°·|Capítulo 2
—Dana! -- grita Jonh assim que desço as escadas.
Odeio quando as pessoas alteram sua voz para mim.
—O quê que foi? --pergunto cruzando meus braços a sua frente.
John se encontra apenas de toalha, seu corpo exposto (isso não me afeta).
—Cadê meu celular? -- pergunta John revirando as almofadas do sofá marrom.
—Não sei! --indago colocando minhas mãos no bolso da minha jardineira preta.
—JOSH! -- grita desesperado a procura de seu celular.
—O que houve? --pergunta papai vindo da cozinha de avental e com uma panela em suas mãos.
—Meu celular pai! O senhor viu? -- John realmente está desesperado.
Papai sorri e olha para um potinho de vidro redondo que coloca suas chaves.
—Precisei enviar um e-mail, e o meu se encontrava sem bateria. --justifica-se enquanto John corre para pegar seu celular.
—Calma filhinho! O papai está aqui. -- abraça seu celular e até beija.
Só eu percebi que o IPhone é algo inanimado?!
Pov>>Zac...
Eu aprendi que a vida é feita de grandes perdas, que quando você percebe o que já se foi não pode voltar, porque ainda não foi criado uma máquina do tempo, pois se já a houvessem inventado diria que aproveitaria mais ao lado da minha mãe.
Aos meus 15 anos descobri que pessoas não são eternas, no mesmo período descobri que minha mãe tinha Leucemia, via meu pai lutando de todas as formas para conseguir um doador, mas era inútil. Seu amor por ela era tão grande que seria capaz de entregar sua fortuna inteirinha para conseguir um doador compatível. Mas aos meus 17 anos, mais direto ao ponto há apenas cinco meses, ela nos deixou.
Não é algo que eu consiga lidar ainda.
Entro em casa e coloco a chave no bolso direito da calça jeans preta.
—E ai?! -- cumprimento meu irmãozinho Oliver, que está deitado no imenso sofá branco da sala de estar.
—Oi. -- fala com sua voz um pouco roca.
Oliver tem apenas 8 anos de idade, mamãe sempre dizia que ele é uma réplica do que eu era antes.
—E a escola? --pergunto me assentando no espaço vazio do sofá e tirando o meu celular do bolso do moletom azul do time de basquete, que estampa a palavra "American".
—Foi bom. Você foi visitar a mamãe? --pergunta curioso.
Oliver entre nós três foi o que melhor lidou com a morte da mamãe, mas sempre pergunta se fomos visitar seu túmulo.
—Não. -- respondo o olhando fixamente.
—Mas e a vida de um cara popular como anda? Muitas garotas? --pergunta realmente interessado.
Cara, meu irmão mais novo está na fase que a vida é um ponto de interrogação.
Mas fazer o que? A vida é um dúvida.
—Bem. -- respondo sem vontade.
Desde que a mamãe morreu minhas relações são apenas "rolos", na verdade tenho um "rolo" mais "enrolado" com Allysson Packet. Na verdade da verdade, não sou o tipo de cara que entra em relacionamentos sérios, minha vida está confortável do jeito que está.
—Que vontade.
Nada ou ninguém novo na sua vida? -- pergunta Oliver me passando um copo de 700 ML com refrigerante de Uva.
—Ninguém de importante.-- respondo tomando um gole do refri.
Olly e eu somos inseparáveis. Antes de qualquer pessoa vem ele.
Pov>>Dana.
Fui convidada insistentemente pelos meus primos Kevin(10 anos) e Glória (8 anos) que por acaso moram na casa em frente a nossa para andar de bicicleta. E aqui estou em na minha adaptada bicicleta para minha baixa estatura de cor roxa com bolinhas pretas e uma cestinha de flores rústicas ( minhas favoritas).
—Dana, sua bicicleta é demais. -- elogia Glória apostando corrida até o outro quarteirão. Não é querendo aparecer mais minha bicicleta é dddddddddddd+.
—Obrigada Glória. A sua é uma gracinha. -- a bicicleta de Glória realmente é uma gracinha, até porque é incrívelmente imitada de Lara Jean de Por todos os garotos que já amei.
Até que percebo o carro
( um Jeep do ano) de Théo estacionar na frente da garagem de casa.
Assim que ele sai pela porta do motorista passa pela frente e abri a porta do acompanhante, saindo um linda garota de esbeltos e longos cabelos pretos. Sua pele é branca e de longe ela aparenta usar óculos escuros. Ele rapidamente segura sua mão e juntos entram em casa.
Pera! Quem é essa garota!? O quê ela está fazendo com Theodor?! Ah, pelo amor de Noah Flynn.
Então pedalo até a frente de casa e deixo a bicicleta no capim bem verdinho e aparado. Entro em casa e vejo meus irmãos (vestidos decentemente) e meu pai com enormes sorrisos.
—Oi maninha. -- diz Théo largando a tal garota e vindo me abraçar.
Quem é essa fulana?!
Todos assim que me viram ficaram calados.
—Vem quero te apresentar minha namorada Vitória. --
anuncia Theodor me puxando para
apresentar-me.
Fala sério quando ele ia me contar?! Sempre dividi tudo com cada um deles, e a agora ele está namorando sem nem ao menos me contar?
—Quando ia me contar? -- pergunto transtornada, sempre confiei tudo(tudo mesmo) a todos eles, mas principalmente ao Théo.
Traída pelo meu próprio sangue. Que lastima!
—Dana... -- Theodor tenta se explicar.
—John e Josh vocês já sabiam? -- pergunto olhando diretamente para os mesmos, que abaixam a cabeça.
Que vergonha!
—Maninha... -- olho profundamente para Theodor que tenta se explicar, mas não lhe dou chance.
—Você não me contou! A faculdade mudou você! -- desabafo correndo as escadas em direção ao meu quarto, onde me tranco.
Assim que tranco a porta e pulo na minha cama de casal com a colcha roxa, as fronhas dos quatro travesseiros pretas e o lençol preto. Na cabeceira da cama possuí pequenas luminárias que ganham destaque em noites de festas do pijama.
Abraço fortemente minha almofada do Thor e cochilo com minha decepções.
Acordo disnortiada, sem saber ao certo se meus olhos estão inchados de chorar ou de sono. Meu cabelo está completamente ou até mais embaraçado que minha vida nesse momento.
Alguém dá três toques na porta:
—Dana, filhotinha. -- é o meu pai.
—Não quero vê ninguém. -- anuncio abraçando ainda mais minha almofada do Thor.
—Isso é ruim. Pois em momentos como esse precisamos conversar com alguém. -- diz sabendo que tem o dom de me convencer. Então deixo a almofada na cama e vou em direção a porta, a qual abro e ele entra. —Agora é a hora que vou ser um super pai e te dá um breve conselho. -- continua assentando-se na minha cama.
—Sou uma boa ouvinte. -- digo soando sarcástica.
—Sei que é difícil ser a única filha mulher, existem situações que seus irmãos não te entendem, mas você mesmo assim é a fã número um de todos eles. Theodor, John e Josh são seus fãs da mesma forma. Eles cometem erros igual a todo mundo. Você está se sentindo traída, mas você não tem o direito de cobrar algo que nem você faria...
—Acredite eu faria, confio de uma forma ou de outra mais neles do que em qualquer pessoa. -- questiono o interrompendo.
—Eu sei. Mas tente entender o lado dele... -- tenta justificar.
—Que ele não confia em mim?! Desculpa pai, mas prefiro não ter essa conversa. -- comunico colocando minhas mãos na jardineira preta que estou vestida.
—Tudo bem. -- concorda me beijando carinhosamente na testa. — Quer jantar? -- pergunta com um raso sorriso. Apenas balanço a cabeça negativamente, então, ele sai.
Pulo novamente na cama e durmo.
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Desço as escadas com meu uniforme de terça-feira
(meus uniformes são organizados por dias da semana, cada dia tem seu modelo do uniforme escolar) composto pela camisa branca com o símbolo do Colégio já citado, uma calça jeans azul e um casaco preto referente ao uniforme. Quando me aproximo da cozinha para tomar café, escuto uma conversa.
—Ela só precisa de um tempo. As decepções demoram para serem engolidas. -- esclarece Josh com uma voz relaxada.
—Decepções!? E o que você entende disso?! Você ficou com a amiga dela. -- replica Theodor em um tom irritado.
—Pelo que sei você também ficou com uma. -- enfatiza Josh provocativo.
O quê? Theodor ficou com uma "amiga" minha?!
—Dana precisa aceitar! -- intromete-se minha mãe.
Óbvio que ela ficaria do lado deles.
Entro na cozinha e cruzo meus braços demonstrando insatisfação.
—Quem foi a garota que se diz minha "amiga" você ficou Theodor?
—Isso não vem ao caso agora. -- reviro meus olhos diante da resposta de Theodor.
—Nós podemos tomar café em paz?! --questiona John.
—Pode se assenta, para tomamos café Dana?! -- ordena Theodor indicando a cadeira ao seu lado.
—Não estou com fome. Já vou indo para o Colégio. -- respondo virando as costas e indo em direção a sala de estar.
—Nós já estamos indo. Quer carona? -- pergunta Jonh com uma torrada na boca.
—Não precisa. Vou com a Kate. --respondo pegando minha mochila e minha copia da chave da porta no potinho redondo de vidro.
°°°°°° °°°°°°
Toco a campainha da casa da Kate que fica a seis casas da minha.
—Oii. -- sussurra tia Elle (mãe da Kate) abrindo a porta.
—Oii tia. -- sussurro a abarçando e tendo conhecimento que
Kristen (a única irmã de Kate, de apenas 2 anos) deve esta dormindo de novo na sala de estar.
—Entra querida. -- convida Elle com um imenso sorriso no rosto.
Atendo seu convite e entro receosa.
—A Kate já vai descer. Fica a vontade. --diz assentando-se no grande sofá preto.
—Mãe! -- grita Kate descendo as escadas.
Rapidamente tia Elle se levanta do sofá um pouco irritada.
—Kate! -- a repreende. —
Sua irmã está dormindo.
—Descupa! Estamos atrasadas Dana. Mãe pode nos dá uma carona? -- pergunta Kate pegando Kristen, que já está acordada pelos gritos de Kate, no colo.
—Tudo bem. Vamos ter que ir rápido! -- concorda Elle pegando as chaves do carro.
Assim que entramos no carro, percebo que o carro de John e Josh passa por nós.
—Você já soube do super novo prato do restaurante dos nossos pais? -- pergunta Kate colocando o cinto de segurança.
Meu pai e o pai da Kate
Sr. Matheson tem um restaurante (já bem popular). Os dois são bem amigos, no início do ano retrasado resolveram abrir um negócio. Meu pai é um dos donos, chefe de cozinha e Youtuber, é meu pai é um Youtuber, com 9 mil inscritos, em um canal de culinária.
—Não. -- respondo colocando meu óculos que estava na mochila.
—É incrível. Você irá amar!--sua alegria é realmente contagiante.
Beijocas...
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