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38_ Chama a ambulância!

ㅡ Ai, minha mão tá até coçando para começar a trabalhar. ㅡ Cecilia esfregou as mãos com entusiasmo. Gabriel pareceu não entender. ㅡ É que eu sou advogada. ㅡ Ela explicou. ㅡ Então, certamente, eu quem vou cuidar do divórcio. E você não sabe o quanto esperei por isso.

Dois rimos da resposta dela. Não acho que seja normal uma filha ficar feliz com o divórcio dos pais, a não ser que a situação seja como a minha. Meus pais se divorciarem era como meu pai se livrar de alguém maluca e minha mãe ter a oportunidade de tratar a maluquice dela. Ou ao menos se curar dessa dependência doentia.

ㅡ Você não pode fazer isso comigo! ㅡ Ouvimos a voz da minha mãe. Ela estava gritando, gritando tanto que estávamos no terceiro andar  e ela no térreo, mas mesmo assim a escutávamos com clareza.

ㅡ Putz grila! Essa vaca vai me fazer levar multa se ficar fazendo esse escândalo. ㅡ Cecília resmungou pouco antes de sair pela porta.

Gabriel e eu a seguimos até o último andar do prédio e vimos meu pai perto de seu caminhão enquanto minha mãe gritava na calçada.

ㅡ Eu não vou te dar o divórcio! Não vou! Eu sou sua esposa e vou continuar sendo! ㅡ Ela exclamava no meio da calçada, atraindo atenção de todos que passavam na rua.

ㅡ Para de fazer escândalo, Patrícia. ㅡ Meu pai pedia com toda sua paciência.

ㅡ Eu grito mesmo! Que todos saibam o babaca que você é! Seu idiota! Eu te odeio! Odeio todos vocês! ㅡ Ela apontou para nós enquanto caminhava com lágrimas nos olhos.

ㅡ Vai embora daqui, sua maluca! ㅡ Cecília gritou.

ㅡ Eu vou! ㅡ Ela estava atravessando a rua, mas se virou e apontou para nós. ㅡ Mas isso não vai ficar assim. Não vai, porque tudo que vai volta. Vocês vão se arrepend... ㅡ De repente, um carro em alta velocidade a pegou em cheio.

O som do baque foi alto, junto dos gritos assustados das pessoas que estavam por ali assistindo a cena.

Eu apenas vi o corpo da minha mãe ser lançado longe, mas não vi o resto, pois no mesmo instante, Cecília e Gabriel tiveram a mesma reação, que foi tampar os meus olhos para que eu não visse a cena.

O que não adiantou muito, pois minha reação foi tirar as mãos deles e olhar o corpo da minha mãe já jogado no meio do asfalto. Meu pai correu até ela, assim como várias das pessoas que estavam por ali.

Cecília também foi até lá, mas eu não consegui. Eu não sabia se ela estava viva, se tinha morrido, se eu tinha culpa, todos esses questionamentos estavam fazendo a minha cabeça girar.

ㅡ Chama uma ambulância! ㅡ Gritaram.

ㅡ Alguém faz alguma coisa! ㅡ Outra pessoa gritou.

ㅡ Eu sou médico! ㅡ Outra voz.

Eram muitas vozes, muitos gritos, muitos pensamentos. Tudo aconteceu tão rápido que eu não vi o tempo passar enquanto estava sentada no chão da entrada do prédio com Gabriel ao meu lado, olhando a ambulância chegar, pegar minha mãe e leva-la.

ㅡ Gente, o que aconteceu? ㅡ Perola perguntou parecendo preocupada. Eu nem ao menos havia visto ela vindo na nossa direção.

ㅡ A mãe dela... ㅡ Gabriel explicou.

ㅡ Ai, amiga... ㅡ Perola se abaixou para ficar de frente para mim. ㅡ Eu sinto muito.

ㅡ Eu não. ㅡ Encarei Pérola nos olhos sentindo meus olhos arderem com as lágrimas. Ela me olhou com confusão. ㅡ Eu sou uma pessoa ruim?

ㅡ Como assim? ㅡ Ela tirou o cabelo do meu rosto.

ㅡ Ela era péssima comigo. Me tratava feito lixo. E foi atropelada porque estava fazendo mais um dos escândalos dela. ㅡ Funguei. ㅡ Eu sou uma pessoa ruim por não estar sentindo nada? Droga, ela pode morrer e eu não sinto nada?

ㅡ Marina... ㅡ Ela me olhou nos olhos. ㅡ Você se cobra demais. Se cobra até com o que sentir ou não. Você não é obrigada a sentir a dor de alguém que só te fez mal, mesmo que essa pessoa tenha o seu sangue. Olha o meu pai. Ele foi preso pelas merdas que fazia e eu quase dei uma festa em comemoração, porque ele era extremamente idiota e fazia da minha vida e da vida da minha família um inferno. Ele mereceu. Não que sua mãe mereça morrer, credo... ㅡ Ela fez o sinal da cruz. ㅡ Mas, você não é obrigada a sentir nada e muito menos sofrer por alguém que não merece uma lágrima sua. Okay?

Eu assenti. Assenti tentando acreditar nela e colocar na minha cabeça que talvez ela tivesse razão. Talvez eu me cobrasse demais.

ㅡ Marina, eu vou precisar ir até o hospital pra ficar com o seu pai. ㅡ Cecília anunciou chamando minha atenção. ㅡ Você está bem? Fica bem aqui?

ㅡ Eu to bem. ㅡ Assenti.

ㅡ A gente fica com ela. Ou qualquer coisa ela fica na minha casa, eu moro aqui na frente. ㅡ Perola indicou sua casa.

ㅡ Tudo bem, então. Eu não vou demorar. ㅡ Cecília correu até meu pai e os dois foram no caminhão dele.

ㅡ Vamos lá pra casa. ㅡ Perola me ajudou a levantar.

[...]

ㅡ Que babado... ㅡ Dafine disse olhando para nós. ㅡ E ela ficou gritando no meio da rua?

ㅡ Aham, eu vi tudo da janela. ㅡ Pedro quem respondeu.

ㅡ Igual uma velha fofoqueira. ㅡ Perola comeu um pouco da pipoca.

ㅡ Ela fez um escândalo na casa da minha tia mais cedo, só porque meu pai apareceu de surpresa para almoçar com a gente. ㅡ Revirei os olhos.

ㅡ Que mulher maluca, o que que tem o pai aparecer para surpreender a filha? ㅡ Priscila franziu as sobrancelhas.

ㅡ Ela sempre foi ciumenta com meu pai, não só no sentido de outras mulheres, mas em tudo. Até comigo. Se ele não vivesse em função dela 24 horas por dia, ela dizia que ele fazia mais para os outros do que pra ela. Acredita que ela disse que no meu aniversário quem tinha que ganhar presentes era ela? Por que ela quem me deu a luz?

ㅡ Mentira! ㅡ Perola disse em choque.

ㅡ Que doida, gente. ㅡ Priscila balançou a cabeça.

ㅡ E teve notícia dela? Ela ta viva? ㅡ Maicão perguntou atraindo o olhar de todos. ㅡ Que foi?

ㅡ Ela ta. ㅡ Me recostei no sofá. ㅡ Minha tia me avisou. O que me preocupa é o meu pai. Ela estava fazendo escândalo no meio da rua justamente porque meu pai finalmente tinha decidido se divorciar dela. Agora... Eu duvido que ele vá fazer algo com ela debilitada.

ㅡ E ela deve querer ainda mais atenção dele assim. ㅡ Saulo disse comendo pipoca e todos concordaram.

ㅡ Bom... ㅡ Suspirei. ㅡ Ao menos descobri que posso morar com a minha tia ao invés de voltar para Itaboraí quando não puder mais ficar na pousada.

ㅡ Vai morar aqui? ㅡ Gabriel perguntou num tom que aqueceu tanto o meu coração que eu até me esqueci do que estávamos falando.

ㅡ Iii, Gabriel adorou. ㅡ Perola riu.

ㅡ GB vai ficar todo bobo agora. ㅡ Maicon sorriu.

ㅡ Eu acho possível. ㅡ O respondi. ㅡ Gosto da Cecília. E gosto daqui.

ㅡ Pronto. Fez o dia dele. ㅡ Saulo deu um tapa nas costas de Gabriel.

ㅡ Eu acho que a gente devia fazer um churrasco de comemoração. ㅡ Maicão sugeriu.

ㅡ A mãe da menina quase morreu hoje, Maicão. ㅡ Priscila resmungou.

ㅡ Mas não é pra comemorar que a mãe dela quase morreu, é pra comemorar que ela vai morar aqui uai. GB concorda comigo, né? ㅡ Maicon sorriu para ele.

ㅡ Então, ta combinado. Churrasco na casa do Maicão amanhã. ㅡ Pedro aplaudiu.

ㅡ Na minha casa? ㅡ Maicon arregalou os olhos.

ㅡ EEEEEEHH!!! ㅡ Todos comemoraram.

•••
Continua...

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