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Capítulo 76: O Espião do Mal

Saint Luna, 18 de junho de 1991
Terça-feira - 01:01 A.M.

— E então, o que descobriram?

Anne perguntou, segundos após se levantar do chão. Jesse, Seline e eu ainda estávamos confusas com o que vimos, um bloqueio divino que protegia as memórias de Anne. Seria ela especial?

— Nada, não conseguimos entrar na sua memória. — Seline respondeu por todas, claramente ocultando parte da verdade.

— Depois procuramos outra forma de ajudar, Anne. — Jesse disse convicta, e a ruiva concordou com a cabeça. — Agora vamos jogar.

Jessica se levantou e subiu as escadas, indo até o quarto da sua tia. Segundos depois ela desceu segurando um frasco com um pó branco dentro, e na outra mão havia um colar.

— O que é isso? Não me diga que quer que usemos drogas. — Seline perguntou espantada, e Jesse revirou os olhos.

— Pare de ser besta, garota! — Ela abriu o frasco e derramou uma pequena quantidade do pó sobre a palma da mão. — Sal, para nos proteger de espíritos ou demônios malignos.

Jesse jogou o sal para o alto, que automaticamente formou uma circunferência no chão, ao redor de nós. Ela entrou no círculo e se sentou, pegando a caixa com o tabuleiro e o colocando para fora.

— E se não funcionar? — Perguntei apreensiva antes de começarmos.

— É nossa última opção.

Ela colocou o tabuleiro no meio e o ponteiro em cima. Pegou o colar da sua tia e colocou próximo ao jogo, e logo direcionou seus dois dedos indicadores para a ponta do objeto. Anne, Seline e eu seguramos as outras pontas do ponteiro, e então Jesse iniciou.

— Tia Liz, você pode nos ouvir?

Passados dois minutos, não houve resposta alguma. Estávamos sendo iluminadas apenas pelas luzes das velas acesas, pois Jesse havia desligado a luz elétrica para estabelecer uma conexão mais forte.

— Vamos focar em quando fomos ao labirinto, as energias que trouxemos de lá. Usaremos isso a nosso favor, certo? — Seline sugeriu esperançosa, e o resto de nós concordou.

Fechei os olhos e me lembrei do labirinto da realidade, meu objetivo lá. Foquei nas energias que trouxe comigo, as energias que fixaram meus poderes e fizeram com que ele crescesse.

— Elizabeth Whitmore, você pode nos ouvir? — Seline perguntou conectando as energias com o tabuleiro, e então ele deu uma leve tremida.

O ponteiro foi puxado até a palavra "SIM" no canto superior do tabuleiro, e confesso, aquilo me assustou bastante. Eu torcia para que fosse tia Liz, porque eu não teria mais sanidade para lidar com fantasmas. Olha só, uma bruxa que visitou o inferno e ganhou os poderes de lá, com medo de fantasmas.

— Okay, isso confirma que eles estão no labirinto da realidade. — Jesse falou aliviada, tentando recuperar o ar. — Como podemos tirar vocês deste lugar?

O ponteiro guiou até as letras A, N e E. Olhamos confusas para Anne, que também não tinha ideia do porquê tia Liz escreveu seu nome, mas antes de perguntarmos, o ponteiro se mexeu novamente, juntando as letras D-I-G-A.

— Anne, diga... — Seline falou montando as palavras, esperando que o ponteiro se mexesse novamente. — sim?

— Anne, diga sim. — Completei após o ponteiro parar de se mexer. Olhei para a garota, totalmente confusa. — Então...

— Sim. — Anne respirou fundo e fechou os olhos, dizendo exatamente o que tia Liz pediu (se é que realmente era ela).

Anne respirou tão fundo que parecia que não podia respirar, como se tivesse respirado pela primeira vez depois de ter sido asfixiada. Ainda com os olhos fechados e os dedos no ponteiro, ela parecia estar fora de si, descontrolada.

— Anne, você está bem? — Jesse perguntou preocupada, começando a temer aquela situação.

— Tríade, estamos em uma realidade falsa criada pelo labirinto, como se estivéssemos passando os dias normalmente. Olhem, me escutem, daqui a dez dias ocorrerá um eclipse lunar que irá triplicar os poderes de vocês. Será a oportunidade perfeita para nos tirarem daqui, olhem as novas páginas do grimório, eu deixei algo que possa ajudar. — Anne falava com a voz de Elizabeth, como se estivesse sendo possuída pela mesma. — Preciso ir, se eu gastar energias demais com essa conexão, posso acabar morrendo. Não se esqueçam, dez dias.

E então, Anne abriu os olhos. Ela estava normal, porém ainda mais confusa com o que aconteceu. Nos olhamos cada vez mais intrigadas e soltamos os dedos do ponteiro.

— O que...

Antes de continuar falando, Anne acabou perdendo a consciência. Talvez ser possuída gastasse bastante energia, pois ela não acordou nem chamando.

— Vamos colocá-la no sofá. — Seline sugeriu se levantando, sem ao menos tocar no assunto da possessão.

Demos um grito quando o ponteiro começou a se mexer sozinho pelo tabuleiro, e as velas começaram a piscar descontroladamente. Aquela noite realmente estava sendo assustadora, tanto quanto um filme de terror.

O ponteiro se moveu rapidamente para as letras "V, O, C, E, V, A, I", tão rápido que quase não deu tempo de formar as palavras.

— Você vai... — Jesse leu enquanto o ponteiro continuava se mexendo. — se arrepender...

— Pelo o que fez. — Completei, e o ponteiro parou de se mover. — Você vai se arrepender pelo o que fez.

— Eu lembro de ter visto isso em algum lugar, só não lembro... — Jesse começou a falar pensativa, e eu a interrompi.

— No primeiro dia de aula, quando deixei o bilhete cair. É o bilhete que voou até mim quando eu estava no carro no dia da mudança. — Falei apreensiva, com o coração disparado quase saltando pela boca.

— Por que isso? — Seline questiona.

— Alguém, ou algo me ameaçando. Sabe sobre o incêndio, sabe que não foi acidental. Eu assassinei meu pai, posso ter grandes problemas judiciais por isso.

— E você sabe quem que escreveu para você? Ou ao menos tem ideia? — Perguntou Jesse acendendo as luzes e soprando as velas, mas eu ainda estava assustada.

— Eu achava que meu pai tivesse sobrevivido ao incêndio de alguma forma, só que se isso tivesse acontecido, eu não teria completado o primeiro ritual para ser bruxa tríade. Então, acredito que seja alguém que saiba disso e esteja ligado com o mundo sobrenatural.

As duas pareceram preocupadas, buscando uma alternativa para meu problema. Talvez fosse apenas Lúcifer brincando comigo, ou outra coisa ou pessoa que me persegue desde aquele dia. Colocamos Anne no sofá e a cobrimos, deixando-a descansar depois do dia louco que ela teve.

— Eu vou buscar o grimório para acabar logo com isso.

Jesse subiu até seu quarto e logo voltou com o grimório em suas mãos. Nos sentamos na mesa da cozinha e abrimos o livro aos poucos, procurando a página marcada por Elizabeth.

— Respirem, não surtem. — Seline falou sussurrando, mais especificamente para si mesma.

— Eclipse Lunar. — Jesse começou falando pelo título. — Quando a lua está em seu ponto mais forte, os poderes da tríade triplicam com a lei tríplice. A junção dessa magia resulta em um grande controle dimensional no mundo wicca, o poder lunar abre caminho para a descoberta de novas magias. O ritual deverá ser feito em ambiente Sagrado, protegidas com a benção da deusa.

— O que imaginávamos. — Concluí, olhando para o grimório. — Eu já pensei nisso uma vez, o que aconteceria no meio de um eclipse lunar. Pelo visto vai ser nossa única saída, só não consigo parar de pensar em um detalhe.

— O que?

— Se o labirinto da realidade faz parte do mundo wicca, como Lúcifer conseguiu acessar ele?

As duas se olharam confusas e pensativas, como se tivessem deixado o detalhe mais importante de lado. Lúcifer podia controlar parte do inferno, podia controlar os demônios, mas desde quando ele podia controlar o labirinto da realidade que pertencia ao mundo wicca?

— A não ser que... — Seline começou a falar, e Jesse completou.

— Alguém entre nós está ajudando-o!

— Alguém quem? Acham que é alguém do nosso coven? Não acredito que eles teriam coragem disso... — Falei negando com a cabeça. — Não, não!

— É impossível ele ter acesso ao labirinto sozinho. Tem alguém ajudando ele e nós vamos descobrir!

— Quem vocês acham que é? A Nantai? Madison, April, até mesmo a Lucy... — Seline foi chutando, mas nenhuma das opções parecia provável.

— Ou o Chris. — Jesse sugeriu, e Seline a olhou com raiva.

— O Chris nunca faria isso. Não é ele, tem outra pessoa por trás disso!

— As gêmeas. Ninguém conhece elas direito, é uma possibilidade.

— Elas sempre estão com Lucy, não acho que sejam elas. — Falei pensativa, quebrando a cabeça para pensar em alguém melhor. — Não vamos fracassar como fizemos com o assassino. Pegamos a pessoa errada sendo que o culpado estava do nosso lado, bem debaixo do nosso nariz.

— E se não for necessariamente algum bruxo? E se for alguém humano que tenha conhecimento sobre essas coisas? — Jesse perguntou, conectando ainda mais as opções.

— Abraham? — Seline perguntou e eu dei de ombros. — Crystal...

— A Crystal não seria louca nesse ponto, e nem o Alex! Eles são nossos amigos, não uma opção. — Na defensiva, Jesse afirmou com certeza.

— O Dylan também era. — Seline relembrou, fazendo Jesse ficar em silêncio.

Tentei me recordar de mais alguém que sabia sobre esse mundo sobrenatural. Talvez fosse a mesma pessoa que me mandou o bilhete, e quem sabe seja um humano que consiga controlar ambos os lados da magia. Mesmo se for, eu sabia que o principal mandante era Lúcifer, sempre pondo pessoas para nos atrapalhar. Connor e Billy também poderiam ter sido enviados por essa pessoa, então talvez fosse alguém na escola. Alguém que estivesse lá para ter certeza que isso iria acontecer.

— Meninas. — Chamei a primeira vez, mas elas não deram muita atenção pois estavam discutindo. — MENINAS!

— O QUE? — Gritaram juntas, ganhando toda minha atenção.

— Eu tenho uma sugestão de quem seja, uma sugestão muito válida! — Elas pararam e me olharam confusas. — Adam.

— Adam? — Jesse perguntou com deboche. — Ele é burro demais para isso.

— Pensem bem. No nosso primeiro dia, quando nos conhecemos, o que ele falava com Mariyah na sala?

— Ele ameaçava ela, dizia que sabia o segredo dela. — Respondeu Seline. — Ela disse que ele sabia desde quando fazia parte da tríade, mas que não era uma ameaça.

— Ele sumiu por meses com uma desculpa esfarrapada. Acham mesmo que ele não pode ter usado esse tempo para contribuir com o mal?

— Pode ser. — Jesse respirou cansada.  — Veremos isso melhor amanhã. Vamos descansar um pouco.

Concordamos e fomos dormir. Minha noite não foi das melhores, Seline me empurrava com o braço o tempo inteiro, o que fazia com que eu a empurrasse de volta de propósito. Pobre Chris.

Na manhã seguinte, Jesse acordou a mim e a Seline. Descemos para tomar café da manhã junto com Anne, que aparentemente estava melhor que antes. Tudo parecia normal, os passarinhos cantavam e o sol brilhava iluminando toda a cidade.

— Bom, vamos nos reunir com o coven e contar sobre o que aconteceu ontem. — Jesse anunciou enquanto andava pela cozinha. — Temos dez dias, dez preciosos dias.

— E em três dias será o Sabá para o início do verão. — Completei terminando de comer.

— Espera, do que vocês estão falando? — Perguntou Anne.

— Ah, querida. É uma longa história, quem sabe mais tarde não contamos. — Seline respondeu se levantando da cadeira. — E nós vamos treinar.

— O que? Como assim?

— Todas nós precisamos treinar nossas habilidades físicas e mágicas. Precisamos estar preparadas para qualquer evento que aconteça, precisamos nos defender! — Seline disse confiante, chegando até mesmo a animar o ambiente.

— É uma pena que eu tenha sacrificado minhas habilidades com o arco, mas quem sabe não encontre uma nova. — Jesse falou decepcionada.

— Podemos usar armas mágicas. — Sugeri, fazendo as duas rirem. — O que foi?

— Está falando do tipo espadas mágicas ou essas coisas? Porque olha, sinto muito em te decepcionar, mas isso existe apenas no mundo da fantasia. — Seline debochou fazendo Jesse rir ainda mais.

— Eu quero dizer que existem objetos mágicos na loja de Aylen. Como o athame, bastão, bolline... Todos eles são físicos, são armas reais ligadas à magia wicca.

— Pode ser. Vamos passar lá daqui a pouco, mas antes preciso ir em casa tomar banho e trocar de roupa, e claro, ver como Stephen está.

— Que relação saudável de pai que tentou matar a filha milhares de vezes e filha que também tentou matar o pai. — Jesse debochou.

— Para você saber, ele estava sendo obrigado. — Seline retrucou. — Eu tenho que ir, vejo vocês mais tarde.

— Só não demora com a hidratação de cabelo e nem com a manicure. — Disse Jesse brincando mais uma vez, e Seline apenas revirou os olhos e ignorou.

O mundo literalmente estava acabando e a responsabilidade de salvá-lo estava nas nossas mãos. Esperava que tudo saísse como em HQs de super heróis, onde todos saem felizes e vitoriosos, e sem ninguém mais ter que se sacrificar.

Mas eu sabia que isso não ia acontecer.

Espero que tenham gostado. Vote no capítulo se você gostou e comente suas opiniões sobre o livro! Sz

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