Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

33

Não sou eu quem a quer. Aquela frase foi repetida diversas vezes. Primeiro para Will, depois para Twyla e Ivan, em seguida para Althariel, depois Charlotte.

A rotina na Academia mudou por completo. Aonde quer que Helena fosse era acompanhada por Charlotte ou Vince. Naquela manhã Thomas correu ao seu encalço.

― Até você?

― Eu sinto muito. ― E sentia mesmo pela expressão culpada.

― Eu quem deveria dizer isso. ― Ela observou Susan do outro lado do pátio explicando algo pela milésima vez aos novos aprendizes. ― Espero que ela não fique chateada.

― Ela vai dar conta.

Wesley e Jim viam na direção oposta, mas mudaram de direção bruscamente quando a viram. Helena riu. Ninguém queria estar perto quando o assassino voltasse para pegá-la.

― Idiotas! Você quer que eu dê uma ocorrência a eles por isso?

― Já é uma ocorrência eles viverem consigo mesmo.
 
― Está entregue, senhorita. ― Ele fez uma reverência. ― Ah, Helena.

― Oi?

― Não é nada. Só não dê atenção aos boatos.

Helena assentiu e entrou na estufa. Ah, lá estavam eles. Os murmúrios quando ela ocupou a último lugar vago na bancada vazia. O professor que fazia as infusões de folhas não era Godofredo, ele a fitou com interesse e deu um sorriso amarelo.

― O professor caiu nos vasos de Mortiças na estufa de casa. ― Iadala sussurrou ao sentar do seu lado. ― O professor Phineas foi contratado para substitui-lo.

― Oh, o professor, ele...?

― Oh, não, não. Mas precisará ficar no Sirium por alguns meses. O veneno da planta-mortiça não é letal para quem tem contato direto com ele, mas transmite-se por vias aéreas e pode ser fatal. ― Ela explicou.

A poção mudou de cor de verde-musgo para um amarelo mostarda e os alunos deram uma salva de palmas.

― Aprender a arte de fazer antídotos a partir de plantas é uma arte capaz de salvar vidas, senhores. ― O professor Phineas um homem magro de cabelos claros penteados para trás e olhos cinzas feito gelo. As mangas da sua camisa branca estavam dobradas e ao lado de sua maleta de couro, estava dependurada uma bengala de ouro.

Helena se concentrou na explicação, mesmo com os murmúrios insuportáveis, que pioraram a medida que a aula avançava.



Thomas acompanhou Helena até o pátio, mas uma Susan descabelada e muito vermelha veio ao encontro deles.

― É uma emergência, Thomas. ― Ela arfou. Ela trazia consigo um jovem aprendiz de aparência esverdeada.

— Desculpa Helena, mais tarde nos falamos. ― Thomas correu com o garoto que parecia mais verde que Vilna.

― Balas de gosma, mas ele é alérgico. ― Susan explicou rapidamente. ― Nos vemos no almoço, ou no jantar, vai saber.

Helena sorriu e olhou o pátio vazio. Estava sozinha, finalmente. Mas não por muito tempo. Brandon e seu séquito vinha ao seu encontro no corredor.

― Ora, vejam se não é a garota morta. ― Ele tripudiou.

Os seus amigos riram feito hienas.

― Eu e meus amigos fizemos uma aposta. ― Ele continuou. ― Como será que Helena Crawley vai morrer, quer participar?

Ele estendeu o pergaminho em sua direção. Cordelia e Olivia estavam participando. Não a surpreendia. Mas até Jacob, Wesley e Jim também o faziam. Aquilo a magoou.

― Todos concordam que esquartejada está ganhando. Afinal, foi assim que ele fez com os seus pais, não?

― Cortados em pedacinhos. ― Hans completou.

Helena o empurrou e tentou sair, mas todos a rodeavam e riam.

― Já eu acho mais interessante o que vai acontecer com ela antes de morrer. ― Ele tocou num dos cachos de seu cabelo.

― Cala a boca, Brandon. ― Ela tornou a empurrar.

Brandon a agarrou pelos cotovelos e se aproximou de um jeito grosseiro. O hálito frio no seu ouvido.

― Ou o que? Vai me matar? Você já fez isso antes.

A magia de Helena irrompeu. Ela não soube o que tinha feito até que viu o pescoço vermelho e queimado depois do tapa que lhe dera. Bolhas de sangue se formaram e a carne fedia a coisa queimada.

― Você vai ver só uma coisa, sua vaca. ― Ele gritou.

Os seus amigos seguraram os seus braços. Ela tentou esquentar o corpo para afastá-los, mas não conseguiu. Obrigada magia por desaparecer quando mais se precisa, ela pensou.

Um soco. Apenas um soco no rosto e ela viu estrelas. Brandon parecia uma besta com sangue escorrendo pelo pescoço e os olhos em fúria.

― Eu vou continuar até você gritar. ― Ela não gritou por puro orgulho.

O fogo tornou a crescer dentro dela e ela ouviu Hans e os outros reclamarem para Brandon terminar logo com aquilo. A magia iria irromper e ela iria mata-los. Por um momento, não se importou nem um pouco.

― Uma protetora como você é uma vergonha para nós. ― Ele esquentou as mãos, pronto para o próximo soco.

Helena fechou os olhos, mas a dor não veio. Um protetor de cabelos escuros se movimentou tão rápido e atingiu Brandon no rosto. Will o segurou pelo pescoço e Brandon gritou. Anjo de gelo. 

― Não ouse encostar nela. ― Vociferou.

Will o jogou para trás e Brandon bateu a cabeça na parede oposta do pátio. Ele tornou a olhar para Hans e os outros que ainda seguravam Helena.

― Solte-a. ― Ele ordenou. Aquela voz bestial e cheia de raiva fez os pelos do corpo de Helena se arrepiarem.
Eles obedeceram, acuados.

― Vou fazer questão que você e essa cadelinha sejam expulsos por isso. ― Ameaçou Brandon do outro lado.

― Você pode tentar. ― Will sorriu diabolicamente.

Ele segurou Helena antes que ela caísse. Os socos no treinamento eram brincadeira de criança comparado com aquilo. A sua visão ficou turva e ela ouviu Will chamando o seu nome ao longe até que sucumbiu.


Acordou com o pano frio sendo pressionado sob o seu rosto. Ardia. Os olhos dela focaram em Will. Não era um pano afinal, mas seu poder beijando o seu rosto.

― Oi, bela adormecida. ― Ele provocou.

― Aonde estamos? ― Ela tentou se levantar, mas gemeu de dor.

― Meu lugar seguro. ― Ele disse. ― Agora é seu também. Você precisa mais do que eu.

― Eu o feri. Brandon, eu o queimei. 

― Ouvi dizer que vai ficar com uma cicatriz horrível. ― Will sorriu. ― Espero que ele sempre se lembre a não provocar uma destemida.

― Eles estão apostando. ― Ela murmurou. ― Como eu vou morrer.

― Eu ouvi dizer, mas não se preocupe, se depender de mim não vai acontecer. ― Ele parou de emanar o seu poder e a encarou.

Maldição. Ele era irresistível olhando-a daquela forma. A magia de Helena despontou. Fogo e gelo. Will sorriu. Ele sentia também. A magia dos dois brincavam e provocavam uma a outra.

― Porque me trouxe aqui? ― Ela desviou a sua atenção.

― Não surte, mas eu menti quando visitamos os seus avós. Eu sabia que nossos pais se conheciam. ― Ele fez silêncio e esperou a explosão de Helena, que não veio, então, continuou: ― Chama-se Clube dos Perdidos. Encontrei no primeiro ano, enquanto tentava fugir de uma detenção. ― Will sentou-se despojado em uma das poltronas.

A sala era pintada com tinta preta e não havia janelas, apesar de ser fresca. No teto havia um velho lustre e o chão era revestido por um piso branco. Haviam sofás e poltrona de couro, que ficavam de frentes para uma lareira empoeirada.
Uma das paredes era coberta por prateleiras de livros empoeirados e numa parte da sala, próximo a uma parede espelhada, havia um boneco de luta, algumas armas e um tatame. Um armário antigo de mogno decorado com arabescos de madeira era a única peça que destoava do lugar.

― Ninguém mais consegue entrar a não ser você e eu. ― Will explicou.

― Nem mesmo Thomas?

Will tornou a negar com a cabeça.
― Porque?

― Eu tenho uma teoria. Olha isso.

Ele apontou para um quadro em cima da lareira. Um pedaço de pergaminho antigo estava pregado. Helena se levantou e o leu:

― Eu juro em lugar escondido ser para sempre um dos perdidos. Farrear como um duende e lutar como troll. Estar sempre contente e viver sempre prol. Em prol de que?

― Da incansável e implacável, porém breve, vivacidade.  ― Will leu a última frase.

No final do documento haviam algumas assinaturas e Helena ficou embasbacada com os nomes que lia.

Beatrice Lancaster
Francis Crawley
Tereza Dunne
Amélia Bourbon
Rickard Cardragon

O penúltimo nome possuía uma caligrafia tão ruim que Helena não conseguiu identificar, enquanto o ultimo estava riscado de maneira brusca. Mas Helena só prestou a atenção no nome de seus pais.

― Meus pais estiveram aqui?

Will fez que sim com a cabeça.

― Os seus também.

Ela tirou a foto do bolso e a observou mais uma vez. Will estava atrás dela e fazia o mesmo.

― Nós recebemos esse lugar em legado pelos nossos pais. ― Will explicou. ― Somos os herdeiros do Clube dos Perdidos.

― O que exatamente eles faziam aqui? ― Helena olhou ao redor. ― Matavam aula e ficavam farreando?

Helena não estava desapontada com os seus pais porque eles não eram alunos exemplares e fugiam das aulas, mas porque eles tiveram uma vida na Academia e a privaram de ter uma.

― É mais do que isso. ― Will garantiu e foi até uma das paredes e parou de frente para um armário velho.

― Meu pai com certeza deveria adorar esse armário velho. ― Helena desdenhou. Francis adorava quinquilharias pelo o que ela conseguia lembrar.

― Isso é a minha porta de saída. ― Will explicou. ― Nossa porta de saída.

Helena colocou a mão na testa de Will, que se encolheu com o toque.

― Só queria ver se você estava com febre.

Ele segurou a sua mão e brincou com os seus dedos. O seu toque era como uma corrente elétrica que passava do seu corpo e alimentava o dela.

― Não faça isso. ― Ele implorou.
― Isso o que?

Ele puxou os seus lábios com um gesto delicado. Ela não sabia que o estava mordendo até então.

― Isso. ― Ele sorriu, então largou a mão dela e despenteou os próprios cabelos. Tão Will.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro