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Capítulo Dez: A Trégua dos Perdidos.

Levi ficou calado diante das perguntas e da raiva de Octávia.

Ele realmente achava que sem sua honra não era nada, ninguém, não podia sequer voltar á sua cidade natal, e desejava mais que tudo poder voltar a ser um cavaleiro, voltar a ter a vida de antes.

--- A honra é tudo que um cavaleiro pode querer. --- Ele disse, em voz baixa.

--- Mas você não é mais um cavaleiro. Precisa aceitar que sua vida não é mais como antes. --- A loira se aproximou de Levi --- Precisa aceitar que não vive mais para as ordens da coroa de Wells. --- Disse suavemente.

--- Mas não por minha escolha! Sabe que eu ainda estaria lá se pudesse. --- O ex cavaleiro rebateu.

--- Não acredito que aceitaria a vida de servidão como cavaleiro calado. --- Octávia se afastou com as sobrancelhas franzidas --- Você...não é quem imaginei que fosse.

A loira avançou para a porta e saiu sem olhar para trás, precisava pensar e não o faria entre quatro paredes, precisava de ar puro.

Levi ficou de pé e ameaçou ir atrás de Octávia, mas Merlin o segurou pelo cotovelo.

--- Não, você fica aqui, deixa que eu falo com ela. --- O feiticeiro se afastou em direção a porta --- Melhor você também por os pensamentos no lugar.

Levi ficou na sala, observando Merlin se afastar.

Octávia respirou fundo o ar puro da floresta, não havia se afastando muito da cabana, ainda conseguia ver a cerca alta de madeira que cercava a propriedade.

Conseguia ver o cercado onde o feiticeiro tinha algumas vacas presas, galinhas, além de uma horta muito bonita. Se sentia no quintal de uma fazenda.

Ela só queria pensar.

Não entendia a mentalidade dos cavaleiros, já havia encontrado muitos, e todos eram fantoches de seus reinos, mas a assassina achava que Levi não fosse, que ele era diferente deles.

A loira fechou os olhos, contrariada por esperar tanto de alguém que havia servido a coroa de um rei por tanto tempo. Ele vivia, todos eles, os cavaleiros viviam para as cores das casas de seus reis.

Ele era tão psicologicamente controlado como qualquer outro cavaleiro. Jeter fora erguido pela manipulação.

Um suspiro frustrado lhe escapou quando bateu o pé com força no chão, acertando uma poça d'água.

Octávia não percebeu as chamas verdes que subiram da terra, até que o calor delas lhe incomodasse a pele. Abriu os olhos tão depressa que se assustou ao se ver no meio de um círculo de altas chamas verdes.

Tão verdes quanto o brilho em seus olhos.

Merlin avistou as chamas de longe, e correu para chegar até Octávia.

O feiticeiro havia ficado há uma distância da loira para deixá-la pensar, sabia que ela precisava de espaço, mas talvez não tenha sido a melhor das ideias.

Quando Merlin se aproximou o bastante para ver Octávia no meio das chamas, sua pele escura foi iluminada pelo brilho verde delas, quentes, ameaçadoras. Era magia.

Os olhos espantados da loira encararam Merlin.

E ele sentiu a magia no ar, o cheiro dela, como as brasas recém apagadas de uma fogueira, e com algum cheiro suave de flores. Era a magia de Octávia.

Merlin só precisou fazer um simplis floreio de mãos e as chamas sumiram. A grama queimada ao redor da loira mostrava o quanto as chamas foram reais.

Octávia sentou no chão devagar, abraçando os joelhos. Silêncio.

--- Única na família, ou tinha mais alguém?

--- Meu pai. --- Octávia respondeu, Merlin também se sentou na grama, cruzando as pernas --- Ele era um feiticeiro poderoso, até onde lembro.

--- Não lhe ensinou a controlar seus poderes? --- Octávia negou --- Levi sabe que é uma bruxa? --- A loira negou outra vez.

--- Não é o tipo de coisa com a qual você sai se vangloriando. Feiticeiro. --- Um sorrisinho irônico tomou os lábios de Octávia.

A magia era rara em Jeter, em alguma era perdida, quando os Reinos ainda estavam sendo erguidos, mais da metade da população era composta de bruxas, magos e feiticeiros, mas então começaram as Caçadas.

Um período sombrio, mas que os soberanos lembravam com frequência, a magia foi reprimida até que os que restassem decidissem ir para outros continentes. Mas ela ainda estava lá, sorrateira.

Os que ficaram, traziam sua natureza em segredo. Jeter era o berço da magia, e negava seus filhos.

--- Tanta insistência para que eu revelasse quem era, e você mantém seus poderes nas sombras? --- Merlin levantou uma sobrancelha --- Ele merece saber, se estão viajando juntos, e pretendem continuar assim, Levi tem direito de saber quem você é.

--- E acha que ele reagiria bem? --- A loira questionou, encarando o feiticeiro nos olhos.

--- Você achava que ele reagiria bem, quando contou sobre mim? --- Seu olhar era sério, mas Octávia não se intimidou.

--- Ele confia em você, vi isso, mas você não contou a ele quem era, acredito que tirei um peso dos seus ombros. --- Ela olhou para o céu --- Mas não acho que isso se aplica a mim.

--- Levi tem a mentalidade de um cavaleiro, eu tinha parte dela, talvez isso o tenha ajudado a me aceitar. --- O feiticeiro suspirou --- Ele não gosta de mentiras, é o que posso dizer.

Octávia assentiu, e o encarou.

--- São poucas, poucas mesmo, as pessoas que sabem que sou bruxa, e gostaria de manter assim.

--- Deixa eu adivinhar, o tal Apolo é uma dessas pessoas?

--- É sim. Apolo sabe mais sobre mim do que eu mesma, e estou esperando que ele mande notícias em breve. Não quero incomodar você por mais tempo. --- Ela passou as mãos pela grama.

--- Já disse que não estão incomodando. --- Merlin suspirou --- O quê espera encontrar em Taber? Sabe que Levi vai decidir buscar sua honra, independentemente dos riscos.

Octávia refletiu em silêncio antes de responder.

--- Se ele quer fazer isso, ao menos vou mantê-lo em segurança. --- A loira suspirou, agora tocando a parte queimada da grama --- Apolo pode não concordar, mas sei que ele vai onde eu for. Levi é um idiota, mas será um idiota vivo.

--- É bom saber que vai ajudá-lo. --- Merlin sorriu de leve --- Mas, estou preocupado que seus poderes possam atrapalhar, sem falar é claro, no fato de que vocês estão sendo procurados.

--- A perseguição só vai aumentar quando o Príncipe souber dos planos de Levi... --- Octávia ponderou, arrancando um punhado da grama queimada --- Meus poderes não vão atrapalhar, pode ficar certo disso.

--- Não tem como garantir, você é jovem, quantos anos tem? Vinte e um? Vinte e dois? --- Merlin cruzou os braços.

--- Vinte e um. Mas não sou uma donzela burra e indefesa, garanto.

--- Com certeza não é, mas é uma bruxa inexperiente, quase não usa seus poderes e, eles são bastante instáveis. --- O feiticeiro observou, Octávia o encarou largando a grama e cruzando as pernas --- Se quer ajudar Levi deve controlar seus poderes, talvez sejam de grande ajuda, em algum momento.

--- Se acha que magia será necessária, por que não o acompanha? --- A assassina desafiou.

Merlin encarou Octávia com atenção, por mais jovem que fosse, ela era uma assassina perigosa e procurada, tinha grandes habilidades, e ser uma bruxa era um mero detalhe em seu currículo.

Porém, Octávia já havia presenciado o que acontecia com aqueles que expuseram sua natureza. Fogo, esse era o destino da magia em Jeter.

--- Eu estou me escondendo. Coisa que vocês também deveriam estar fazendo, e eu não quero acabar numa pira, eu quero viver. Octávia, Levi é um irmão para mim, e se pudesse não o deixaria sair daqui, mas não posso, ele é tão teimoso quanto Trovão. --- O feiticeiro suspirou --- Você é corajosa, e vai ajudá-lo melhor do que eu poderia se fosse com vocês.

--- Certo então, mas como eu vou treinar? Você é o único feiticeiro que conheço, e quem pode me ajudar tem muito medo do fogo para fazê-lo.

--- Os Reinos conseguiram oprimir bem a magia. --- Foi o comentário amargurado de Merlin --- Você vai encontrar alguém, sei disso, Octávia.

--- Viu em sua bola de cristal? --- Debochou. Merlin riu.

--- Confie no que estou dizendo. Acho que deveria contar a Levi o que decidiu.

Merlin ficou de pé, e andou até o limite da grama queimada pelas chamas de minutos atrás, e se ajoelhou, olhando a assassina nos olhos.

--- Sua força não deve ser oprimida, e vai chegar um momento em que precisará usar sua magia. --- Contou --- E ela precisa estar sobre controle para isso.

--- Vou buscar esse controle, e alguém para me ensinar. --- Octávia garantiu. Merlin assentiu, sorrindo e ficando de pé.

--- Trégua? --- Ofereceu a mão.

--- Trégua. --- Octávia aceitou, deixando Merlin coloca-la de pé --- Uma trégua entre os perdidos da magia. --- Sorriu.

--- Gostei do nome. Combina com a gente.

Os dois voltaram á cabana sorrindo.

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