Afaste-se
Me afasto de mim sempre que posso
e sinto necessário,
quando julgo me prejudicar com minha presença,
ideias e planos que tenho contra mim mesmo,
como o deleite de permitir que eu sorria
ao percorrer paisagens impossíveis ao me sair, ao sentir,
na força do vento, o sopro de vida,
e assim habitar outros territórios da minha existência.
Esfolo meu rosto em um muro
em que lamento profundamente a sucessão dos dias,
e me desfiguro
para não me reconhecer pregado em uma árvore
ou na profundidade de algum olhar complacente.
Eu me afasto,
como se afastam das memórias e os fins de tarde,
as xícaras de café, os bancos de praça
e a poesia que mais uma vez me abandona às traças.
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