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17

Helena andou pelo mesmo corredor duas vezes até se dar conta de que havia se perdido. A Academia era um labirinto e todos os corredores bem decorados pareciam os mesmos.

Helena desistiu de ir a um lugar e entrou em todas portas que encontrava. Salões de banquetes vazios, salas de treinamentos silenciosas, salão de música e de ballet, tudo era novidade para ela. Ao menos as salas de aula não eram tão diferentes das que conhecia.

Abriu duas portas de madeira e arquejou quando viu a biblioteca. Grandes estantes repletas de livros se erguiam num labirinto e escadas de ferro decoradas com arabescos levavam aos andares superiores. Opulentas mesas de mogno se estendiam no primeiro andar e luminárias flutuantes crepitavam de maneira preguiçosa.

Helena ouviu murmúrios por entres os corredores e seguiu o som até onde a luz não chegava. No alto de uma escada uma mulher se equilibrava na ponta dos pés, enquanto guardava grossos livros. A escada bombeou e ela murmurou para si mesma.

― Precisa de ajuda?

Num sobressalto ela derrubou os livros e por pouco não caiu da escada, mas Helena fora rápida o bastante para impedir que ela bambeasse. A mulher desceu com um sorriso desconcertado.

Era pálida e usava óculos de armações antigas, que deixavam os seus olhos azuis e assustados maiores. Os traços delicados lhe davam um rosto suave e preocupado, como se visse em cada esquina um cãozinho abandonado. O cãozinho nessa ocasião, era Helena.

― Você deve ser Helena. ― Ela apertou a mão de Helena. ― Twyla Lightstar, chefe dos arquivos. Eu sinto muito pelos seus pais.

E lá estava. O olhar de pena. Twyla deu batidinhas condolentes em seu ombro. Já podia imaginar como ouviria essa expressão e como receberia aqueles olhares.

― Gostou dos livros? ― Ela procurou animá-la.

― Ainda não li, mas obrigada.

― São seus. ― Ela recolheu a escada e começou a caminhar. ― Tomei a liberdade de encomendar a bibliografia do sexto ano e dos anteriores, só o básico.

Helena suspirou.

― Não se preocupe, você vai pegar o ritmo bem rápido. ― Tranquilizou Twyla, como se lesse os seus pensamentos. ― Imagino como deve ser difícil ter sido criada afastada.

O cãozinho não só fora abandonado, como tinha a patinha quebrada.

― A proposito teremos duas horas de aula por dia, o que Althariel chamou de conhecimentos gerais. ― Ela continuou ante o silêncio de Helena.

― Você é uma protetora? ― Helena perguntou a primeira coisa que veio a sua mente. ― Digo, não parece...

― Todos os nascidos protetores frequentam a Academia de Brascard, mas aqueles que não são considerados aptos para os testes realizados no quarto ano são mandados para casa.

― Parece bem cruel. Eu sinto muito se a ofendi.

― Não se preocupe. Lutar e viajar durante semanas em missões perigosas nunca foi muito o meu estilo. Gosto mais de livros. Mas acho que você já percebeu isso...

― O que acontece se você é considerado inapto?

― Bom, você pode se matricular numa Escola de Ofício de Brascard. Eu me formei na Escola de Ofício dos Arquivistas. Ou você pode assumir os negócios da sua família ou até mesmo se tornar aprendiz de alguma coisa.

― Então, eu... ― Helena começou.

― Ah, não! ― Twyla a interrompeu. ― Mas é claro que não. Quem tem um dom especial feito o seu sequer é testado.

Helena ficou aliviada, embora tivesse ficado constrangida por todos considerarem aquilo como uma benção.

― Sobre as aulas, podemos começar agora?

Twyla percorreu parte da biblioteca e selecionou algumas leituras, enquanto Helena pacientemente esperava pelo seu retorno. Ela voltou e entregou um pedação de pergaminho e pena, que estavam sob o seu balcão.

― Por onde começamos? ― Ela estava ansiosa.

Twyla sorriu.

― Pelo começo, ora. ― Twyla se sentou e abriu um dos livros, então começou a recitar, pois pelo que Helena pode perceber aquela parte da história ela já havia decorado.

"Há milhares de anos quando a magia não havia sido coberta pelo véu da ignorância e naturais e humanos conviviam livremente, reinos naturais e mágicos se erguiam sob o tinir da espada e o retumbar de escudo.

Da mesma maneira que se erguiam, esses reinos viravam pó e sombras, pois aquela época era uma época de poder e alianças mortais e traiçoeiras.

Os estandartes se erguiam e os tambores rugiam, era o sinal de uma nova guerra. Mas fora diferente, pois um líder natural se erguera e levantava multidões para lutar por ele. O Príncipe como era chamado possuía uma ferocidade animalesca e sob o comando de suas espadas e fúria a magia se escondeu. 

Os naturais se desenvolveram e na constância de suas vidas insignificantes eles esqueceram que havia magia no mundo.

O Príncipe não estava satisfeito, pois todo dono de um império mortal necessita de um herdeiro para quem deixar o seu legado.

A criança nasceu, mas os olhos eram diferentes dos olhos do Príncipe. Não eram ferozes e obstinados. A criança cresceu desprezada pelo pai, mas não estava destinada a ser uma criança sozinha.

O herdeiro do império viu no filho pobre do cavalariço uma amizade infantil que com o passar dos anos se transformou num cumplicidade e lealdade de irmãos. Não havia competição entre eles, pois cada um sabia o seu lugar no mundo.

Até que com a iminência de uma separação, uma aventura surgiu, a última aventura. Os amigos rumaram para uma ilha desabitada e amaldiçoada. Os que tentaram explorá-la nunca retornaram. Eles atracaram e avistaram uma caverna que as ondas violentas se esforçavam em esconder.

O interior da caverna era repleto de rochas pontiagudas e desenhos antigos. Um local sagrado de uma época distante. No final da caverna havia uma estrutura de pedra formando dois arcos e no centro havia uma arca esculpida em pedra, com os mesmos desenhos que haviam na parede.

O filho do cavalariço imaginou que havia ali algum tipo de tesouro pirata e que os boatos eram para afastar os ladrões, assim, contrariando os pedidos do herdeiro para que fossem embora, nadou até lá.

Dentro da arca não havia nenhuma joia ou moedas de ouro, mas sim uma mulher, completamente nua, que era sem dúvidas a mais bela mulher que os dois já haviam visto na vida.

Os raios de sol entraram pela caverna e refletiram em seu corpo, que começou a brilhar intensamente. No instante seguinte, a mulher abriu os olhos e se levantou.

Os rapazes se ajoelharam diante da mulher divina que erguia diante deles. Mérope era o seu nome, como disse, contou a eles a história de sua captura e da sua espera pela liberdade. Regozijada concedeu a cada um deles um dom especial.

"Aos meus cavalheiros concedo uma benção. Serão os pioneiros, mas os que vierem de teu sangue e tua carne também abençoados serão.

Ao cauteloso, entrego a força para guerrear mil batalhas, a decência e honra para brandir tanto espada quanto o escudo, que servirá de defesa para aqueles que necessitam. Allagan é como o chamarei.

Ao audacioso entrego a sagacidade para encontrar os caminhos perdidos, para dominar as reações e elementos, virar os ventos a seu favor e explorar o desconhecido. Eu te nomeio Galahad."

― Assim, um será ligado ao outro e essa ligação durará para sempre. ― Twyla finalizou. ― Por hoje é só.

― As raças-irmãs. ― Helena sussurrou.

― Como você sabe disso? ― Twyla ergueu as sobrancelhas.

― Os profetas. ― Helena se lembrou. ― Eles falaram sobre os...

― Não diga. ― Twyla disse de maneira urgente.

― Porque?

― Esse nome carrega maldição e desgraça. ― Foi tudo o que Helena conseguiu arrancar dela sobre eles.


***

Um pouco da história da criação dos Protetores e dos Invocadores para vocês!

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