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Dezesseis - Madison.

Amarramos os braços e as pernas do homem, com uma das cordas encontradas nas mochilas. Rosh usou um pano qualquer como mordaça e deixamos o guarda com as costas contra a parede. Havíamos colocado fogo nas brasas apagadas e agora, a fogueira estava mais alta e mais quente do que nunca, produzindo uma iluminação amarela contra a pele do homem amedrontado. Tudo se tornou fantasmagórico à meia luz.

Sentamos em circulo à volta do homem e quando Lucas retirou-lhe a mordaça, segurei uma risada. O que estaria passando na mente daquele soldado, ao ver sete jovens em trajes de guerra e armados até os dentes, escondidos em meio à floresta e o tendo como refém? Suspirei, mordendo os lábios, entendendo que não estávamos passando uma imagem amigável...

— Quem são vocês? — Ele perguntou, completamente apavorado.

— Nós fazemos as perguntas, não questione nada! — Respondi, o mais amigável que consegui. — Não queremos te machucar, mas se não der as respostas que precisamos, talvez aconteça. — Continuei, esboçando um sorriso, que não tive certeza se parecia sádico. — Quem é você?

— Me-meu nome é Adson... Eu sou só um guarda! Não me machuquem, por favor, eu só estava fazendo meu trabalho! — Ele pediu, se contorcendo e resmungando de forma esganiçada.

— Fale baixo, entendeu? — Helena se aproximou, os olhos verde-musgo faiscando de forma ameaçadora. — Sabemos que só está fazendo seu trabalho, não é necessário gritar suas funções à todas as estrelas. Perdoe pela maneira bruta, mas é o mais seguro para nós. Depois de responder o que precisamos, você será liberado e ficará de boca fechada.

O guarda assentiu com a cabeça, concordando veementemente.

— Primeira pergunta: Estamos muito longe do castelo? — Kille perguntou. O homem a encarou por um momento antes de responder.

— Não. Fica seguindo a trilha principal, a um dia mais ou menos. — Adson respondeu. — A trilha leva direto à cidadela do castelo, não tem como confundir.

— Quem governa esse reino? — Rosh tomou a palavra.

— Vossa majestade, rainha Nelifa Referny. Décima de sua linhagem.

— Ela é bem recebida em todo o reino? — Perguntei, o tom de voz sarcástico. O guarda pareceu ofendido, mas não estava em posição de reagir. Apenas estalou a língua contra o céu da boca e resmungou:

— Não posso dizer nada contra vossa majestade, ela é uma ótima rainha para todos nós! — Adson respondeu, apreensivo. 

Nós sete nos entreolhamos, em uma comunicação silenciosa e própria. Mesmo sem conseguir distinguir direito os rostos, pela pouca iluminação, estava claro que o silêncio e a tensão que se instalou no ar, com um toque cômico, era resultado da nossa compreensão. A situação inteira estava muito bem pintada, todas as suspeitas confirmadas pelo olhar de medo, que não era direcionado à nós. Um receio de que houvessem olhos e ouvidos, espreitando na escuridão.

— Existem quantos guardas como você? — Genezis o olhou profundamente, analisando-o.

— Mais de cem batalhões como o meu no reino. Em cada batalhão, dez homens. Acho que quase mil homens patrulham nossas florestas e planaltos, talvez mais... Não estou contando as legiões do exército de Referny, apenas as patrulhas. — Adson ajeitou suas amarras de forma desconfortável, sentando-se ereto no chão de pedra.

— Estamos quase acabando. — Lucas começou, diminuindo o tom da voz em alguns decibéis. — Com o que precisamos tomar cuidado nesse lugar?

— Com tudo. — O guarda nem ao menos pensou por um momento, antes de soltar o aviso, a voz séria e calma. — Toda e qualquer coisa neste reino, pode encontrar uma maneira de acabar com vocês. Até mesmo a água que corre pelas valetas, ou a atendente simpática de uma banca no mercado principal. — A voz do homem estava embargada de verdade, carregada com uma pitada de desespero. — Dentro daquele castelo, nem sequer as paredes são seguras! Até elas podem desmoronar a qualquer momento, levando consigo tudo o que estiver pelo caminho!

Havia tanta certeza no que o guarda dizia, que me provocou um arrepio de apreensão. Adson também estava arrepiado. Não pude evitar lançar um olhar para a escuridão da floresta, os músculos subitamente tensionados. E eu não era a única. As juntas de Jesse estalaram com a tensão e o creck me provocou um pequeno susto.

A luz da manhã já começava a invadir as copas frondosas das árvores, acompanhando a fogueira com uma iluminação suave em tons de rosa.

— Só mais uma pergunta. — Helena se adiantou um passo. Agachou-se para ficar cara a cara com Adson e o encarou profundamente, suspirando. — Você... tem família? Pai, mãe, irmãos... Uma esposa, filhos talvez? — O homem devolveu a profundidade do olhar, visivelmente com medo de revelar algo sobre sua vida. Por fim, suspirou, entorpecido pelo brilho daquelas pupilas.

— Meus pais morreram e eu não tenho irmãos. — Ele respondeu. — Mas... Tenho uma esposa e um filho, de um ano apenas.

Helena ficou em silêncio, assim como Adson. Ninguém ousava dizer uma só palavra. Engoli em seco. Uma mulher e um filho pequeno... O que Genezis havia dito, a menos de dois dias atrás, nunca fizera tanto sentido. Estávamos com um pai como prisioneiro, pernas e braços amarrados e o medo povoando seu coração... Lentamente e com um peso apertando o peito, tão forte que me impedia de respirar corretamente, comecei a desamarrar as cordas do pulso do guarda. O  brilho que antes tinha um tom maquiavélico, desapareceu de nosso olhar. Ele se levantou rapidamente, tentando intimidar-nos ao se por com as costas retas, mas era possível ver que estava trêmulo. Jesse lhe entregou sua espada e ele a embainhou, suspirando.

— Não conte a ninguém o que viu ou o que disse. — O garoto exigiu, imponente. — Estaremos por perto e esperamos poder contar com você novamente, em algum momento, soldado Adson.— Jesse segurou a mão do guarda, apertando-a em um cumprimento. — Você disse que esse lugar é perigoso em todos os âmbitos, certo? Com certeza, não é nesse ambiente que quer criar seu filho. É o que buscamos mudar.

Adson não disse nada. Mediu Jesse de cima a baixo e esboçou um sorriso sem graça, apenas. O que o garoto prometeu, talvez fosse muito mais do que poderíamos entregar. Um mundo melhor para uma criança... Ter a consciência de que tínhamos essa responsabilidade, somava mais um peso à todos os outros, mas de certa forma, era diferente. 

A responsabilidade ganhava um tom diferente.

Adson desapareceu floresta a dentro, sem dizer mais nada. Apesar de ainda estar assustado, parecia nos entender melhor do que antes, talvez tivesse adquirido alguma empatia por nós. Ou estivesse apenas aliviado de ter saído da situação com vida. Sem esperar muito mais, nos adiantamos para começar a desarmar as barracas, agora que a luz da estrela já havia deixado a mata menos amedrontadora.

— Vamos sair daqui rápido... — Genezis pediu baixinho, suspirando. — O tom de voz dele... Parecia que nem Adson sabia se o que dizia era verdade. Talvez ele conte o que viu a alguém. Se for pressionado, é bem provável. Não estamos seguros.

Concordamos sem contestar. Genezis tinha razão, o medo é um sentimento que poderia facilmente arrancar respostas de alguém. O dia estava mais quente do que o anterior, a umidade colando em nossa pele, mas ainda havia um vento gelado para arrepiar o corpo e restaurar a imagem sombria da floresta. Não demorou muito, para que tudo estivesse guardado de volta nas mochilas e o único rastro nosso fosse a terra remexida.




Caminhamos, durante o que pareceram intermináveis horas, passando por outros vilarejos ao pé da trilha. A dinâmica de vida parecia diferente, um pouco menos rural e mais carregada de comerciantes, o que tornava passarmos despercebidos um pouco mais difícil. Depois da primeira hora, o barulho dos cavalos e carroças começou a me irritar profundamente.

A cada hora, a floresta parecia menos densa, o que nos possibilitou avistarmos as torres de um grande castelo, altas e de aparência um pouco decrépita. Diversos tipos de trepadeiras subiam pelos tijolinhos cinzas e bandeiras com cores mórbidas tremulavam acima. Uma floresta de espinheiros revestia a montanha em que o castelo havia sido construído, como se houvesse tido um grande incêndio. Era mórbido, mas estranhamente bonito.

A trilha que acompanhávamos pela mata, se abriu em uma grande muralha, onde portões pesados de pedra guardavam uma cidadela. Ali, uma fila de carroças com comerciantes esperava seu momento de entrar, pacientemente. Ladeando o portão, prostravam-se dois guardas, com espadas e armaduras idênticas a de Adson, que observavam as carroças e cavalos, verificando o conteúdo das mercadorias.

Havia chegado a hora de sairmos das sombras.

— Não podemos sair assim, os sete de uma vez, chamaria muita atenção. — Kille anunciou baixinho, murmurando com o olhar fixado nos guardas, observando-os com curiosidade. — Vamos voltar alguns metros, esperar o fluxo de pessoas ficar mais calmo e acompanhar um grupo de comerciantes, entrar junto com eles. A melhor forma de passarmos despercebidos é cumprindo todas as normas deles, sendo cidadãos normais. De acordo?

Silenciosamente, nos escondendo entre as moitas e arvores, caminhamos até o fim da fila de comerciantes. Diversas vezes, a estrada ficava deserta e esperávamos alguns minutos, até que a próxima carroça se adiantasse e outro cavalo relinchasse alto. Não demorou muito para que nos enfiássemos entre as pessoas, na tentativa de parecermos o mais comum possível. A adrenalina de estar à vista novamente, fazia meu coração palpitar e sentia que todos nos encaravam, todos sabiam quem éramos. Por fim, a muralha voltou a se erguer a nossa frente.

Os dois guardas apenas nos observaram em silêncio, tomando um momento para verificar nossas armas e estranharem nossas mochilas. Não se mexeram um só centímetro, nem ao menos piscaram. Liberei o ar que nem ao menos percebi estar contendo, assim que a muralha saiu do meu campo de visão, aliviada.

— Fiquem juntos. — Pedi. — Não olhem nos olhos de ninguém. Vamos encontrar uma maneira rápida de entrar no castelo.

A luz do dia tornava-se alaranjada. As ruas tentavam parecer limpas com muito afinco, mas não conseguiam evitar o lixo encostado nas paredes e os roedores que surgiam. A feira que provavelmente estivera ali de manhã, agora era desmontada devagar por homens de expressões tristes. Até os largos sorrisos que as crianças davam durante as brincadeiras, não tinham nem um traço de sinceridade. Eram tão tristes quanto todo o resto.

Agora, à meia luz avermelhada e com as nuvens rosadas se tornando escuras, tudo era fantasmagórico. Haviam poucos moradores nas ruas, os comerciantes tomando conta das vielas, vendendo a qualquer transeunte que os olhasse ou não. Nenhum de nós se dava ao luxo de os encarar.

Uma sensação ruim, junto com um cheiro horrível de carne podre e desgraça me socaram, tão forte que pareceu real. Minha pele formigou e ergui a cabeça, pela primeira vez encarando o castelo que parecia estar cada vez mais próximo. Franzi as sobrancelhas, sentindo o gosto de bile no fundo da garganta, tão profundamente enjoativo que me arrancou todas as forças.

Uma mão fria e esquelética agarrou meu braço, fincando suas unhas sujas e sem cuidado na minha pele. Tinha uma aparência velha, a pele colada contra os ossos, completamente flácida e parecia viscosa, engordurada. Uma onda de terror me inundou e antes que conseguisse dizer algo, outra mão igualmente horrorosa agarrou meu rosto, tampando minha boca. O cheiro era comparável à algo putrefato, escorregava sobre minha pele. As mãos me puxaram para a escuridão de um beco próximo e por mais que parecessem decrépitas, me seguravam com firmeza, apertando os dedos compridos.

Helena comentou com Lucas sobre o cheiro de carne podre e tive vontade de soca-la, por estar sendo sufocada por ele, sem que nenhum dos Escolhidos sequer tivesse percebido. Uma das minhas mãos batalhava para se desvencilhar do aperto e com a outra, busquei a guarda de Incandescente. Golpeei o estomago do meu sequestrador, com o cabo mesmo e ele se encolheu, soltando meu braço, mas ainda me impedindo de gritar. Com Incandescente já desembainhada, fiz um corte profundo no braço flácido e exposto e a figura masculina guinchou, se afastando.

Finalmente, consegui gritar.

Os Escolhidos viraram o corpo tão rapidamente, que me perguntei se as juntas ainda estavam todas no lugar e me encararam, alternando o olhar entre o homem e eu. Agora conseguia perceber que ele tinha uma aparência velha e o sangue que pingava no chão, era comparável à lodo, esverdeado e gosmento.

— Por que machucou esse homem?! — Genezis perguntou, irritada.

— Ele me atacou, estava me sequestrando! Não venha me repreender se você mesma não estava prestando atenção! — Bradei, levantando o tom de voz até que a loira não me encarasse mais como se eu fosse um monstro.

— Um passarinho me contou que querem entrar no castelo... Mas não estão anunciados! Qual a curiosidade de vocês jovens, na corte das Referny? — A voz do homem nos interrompeu, sussurrando. Era grave, parecia um sibilo réptil. Seu corpo era robusto, porém, ainda estranhamente magro e flácido, não parecia humano de maneira alguma. Uma combinação estranhíssima de observar.

— Do que isso te interessa? — Respondi-o o mais friamente que pude.

— Ora menina, não lhe deram educação? Quem pensa que é, quanta importância acha que tem para tamanha indelicadeza com um pobre homem?! — O homem sorriu, malicioso, o que fez meu sangue ferver de maneira desconfortável.

— Um homem, que teve a indelicadeza de me atacar! Por quê teríamos de ser anunciados para entrar? — Cruzei os braços, o encarando por baixo das sobrancelhas. 

Ele se levantou, devagar, ainda pingando o sangue esverdeado e pouco a pouco, desembainhou uma espada dourada e brilhante, lentamente e sem desviar o olhar de nós sete. Meu corpo se retesou e finquei os pés no chão, iniciando a posição de guarda.

— Até mesmo reis, são anunciados, para estarem na presença de outros reis. Mas vocês não sabiam disso, correto? São forasteiros... E forasteiros não são bem recebidos nesse reino. — Ele riu, fazendo um arrepio subir pela minha coluna e então sibilou novamente, sentindo o ar com a ponta da língua. — Nesse caso, tenho permissão para liquida-los. Estão prontos para morrer hoje? 

— Me responda você... — Helena disse, um sorriso estupidamente malicioso cortando-lhe o rosto e piscou, os olhos brilhantes de sadismo.

Então a ruiva deu um passo largo à frente e estalou seu chicote ruidosamente, contra o rosto do homem, que guinchou algo que poderia ser uma risada maléfica. De dentro do espaço em que deveria estar seu olho esquerdo, sangue escorria e pingava na imundice da rua.

Novamente, bile engasgou na minha garganta. 

Então, o homem riu psicoticamente, o som da voz ecoando pelo beco escuro. Ele deu um passo para trás, se fundindo com as sombras e a escuridão, antes que Helena pudesse atacar novamente, estalando seu chicote nos paralelepípedos. 

O que sobrou, foi algo esbranquiçado e esmagado na calçada, de íris esticadas e um tom escuro e mórbido de laranja, que nos encarava como se pudesse ver todos os nossos medos.

Um olho.




     Quem será esse homem misterioso e psicótico ein meus milhos pra pipoca, que já no primeiro encontro com nossos Escolhidos, acabou perdendo um lado da visão?  Temos que concordar que ninguém nessa cena estava de brincadeira kakakakaa  Muitas informações vieram do Adson, nosso guardinha sequestrado, o que acharam de tudo o que ele nos revelou? Deixem suas teorias nos comentários, e não se esqueçam de votar, pq me ajuda demais, me aquece o coração, de verdade!

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