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Lembranças


Entro numa linda sala de jantar bem ampla e com grandes janelas para a rua. Tudo está totalmente decorado com tema natalino. Nas paredes, tem estrelas brancas e algumas flores e folhas bem típicas de natal. No outro lado tem um sofá grande e um piano pequeno.

Perto da porta, vejo Lucas ajudando Marta a colocar uma estrela no topo de uma linda árvore de natal. Próximo a janela que está aberta devido ao calor do fim de ano, está uma mesa de jantar em formato retangular de seis lugares, que chama mais atenção na sala.

Já faz seis anos que não sei o que é passar um natal em família. Estar diante de uma mesa farta com um grande peru somados a arroz branco, farofa, rabanada, bolinho de bacalhau, panetone e aquela constante discussão sobre...

— Edu, você não vai colocar passas no arroz — Sentencia Cris do outro lado da mesa com a minha sobremesa na mão.

— Se você não gosta, tira do SEU prato, Cris. — Reclama Edu com um pacote de uva passas próximo a tigela onde está o arroz branco.

— Claro que não. Se VOCÊ quer passas. Coloca no SEU prato — Retruca ele irritado.

Então chegamos no ponto alto da noite. Briga de irmãos sobre uva passas. Sinto vontade de rir quando olho de um para o outro.

— Meninos. Lembre-se que temos visita — Repreende Marta irritada. — Eduardo, só você gosta de passas menino. Vai na cozinha e pegue um pote para servir aos nossos convidados.

Eduardo sai da sala irritado e Marta tenta apaziguar a situação.

— Me desculpem — Pede ela suspirando. — Mas não seria natal sem nenhuma divergência entre irmãos. Venham se sentar à mesa.

Cris vai para um lado da mesa e o irmão se senta do outro. Eles se olham durante um instante deixando o clima tenso novamente.

Vi e Lucas tomam seus lugares lado a lado sem perceber os brigões das passas se encarando. Porém eu, ainda estou em pé analisando se está seguro. Parece que eles não são tão próximos quanto imaginei, mas do nada, Eduardo dá um sorriso tão lindo quando o do irmão e Cris vai em sintonia.

— Todo ano você inventa isso, Edu — Comenta Cris, rindo.

— São as tradições da família Valle. Quando eu tiver filhos vou ter que ensinar as tradições com o tio deles — responde Eduardo do outro lado da mesa, rindo.

— Querida — Fala Marta atrás de mim, me tirando da conversa. — Pode sentar, não precisa ficar com medo. Eles não mordem.

Me sentei ao lado de Cris, que sorriu para mim quando me sentei.

— Fala sério, que você ficou com medo da gente — Cris fala, zombando de mim. — Meu irmão é doido, só isso.

— Injuria Art. 140. E ainda por cima tenho testemunhas contra você Cristiano. — Eduardo tem uma expressão séria, novamente.

— Porque você não pega o seu diploma de direito e vai arranjar alguém para defender, Eduardo. — Reclama Cris, um sorriso cínico inclina no canto de sua boca.

— Já chega de brincadeiras vocês dois — Interrompe Marta se sentando ao meu lado. Ela olha para os filhos e diz: — Meus dois meninos, vocês não sabem o quanto me deixa feliz passar mais um natal com vocês. Em lugar diferente dessa vez, mas sempre juntos. Para alegrar a nossa noite temos novos amigos — Ela olha para mim, Vi e Lucas. — Vocês já moram no meu coração. Agradeço por vocês virem passar o Natal com a nossa família. Somos poucos, mas temos muito amor para compartilhar nessa data maravilhosa...

Eu sinto as palavras sobre família voarem em minha direção, cortantes e me sinto arrasada. Meus olhos começam a coçar, por isso tento focar a minha mente em todos os Natais que passei com a Vi. Mas minha mente volta para o para o passado que sempre evito pensar. Onde tudo que era feliz, de uma hora para outra deixou de existir.

Meus olhos começaram a coçar tanto, que nem percebi quando as lagrimas começaram a surgir. Tentei evitar, mas não consegui. As lágrimas escorrendo por meu rosto, me fazem ter certeza de que existem lembranças que, ao contrário do que imaginei, nunca serão esquecidas.

Vi, que percebeu minha súbita mudança de humor, se levanta rapidamente e me abraça.

— Calma, Lelê. Você não está sozinha — diz ela no meu ouvido.

Minhas emoções agitadas, começam a preocupar todo mundo. Marta, angustiada com meu repentino estado, pede que para Vi me levar para dentro. Chego na cozinha e Marta entra logo atrás. Ela faz um copo de água com açúcar.

— Amiga. Eu tô aqui. Vou sempre estar. — Vi me abraça mais uma vez.

— O que aconteceu com ela, Virgínia? — Marta Pergunta.

— São problemas do passado dela, mas só ela pode dizer. — Ela acaricia meus cabelos. — Estou aqui, Lelê.

Depois de alguns minutos, começo a controlar o choro e Marta me questiona:

— Minha querida, o que aconteceu? — pergunta ela, acariciando o meu rosto. — Não sei o que você passou, mas se eu disse algo que a entristeceu, peço que me desculpe.

— Marta — Confesso com dificuldade. — Hoje faz cinco anos que perdi minha família e ver a senhora falando dos seus filhos, me deixou emocionada com o quanto queria eles aqui comigo.

— Meu Deus — responde Marta, espantada. — Nem imaginava. Porque o Cris não me contou.

— Ele não sabe. A Letícia não fala muito do passado — esclarece Vi.

— Eu prefiro assim — Esclareço, secando com as costas da mão, as lágrimas em meu rosto.

— O coitado deve estar se martirizando lá na sala, achando que você está triste por culpa dele. — Marta fala, as linhas de expressões em seu rosto estão mais visíveis.

— Vou lá falar com ele — Vi suspira, saindo da cozinha.

Marta me olha com um pesar como se entendesse a minha dor. O Cris tem uma sorte enorme por ter uma mãe como ela

— Você podia ter nos contado, minha querida. Eu com certeza, não mudaria as minhas palavras, porque foram verdadeiras, mas teria considerado seus sentimentos.

— Sinto muito, dona Marta... Eu só... Me desculpa, por estragar o seu natal.

— Não se preocupe, você não estragou nada, minha linda — diz ela sorrindo. — Festas familiares nunca são perfeitas. Agora vou levar você no banheiro para limpar esse rosto e cearmos com toda a comida que fiz com o Cris.

Ela me leva deixa no banheiro, mas de lá consigo ouvir a discussão do Cris com a Vi.

— É tudo culpa minha, Vi? Forcei para que ela estivesse aqui — Fala Cris agitado.

— Facas irão cair do céu no dia em que alguém conseguir forçar ela a alguma coisa. Sabe bem disso. — Diz Vi, irônica.

— Mas é minha culpa.

— Claro que não é. Você não sabe nada da história da Lelê.

— Sei o suficiente.

— Sabe muito menos que o suficiente — fica um silêncio. — Não posso contar. Só ela pode te dizer...

Eu permaneço no banheiro e lavo meu rosto. Penso em refazer a maquiagem, mas minha bolsa não está aqui. Escoro na pia, secando outra lágrima. Tenho certeza de que aquilo não é muito justo com o Cris...

Quando volto para a sala, seis pares de olhos me focam.

— Lelê. Me desculpa, por favor — Cris se levanta de sua cadeira, e me abraça como se fosse o culpado de todas as coisas.

O calor e o cheiro dele me deixam tentada a quebrar uma das minhas regras. Na verdade, duas regras: a primeira por ele ser figurinha repetida, e a segunda por ser da Cosmos. Meu Deus, preciso me afastar dele antes que eu faça uma loucura, penso, inebriada pelo seu perfume.

— Estou melhor, Cris — Consigo dizer, me soltando de seus braços quentes e fortes. — É que hoje é comemorado mais um ano que perdi os meus pais. E acabei me emocionando com as lindas palavras de sua mãe.

— Meu Deus! — ele faz uma estranha expressão de pesar, apertando a minha mão. Acho que entendeu que não quero calor humano. Melhor assim Lelê.

— Sinto muito pela sua perda, mas a mamãe fala bonito todos os anos. Depois do ano que vem você acostuma — Comenta Eduardo, tentando parecer simpático.

Vi me olha, sorrindo. Sinto que está feliz por eu ter contado, apesar de que um pouco, sobre o meu passado. Porém, só nós duas sabemos que tem muita coisa que não foi dita.

— Lelê, também sinto muito por sua perda, mas vamos acabar com esse clima e comermos a ceia que o Cris fez com todo carinho — diz Lucas.

— Isso mesmo! — Concorda Marta se sentando.

Cris me conduz para mesa novamente.

Cris faz as honras de cortar o peru natalino e a conversa fica animada. Descobrimos algumas coisas sobre o Eduardo. Além de advogado é um tecladista talentoso, o piano da sala foi comprado por ele. Quando descobre que Lucas também é músico, eles se juntam para falar do repertório musical pós ceia. Vi, que não entende do assunto, resolve trocar de lugar com o namorado para conversar comigo, Cris e Marta.

Eles falam da terra natal de Cris e das inúmeras plantações de laranja.

— Vocês adorariam conhecer, não é filho? — Comenta Marta.

— Sim. Elas vão adorar o verdadeiro sabor da fruta. Eu adoro chupar uma laranja fresca.

Esse papo não está me ajudando. Ouvir Cris falando que adora chupar laranja, em plena sexta-feira, está ficando muito tenso. Preciso urgentemente de sair daqui caso contrário não respondo por mim. Pego o telefone em busca de alguma distração.

— Tá tudo bem, Letícia? — Pergunta Vi, curiosa.

Sim — respiro fundo. — É que hoje é sexta.

Cris e Vi ficam me encarando, o que deixa Marta sem entender.

— Achei que você ficaria até o fim da noite. — Comenta Cris.

— Vou ficar. Mas depois...

— Não precisa continuar. Já sabemos — completa ele resoluto se levantando. — Vamos às sobremesas, então? — Ele pergunta em voz alta.

Todos concordam e Vi vai com ele para a cozinha. Me deixando sozinha com dona Marta.

— Minha querida, você ainda vai sair para algum lugar hoje?

— Sim, é a minha rotina de fim de semana — Acho que ficaria estranho contar que todo fim de semana pratico sexo sem compromisso com desconhecidos. Com toda certeza ela não entenderia e para piorar iria me considerar a pior das mulheres.

— Posso te perguntar algo bastante pessoal? — Questiona ela se aproximando como que vai dizer um segredo.

— Sim, claro — respondo desejando que não seja algo sobre o filho dela.

— Você já teve alguma coisa com o Cris?

De novo!?

Agora temos mais um impasse. Falo para ela que sim, "pois ele foi um dos caras mais gato e gostoso que peguei" ou digo que não, "sempre fomos amigos"? Pensei por um segundo e decido responder assim:

— Não. Somos somente amigos.

— Onde vocês se conheceram?

— No trabalho. Na Cosmos.

Dona Marta me olha com demora, estudando meu rosto. Sinto meus músculos ficarem tensos.

— Você seria um ótimo partido para o meu Cris. — Ela diz, o que me faz sentir meu rosto corar. — É tão bonita e simpática.

— O-Obrigada, Dona Marta — gaguejo, sem-jeito —, mas como disse, somos somente amigos.

Com a Glória dos Céus, Cris e Vi aparecem acabando com o interrogatório de Marta. O meu doce é o primeiro a ser servido, mas quando o pessoal experimenta percebo que tem algo está errado. 

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Boa noite meus lindos.

Mais um capítulo de As noites nas Baladas.

Não se esqueçam de curtir, comentar e compartilhar.

Amo os comentários de vocês.

Aviso. O próximo capítulo vai sair dia 24 de Dezembro.

Mil bjnhos. 

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