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CONVERSA FRANCA


-Podemos ir?

-Só um instante.

-Não acha já teve tempo suficiente pra se arrumar?

-O que? Não tenho o direito de pelo menos caprichar no visual?

-Direitos? Caprichar no visual? Tá treinando pra alguma comédia stand-up?

-E você lá sabe o que é comédia?

-Ah! Eu sei ser engraçada, as pessoas morrem de rir.

-Mas é uma pervertida mesmo, eu já deveria imaginar.

-Não, não deveria. Jamais poderia imaginar que eu fosse assim tão agradável.

-Agradável? Está escutando o que diz? Essa palavra definitivamente não se aplica a sua pessoa e eu não sou o único a pensar assim.

-Opa, opa, opa! Protesto. Eu tenho fãs e não são poucos.

-Quem? Aqueles aqueles metaleiros malucos e moleques deprimidos?

-Você é muito limitado, Roberto. Abra sua mente. A propósito, vai uma?

-O que é isso?

-Bala de menta. Pensou que fosse o que? Arsênico?

-Sério, bala de menta?

-Ué, qual o problema, homem! Eu adoro bala de menta, não tenho culpa se você é um velho que só curte...uísque e ostras.

-Isso se chama bom gosto, além do que essa bala é uma porcaria.

-Ótimo, sobra mais.

-Sério mesmo? Está mastigando? É uma bala pra chupar não mastigar.

-E perder a chance de incomodar você? Não, obrigada.

-Nem precisa se esforçar tanto, sua presença já é um grande incômodo.

-Nossa,que grosseria, Roberto. Deveria ser mais cavalheiro.

-E sou, menos com você.

-Por que me odeia tanto? Tá, não precisa responder, já sei,já sei.

-Ainda bem que tem essa consciência.

-Mas pelo menos devia ter algum respeito.

-E por acaso você respeita alguém? Você chega e pede licença, desculpa, dá um olá? Não. Simplesmente faz tudo do jeito que acha melhor.

-Sou mesmo obrigada a ouvir isso?

-Se depender de mim será por toda eternidade. E outra coisa, está ridículo nesse estilo adolescente gótica. Piercing no nariz na sua idade? É vergonhoso.

-Como se eu me importasse com isso. Eu fico do jeito que eu quiser e no momento prefiro assim. Uma pena que não possa expulsar você daqui.

-Será que não? Isso seria um erro? Aliás é até curioso. Já errou alguma vez?

-Depende do que queira dizer com erro.

-Um erro, ora. Tipo deixar sua irmã assumir um caso seu.

-O que? Vic? De onde tirou essa ideia que ela é minha irmã? Não, aí você realmente está passando dos limites.

-Então esse é o nome dela, quero dizer...

-É assim sim e às vezes, às veeeezes eu permito ela assumir algum caso. Mas precisa ter um motivo muito bem fundamentado pra isso acontecer. Então, respondendo a sua pergunta idiota: não erro. Agora, deixa eu te lembrar uma coisa: Vic pode ser linda, mas é muito difícil de lidar. Não é à toa que um monte de gente recorre a mim.

-Isso foi para desestimular uma negociação?

-Desnecessária essa piscadinha de olho, sabia? Depois eu que sou ridícula. Mas olha eu entendo você. Se estivesse no seu lugar também tentaria negociar. Não pense que sou um monstro insensível. Também precisa entender o meu lado, estou só cumprindo a lei.

-Uma lei injusta, pode se dizer.

-Injusta seria se fosse aplicada só pra alguns.

-Às vezes parece que é.

-Não, de jeito nenhum, sabe disso.

-É....infelizmente a coisa funciona desse jeito. Mas eu amei sua irmã, mesmo ela me ferrando algumas vezes.

-Já disse que ela não é minha irmã, deixa de ser chato! E estou cansada de ouvir essa ladainha: Ah! Vic é tão complicada, mas é maravilhosa. Vic é isso e aquilo. Posso não ser bonita como ela, mas tenho meu charme.

-Charme, tá bom. Pelo menos tem autoestima.

-Querido, você não sabe de nada. Sabe esses garotos que adoram esportes radicais? Eles vivem flertando comigo, já até beijei alguns.

-Sinceramente, não consigo ver a coisa dessa forma.

-Tá legal, então você acha que não posso ser atraente.

-Desculpe, mas já que estamos sem amarras sociais devo dizer que não há como você ser mais interessante que Vic.

-Certo, certo. Vamos fazer o seguinte: aposto que em dois minutos convenço você a tomar uma bebida comigo. Se eu não conseguir, Vic assume o seu caso.

-É uma pegadinha? Não tá falando sério.

-Mas é claro que estou. Adoro jogar, querido.

-Mesmo sabendo que vai perder?

-Está muito convicto, bode velho. Vamos, desentorta essa gravata e senta naquela poltrona. Eu hein! Anos fazendo a mesma coisa e aqui dá esse vexame.

-O que é isso? Um controle remoto? Vai me mostrar um filme? Não tô vendo tela.

-Cala a boca e presta atenção.

-Ei, é a Lurdes, minha esposa. Olha aí, falando em atração, casei com uma deusa. Que mulher!

-É, é sim. Linda, gostosa, trinta e oito anos mais nova. Realmente, Roberto, você é um garanhão.

-Como você é sarcástica, nunca que poderia entender o que eu e ela temos.

-Só estou sendo sincera.

-Mas, perai...o que...o que ela tá colocando na minha garrafa de uisque? E no vinho? O que significa isso?

-Calma que tem mais.

-Não, isso não pode ser verdade. Esses vídeos foram manipulados. O Luiz Cláudio, meu médico? Ei ela não fazia essas coisas comigo na cama. Como assim?

-Roberto, acorda! Você é um velho de quase oitenta anos, esperava o que?

-Mas ela me amava, eu...eu sentia que era sincero.

-Ai, parece que quanto mais velho e rico fica, aumenta a burrice. Que amor o que! Ela amava sua grana, money, cartão de crédito!

- Olha o que estão fazendo, parecem dois animais no cio. Ah, mas eu mato! Mato os dois.

-Quanto a isso não se preocupe, querido. A hora dela vai chegar. Meu trabalho é esse.

-Quando ela vai morrer? E ele? Os dois podiam sofrer um acidente, de repente a casa explodir bem no ato. Seria um espetáculo. O que acha?

- Roberto, não preciso de suas sugestões. Sou muito criativa no que faço.

-Tô vendo. Morrer envenenado pela esposa é muito criativo.

-Tecnicamente, você ainda não morreu, só estava esperando se arrumar para aqueles aparelhinhos lá avisarem ao povo que já bateu as botas.

-Inferno! Eu deveria ter doado tudo para um orfanato.

-Já fez sua caridade quando acreditou que uma mulher daquelas pudesse amar você. Então, quer voltar e lidar com essa situação?

- Não sei  se te xingo ou agradeço. Mas aceito aquela bebida. Eles que se danem. Só não me peça pra chamar você de Mel. Morticia até vai.

- Como você é tosco, Roberto. Deveria ter morrido de forma mais humilhante. Pronto. Agora já podem enterrar seu corpo de múmia. Descanse em paz e blá, blá, blá...vai ser o que? Vodka, vinho, cerveja...

-Vai me contar como eles vão morrer? Vou poder assistir?

-Robertoooo, isso é confidencial.

-Que diferença faz? Eu estou morto mesmo e sua irmã não vai me levar de volta.

-Saco. Pára de dizer que é minha irmã. E você perdeu a aposta, devia pelo menos me respeitar.

-Se me contar, eu paro.

-Sério, se ficar insistindo nisso ligo agora pra Vic levantar você do caixão.

-Não, não, tudo bem, aceito uma cerveja.

-Melhor assim.

-Mas me diga uma coisa, você fica bêbada?

-Roberto, sua sorte é que não posso matar duas vezes. Ah, se pudesse...

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