Capítulo III
Notas do Autor
Olá pessoal! Como estão? Espero que bem!
Estou trazendo mais um capítulo para vocês. Espero que gostem!
Boa leitura!
Ps: contem cenas pesadas, então, caso não esteja se sentindo bem, por favor, leia mais tarde!
🔪🔪
¹⁹⁸¹palavras
• New York, departamento de homicídios de Manhattan, 12 de abril de 2000
-12:00p.m.
Não sabia mais o que fazer.
Já fazia uma semana desde o homicídio de Bella, e até aquele momento não tinha conseguido encontrar alguma pista que pudesse levá-la até seu assassino.
Como o solicitado, seus agentes foram averiguar os lugares mais frequentados pela garota, além de coletarem os testemunhos de conhecidos e interrogado os supostos suspeitos.
Mas tudo acabou sendo em vão.
Liz acabou por descobrir que Isabela era uma garota muito reservada e que colecionava poucas amizades. A maioria delas eram de colegas que se viam apenas durante os horários de aulas. Mas ninguém realmente compartilhava de seus segredos.
Isso a frustrou, pois, imaginava que adolescentes costumavam ser cercados por amigos, e saiam a contar tudo sobre suas vidas.
Bem, pelo menos era o que ela costumava fazer quando era mais jovem.
É bem da verdade que tinha se passado por uma das populares da escola. Mas isso já fazia muito tempo, e dava graças por ter seguido seus planos de estudar e ser alguém na vida, do que seguir a ideia de muitas de suas amigas, que resolveram se casar e ser sustentadas pelos maridos. E agora colecionavam diversos momentos de amargura e solidão, além de ter que atura as traições.
Ela até que podia ter sido popular, líder de torcida e a rainha do baile, mas sempre soube o que queria de sua vida, e fez tudo o que fosse preciso para conseguir conquistar seus sonhos.
De uma coisa podia se orgulhar, de que não era nenhuma menina mimada, fútil e que tinha medo de tudo e todos. Pelo contrário, era destemida, curiosa e adorava uma aventura.
De uma coisa tinha certeza, a de que estava no lugar certo. Não se imaginava em outra posição.
Mas, isso significava que tinha que lidar com situações como aquela, onde garotas indefesas eram brutalmente assassinadas sem um motivo aparente.
E, era tal fato que mais a incomodava.
Não existia nada que pudesse ser considerado um motivo para tal ato. Sem amizades problemáticas, namorados possessivos ou festas regadas a bebedeira e drogas. Nada! Bella era uma garota estudiosa, inteligente e muito tímida, uma típica nerd, que pensava em seu futuro e não nas festas e paqueras.
Teria gostado dela!
Apesar dela ter sido muito diferente da menina em questão de popularidade, compartilhavam de muitas ideias e sabia que se a mesma tivesse tido uma chance, teria sido uma pessoa com um futuro brilhante.
Mas, infelizmente, tudo isso acabou sendo ceifado de forma inesperada, e, agora era seu dever descobrir o que tinha acontecido e punir o culpado.
Suspirou, retirando os ósculos de grau que incomodavam o nariz, o massageando, sentindo o incômodo da luz brilhante do computador a sua frente.
Fazia horas que estava sentada à frente do mesmo, escrevendo relatórios e tentando encontrar alguma solução, alguma brecha que tinham deixado passar e que pudesse ajudar na solução do caso. Mas, até agora não conseguiu encontrar nada de útil.
Como o pedido, John fora até a casa da vítima, para averiguar possíveis pistas que tinham sido deixadas para trás. Mas, como o esperado, muito do que podia ser usado tinha sido contaminado, até mesmo pelos pais, que no momento de desespero nem se quer lembraram que a entrada da casa podia ser uma suposta cena de crime.
Não os culpava. Se fosse sua filha, também ficaria desesperada para encontrá-la e não pensaria em mais nada, além disso.
Também acabou por descobrir que não havia nenhuma câmera pela redondeza que pudessem averiguar em busca de algo suspeito. Era um bairro mais residencial, classe média baixa, e a maioria não disponibilizava de dinheiro para a instalação do equipamento de segurança, que era mais reservado aos estabelecimentos comerciais.
Não ficou de toda desapontada com o relatório do amigo, pois era o que esperava. O que realmente acabou a incomodando e a deixando extremamente irritava, foi a sua ida até o pub citado pela família, onde a vítima costuma frequentar.
Ao chegar ao lugar, de cara reparou que era um ambiente mais adulto, e que não deveria receber menores de idade, já que o cardápio principal era regado a bebidas alcoólicas.
Quando o proprietário a viu, deu um sorriso de canto sedutor, que logo tratou de sumir de sua face quando o apresentou o distintivo. O mesmo, logo tratou de ficar na defensiva, não querendo admitir a presença de Bella no local, pois sabia que era proibido. Mas com seu jeito peculiar de convencer, ele logo começou a falar, morrendo de medo de ser preso por omissão de provas.
Descobriu que Bella costumava ir sozinha ao lugar nos finais de semana, mas sempre ficava sentada a ler um livro, pedindo soda, nunca bebida.
Nessa parte ele fez questão de deixar claro tal fato. E que ela nunca ficava até mais tarde.
Não demorou para inquerir sobre um suposto rapaz, que foi confirmado.
Se sentiu muito feliz, pois estava prestes a descobrir mais detalhes sobre o suposto agressor, e, até mesmo, conseguir um retrato falado, nome e endereço.
Mas, tão rápido quanto sua felicidade surgiu, ela logo desapareceu.
O dono disse que não ficava no bar e que não podia falar muito sobre os clientes, logo solicitando o barman, que tratou de falar que não reparava muito nos clientes, pois eram muitos e não tinha muito tempo para ficar reparando em detalhes.
Tentou o pressionar como podia, mas sem muito efeito. Parecia que o tal rapaz gostava de usar jaquetas largas com capuz, o que ocultava, e muito, sua face. A única coisa que conseguiu descobrir foi que o mesmo, era alto, de pele branca, apesar de não saber dizer se era mais clara ou morena, de cabelos um pouco acastanhados e jovem.
Apesar de poucas informações, era algo. Melhor do que nada.
Então, o inqueriu sobre o seu consumo e faturas, já que se o mesmo usasse cartões de crédito, seria muito fácil rastreá-lo. Mas, como nada é tão simples, descobriu que ele quase nunca consumia no local, e quando o fazia sempre pagava no dinheiro, não deixando nenhum rastro.
Mas, como sempre fora otimista, suas esperanças não acabaram, inquerindo sobre as câmeras de segurança. Acabou descobrindo que havia apenas uma na entrada do estabelecimento.
Isso era mais que o suficiente para descobrir quem era. E assim, desperdiçou horas a ver as gravações junto do rapaz, para poder encontrar o mesmo, sem sucesso. Aparentemente a câmera filmava apenas um lado da rua, e se alguém chegasse pelo outro lado e ficasse mais perto da parede, não era pego nas filmagens.
Era um sistema bem falho, pois, qualquer um que prestasse a mínima atenção ao posicionamento do objeto, perceberia a falha.
E, aparentemente, o tal suspeito tinha reparado na falha e feito questão de passar despercebido.
E, isso indicava duas coisas.
Primeiro: a de que ele deveria estar se escondendo de alguém;
Segundo: estava planejando fazer algo ruim e não queria deixar pistas.
Apostava na segunda opção, apesar de não ter provas concretas do fato.
E, assim sua visita ao pub não lhe serviu de muita ajuda. Tinha conseguido apenas um perfil vago do suspeito, que ainda englobava boa parte da população de Manhattan e cidades satélites.
É claro que fizeram novos interrogatórios com a família, amigos e conhecidos, agora procurando descobrir mais sobre o rapaz alto de pele clara e cabelos castanhos. Mas, ninguém sabia de nada.
Aparentemente, Bella não fizera questão alguma de contar a quem quer que fosse que o conhecia. O que indicava que ela tinha medo da reprovação do seu círculo pessoal ou ele nada significa a ela, por isso, não fizera questão de contar sobre a existência do mesmo.
Dado o pouco que descobrira dela, apostava na segunda opção. Isabela nunca jogaria um futuro promissor fora, em prol de um rapaz que mal conhecia e que deveria prometer problemas.
Ann acabou por concordar com suas especulações, acrescentando a ideia de que ela deveria ter o rejeitado e o mesmo, não gostando muito da ideia, acabou por cometer o homicídio.
Era a melhor opção e começaram a trabalhar em cima da mesma. Tinham quase certeza de que esse rapaz era o principal suspeito e de que essa deveria ter sido a motivação. Agora, o que lhe restava, era descobrir de quem se tratava e o trazer a justiça.
E, era nisso que estava a trabalhar durante todo aquele momento. Estava a pesquisar arduamente em busca de pistas que pudessem a levar até o sujeito. Mas, até aquele momento não obtivera grandes resultados.
Se espreguiçou, esticando os músculos, a fim de se livrar de toda a tensão, cogitando a ideia de dar uma pequena volta pelo escritório e, quem sabe, se servir de uma boa dose de café.
Estava para se levantar para realizar tais ações, quando John adentrou no recinto com seu costumeiro sorriso radiante estampado na face, tratando de falar sem lhe dar muitas chances:
- E, então Liz? Conseguiu alguma coisa?
- Ainda não - murmurou chateada, bufando em frustração.
- É uma pena. Sei que é um caso que está a deixando muito ocupada, mas acredito que você deveria espairecer um pouco. Está enfurnada nesse escritório a manhã inteira. Não saiu nem para tomar água - começou o seu costumeiro falatório sobre como ela não cuidava de si e que estava muito focada no trabalho.
- Anda prestando muita atenção no que faço ou deixo de fazer. O que pretende com isso, John? - provocou, sorrindo faceira, admitindo apenas para si que gostaria de saber suas reais intenções, se é que existia alguma.
- Apenas pretendo manter a saúde de nossa chefe. E, Ann me mataria se a deixasse fazer o que quisesse. Sabe como ela é.
- Sim. Eu sei - Confirmou se lembrando da amiga que era super protetora e preocupada. - Mas, não precisa se preocupar. Trouxe um lanche de casa e, sorte a minha que tenho um banheiro a minha disposição - brincou, dando uma piscadela.
- Sim, sorte a sua. Sei de uma ou duas colegas que matariam para ter um banheiro apenas para si.
- Não duvido disso. Eu seria uma dessas - entrou na brincadeira, rindo da conversa aleatória, com satisfação.
Era incrível como conseguiam embrenhar em assuntos sem sentido algum e ficarem perdidos por horas a falar, nem se quer lembrando da realidade.
- Então, agora que conferiu que ainda estou viva e perfeitamente bem das minhas faculdades mentais, o que pretende fazer? - questionou curiosa.
- Pretendo levar o relatório da investigação direto a minha superior. Que no caso é a Ann!
Riu gostoso com o comentário, pronta para soltar mais algumas piadinhas, quando reparou em um dos seus policiais se aproximar da porta aberta.
- Com licença, chefe. Mas, acabamos de receber uma ligação. Se trata de um homicídio em uma escola de artes marciais.
- Artes marciais? Interessante - John murmurou franzindo o cenho, olhando com nítido interesse.
- Sim. Já estamos saindo para o local do crime.
- Ok, obrigada pelo aviso. Já estou seguindo para o local.
- Eu também já estou indo. Só vou pegar os meus materiais e já saio - o moreno comentou, seguindo para a saída.
- Se quiser ir comigo, posso esperar - ofereceu, no qual o outro concordou, agradecendo.
Ficou desanimada com a notícia. A última coisa que queria naquele momento era ter que lidar com mais um assassinato. Mas, era algo rotineiro em sua vida e não tinha muito o que fazer para evitar.
Mas, com toda a certeza o caso de Bella naquele momento era de suma importância e sua máxima prioridade.
🔪🔪
Notas finais
Espero que tenham gostado!
Deixem seus comentários e voto!
até a próxima!
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