu aprendo tanta coisa, você não faz ideia do quão incrível é a Cidade de Toque! Eles tem aulas de defesa pessoal, culinária e apesar de ser muito pesado dá uma sensação de que a gente está fazendo a coisa certa!
— É bom ver que você está animada! — Ela riu.
— E o S.E? Como está o último ano? Você parece estar feliz, seu rosto está radiante!
— E eu estou mesmo! Ontem eu tive uma prova com o orientador vocacional e ele me elogiou. Disse que eu estou indo para o caminho certo e tenho todas as chances de passar na A.C.A.P.V. de primeira. — Meu rosto se iluminou como o dela ao ouvir aquilo. Eve balançava os braços com se jeito espalhafatoso enquanto falava. — Preciso estudar, mas fiquei tão mais calma agora... Parece que ele me deu sinal de caminho livre!
— Então é melhor eu desligar para você estudar não acha? — Perguntei, já um pouco preocupada.
— Não precisa, eu ainda tenho muito tempo e estou com saudade de conversar contigo...
Meu peito esquentou ao ouvir aquilo, se transformando em um sorriso bobo que cortou meu rosto de orelha a orelha. Apoiei o corpo mais profundamente nas almofadas, um pouco da dor da saudade deixando meus olhos marejados.
A porta da varanda se abriu devagar, como se a pessoa não quisesse fazer barulho, mas chamou minha atenção do mesmo jeito. Lucas deu espaço para Helena passar e nossos olhares se encontraram. Os dois sorriram, encarando por um momento o notebook no meu colo.
— O que está olhando Madi? Tem alguém com você aí? — Lucas e Helena correram para se encostar nos meus ombros, abrindo espaço entre as almofadas. Eles acenaram para Eve quando a câmera focou em seus rostos. — São seus colegas de quarto?! Você nunca me apresentou ninguém que está morando com você!
— Que feio Madi! — Helena me lançou um olhar reprovador, balançando a cabeça e dei de ombros, o sorriso ainda aberto. — Como que ela não falou da gente? A Madi sempre fala de vocês!
— Verdade? — Eve me encarou e concordei com a cabeça.
Era verdade. Em muitos momentos arranjava uma desculpa para citar minha família e meus amigos. Durante essas semanas, os poucos momentos em que tive tempo para conversar com outros Escolhidos, havia sido com Lucas e Helena e muitas vezes sobre saudade dos familiares. Talvez fosse uma maneira de arranjar forças para levantar e ir aos treinos no dia seguinte.
— Ela é a Helena e meu nome é Lucas. — O garoto se apresentou, colocando dois dedos na testa e descendo em seu cumprimento habitual. Eve repetiu o gesto do outro lado da chamada.
— Então já me trocou por eles né Madison? — Eve brincou, cruzando os braços enquanto fingia estar irritada.
— Nem brinca com isso... — A repreendi. — Tem espaço para vocês três e mais quem vier, não preciso escolher alguém!
— Então você é a famosa Eve! Prazer te conhecer. — Lucas disse.
— Cuida bem da nossa menina quando ela voltar, que estamos cuidando bem dela enquanto está aqui! — Helena prometeu e deu para ouvir a risada tossida de Eve pelos alto falantes.
— Quantas pessoas moram com você aí? — Perguntou.
— Seis, sem contar comigo. — Respondi, vendo-a arregalar os olhos, surpresa.
— E todas elas usam esse macacão?
Meu sangue gelou por um momento, antes que minha mente começasse a trabalhar em uma resposta. Havia esquecido que estávamos de macacão, não trocávamos de roupa entre os treinos, não era muito pratico. A voz de Lucas foi quem respondeu, no tempo perfeito para que não parecesse uma desculpa.
— É o uniforme do curso, a gente estuda no mesmo lugar. — Eve concordou, parecendo aceitar e fez uma careta antes de continuar.
— É muito feio, por Baitu!
Nós quatro soltamos uma risada enérgica. O senso estético de Evelyn era bom para qualquer coisa e mesmo que não tivesse a mesma vocação, reconhecia que apesar de confortáveis, os macacões de treino eram horrorosos. Helena apertou minha coxa de leve e entendi a deixa.
— Eve, está na hora de voltarmos para o curso, já deu o horário. — Resmunguei, a voz verdadeiramente triste. — Temos provas essa semana inteira, avisa mamãe que não vai ser fácil me encontrar para conversarmos...
— A gente se fala Madi. — Ela sorriu e balançou a mão do outro lado, desligando a chamada enquanto nos despedíamos desse lado.
Nós três nos entreolhamos, suspirando. Demorei mais alguns segundos para levantar, encarando a tela do chat como se pudesse voltar no tempo. Lucas segurou minha mão e o encarei, um sorriso triste nos lábios. O calor que sentia no coração havia se transformando no frio da saudade e do medo novamente.
— Melhor a gente ir Madi. — Ele disse. — Eles estão bem e a gente precisa garantir que vão poder continuar bem...
— Eu sei... Mas segurar a saudade é difícil... — Eu disse, aproveitando a ajuda dele e me levantando em um salto.
— Estamos atrasados e provavelmente os deuses vão reclamar. — Helena comentou, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Mas sinceramente... Eu estou pouco me importando.
— Estão atrasados. — Hugo cruzou os braços, as sobrancelhas franzidas para nós.
Havíamos chego poucos minutos após o fim da uma hora, roubando aqueles poucos momentos a mais para sentir a brisa no rosto e o calor. O olhar do nosso tutor era sério e parecia irritado, as pupilas brilhando em um tom dourado e incomum. Mesmo sem encara-los, sabia que tanto Lucas quanto Helena haviam revirado os olhos, se enfileirando junto aos outros Escolhidos.
— Sabemos disso. — Respondi. Senti que Hugo bufava internamente. — Mas aqui estamos.
Sem nos encarar, Hugo fez um sinal simples com a mão e armas tilintaram, caindo no chão aos nossos pés. Elas se espalharam e com cuidado, um a um as pegamos, voltando à posição inicial. Peguei a bainha de Incandescente, vestindo-a e segurei a guarda da espada. Ela encaixou-se perfeitamente em meus dedos e conseguia ver meu rosto refletivo no metal.
— O que faremos então? — Jesse perguntou, organizando suas adagas no cinto de couro por ordem de tamanho. O garoto preferia o uso delas e observar Jesse correndo enquanto golpeava com as adaga era uma cena empolgante.
Ao invés de responder, recebemos olhares sérios dos oito pares de expressões irritadas. Com movimentos rápidos, os deuses conjuraram suas armas, caindo nas mãos de forma imponente. Hugo deu um passo para trás, as mãos cruzadas nas costas e os outros deuses deram um passo a frente, as expressões mortíferas. Então, Genezis soltou uma risada fraca e resmungou:
— Uma luta de verdade.
Os deuses não esperaram nem um momento a mais para atacar.
Tive tempo para desembainhar a espada, quando os sete vultos correram com a velocidade de um raio, se dispersando entre nós. As íris violeta de Ametista se encontraram com as minhas e o brilho de uma espada de ouro chamou minha atenção, faiscando na minha visão periférica. O golpe foi direcionado ao meu pescoço e meu corpo se envergou para trás, fazendo a espada passar a centímetros do meu nariz. Então, o choque da batalha repentina passou e forcei meu corpo a fixar as pernas no chão.
Incandescente girou nas minhas mãos e o tilintar das espadas se chocando inundou a sala por um momento, quando consegui bloquear o golpe frontal de Ametista. A força do choque fez meu corpo se desequilibrar e tropecei. Aquele deslize teria me custado a vida em uma batalha real, mas a deusa usou a guarda da espada para golpear minha testa e me fazer ver estrelas. Meu corpo, instintivamente rolou para longe, fazendo uma manobra evasiva e me pus de pé.
Pernas flexionadas, joelhos separados, espada na mão e a atenção dispersa sobre o campo de batalha. Os cotovelos estavam colados às costelas quando ataquei.
Ouvi o estalar de um chicote a poucos metros e o tilintar de uma adaga sendo refletida. Os sons tão característicos de batalha arrepiaram até o último pelo do meu corpo e por um momento, a sensação mórbida e pesada do medo me atingiu. Respirei fundo uma vez, guardando ar ao golpear Ametista, que bloqueou minha espada com o braço. Praguejei. Aquele ataque rasgaria pele, carne e osso com o quão afiada a espada estava, mas a execução foi péssima e a deusa foi atingida com a parte lisa da espada, que não oferecia perigo algum.
Ametista saltou como um felino em minha direção, usando de uma precisão cirúrgica que só um deus poderia ter para realizar um giro no ar, enquanto segurava a espada com as duas mãos. Era mais produtivo esquivar do golpe, ou partiria minha espada ao meio se o bloqueasse com a força adquirida depois do giro. A espada da deusa fincou-se no chão, me causando espanto e como se não tivesse acontecido, Ametista puxou a arma e usou a ponta de ouro para me desferir um golpe da posição em que estava, enquanto ainda estava em choque pelo buraco causado na estrutura de aço da sala.
Tentei dar um salto para trás, mas a deusa havia aberto os braços em um movimento arriscado e sua espada rasgou o macacão e a pele das minhas costelas. A esquiva que tentei, quase atingiu Jesse, que batalhava arduamente com Ruby e suas adagas presas ao coldre roçaram contra a minha pele por um momento. A falha desestabilizou minha guarda e percebi os pontos que havia deixado expostos, além do ardor neutralizado pela adrenalina que o ferimento me causava. Mas empunhei minha espada contra Ametista mais uma vez, focando toda minha atenção em atingi-la. Não consegui desferir corretamente um golpe sequer da sequencia que tentei, o tilintar de Incandescente contra o metal da espada da deusa confirmando que havia bloqueado cada ataque.
Ametista abaixou o corpo, girando-o rapidamente para me dar uma rasteira, mas consegui me esquivar pulando por cima da perna da deusa. Porém, meu breve momento de vitória foi esquecido quando a guarda da espada atingiu em cheio meu peito, com uma força maior do que esperava. Cambaleei para trás e Ametista aproveitou para desferir a lamina de sua espada contra meu braço, cortando como uma navalha. A dor irradiou enquanto o cheiro de sangue fresco invadia minhas narinas, mais real do que nunca.
Ouvi a voz de Kille gritar por um momento quando um chicote estalou contra sua perna. Um tiro foi desferido e Genezis passou correndo por trás de Ametista, recarregando a arma. A deusa desferiu-me outro golpe com a lamina da espada, preciso. Me esquivei, mas sua espada cortou as costas da minha mão esquerda, enquanto rolava pelo chão. Apertei a guarda de Incandescente com mais força e soquei, juntando punho e espada, o calcanhar da deusa. Ela tropeçou, caiu de joelhos e rolou, voltando a se levantar em apenas um momento de deslize.
Parecendo surpresa, Ametista rapidamente se adiantou, uma sequencia de golpes engatilhada. Ela atingiu Incandescente varias e varias vezes, enquanto eu bloqueava seus ataques um a um, sem chance para me esquivar e sentindo varias gotas de suor escorrerem pelas minhas costas a cada investida. Tentei a estratégia que havia funcionado anteriormente, atingindo suas pernas, mas Ametista bloqueou minhas mãos com a espada, fazendo mais sangue jorrar da pele ferida. Ela me socou com a mão livre, mas não forte o suficiente para me desequilibrar.
Os olhos de Ametista se acenderam com uma fúria mortal e atacou com mais força do que antes. Toda a postura doce que a vi tomar quando falava, não existia mais, perdida em um mar de guerra e ódio. Ela atacou diversas vezes, desferindo golpes habilidosos que me atingiram em cheio um a um, com sua espada, mãos, pés e habilidade incontestável. Diversos socos me atingiram na região do estomago, me provocando um revertério e desestabilizando meu corpo. A posição de guarda ou qualquer técnica havia sumido dos meus golpes, apagada pela dor e pela adrenalina.
Minha mente latejava tentando buscar uma solução, mas nada surgia.
Quando consegui um momento de respiro dos golpes consecutivos de Ametista, me distrai ao ver que vários Escolhidos estavam sentados no chão em um canto, derrotados. Teriam morrido se fosse uma batalha real. Algum deus gritava com eles, exalando irritação de cada poro, mas poucos ouviam. Pareciam exaustos. Apenas eu, Lucas e Genezis continuávamos a lutar.
Então, a deusa decidiu dar um ponto final a tudo aquilo. Ametista girou a espada nas mãos e me atacou. Meus joelhos fraquejaram e a dor irradiou de todos os pontos, quando ela usou a parte lisa da lâmina para atingir meu rosto. Tão forte que arranhou minha pele. Tão forte que derrubei todo o meu peso no chão.
Cai de joelhos, o olhar cravado no de Ametista. Aquele par de olhos estava frio. Calmo e calculista. Já havia feito aquilo centenas de vezes, já havia matado, destruído tantos oponentes que aquelas pupilas refletiam cada um deles, pegando fogo em uma guerra real.
— Entenda uma coisa Madison. — Ela começou, sua voz fraca e rouca. Não parecia Ametista e realmente talvez não fosse. — Vocês estão indo para uma guerra. Não é apenas um membro do grupo que está em jogo. É o futuro do cosmos, de toda a Realidade. Isso... Não chega nem perto do que vai ver. No meio de uma batalha, você não vai saber que sangue é seu, ou que parte do corpo está ferida, pois terá sangue em toda a sua roupa e ferimentos em todo o seu corpo. E é melhor começar a endurecer, por quê não vai ser eu a cavar uma cova rasa, quando precisar enterrar seu corpo frio e inerte.
E a deusa se virou, se dirigindo para perto dos irmãos, que observavam tudo atentamente.
Assim que os outros Escolhidos me viram, todos eles sentados no chão com os corpos pingando suor, ouve um suspiro de medo coletivo. Atravessaram a Sala de Aço na minha direção rapidamente, ignorando os próprios ferimentos. Não eram muitos, comparados à poça de sangue e suor que se acumulava à minha volta.
— Está tudo bem contigo? — Jesse disse, segurando uma de minhas mãos, enquanto o sangue quente escorria sem coagular. — Sabe me dizer onde dói?
— Tudo. — Respondi, a voz o mais firme que consegui.
— Precisamos te levar lá pra cima, fazer alguns curativos e limpar os ferimentos! — Lucas anunciou, tentando me pegar no colo, mesmo sobre os meus protestos. — Você está sangrando muito, não tem direito de reclamar!
— Isso não será necessário. — Hugo veio até nós, caminhando calmamente. Ele rodeou meu corpo em um abraço apertado, me fazendo gemer com a dor dos ferimentos. Mas todo o mal estar que sentia foi se esvaindo aos poucos, até não passar de um leve desconforto. O deus se soltou do abraço, bufando.
— Obrigada. — Gaguejei, me pondo de pé.
Hugo nos conduziu a encostar na parede de aço e apenas o olhar reprovador dos deuses já confirmava o que seria dito. Me preparei, suspirando.
— Esse treino foi de longe, o pior desempenho que fizeram! — Hugo anunciou o óbvio, a voz ecoando imponente. — Vocês deveriam ter tido evolução depois dessas semanas, não adotar a postura defensiva que todos adotaram, sem que possam virar o jogo! Esperava ver muito mais ferimentos por parte dos deuses, mas tudo o que vi foram bloqueios e esquivas, além da lamentável execução de todo e qualquer golpe! — Hugo olhou de relance para mim, então para Lucas e Kille. — Esse seria o ultimo treino antes de partirem, mas não vou deixar que coloquem o pé para fora dessa casa até que tenham tirado sangue de algum de nós. A batalha durou menos de uma hora. Vocês tem quinze minutos e dessa vez, não se atrasem.
Assentimos e não ousei encarar qualquer um dos deuses quando saímos da Sala de Aço.
Enquanto o elevador subia devagar, procurei com a ponta dos dedos os rasgos pelo macacão, sentindo a pele nova e lisa por baixo. Mas a pele das minhas mãos estava áspera e cheia de fissuras, o que me fez encarar a palma, incomodada com a sensação. Suspirei, ao ver que não era apenas a palma que ostentava algo diferente. Nas costas da minha mão esquerda, estava uma cicatriz, branca, fina e comprida, que se estendia do dedão ao mindinho.
Uma cicatriz de batalha.
Talvez a primeira de muitas.
Ametista, Ametista... A senhorita tem cicatrizes bem mais profundas do que aparenta né? E fez questão de deixar uma na Madi... Mas esse capítulo transitou bastante sim, saímos de uma conversa fofinha para uma batalha pra lá de árdua kakakkkaa Muitos segredos ainda vão se revelados com relação aos deuses e prometo que cada um dos oito terá destaque em seu devido momento! Mas agora... Quem tem coisas à fazer são nossos Escolhidos, mais do que nunca, as coisas vão esquentar kakakkaa Coloquem suas teorias nos comentários, e não se esqueçam daquele votinho lindo que me ajuda demais!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro