Prólogo
Olá pessoal!
Estou trazendo mais um novo projeto. Estou bastante animada e espero que gostem!
Essa vai ser uma história mais intensa e cheia de gatilhos, por isso, estejam bem quando forem ler, para que não se sintam mal.
Obs: a sinopse ficou bem simples, mas ainda estou elaborando para que fique melhor. Com o tempo irei modificá-la.
Desde já espero que gostem!
Boa leitura!
Ps: essa obra também está sendo publicada no spirit fanfic.
Prêmios:
Aestetic:
🔪🔪
¹⁶⁰⁰ palavras
• New York, Queens - 4 de abril de 2000
- 19:00 p.m.
Nunca devemos julgar as pessoas pela aparência, pois elas podem nos surpreender.
(A bela e a fera)
Bella estava cansada.
Voltava para casa, que ficava localizada no subúrbio, no Queens, depois de um longo dia de estudos.
Pela manhã, ela fora para o colégio, como sempre o fazia, e passara a tarde na biblioteca municipal como voluntária.
Amava livros e se sentia em um mundo completamente mágico quando colocava os pés naquele santuário que era a biblioteca. Se sentia realizada quando passava as mãos pelas inúmeras lombadas gastas de todos os livros dispostos nas estantes.
Toda sua família sabia que seu sonho era se tornar escritora, e mesmo ainda na sua tenra idade de 17 anos, tinha a total certeza de que seu futuro se encontrava no mundo das letras.
É claro que seus pais pensavam que ela deveria ter uma vida, digamos... um pouco mais normal.
Pensavam que ela passava muito tempo presa aos livros e que não se divertia como devia.
Era estranho, mas eles queriam que ela agisse como uma adolescente normal dos anos 2000 que ia a festas e se embebedava, os obrigando a buscá-la de madrugada, e no outro dia lhe passar um belo de um sermão.
Pensar nisso era estranho. Pois tinha uma boa ideia de que a maioria dos pais, se tivessem escolhas, iriam preferir uma filha como ela, quieta, tímida e que preferia ficar em casa a ler do que sair para festas.
Mas, seus pais eram diferentes.
Não reclamava. Os amava por isso. Preferia que os mesmos fossem assim, mesmo que não quisesse.
É claro que por vezes sentira vontade de sair e curtir, mas quando pensava no barulho, na multidão e no cheiro enjoativo da bebida, se desanimava de imediato.
Como já dissera, preferia o silêncio e aconchego de seu quarto.
Mas, isso não a impedia de as vezes ir a um pub há um quarteirão de casa, um pouco mais a tarde, mesmo que sempre voltasse para a casa antes das dez. Mas, nunca pedira bebida alguma, se contentando apenas com uma garrafa de soda.
Gostava de frequentar o lugar para se sentar em um canto do balcão e ficar a ler. Não sabia o porquê, mas gostava do clima que o lugar proporcionava, se sentindo bem.
E, foi em um desses dias que conheceu um rapaz.
Ele se aproximou para conversar, estando visivelmente interessado no enredo do livro. Isso proporcionou horas muito agradáveis de conversa, se sentindo muito animada.
Ele era bonito, simpático e muito educado, e isso a deixou encantada. Acabaram se encontrando outras duas vezes no mesmo lugar e não demorou muito para o mesmo demostrar interesse.
No começou achou estranho, pois não se achava alvo de interesses. É claro que ela não era feia, com seus cabelos castanhos ondulados que caiam a altura da cintura, seus olhos do mesmo tom e pele clara. O que de fato a incomodava era a sua falta de curvas, devido a seu pouco peso. Mas, sabia que ainda era nova e que poderia mudar.
De qualquer forma, se sentiu tentada a aceitar o convite, mas no último instante, recusou.
Não se sentiu muito bem com a atenção redobrada, e o olhar do rapaz a intimidava. Também sabia que seus pais não iriam gostar de saber que ela estava a namorar um homem mais velho, mesmo que fosse uma pequena diferença de idade.
De qualquer modo, acabou falando que não estava interessada, pois seu objetivo no momento era terminar os estudos e ir para a faculdade. Não pretendia arrumar um namorado naquele momento.
Ele pareceu contrariado, mas acabou aceitando.
Mesmo assim, preferiu ficar algum tempo sem voltar ao pub, com medo de o encontrar e ter que lhe dar outras desculpas. Definitivamente, não tinha se sentido muito bem diante daquele olhar reprovador.
Era um pouco assustador.
De qualquer forma, já fazia duas semanas que não o via, isso a fez se tranquilizar. Com toda a certeza não o veria mais.
Naquele momento voltava para a casa, andando pelas ruas desertas, com as luzes dos postes já acesas, devido a parca luz do dia. Deveria ser por volta das sete da noite.
Estava um pouco mais tarde, porque passara em um fast food para comprar um lanche, já que naquele dia seus pais saíram para um jantar com os amigos e assim estaria sozinha até mais tarde. E, como não estava com ânimo para cozinhar, resolveu comprar algo para comer.
Visualizou a entrada da casa do outro lado da rua, sorrindo de satisfação por finalmente ter chegado.
Estava ávida para trocar de roupa, tirar o uniforme escolar com a blusa de algodão azul-marinho e a calça de mesmo tom, acompanhado de seu all star preto, para tomar um banho quente e vestir os pijamas confortáveis.
Estava muito animada para ver o novo episódio de Friends, e não via a hora de ligar a tevê para curtir um pouco do programa.
Parou de frente a entrada, retirando de forma desajeitada as chaves da bolsa da mochila que estava nas costas. Como estava com as mãos ocupadas por sacolas, acabou deixando o molho das chaves a cair no chão.
Praguejou com a falta de jeito, se abaixando como podia para pegar.
No mesmo instante, acabou escutando um barulho logo atrás, através da calçada, de passos.
Se levantou, olhando desconfiada, como sempre o fazia quando alguém passava perto de si a altas horas da noite.
Reparou que se tratava de um rapaz que parou de andar, a olhando, entretido.
- Está precisando de ajuda, Bella? - inquiriu analítico, fazendo com que se lembrasse de imediato dele.
Era o rapaz do pub.
Sentiu seu coração se acelerar, temendo que pudesse acontecer algo.
Como ele havia a encontrado? Estava a perseguindo? Sabia que morava ali? Ou era apenas coincidência?
Não sabia, mas o desejo de entrar o mais rapidamente possível em casa a preencheu de imediato.
- Não. Não precisa. Só deixei cair as chaves, mas já as peguei - comentou séria, olhando a sua volta, mas nada via.
A rua estava muito deserta.
- Entendo - ele sorriu de lado, parecendo pensar em algo.
- Certo. Acho que vou entrar.
- Você sumiu. Já faz dias que não a vejo no pub. Aconteceu alguma coisa? - voltou a questionar, a impedindo de prosseguir.
- Bem, muitas provas na escola. Não estava com tempo para mais nada. Sabe como é... vida de estudante - deu uma desculpa qualquer, colocando as chaves na fechadura, pronta para abrir a porta.
- Entendo. Isso é bem comum mesmo. Mas, me parece que está muito apressada.
- Não estou. É só impressão. Meus pais não gostam que eu fique por muito tempo fora de casa. Mesmo que tenham saído, querem que eu chegue cedo - mordeu os lábios no mesmo instante, ao perceber o que tinha feito. Sem querer tinha o revelado que estava sozinha. - Mas, eles logo vão chegar. Até podem acabar nos encontrando aqui parados na frente da entrada - completou ávida para deixar claro que não demoraria para alguém chegar.
- Entendo. Eles estão certos. Não é sábio ficar por muito tempo fora de casa, ainda mais em tempos tão perigosos como esse.
- Sim, é verdade. Bem, vou entrar.
- Não quer companhia até que eles cheguem? - se ofereceu solícito, dando um passo a frente.
- Não precisa. Eles realmente já estão chegando. Não precisa perder seu tempo.
- Não seria nenhuma perda de tempo. Na verdade, seria um prazer acompanhá-la.
Sorriu timidamente, tentando pensar em outras desculpas para escapar de tal situação.
- Acredite, está tudo bem. Preciso entrar - comentou mostrando que iria abrir a porta, mas ele interveio, voltando a falar.
- Bella. Sei que anda muito ocupada com os estudos, mas eu realmente queria que me desse uma chance. Te prometo que farei de tudo para que se sinta feliz. Eu gosto muito de você e acredito que nos daríamos bem.
Choramingou em pensamentos, louca para escapar do assunto. Era a última coisa que desejava naquele momento, que tocasse novamente em tal assunto.
- Eu...
- Prometo que não vai se arrepender.
- Sinto muito, mas já dei a minha resposta e não pretendo mudá-la - foi severa, querendo deixar claro que não queria que insistisse mais no assunto. - Agora, preciso ir.
- Entendo. Não sou o suficiente para você - a voz saiu mais intensa do que o normal e seus olhos faiscavam.
Sentiu um medo apoderar de si, lhe dando as costas para abrir a porta o quanto antes e se ver salva daquele homem.
Ele lhe dava medo.
Engoliu em seco, se atrapalhando com a chave, se amaldiçoando, com as mãos trêmulas, pelo nervosismo.
Finalmente, ouviu o som da tranca destravar, com o alívio a dominando, quando o escutar falar:
- Sinto muito, querida...
O olhou perdida, sem entender o que se tratava, e a única coisa que viu foi um vulto em sua direção.
Logo sentiu um forte dor na cabeça que a fez perde o equilíbrio, caindo no chão. Não sabia o que tinha a atingido, mas sabia que tinha sido uma forte pancada que a tirara de órbita, pois nada via e seu ouvido zumbia.
Mesmo assim, tentou se levantar, mas não demorou a sentir uma nova pancada, caindo com tudo no chão, perdendo a consciência de imediato.
🔪🔪
Notas finais
Espero que tenham gostado!
Deixem seus comentários para que eu possa saber mais sobre o que estão achando.
Até a próxima!
• Isabella
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro