Refúgio
Minha cabeça lateja, e a dor que a acompanha
não faz de mim o mártir que eu esperava me tornar ao hospedá-la,
ao recebê-la de portas abertas.
Pouco resta de mim daquilo que pensei ter sido;
carrego as marcas nos meus olhos
e uma cicatriz aberta na minha alma
que na verdade pouco me interessa.
Sou mais amigo de mim agora que não me preocupo em existir;
conto histórias antigas, leio poesia,
depois me levo a lugares impossíveis, íntimos:
montanhas de névoas, chuvas finas...
sempre como se fosse a primeira vez,
sempre como se fossem os lugares mais bonitos, os mais calmos;
sempre como um esconderijo,
a esperança de um refúgio,
mas nunca,
jamais como um alívio.
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