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Legado vigiado

952 AD - Ano de Nosso Senhor Jesus Cristo

Império Franco do Ocidente

Protetorado da Gália

À véspera do ano novo, nascia o príncipe herdeiro do Império Franco, Guilhem de Craon, futuro rei da re-unificação. Seu nascimento foi marcado pela ilegitimidade; resultado da obsessão do Imperador Pierre, o impiedoso, pela Grã-Sacerdotisa Lenora da Saxônia.

Entre alguns de seus inimigos e até entre seus aliados, haveria quem achasse irônico o fato de Guilhem conquistar o título de unificador, já que nasceu em meio a mais completa discórdia. O seu destino inclinava-se fortemente a torná-lo objeto de disputa, ou... Jogá-lo aos leões famintos e furiosos.

Corria o sangue de dois povos inimigos em suas veias... E, em virtude disso, o príncipe herdeiro viria a ser desprezado tanto pelos francos, por sua condição de bastardo, quanto pelos saxões, por viver uma vida supostamente boa, nobre e livre entre seus desafetos.

...Enquanto o povo saxão amargava a penúria e a dominação.

Ao contrário do que os saxões imaginavam, a vida de Guilhem seria tudo, menos boa e livre. O príncipe teria de desafiar o próprio destino, ditado pelas leis tribais, e pela mais antiga e comum de todas as leis em vigor entre aqueles povos – a do sangue. As perspectivas políticas de êxito na ascensão ao trono franco oscilavam perigosamente, diante da certeza de que, no caso de Guilhem, o sangue não haveria de ser suficiente, nem mais forte do que os interesses das tribos.

Naquela época, povos como os francos e os saxões viviam sob rígidos códigos patriarcais. Seus sistemas políticos e sociais, e seus códigos militares demandavam decisões por parte das famílias, ou clãs, que compunham a identidade de suas tribos. Seus chefes mais importantes costumavam ser consultados para abalizar ou desafiar as decisões do rei.

Para se chegar a rei era necessário ter o apoio deles.

Considerando os costumes tradicionais dos francos sálios e ripuários – que escolhiam seus soberanos norteados pela pureza da linhagem, era necessário considerar a força política local. Os chefes de clã poderiam trabalhar a favor ou contra os lobistas da corte.

A política era um jogo sujo e obscuro, jogado por pessoas tão perspicazes quanto maliciosas. Que lograriam êxito fácil no propósito de minar a autoestima do príncipe herdeiro. Desde a mais tenra infância, o príncipe Guilhem esteve refém de intrigas cujo alcance iam muito além da sua compreensão infantil... A condição de bastardo tê-lo-ia destruído como indivíduo - conforme fez com tantos outros príncipes antes ou depois - se não fosse por um detalhe crucial: havia forças igualmente poderosas intervindo a seu favor. Sua mãe, Lenora, sabia disso e agiu com inteligência.

Ela fora iniciada nos mistérios, e tinha conhecimento do oculto. O tecido do destino era costurado no Invisível pelos fios inflexíveis do Bem e do Mal. Um duelo constante na busca pelo equilíbrio entre as forças. O Bem era doação que dispensava reconhecimentos, o contraponto do Mal. O papel do Mal já era mais complexo, frente à mentalidade limitada. Além de equilibrar a roda do destino, o Mal acionava a Lei do retorno para todas as ações mundanas... E como não havia maldade no coração e nas ações do príncipe, ele avançou para além do círculo de trevas preparado para derrubá-lo.

Valendo-se de astúcia e coragem, Craon superou as barreiras de sua linhagem; mas também soube impor-se pelo uso da espada. Ele conquistou, mais do que herdou, o trono de seu pai; e o fez com o firme propósito de concluir os planos traçados por aqueles a quem dedicava todo o seu afeto.

***

O nome "franco" significa "livre".

A liberdade esculpiu sua marca na identidade dos homens e mulheres francos; dignificou de bravura e orgulho este povo, que combateu ferrenhamente os inimigos, sem jamais temer a morte. Para os francos, a morte fazia parte da vida e, portanto, figurava em suas crenças mais profundas como algo a ser reverenciado. E, por que não?, celebrado.

A primeira unificação do reino franco foi obra de Pepino, o breve. Seguiu-se a escalada de conquistas por parte de Carlos Magno - seu filho mais velho, que teria redesenhado os contornos da Europa no decorrer de suas campanhas militares bem-sucedidas. Ele anexaria aos seus, os territórios de adversários outrora considerados imbatíveis. Os povos submetidos, porém, jamais foram domados.

Ansiavam em escapar ao controle imperial e religioso ditado pela Igreja.

A Igreja e seu garoto dourado. Carlos fora extremamente leal à causa católica, tornando-se, assim, o mais corajoso dentre os "cavaleiros" de Deus. A coerção carolíngia obrigou os povos pagãos à sujeição perante o dogma católico, mas não conseguiu modificar, em sua essência, as convicções daqueles povos, mesmo que fossem denunciadas como heréticas.

No futuro, o império carolíngio necessitaria de líderes com a mesma astúcia do homem que o construiu, ou não se manteria por muito tempo. (É comum na história da civilização que os impérios atinjam seu ápice e depois, caiam como castelos de cartas... Alexandre, Gengis Khan, Átila, Dario, Ramsés II, e Julio César ergueram impérios cuja péssima administração de seus sucessores levaria ao seu desmantelamento.) Estaria o Império Carolíngio fadado a repetir o destino de tantos outros impérios e territórios? Triunfaria a identidade cultural dos oprimidos, em detrimento do domínio político e militar dos opressores?

Lições de História à parte, os próximos ocupantes do trono de Carlos Magno não tiveram a perspicácia, influência, ou mesmo o carisma necessários para comandar o Império Franco. O legado de Carlos Magno foi dividido entre seus três filhos: Carlos, o Calvo; Lotário; e Luís. O poder político, nos três territórios, foi-se enfraquecendo, uma vez que os herdeiros se entretinham com disputas de poder.

O reino de Calvo tornou-se a herança de Pierre que, futuramente, ficaria conhecido como o impiedoso. Pierre não estava diretamente na sua linha sucessória; não obstante, conquistou o poder e tomou para si a tarefa de reunificar os legados decadentes de Lotário e Luís.

Quando Pierre foi coroado, os conflitos regionais ganhavam tamanha força entre os povos conquistados, que estes já contemplavam a oportunidade de libertação. Dos insurgentes, os saxões eram os mais perigosos – e Pierre sabia da reputação deles no campo de batalha, pois deram muito trabalho a Carlos Magno, no passado. Liderados por Witikind – o arquinimigo de Carlos Magno, os saxões resistiram às investidas do exército carolíngio por mais de três décadas. No entanto, sabe-se que muito antes de a Saxônia ser anexada ao Império, os saxões já eram os tradicionais inimigos dos francos.

Ao tempo de Pierre, os saxões tornariam a se unir sob a bandeira de Sunna Oberland, conhecido como o "Sol da Terra Alta". Sunna almejou realizar o feito que Witikind não conseguiu: libertar seu povo do jugo franco. No entanto, sabia que enfrentar Pierre não seria tarefa fácil.

***

Alguns de seus mais importantes cortesões suspeitavam que Pierre não queria esperar que seu velho primo, Becil, filho do Calvo, morresse de causas naturais. Dizem à boca pequena que Pierre estaria diretamente envolvido no abreviamento de seu tempo na terra, com intenção de usurpar o trono. O desventurado primo, cujo nome nem consta nos textos históricos, morreu sem deixar herdeiros. A viúva desapareceu misteriosamente. Alguns achavam que ela ingressou em um convento, onde passou o resto de seus dias... Vinte e oito dias, no total, antes de ser encontrada morta, na capela.

Assim, Pierre não encontrou dificuldade em ser declarado o próximo na linha sucessória.

Recém-coroado rei desde a morte de seu antecessor, Pierre ficaria conhecido como estrategista meticuloso. Junte-se a isto, sua fama de implacável em combate, adquirida durante as campanhas militares.

Não demorou a que os inimigos lhe concedessem o título "O Impiedoso" – que ele adotou com prazer. Dizia-se que não perdoava os traidores, chegando às raias da obsessão em caçá-los; estendendo sua ira às famílias e às famílias das famílias.

"O Impiedoso" sabia de longa data sobre os problemas causados pelos saxões nos territórios anexados. Tão logo foi reconhecido pela Igreja como o novo imperador do Sacro Império Romano-Germânico do Ocidente, ele marchou sobre a Saxônia com o objetivo de conter os focos de rebelião que já se espalhavam até a marca da Aquitânia, próxima à Francônia.

Seus espiões lhe informaram que dois poderosos clãs encarregavam-se de insuflar as massas: o de Bremen e o de Colônia. Ambos teriam firmado um pacto por meio do matrimônio entre o primogênito do segundo com a filha mais velha do primeiro, a conhecida e respeitada sacerdotisa de Bremen. A sede de governo dos clãs passou a se basear no castelo do pai da noiva, tornando-se o núcleo inteligente de todas as ações rebeldes.

De posse dessas informações, Pierre seguiu com seu exército para Bremen, determinado a acabar com a insurreição. Sua habitual sanha em destruir os inimigos era algo redobrada, haja vista que seu antecessor falhara vergonhosamente em empreitada semelhante. Derrotar os rebeldes saxões consistia em questão política central para que Pierre firmasse o seu poder perante os demais legados carolíngios - e, também, questão de honra pessoal.

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