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Prólogo: Feliz Halloween!

"Antigamente as mulheres que prezavam a independência e a força feminina eram consideradas bruxas, sendo levadas à fogueira e mortas brutalmente. Atualmente o direito feminino cresceu de tal forma reflexiva na sociedade. Mas quem disse que as bruxas deixaram de existir?"

Quando pensamos em "bruxaria" logo lembramos de conto de fadas nos quais bruxas eram descritas fisicamente como feias, velhas, narigudas e verruguentas. Consideradas seres ruins, normalmente vilãs que tentavam acabar com as princesas, as bruxas sempre terminavam num final justo aos olhos de uns e injusto aos olhos de outros.

"É isso que acontece com meninas malvadas, meu amor. Elas se tornam bruxas."

Era o que mamãe dizia sempre quando eu fazia birra. Hoje vejo e posso afirmar: bruxas são apenas personificações de mulheres independentes, fortes e inteligentes que tiveram um passado trágico amoroso por aqueles que omitiram a verdade.

Saint Luna, 31 de Outubro de 1991
Quarta-feira - 08:34 P.M.

— Jesse, prepare suas flechas. Seline, fique atenta aos policiais. James Lownd é um maníaco pedófilo que manipula crianças com menos de treze anos e as leva para uma cabana no meio da floresta Sweet, perto do lago. Ele usa o nome falso como Jake Frout tem cinquenta e sete anos, divorciado e com dois filhos homens morando com a mãe em Nova York. É procurado há cerca de dois anos, mas sabe esconder bem suas pistas. Enfim, achamos ele. Não se esqueçam, essa é a nossa última chance antes do fim do mundo, portanto, não falhem.

Dei cada detalhe para Jesse através de microfones que eu mesma criei há alguns meses enquanto procurávamos por um serial killer dentro da nossa própria escola. Na minha opinião a inteligência é a minha característica mais marcante graças ao meu passado, mas isso não significa que seja algo totalmente bom.

— Certo, aqui diz que nós três temos que estar juntas na hora do ritual e não podemos usar todo o sangue desse tal Jack Frost, e eu particularmente acho esse nome falso um absurdo infantil. — Disse Seline indignada enquanto lia cada página do grimório, sentada no banco do carro da família dela ao meu lado.

— É Jake Frout. — Corrigi a garota com o nome mas ela pareceu me ignorar, visivelmente confusa.

O dia estava parcial. Nem quente e nem frio, mas o ar gélido batia vez ou outra na gente e nas outras pessoas.
Era Halloween, noite em que as crianças vestem fantasias e vão de porta em porta pedindo doces ou ameaçando travessuras. Eu nunca tive chance de comemorar esse evento, mas a partir deste ano tudo vai mudar. Será meu dia, nosso dia!

— Já são duas garotinhas e um garotinho dentro da casa do James. Elas até agora não saíram, mas eu não ouço nada. Acho que ele espera um tempo antes de levá-las para a cabana do terror dele e torturar elas. — Jesse estava ofegante por estar se escondendo no telhado da casa dos vizinhos do maníaco, apontando suas flechas abençoadas por sonífero para a porta.

Os carros da polícia rondavam as ruas da cidade e os boatos do desaparecimento das crianças já corria solto. Em Saint Luna nada era muito normal, nenhum evento era por acaso, por isso todos estavam sempre bem atentos. As autoridades acionaram um toque de recolher mandando todos ficarem trancados em casa a partir das nove da noite, inclusive os adultos.

— Jesse, consegue subir na árvore da varanda da vítima número um e atirar a flecha de lá? É que você pode atrair atenção dos policiais e nós não queremos isso. — Perguntei depositando total paciência na voz enquanto esperava sua resposta.

Jesse afirmou e calculou quantos minutos levariam para as viaturas passarem na rua de novo. Eram exatos dois minutos e sete segundos. Quando o carro passou pela rua, imediatamente a garota pulou para uma janela próxima da casa da frente e desceu os poucos metros restantes por uma escada de jardinagem que já tinha visto um tempo antes de começarmos a missão.
Restavam trinta e dois segundos para a viatura passar de novo, então ela correu para a árvore e começou a subir com seu arco preso nas suas costas.

— É o seguinte, vou querer roupas novas das duas por me fazerem rasgar as minhas. Feliz dias das bruxas! — Sua flecha já estava em posição na direção a porta do velho homem. Era só um toque na campainha e já era. — Seline, sua vez.

Antes da reação de Seline, uma viatura passou por nós de novo, parando do nosso lado e abaixando as janelas.

— Vocês estão perdidas? Não ouviram os avisos? Todos devem estar em casa ao toque de recolher às nove horas. — Nos diz um dos policiais, e então eu simplesmente me faço de louca.

— Desculpe, senhor. Estamos esperando nossa amiga, mas prometo que já vamos embora. Não se preocupe. — Sorri de forma doce e convincente enquanto ele me analisava desconfiado.

— Tudo bem, mas se eu voltar e as duas ainda estiverem aqui fora, fiquem cientes de que serão levadas para a delegacia e só serão soltas com a presença dos seus responsáveis. — Ele ajeitou seu chapéu e ligou as sirenes, logo voltando a dirigir pela rua.

— Esse embuste tinha que parar a gente logo agora? É melhor irmos mais depressa, senão estaremos totalmente mortas!

Seline revirou os olhos, saiu do carro e correu com o livro nas mãos, colocando seu chapéu de bruxa que achou no achados e perdidos da escola. Respirou fundo antes de tocar a campainha e fechou os olhos. O nervosismo era presente, não só nela, mas também em mim e provavelmente em Jesse.

A garota foi para o lado da casa quando um som oco e fino de sinos batendo ecoou pela varanda. Depois de alguns longos segundos, James abriu a porta lentamente na espera de ser mais uma criança perdida dos policiais.

— Quem deseja? — Antes de perceber o que realmente estava acontecendo, uma flecha fina e curta atinge seu pescoço, fazendo James desmaiar instantaneamente.

— Perfeito, Jesse! Agora você e Seline levem ele para o carro e vão para a cabana. Me esperem lá, vou soltar as crianças e avisar a polícia.

Na mesma hora que dei as ordens, Seline e Jesse seguraram James cada uma por um lado e o levaram até o carro, colocando o homem no porta malas. Saí e comecei a correr na direção da casa, entrando e fechando a porta. Pelo vidro da janela, vi as garotas saírem sem desconfianças e suspirei aliviada. Parte já estava feita, agora restava o melhor da noite.

Diminuí os passos ao ver a casa vazia e comecei a procurar em cada canto da residência. Como era de se imaginar, as crianças estavam no porão, amarradas e chorando em um desespero constante. Elas não mereciam aquilo, eram inocentes demais para a crueldade humana. Eu já fui uma dessas crianças, então as entendo perfeitamente.

— Fiquem calmas, a ajuda já está vindo. Vocês estão seguros agora. — Sussurrei soltando elas lentamente das cordas apertadas que machucavam seus braços e pernas nos quais estavam roxos pelo sangue preso.

Eu sentia pena e ódio ao mesmo tempo. Pela primeira vez eu faria justiça com as próprias mãos, com alguém que não fará diferença alguma na sociedade. James não será o nosso último da lista, ainda haveriam outras ameaças como as que tivemos há alguns meses.

Corri para a sala com as crianças e fui até a parte de fora da casa, em direção a rua. Por sorte, um dos carros que estavam passando parou e solicitou ajuda imediatamente mesmo a alguns metros de distância. Eu precisava ir embora antes que me vissem.

— Não falem que me viram, sou amiga de vocês, okay? Se cuidem!

Antes dos policiais se aproximarem, saí correndo e me escondi atrás de uma árvore. Quando eles saíram da viatura e se aproximaram das crianças, comecei a correr para o carro deles e entrei, fechando as portas e dirigindo para longe dali. O primeiro crime a gente nunca esquece.

Depois de alguns minutos dirigindo, deixei o carro numa rua qualquer longe da estrada e corri por dentro da floresta, seguindo o caminho de fitas douradas presas na árvore que as meninas deixaram para mim. Liguei a mini lanterna que tinha guardado e comecei a andar mais rápido.
Quando vi a cabana e o carro de Seline, diminuí os passos e respirei ofegante e tranquila por não termos sido pegas.

— Cheguei bem e as crianças estão seguras. Agora, vamos para o lago começar o ritual antes que as coisas piorem! Precisamos recuperar nossos poderes antes que os problemas aumentem. — Avisei entrando na cabana onde as meninas me esperavam. O homem estava no chão ainda desmaiado, totalmente inconsciente. Pobre homem!

— Só espero que esse ritual seja real, porque não vou matar um homem e fazer ele sangrar em cima de mim com uma athame dourada, dentro de um lago banhado de luz lunar atoa não! — Reclamou Seline apontando para o corpo de James.

— Sabemos que é real. Já se passaram nove meses e até agora você não acredita na deusa? — Perguntei e Seline deu de ombros.

— Vamos logo antes que descubram a gente. — Jesse segurou o homem e começou a cortar sua blusa com uma faca, puxando ele para fora da cabana. — Vão me ajudar ou vão ficar admirando um homem semi-morto?

Caminhei até ela e Seline fez o mesmo. Começamos a levá-lo para dentro do lago que por sorte era bem perto da cabana. Ele começou a se debater debaixo da água e Jesse e eu o seguramos à força, vendo-o se afogar lentamente nos próprios pecados.

— Pedófilo desgraçado! — Diz Seline com certa amargura na voz, abrindo o grimório e lendo. — Repitam comigo as seguintes frases:

"Dea amat nos ad matrem suam, et suscipe verba conveniunt suum, et facti in tres augmenta lunae. Nos reverebuntur ordinem vestrum sequimini, et cultus, ita pro nobis offerre impuro fonte lavari, cibum lacrimis in gratiam tui."

Senti um arrepio profundo com a frase que Seline cita e comecei a repetir junto com Jesse várias vezes. Como dizia nas instruções do ritual, tiramos nossa blusa de frio e ficamos apenas com uma branca e fina por baixo, simbolizando a pureza.

Jesse pegou a faca dourada que era parte do ritual e segurou o homem de forma deitada, cortando lentamente seu pescoço. Fechei os olhos para não ver a cena e senti uma ventania correr pelo lugar. Era ela! A deusa estava presente mais uma vez!

— Agora nos banhemos de seu sangue e sentiremos a magia avançar sobre nossas veias. De novo. — Disse Seline poeticamente, e por necessidade, voltei a abrir os olhos.

— Juntas? Um. Dois. Três!

Mergulhei para trás junto com Seline e Jesse na água vermelha de sangue e fria. Minha vida inteira passou pelos meus olhos como se eu estivesse perto da morte, o que me deixava assustada. Já havia sentido e passado por muitas coisas, mas nenhuma como essa.

Uma força inexplicável faz-nos voltar à consciência e a beira do lago. Nossas blusas estavam manchadas de sangue e encharcadas. Senti emoções dentro de mim acompanhadas com uma energia e um poder brilhantes, como se eu fosse explodir de tão recarregada que estava.

— Deu certo? — Perguntou Jesse saindo do lago. O homem morto havia ficado na água boiando e acabou sendo levado pelas ondas que haviam se formado.

— Provavelmente. Se realmente deu certo, vamos matar aquele desgraçado de uma vez por todas. Cansei de perder as pessoas que amo e deixar aquela coisa acabar com nossas vidas. Olha, eu estou me sentindo adorável!

Observei Seline e notei sua diferença também. Não sabia bem explicar o que e nem como, mas algo havia mudado. Senti como se eu tivesse morrido e renascido assim como uma fênix que surgiu das cinzas.

— Não podemos ir com pressa, senão acabaremos perdendo a magia de novo. Vocês sabem o que aconteceu da última vez, essa é a nossa última chance! Precisamos estudar e praticar o que já temos com o que já sabemos. — Falei confiante, lembrando dos eventos passados na cidade.

— Alice pensando em estudos como sempre! — Comentou Seline zombando e Jesse riu, me fazendo revirar os olhos.

Por fim, passamos a noite limpando a cabana da nossa primeira vítima proposital e apagando as pistas que deixamos para trás. Depois, colocamos outras roupas que trouxemos no carro, queimamos as antigas e fomos embora como mais uma simples noite de Halloween.

Feliz dia das bruxas, garotas!

Espero que tenham gostado. Vote no capítulo se você gostou e comente suas opiniões sobre o livro! Sz

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