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Capítulo I

Olá pessoal!
Trago para vocês mais um capítulo.
Espero que gostem!
Gostaria de ressaltar que o capítulo está repleto de cenas mais fortes. Então, se não estiver se sentindo bem, é melhor deixar para ler em um outro momento.

Boa leitura!

🔪🔪

²⁷⁰⁰palavras


• New York, Flushing Meadows-Corna Park, 05 de Abril de 2000

- 8:00 am


A cada dia que passa nos tornamos menos humanos.

(A bela e a fera)


O dia nem se quer tinha começado, mas já estava exausta.

Isso se devia ao fato da falta de sono causada por uma trágica insônia que resolveu acometê-la naqueles dias.

E isso estava a matando.

Precisava dormir para poder descansar a cabeça e, consequentemente, pensar melhor no trabalho. Mas, parecia que seu cérebro não se importava com as necessidades do corpo e teimava ficar em alerta mesmo depois de várias horas acordada.

Suspirou desanimada, olhando o relógio de pulso, constatando que passava pouco das oito.

Estava no carro rumo a um parque no Queens devido a uma denúncia. A polícia local foi acionada de imediato e parece que o que encontraram no lugar não foi algo agradável.

Assim, a perícia técnica foi acionada, e como delegada da homicídios, era seu dever ir até à cena do crime para averiguar todos os pormenores.

A última coisa que queria naquele momento era lidar com um homicídio. Pelo menos não naquela hora da manhã.

Mas, queria o que?

Trabalhava no setor de homicídios de uma das maiores cidades do mundo, o crime era constante e nunca dormia e tinha que lidar com tais assuntos diariamente.

Se queria sossêgo e mordomia deveria ter virado advogada de divórcios, isso sim renderia muito dinheiro e sossêgo. Mas, não! Preferiu seguir tal carreira e agora pagava como tal.

— Boa escolha, Liz! — murmurou desgostosa, mas sabia que no fundo amava o trabalho, apenas estava mal-humorada pela falta de descanso.

Bebericou de seu café, ajeitando a manga da jaqueta de couro preta, olhando para o motorista que conduzia pelas ruas de New York em pleno horário do rush.

Resmungou mais uma vez.

Não podiam ter a acionado em um horário menos movimentado?

Isso atrasava em muito o seu progresso, e a última coisa que gostava era de chegar na cena do crime atrasada! Perdia a maioria dos detalhes.

— Vai demorar muito? — questionou já perdendo a paciência.

— Já estamos quase chegando — o rapaz disse apreensivo, já percebendo que seria vítima de seu péssimo humor se não chegassem logo ao destino.

Passado mais alguns minutos, o carro convergiu á direta, permitindo que visualizasse uma extensa área verdejante, que indicava o seu destino.

Aprumou no assento, pronta para descer assim que parassem.

Observou através da janela uma grande movimentação de pedestres e curiosos envolta de uma área de isolamento.

Praguejou.

Odiava ter que lidar com o público em geral por enquanto que precisava lidar com um corpo.

Assim que o motorista estacionou o carro, saiu do mesmo, seguindo diretamente para a aglomeração. Não demorou muito para ver a faixa de contensão e vários policiais afastando os curiosos.

— Dia agitado, não? — inqueriu já passando pela barreira, cumprimentando um dos policiais que estava a afastar dois homens que teimavam em tirar fotos no celular.

— Nem me fale, White. Nem me fale.

Sorriu matreira, seguindo para o local do crime em si.

Reparou que John já estava a trabalhar. Como um bom perito criminal, era seu dever recolher todos detalhes da cena do crime que pudessem vir a se tornar provas contundentes e encontrar um possível agressor.

— Bom dia, John. Que temos para hoje? — perguntou sorridente por enquanto que se aproxima de um corpo de uma mulher, deitado de bruços.

Naquele momento o homem moreno de feições plácidas e agradáveis de se observar, lhe lanceou um olhar por enquanto que recolhia as digitais da vítima.

— Uma barbaridade, eu diria.

— É mesmo? — perguntou dando uma bela olhada no corpo.

— Exatamente.

— Já recolheu todo o material necessário? — falou ainda o analisando.

— Sim, pode se aproximar. Já estou quase terminando aqui.

— Deu para perceber. Queria ter chegado mais cedo, mas o trânsito estava insuportável.

— É. Sorte a minha que moro perto daqui e consegui chegar rápido.

— Sorte mesmo. O que temos? — disse se abaixando ao lado da mulher, reparando que a mesma usava um uniforme azul-marinho e tinha uma mochila com o desenho da Bela de a Bela e a fera.

— Jovem por volta de 18 a 20 anos, encontrada morta de bruços, no meio de um canteiro de rosas, por transeuntes.

— Arma do crime?

— Não. Mas, há vários cortes por todo o corpo, o que indicam que foi causado por uma arma branca.

— Certo — murmurou colocando as luvas de procedimentos, levantando o pulso da vítima, reparando em um corte limpo e reto no mesmo. Também pôde ver o rosto da mesma, se surpreendendo com a quantidade de cortes. Ela estava desfigurada. —Quem quer que seja que cometeu isso, estava com muita raiva.

— Sim. Olhando mais de longe até parece que foi atacada por animais. Mas, com toda a certeza, isso foi causado por uma faca.

— O que imagina que possa ter sido a causa?

— Latrocínio? — o outro retrucou, não muito certo.

— Duvido. Ninguém perderia seu tempo causando tantos traumas na garota apenas para roubar algumas moedas. Quem fez isso estava com raiva e teve tempo.

— Foi exatamente isso que pensei. Então, quem sabe, feminicídio? — John retrucou com seu sorriso charmoso estampado na face.

— Quem sabe.

Suspirou, ponderando se deveria ter algum caso com ele. Era bonito, com olhos e cabelos negros rebeldes e barba curta, alto e porte atlético, apesar de não ter músculos aparentes. Além de inteligente e muito charmoso, e era bom no que fazia.

Tinha certeza que seria uma ótima experiência e talvez conseguisse a fazer se desligar um pouco do trabalho. Não era má ideia. O único problema era que trabalhavam juntos praticamente 24 horas por dia, e se sentavam a uma sala de distância.

E, essa era a única questão que ainda a impedia de lhe dar uns bons beijos, o fato de ter que vê-lo no outro dia no trabalho.

— Testemunha? — perguntou por fim olhando os civis mais ao longe.

— Do crime em si, não. Mas há algumas que encontraram o corpo.

— Certo. Vou dar uma averiguada. Recolher alguns depoimentos.

— Ok. Vou terminar o serviço para o pessoal do IML recolher o corpo.

Anuiu se levantando, indo rumo aos curiosos, já pegando a caneta e abrindo a caderneta que sempre tinha em mãos para tais ocasiões.

Se aproximou do chefe de polícia do setor do Queens, um homem já de idade avançada de bigodes bem pontudos e brancos. O mesmo a cumprimentou levantando o quepe, mostrando todo o mau humor.

— Detesto quando tem algum assassinato na minha área. Isso é muito incômodo.

— Pois, eu detesto que ocorra qualquer morte em toda New York, mas não há muito o que fazer. Onde há humanos, há carniça. Onde estão as testemunhas? — disse mais séria, querendo deixar claro que era ela que mandava no caso.

Sabia melhor do que ninguém que aquele policial, assim como vários outros, detestavam que uma mulher tivesse mais poder do que eles.

Bem, se eles queriam ter o cargo mais alto, que tivessem estudado e passado no concurso. Ela não tinha culpa de nada, somente tinha se dedicado ao máximo para subir na carreira e tinha conseguido. Apesar de que aquele não era o seu último sonho. De fato, almejava ser promotora de justiça. E estava a trabalhar arduamente para um dia conseguir alcançar tal objetivo.

— Pedi a Harry as levarem para um canto mais afastado — falou desgostoso apontando para um grupo de pessoas mais ao longe, perto de uma viatura.

Rumou naquela direção sem lhe direcionar outra palavra.

Reparou que se tratava de três homens e uma mulher.

A mulher em questão se debulhava em lágrimas, visivelmente abalada, com seus cabelos loiros encaracolados desgrenhados e a roupa toda amassada. O resto do grupo tentava acalmá-la por enquanto que a mesma estava sentada no banco do automóvel a bebericar algo de um copo.

Um dos homens parecia conhecer a mulher, já que era o que estava mais perto, e segurava em sua mão. Apesar de não estar a chorar, também era possível ver toda a desolação em sua face.

A terceira testemunha era um homem de idade, barrigudo e com cara de poucos amigos. Parecia que estava muito nervoso e apressado para ir fazer qualquer outra coisa mais interessante.

O último, era um rapaz alto, jovem e de feições agradáveis. O mesmo vestia roupas esportivas e olhava o resto da cena de forma curiosa, apesar de ser possível analisar suas feições assustadas.

— Bom dia senhores, senhora! — os cumprimentou com cortesia, estampando um leve sorriso para os tranquilizar. — Sou a detetive Eliza White da homicídios. Meus homens me informaram que foram vocês que encontraram a vítima. Podem me relatar como foi? — os olhava atentamente, querendo deixar claro que não tinham muitas opções e que deveriam falar, já estando com a caneta preparada para escrever possíveis informações.

Depois de alguns segundos do grupo a se encarar sem saber quem iria começar a falar, o homem ajoelhado, perto da mulher, resolveu quebrar o silêncio, pronunciando:

— Bem, hoje de manhã resolvemos sair cedo para passear. Estamos de férias e resolvemos viajar, e acabamos vindo para New York.

— Então vocês dois são turistas? — inqueriu analítica.

— Sim senhorita. Eu e minha esposa, Jessy, estamos viajando de férias.

— De onde são?

— Portland, Maine.

— Certo. Então vocês estavam passeando pelo parque?

— Exatamente.

— E o que aconteceu depois?

— Estávamos andando a observar a paisagem, e minha Jessy acabou reparando em um enorme canteiro de roseiras. Veja bem, ela é apaixonada por rosas e ficou toda animada para tirar algumas fotos. Ai, quando ela se aproximou, acabou vendo... — parou de falar parecendo se lembrar do momento.

— Que horas eram?

— Por volta das 7 horas — voltou a falar ainda perdido.

— Certo. Senhor e senhora?

— Campbell. Me chamo Max e minha esposa, Jessy Campbell.

— Ok. Senhora Campbell, poderia me descrever como foi exatamente que a senhora a viu? — perguntou mais solicita, sabendo que seria difícil para a mesma narrar.

Ela ficou perdida por alguns instantes, parecendo tomar coragem para falar, e logo após alguns olhares incentivadores do marido, começou a falar de forma vacilante:

— Eu... eu vi as rosas e fiquei muito animada para tirar uma foto perto delas.

— Sim. E o que mais? — inqueriu a incentivando.

Após um longo suspiro, voltou a falar.

— Quando me aproximei, reparei que tinha algo estranho e ao chegar mais perto.... ao chegar mais perto vi que se tratava de uma pessoa. Ela estava deitada e havia sangue por todos os lados — desatou a chorar copiosamente, tremendo.

— Entendo. Muito obrigada. Havia mais alguém por perto?

— Veja bem, garota. Eu estava indo para o trabalho. Sempre faço esse trajeto, já que meu escritório fica perto daqui, quando acabei escutando um grito e fui ver o que era. Acabei encontrando esses dois e também vi o corpo — o velho barrigudo falava de forma arrogante, sem muita paciência.

— Reparou em alguma coisa anormal?

— Além do corpo de uma garota jogado no meio de roseiras? Bem, não havia sangue espalhado para todos os lados, só estava no corpo dela, sabe.

— O senhor conseguiu reparar nisso? — Campbell perguntou ao outro.

— Sim. Gosto de séries de crime e acabei reparando. Algum problema? — retrucou desgostoso.

— Nenhum, senhor....

— Oliver Dchamps, das indústrias Dchamps.

— Sim, claro — murmurou sem fazer ideia do que se tratava.

— E você? — questionou para o mais novo do grupo.

— Me chamo Alex Morrison. Gosto de me exercitar pela manhã, e sempre venho no parque bem cedo para poder correr um pouco. Foi quando acabei escutando um grito que chamou minha atenção e acabei vendo a senhorita desmaiada. Sai correndo para poder ajudar, já que sou estudante de medicina, e foi quando acabei vendo o corpo — falava mansamente, mas era nítido algumas notas de nervosismo.

— Ok. E, algum de vocês, por acaso, acabou vendo alguém no local? Alguém que acharam suspeito?

— Não, não vi nada não — cada um murmurou em negativa.

— Algum de vocês conhecia a vítima?

Ouviu mais uma enxurrada de negativas e cabeças a balançar.

— Viram algum veículo por perto? Ouviram alguma coisa?

— Não!

— Algum de vocês mexeu no corpo?

Ficaram por alguns instantes calados, olhando um para o outro sem saber o que dizer.

— Devo deixar claro que é de suma importância que me digam todos os detalhes pertinentes, mesmo que sejam poucos.

— É, eu acho que quando Jessy desmaiou, ela acabou caindo muito perto da...

— Do corpo.

— Isso. E na tentativa de afastá-la, posso ter relado nela — relatou quase choramingando. — Não estou encrencado por isso, estou?

Suspirou percebendo que a cena do crime em si, tinha sido toda modificada.

— Não. Não está — murmurou desgostosa. — A ligação para relatar o ocorrido foi feita por telefone público. Foi algum de vocês que ligou?

— Fui eu — o rapaz relatou. — Não podia?

— É claro que podia. Mas, porque não pelo celular?

— Quando saio para correr, não ando com o celular. E na hora todos estavam muito afobados tentando ajudar a senhora que tinha desmaiado. Pensei comigo que deveria relatar o ocorrido, e acabei vendo o telefone público, e não pensei duas vezes antes de ir até lá e ligar. Na hora nem se quer pensei em celular.

— Tudo bem — murmurou terminando de escrever algumas notas.

— Vou pedir a um dos policiais para recolherem seus endereços e telefones, para caso precisemos de mais alguns detalhes, entraremos em contato. Por isso, aconselho a todos que permaneçam na cidade.

Todos concordaram, apesar do nítido desgosto estampado na maioria das faces.

Se despediu, voltando para perto de John, que no momento guardava uma de suas câmeras na mala.

—Teve sorte? — perguntou a encarando.

— Nenhuma. A propósito, sua cena de crime foi alterada. Os idiotas praticamente sambaram envolta do corpo e também relaram no mesmo —murmurou desgostosa, guardando a caderneta no bolso da jaqueta.

— Eu sei. Acredite em mim. Estava uma zona quando cheguei. Será um milagre se eu conseguir retirar alguma coisa de útil de tudo isso.

— Não encontrou nada? Nenhum fio de cabelo ou algo do gênero?

— Não mesmo. E se houvesse, com toda a certeza já foi destruída. Como eu disse, estava uma zona total.

— Isso é um absurdo! Como querem que trabalhemos se não temos as ferramentas adequadas para descobrir algo?

— Essa é a nossa vida, já deveria estar acostumada.

— Eu sei, mas não me agrada em nada. Não encontrou nenhuma amostra para poder extrair o DNA?

— Infelizmente, não. Mas ainda temos a autópsia, e ela pode nos revelar muitas coisas.

— Ok. Então vamos voltar a delegacia para começarmos a organizar toda a papelada e iniciar o seguimento.

— É. Tenho que terminar algumas análises para fazer o relatório.

— Espero que seja rápido - disse brincalhona dando uma piscadela.

— Ah, amo minha chefe. Ela não é nenhum pouco exigente — murmurou sorrindo de canto a fazendo rir.

— Quer uma carona?

— Não vai atrapalhar?

— É claro que não. Estamos indo para o mesmo lugar — disse rumando para o carro estacionado do outro lado da rua.

— Ainda está com aquele motorista? — perguntou a acompanhando.

— Infelizmente, sim.

- Você sabe que é uma questão protetiva.

— Não preciso de proteção de ninguém, posso me defender sozinha— retrucou irritada.

— É claro que precisa. Ou se esqueceu daquele tirou que levou?

— Aquilo foi há dois anos. E não foi nada de mais. Foi apenas de raspão.

— Sei. Ficou duas semanas no hospital. Foi grave. Poderia ter morrido.

— Mas não morri e estou aqui e me sentindo muito bem — retrucou abrindo a porta para entrar, com o mesmo a seguindo.

— Mesmo assim, fico mais tranquilo por saber que não anda sozinha por aí. Está com sua arma?

— É claro que estou. Não ando sem ela.

— Ainda bem!

— Não sou irresponsável e daquela vez foi puro azar.

— Para aonde vamos? — seu motorista, barra, segurança, a inqueriu analítico.

— Para a delegacia — murmurou, não demorando para sentir o carro a se deslocar.

— Quando chegarmos, vou direto para o laboratório para realizar algumas análises.

— Tudo bem. Ficarei esperando por mais detalhes.

— Não se preocupe, pode ter certeza de que vou encontrar algo.

Sorriu solicita com o mesmo a olhando com carinho.

Poderia até mesmo ficar rubra com tal olhar sobre si, mas naquele momento estava tão cansada, que não sentia nada.

🔪🔪

Notas finais
Espero que tenham gostado!
Até a próxima!

• Eliza White

• John Connington

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