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Sete - Madison.

     Ametista me conduziu até o elevador novamente, apertando o botão luminoso para o ultimo andar do prédio, onde ficava a cafeteria da qual havia me falado. Não demorou muito para a caixa de metal transpor os quatro andares seguintes e as portas se abriram diretamente em uma sala enorme, de pé direito alto e mesinhas de madeira escura com assentos estofados. Sentamos em uma mesa para dois, ao lado do grande janelão de vidro temperado, de onde eu podia ver toda a cidade e além dela, sendo contornada pelas montanhas e pela rodovia de faixas largas que ia para o sul, tudo bem iluminado pela luz arroxeada do fim de tarde em Amethystus. Era uma das visões mais bonitas que já presenciei. Pedi um Capuchino grande com creme, e Ametista um expresso normal, se recusando a colocar açúcar em seu café quando lhe ofereci. Ela me olhou, como se precisasse dizer algo, mas continuou quieta, balançando o copo do expresso.

     — Então... O objetivo do café é apenas me parabenizar por estar viva, ou estamos em uma espécie de confraternização da empresa nesse momento?— Perguntei, tentando diminuir a tensão que pairava no ar, tomando um gole do meu Capuchino.— Tem algo de especial que precisa dizer?

     — Há muito de especial para se dizer Madison, principalmente relacionado a vocês, Escolhidos...— Ametista sugou seu café, a voz um tanto quanto cansada e etérea.— Tudo na verdade. Especiais, incríveis, inimagináveis... Vocês são tudo isso. Tenho muito mais certeza da capacidade que vocês tem e da escolha que fizemos, depois do que vi hoje.— Ametista olhou para baixo e encarou o assoalho de madeira da cafeteria, parecendo completamente incrédula. Suspirou profundamente, umedecendo os lábios.— Sabe Madison, você foi a ultima Escolhida que testei e consequentemente, foi a melhor, com o tempo de uma hora e cinquenta e sete minutos... Passei tanto tempo vasculhando materiais genéticos de jovens desse planeta, os observando, vendo suas vidas, seus destinos... Suas mortes por todo o tipo de motivo...— Então ela me encarou, tão profundamente que parecia conseguir ver minha alma. Minhas mãos em volta da xícara de capuchino estavam um tanto tremulas.— E eu nunca vi ninguém como vocês... Nenhuma equipe tão maravilhosa quanto vocês serão e não é preciso vê-los trabalhando juntos para perceber isso... A esperança que nos dá com vocês na arena, demonstrando tanta habilidade, tanto poder...— Ela parecia animada, ansiosa até com tudo o que dizia. E mesmo que o que Ametista dizia não me parecesse muita coisa, deixava meu coração um pouco mais aquecido.— Tanta Coragem, Perseverança, Criatividade, Agilidade, Inteligencia, Estratégia e Força! Força, você tem tanta força Madison! Essa equipe tem tanto poder, um potencial imenso para se trabalhar...

    — Obrigada, eu acho...— Resmunguei, levando a xícara até os lábios e sorvendo o líquido quente e doce. As palavras da deusa fizeram minha mente girar, as engrenagens tentando se encaixar umas as outras. Mas algo parecia estar faltando...— Anne...— Chamei e a deusa fez sinal com a cabeça para que eu continuasse.— Você disse essa equipe... Já existiu alguma outra equipe além da nossa?— Perguntei, segurando a xícara forte, para esquentar minhas mãos subitamente frias. Ametista virou o rosto para o janelão, pensativa, enquanto observava a vista.

    — Existiu... Apenas uma...— Ela sussurrou, tão baixo que quase não consegui entender.— A mais ou menos 600 anos, encontramos um grupo de pessoas, que julgamos ser suficientemente capazes de receberem essa missão. Eles eram incríveis para a época.— A deusa deu uma pausa e respirou profundamente.— Mas não o suficiente para o que precisavam fazer. Eles se mudaram, treinaram juntos, desapareceram da vista de suas famílias, mas acabaram não sobrevivendo a primeira missão... Nós deveríamos ter imaginado.— Ametista tomou o restante do café de sua pequena xícara, afastando a cerâmica para o canto interno da mesa.— Cada um deles demorou mais de quatro horas para terminar essa prova, e muitos saíram quase mortos, mesmo que os adversários fossem um pouco diferente dos que você enfrentou... Mesmo assim continuamos. Pensamos que com treino tudo ia melhorar, que eles venceriam o Império Bárbaro e viveriam felizes para sempre. E no começo os sete realmente melhoraram. Foram satisfatórios em todos os primeiros inimigos, mesmo sendo os mais fracos. Estavam animados e nós, otimistas. Até que chegaram ao fim da primeira missão e a coisa que veio depois disso os levou... Todos os sete, de uma vez só, brutalmente.— As mãos de Ametista estavam juntas em cima da mesa, apertando uma a outra tão forte, que os nós dos dedos estavam brancos.— E nós não pudemos fazer nada. Não pudemos nem ao menos enterra-los, porquê não estávamos lá, nunca tivemos acesso aos corpos dos sete...— Ela balançou a cabeça com a amargura, a expressão tão séria que me deu medo.— Depois disso, houveram alguns poucos candidatos a Escolhidos, mas nenhum deles pareciam suficiente para nós, não depois do que aconteceu... Não queríamos que mais alguém... Não voltasse.— Agora, a deusa parecia estar incrivelmente envergonhada, culpada até, gaguejando um pouco com a voz embargada.— Apagamos a mente de muitas pessoas nos últimos séculos, até encontrarmos vocês. É complicado.

     Ficamos em silêncio por um longo momento, as duas com o olhar cravado no céu arroxeado e cheio de nuvens. O burburinho da cafeteria pareceu desaparecer ao fundo, e apenas a paisagem maravilhosa fazia parte dos meus pensamentos. Até que o momento passou, e meus valores venceram o intuito de não alongar mais o assunto.

     — Quem eram?— Perguntei, baixinho.

     — C-como assim?— A deusa gaguejou.

     — Seus nomes. Quais os nomes dessa equipe?— Insisti, fazendo a deusa franzir as sobrancelhas com ainda mais confusão do que antes.

     — Porque isso agora?

     — Os sete eram pessoas, merecem ser lembrados, como as pessoas são quando morrem!— Respondi, apoiando os braços na mesa.— Se essa missão é tão importante, quanto você faz questão de frisar muitas e muitas vezes, então eles que morreram tentando merecem ser lembrados pela coragem. Tudo que eu quero saber são os nomes deles.— Insisti mais ainda, fazendo Ametista suspirar, mordendo os lábios mais forte do que seria recomendado.

     — Mery, Lister, Helivia, Justin, Rarks, Katherine e Gayler.— Disse, tão rápido que precisei voltar toda minha atenção para ela, decodificando os nomes.— Eles foram, pela ordem dos nomes que citei, a Força, a Coragem, a Perseverança, a Agilidade, a Inteligência, a Estratégia e a Criatividade, as características marcantes de vocês, que estão escritas em suas Marcas. Tudo o que sabemos da missão é o que habitantes contaram a nossos informantes. Eles morreram após uma descarga elétrica mortal.— Ela disse, um tanto sem graça.

     — Mery...— Sussurrei, sentindo o nome nos lábios. Era sonoramente bonito e forte, como ela deveria ser. A outra Força, minha antecessora...— Mery...— Repeti baixinho, enquanto olhava para meu capuchinho. O vapor quente que deveria estar saindo da xícara havia desaparecido a algum tempo. Voltei meu olhar para Ametista.— O que exatamente fizemos diferente deles, para que você esteja tão assustada?— Perguntei, e a deusa me encarou incrédula.

     — Pelo amor de Universo Madison, você não é idiota! Por acaso ainda não entendeu o que fez? O tamanho do show que acabou de dar naquela arena?!— Ametista visivelmente tinha vontade de gritar, mas se segurou, trincando os dentes.— Tem alguma percepção do seu potencial, levando em conta tudo o que conversamos aqui?

     — Perdão, mas não parecia muita coisa naquela hora... Eu só estava tentando sobreviver, e fiz tudo o que conseguia. Acho até que talvez tenha sido bem ruim, não me pareceu nem um pouco profissional, ou com qualquer técnica...— Rebati, a voz baixa e pensativa.

     — É exatamente isso que é tão especial em vocês. Os sete, me perguntaram coisas parecidas em relação a isso. Nenhum de vocês tinham qualquer técnica para usar a arma que escolheram, mas mesmo assim, usaram a premissa básica delas muito bem. A falta de técnica já era esperada, e mesmo assim, vocês excederam muito nossas expectativas!— Concordei devagar com a cabeça, levando o capuchino morno até a boca, e sorvendo um longo gole.— Já que estamos falando sobre técnica, Madison, percebi que seus olhos pareciam enevoados durante a luta, e que você errava alguns golpes como se fosse difícil encontrar seu alvo...— Ela disse, parecendo um pouco ansiosa em mudar de assunto.

     — Meu sangue parecia estar pegando fogo e eu comecei a ver de uma maneira estranha.— Respondi, assim que percebi a deixa de Ametista.— Era uma espécie de véu vermelho na visão, me deixava confusa. Mas consegui sentir e usar muito mais meus instintos, e pelo menos nesses momentos, eu tinha a leve sensação que sabia o que estava fazendo.

     — Quando isso acontece, costumamos chamar de D.E.S.— Arqueei uma das sobrancelhas, instigando que ela continuasse, agora curiosa.— Descontrole de sentidos de sobrevivência. Era muito comum acontecer a alguns milênios, com os melhores guerreiros, quando as guerras explodiam aqui e ali no seu planeta. Mesmo com os guerreiros mais poderosos, o problema da D.E.S durante as lutas existia! Acontece, porque você não tem a noção de como controlar seus instintos de sobrevivência. A falta de exercícios de auto controle, respiração e calma, pode chegar a cegar, fazendo com que exploda uma fúria descontrolada, que muitas vezes não é produtiva... Destruir tudo em volta, até a luta terminar e as vezes depois também, pode deixar um rastro de sangue e acabar sendo muito mais prejudicial do que proveitoso.— Ametista explicou, enquanto eu bebia mais um gole do meu capuchino.— Mas é algo relativamente simples de se consertar. O necessário é desenvolver em você, raciocínio rápido e controle da luta, são os passos mais importantes para alcançar o controle dos seus sentidos.

     — É apenas isso?— Perguntei.

     — É apenas isso.

     O silêncio reinou novamente na mesa, enquanto observávamos as pessoas caminhando na avenida, mais de vinte andares abaixo. Tudo aquilo já parecia assustador o suficiente antes, mas agora, com a promessa de morte pairando como uma nuvem de tempestade sobre a situação... O que eu menos queria pensar era na missão que aceitei. Agora... A decisão parecia incerta. Não podia negar que estava com medo do que aconteceria...

    — Eu te daria nota dez por passar nesse desafio e ainda no tempo em que passou, mas você se machucou tanto no meio das lutas... E não vou negar que o problema do D.E.S me pegou de surpresa, todos os sete tem esse problema e esperávamos isso em dois, ou três... Por isso, acho que um nove já é o suficiente Madison.— Ametista quebrou o silêncio em que estávamos, a voz com pouca emoção.

     — Passei de ano, acho que está bom...— Ri fracamente.

     — Ainda consegue fazer piada em meio a tudo isso...— Ametista abriu um sorriso, os dentes brancos brilhando, alinhados. A expressão denunciava que se divertia verdadeiramente com a situação, apesar do tom de voz beirar o sarcasmo.— É tão incrível o quanto vocês não se importam com o perigo, fazem piada dele...

     — Não estou fazendo piada do perigo, ou debochando do quanto o que estamos fazendo é importante. Não duvido de nada disso.— Rebati, terminando o café em minhas mãos, sentindo o último gole descer mais doce do que os anteriores.— É só que a vida é muito curta e as coisas que podemos fazer, limitadas por um monte de fatores. Eu não quero pensar demais em tudo isso, mas... Chorar por algo que não entendo bem é burrice, precisamos seguir em frente, não podemos parar no tempo. Acho que fazer piada das coisas ruins e que nos dão medo ajuda.— Olhei pra ela, tentando transparecer uma empatia que não sentia de verdade.

     — Isso é incrível para mim. É algo que não entendo, na verdade.— O tom de voz que saiu dos lábios da deusa me preocupou um pouco. Era baixo, um pouco mais audível que um sussurro e parecia carregado de memórias.— Quando algo de ruim acontece, posso chorar e remoer o quanto quiser, porquê sempre terei tempo para tentar consertar. A imortalidade é um pouco tediosa e o tempo parece passar mais devagar por causa disso. Meus dias são intermináveis e... E ver como o tempo passa sempre voando para vocês, me é estranho.— Ametista encarou a mesa e percebi que seus olhos estavam um tanto marejados. Aquilo sim, era algo que eu não sabia o porquê e a curiosidade deixou meu interesse cravado na deusa.— Vejo vocês correndo de um lado para o outro, atrasados, sem tempo... E não entendo nada disso. Se eu tivesse que fazer algo antes que minha vida acabasse, se pudesse ter essa dadiva... Não tenho certeza do que faria exatamente, mas não desperdiçaria correndo de um lado para o outro, sem encontrar realmente um propósito...

     Me perguntei se Ametista não começaria a chorar bem ali na minha frente. Não sabia o que fazer. Consolar um amigo era uma coisa, agora, consolar um ser imortal que vê o jeito que vivo como uma incógnita... Levantei a mão alguns centímetros da mesa, na intenção de leva-la até o ombro de Ametista, mas aquilo me pareceu inadequado e a deixei pender novamente de volta para a mesa, tamborilando os dedos no tampo escuro.

     — Não é assim que funciona.— A frase pareceu fazer sentido um momento antes que eu a dissesse, mas agora, percebi que era o óbvio. É claro que não funcionava como Ametista queria. Aquela conversa nem sequer existiria se fosse o contrário.— As pessoas precisam de dinheiro. Precisam construir suas famílias, prosperar na carreira... São realizações humanas que precisamos ter, antes de aproveitarmos qualquer felicidade que isso nos traga. Deixar o legado que construímos para quem vier depois... Coisas desse tipo...— Tentei explicar, tendo total certeza que não havia conseguido. Percebi o quanto era difícil justificar por quê vivíamos desse jeito...— Quebrar esse ciclo foi meu maior argumento para convencer minha mãe. Acho que fazemos isso tão no automático, que parece o único caminho, o único jogo que precisamos vencer. Você tem razão, não tem muito sentido, mas estando do lado de cá, eu consigo entender o por quê do nosso mundo ser assim.

     — Não faz sentido pra mim, mas acho que tenho culpa nisso.— A voz da deusa havia voltado ao normal, mesmo que o brilho no olhar ainda fossem lágrimas. Ela desceu o tom de voz para continuar.— Não quebramos esse ciclo a milênios atrás, quando vocês ainda acreditavam em nós. Sabe, humanos serem tão frágeis, tão simples de destruir e mesmo assim tão incríveis nas coisas que podem fazer e pensar, é irracional, se comparado à inclinação que vocês tem a serem moldados... Poderíamos ter feito um trabalho melhor com vocês, mas não fizemos. Isso nos dá uma parcela grande da culpa.— Ela terminou, com um suspiro profundo.— Bom, já está tarde Madison, é melhor você ir. Não quero que sua família fique preocupada sem motivo, terão muito tempo para isso.

     Ametista se levantou e eu a acompanhei até o caixa. Ela pagou nossos cafés, enquanto eu checava se estava com tudo o que trouxe na bolsa. Ela parecia triste, culpada e talvez assustada com tudo o que dissemos. Eu também não me sentia bem... Tudo aquilo me confundia, cada pedaço da conversa se tornaria uma noite de sono perdida, para digerir e pensar sobre o que eu realmente era, o que realmente representava naquele jogo...

     O que tínhamos de tão especial, para receber uma missão tão grande em nossas mãos?

     Haviam tantas perguntas na minha mente, sendo arquivadas, engavetadas, para que depois tivesse tempo suficiente para entende-las... Entre todas, uma pareceu gritar entre os meus valores, algo que eu esperava só precisar descobrir daqui a muito tempo, mas que parecia muito mais próxima do que eu gostaria.

   Como seria minha vida, assim que eu precisasse assassinar alguém?



   UUUUUUUUUUHHHHH!!! Pergunta de vida essa que a nossa Madi encontrou concordam?! Mexe muito com nossos valores, nossa criação e nosso caráter... O que vocês acham? Deixem nos comentários o que aconteceria com vocês se precisassem matar alguém! Além disso, muita coisa foi revelada nesse capítulo, muitas conversas mostraram um lado um pouco diferente da Ametista, um lado mais... Culpado? O que vocês acham que isso tem a ver? Tem história por trás? kakakka. Votem muito meus anjos, deixar a estrelinha me ajuda muito a crescer As Sete Pedras, e sempre melhorar a história, para que vocês tenham a melhor versão desse livro para ler!!! Beijinhos milhos pra pipoca!!!

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