Capítulo V
Olá pessoal! Tudo bem com vocês?
Espero que sim!
Trago mais um capítulo para vocês. Espero que gostem.
Tenham uma boa leitura!
🔪🔪
¹⁴⁰⁰palavras
• New York, Upper West Side, 12 de abril de 2000
- 6:00 p.m.
Seu humor estava péssimo e a má sorte a rondava.
Para seu grande azar, e da sagacidade do autor do crime, as câmeras de vigilância tinham sido alteradas.
E, isso a deixava possessa.
O criminoso sabia muito bem o que estava fazendo.
A única coisa que conseguira naquele momento fora os dados da vítima. E, como de praxe, a família foi contatada e tivera que conversar com os mesmos.
Como sempre, era um momento muito desagradável e desgastante, que a deixava muito triste e revoltada com toda a situação.
Após longos minutos de conversa, chegou à conclusão de que não havia nenhum motivo para o assassinato.
Os pais estavam revoltados e queriam a qualquer custo que o culpado fosse pego e pagasse pelo crime.
Esse era também o seu maior desejo e iria trabalhar com afinco no caso.
Aparentemente, estavam decididos a contratar um detetive particular para investigar. Mas conseguira os convencer a dar-lhe pelo menos alguns dias para poder trabalhar no caso.
O que mais odiava no mundo era ter uma terceira pessoa a ficar xeretando em algo que cabia exclusivamente a ela, e faria de tudo para evitar que isso acontecesse.
Agora, não tinha um, mas dois casos no qual tinha que encontrar respostas e trazer a paz para a família das vítimas.
Depois de muita conversa, conseguiu fazer com que os pais fossem embora, com promessas que no próximo dia entraria em contato com mais informações.
Como estava tarde, o resultado da autópsia não sairia naquele dia, e não restavam muitas opções além de esperar. Assim, mesmo que não gostando muito da ideia, se viu obrigada a ir embora para casa.
Estava saindo, quando acabou vendo a filha de uma escrivã a brincar alegremente com uma espada de plástico.
Tal cena chamou a atenção, devido ao caso de mais cedo, e, sem perceber, acabo por se aproximar, inquerindo sorridente:
- Está brincando de que?
A pequena, sem nem ao menos a olhar, se limitou a falar euforicamente:
- Eu sou a Mulan, a princesa mais incrível.
- Princesa?
- Sim, da Disney. Ela é incrível.
Achou estranho, pois não conhecia a personagem, mas não deu muita importância, apenas se limitando a assentir, se retirando.
Assim, meia hora depois, finalmente havia chegado em casa, um apartamento grande e aconchegante. Sabia que era um pouco exagerado, ainda mais por morar sozinha, e poderia muito bem morar em um apartamento menor e bem mais barato. Mas, confessava que gostava do luxo e conforto e, se tinha o dinheiro para bancar todas as despesas, porque não usar? É claro que não era gastadeira, na verdade, se considerava muito controlada, mas também tinha o bom senso de que ela sempre estava a ariscar a vida, e não deveria ficar a limitar as coisas, ainda mais sabendo que não poderia estar ali para sempre.
Adentrou em casa, jogando as chaves sobre o balcão da cozinha, folheando as cartas que tinham chegado, a sua maioria de contas e propagandas. Depois olharia aquilo, pois naquele momento estava mais disposta a tomar um longo e relaxante banho e dormir um pouco.
E assim ela o fez.
Fez questão de encher a banheira, para que pudesse descansar um pouco e tentar ler algo, a fim de se esquecer do trabalho. Mas hora ou outra sua mente vagava para suas vítimas. Parecia que aquela seria mais uma noite no qual ela teria que tomar algum remédio para conseguir dormir.
Comeu um sanduíche light de peito de peru com bastante salada e um suco de laranja. Não estava com ânimos para comer algo mais sustentável, logo indo para a cama de casal, se enfiando debaixo dos edredons, pronta para fechar os olhos e dormir.
Mas, algo a incomodava. Não conseguia entender o que era, mas a todo momento a imagem da garotinha a brincar surgia em sua mente.
É claro que quando criança ela vira os filmes das princesas da Disney, mas nunca fora uma grande fã.
Mesmo assim, não conseguia deixar de pensar na nova princesa, e, tomada pela curiosidade, se viu levantando, indo até o computador para pesquisar sobre o filme. Não demorou para encontrar o mesmo em um site pago, acabando por assisti-lo.
Realmente era um ótimo filme. Mulan, era totalmente fora dos padrões considerados ideais para as princesas. Ficou surpresa com a novidade, mas essa não era a única coisa. Estranhamente, sua mente era levada de momentos a momentos para Suki, achando estranho tais semelhanças.
Sabia que podia estar apenas pensando besteiras, mas, presa a tais sentimentos, acabou por pegar o telefone, ligado para John, que não demorou muito a atender:
-Não vai acreditar no que descobri. - Disparou no momento que o escutou atendendo a ligação.
-Boa noite para você também. - Repreendeu, apesar de ser notável seu tom brincalhão
-Estou falando sério.
-Eu também estou.
-Ok, tudo bem. Mas, adivinha só o que estava vendo?
-Oque?
-Na hora que estava indo embora, vi uma menininha brincando com uma espada...
-Ah, é a Lindy.
-O que?
-A menina é a Lindy, filha de Suzan. - Se justificou.
-Tá, tanto faz.
-Que sensível de sua parte.
-Não me leve a mal, mas estou tentando falar algo realmente sério aqui. - Retrucou começando a se sentir nervosa.
-Tudo bem, então continua.
-Então, eu vi ela e perguntei o que estava fazendo, e ela me disse que adorava uma tal de Mulan. Quando cheguei em casa, resolvi pesquisar sobre o filme e vi ele. Acabei ficando muito surpresa com o mesmo.
-Certo. Mas, não entendi. O que tem de tão importante em você ter gostado de um filme da Disney? Tenho certeza que muitos adultos gostam. Eu, por exemplo, amo o rei leão, e....
-Não estou falando disso! - Tratou de o cortar ao notar que ele não estava seguindo sua linha de raciocínio.
-Estão, sobre o que está falando?
-Eu sei que você vai me achar louca, mas achei a história de Mulan muito parecida com a de Suki.
-O que?
-Sim, isso mesmo.
-Ok. Liz, acho melhor você ir dormir, e amanhã conversamos...
-Não, me escuta. - Se exaltou, percebendo que estava perdendo toda a credibilidade. - Deixa eu te explicar. Tenho certeza que depois que eu contar tudo, você vai me entender.
-Tudo bem, então conta.
-Obrigada. Então, eu vi o filme e acabei percebendo muitas semelhanças. As duas são chinesas, tem a mesma idade, o sobrenome é o mesmo e até mesmo as características físicas são iguais. Além disso, elas também parecem ter a mesma personalidade. E. veja só, também são boas com espadas. E, hoje durante o interrogatório com os pais, descobri que seu nome significa florescimento e, tem uma frase no filme referente a flor e florescimento...
-Certo, e....
-Você não está colocando fé no que estou falando, não é mesmo? - Se desanimou ao notar que ele nada entendera com suas especulações.
-Não, só estou tentando entender o que tem a ver o fato delas terem algo parecido?
-Bem, eu não sei, mas achei que deveria averiguar. - Falou abatida, percebendo que tudo o que estava falando não fazia sentindo.
-Ok. Vamos fazer o seguinte, vai dormir e amanhã conversamos sobre isso e tentamos pensar em algo, pode ser?
-Você não está me levando a sério. - Retrucou triste, pois sentia que era algo que poderia ser importante.
-É claro que não é isso. Só estou falando para tentar descansar e amanhã conversamos sobre, que tal?
-Tá, tudo bem. Você tem razão. Estou precisando descansar um pouco, e devo estar pensando em coisas que não fazem sentido.
-Não é isso, Liz. É só que acho que você está lidando com muita pressão e não está cuidado de si, como deveria. Você não é de ferro e se não se cuidar, vai acabar ficando doente e aí, tudo vai virar um caos. Só estou preocupado, nada mais do que isso.
-Tem razão. Vou tentar dormir. Muito obrigada por me escutar.
-Sempre estarei aqui. Sabe que pode me ligar na hora que quiser.
-Obrigada. - Sorriu tímida, se sentindo feliz com tais palavras.
Não demorou para se despedirem e acabar se deitando, sabendo que deveria tentar tirar tais ideias da cabeça naquele momento, mas tendo a total certeza que não teria sucesso algum.
🔪🔪
Notas finais
Espero que tenham gostado!
Deixem seus comentários!
até o próximo!
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