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Capítulo 73: Terror no Hospício

Saint Luna, 17 de junho de 1991
Segunda-feira - 06:11 A.M.

Querido diário,

Dois dias se passaram. A noite do baile? Inesquecível. Bem, não para mim. Na verdade eu nem me lembro do que aconteceu, só sei que Seline disse que eu tentei pular do terraço do colégio. Diz que eu falava coisas depressivas e que acabar com a minha vida seria a melhor opção, e até cheguei a pular, só que fui salva pela Deusa Tríplice. Sim, ela mesma. Em carne e osso, na sua forma mortalmente divina.

Tudo aconteceu tão rápido. Em um momento eu estava indo começar a me arrumar para o baile, e no outro eu estava na cama de um hospital. O fato das minhas memórias terem sido roubadas me assustava, eu não tinha certeza se aquela Alice era eu ou não. Poderia ser, eu poderia realmente ter tentado aquilo, eu posso ter sentido tudo o que me foi descrito, mas por quê eu não lembrava?

Houve também o incidente com Billy e Connor. Me contaram que eles entraram armados atirando em todos do baile, e ao todo foram sete mortos. Um dos baleados foi Alex, que consequentemente salvou a vida de Jesse. No entanto, ela acabou despertando a magia obscura e matou Connor e Billy. Alexander estava ciente de tudo, e acabou vendo Jesse usar sua magia. Ela e Seline resolveram contar para ele a verdade do nosso mundo, e no começo foi um pouco difícil. Alexander acabou aceitando tudo, e até mesmo se tornou um ótimo aliado no mundo humano. Ele estava bem, sobreviveu ao tiro, fez uma cirurgia de urgência já que perdeu muito sangue. O que importa é que ele está vivo.

Hécate não apareceu mais, apenas mandou Seline repassar o aviso: "Preparem-se, pois algo pior virá. Vejo vocês em breve." Se algo pior do que tudo o que aconteceu ainda estava por vir, eu preferia que o pulo do terraço tivesse dado certo.

— Alice, já está pronta?

Tia Ellie deu algumas batidas na porta do meu quarto antes de abri-la. Fechei o diário, no qual comecei a escrever ontem mesmo, e o guardei na mochila junto com algumas roupas.

— Sim, estou.

Me levantei da cama e coloquei a mochila nas costas, e logo desci as escadas junto com a minha tia, caminhando em direção ao carro. Sentei no banco da frente e coloquei o cinto, esperando a tia Ellie entrar e começar a dirigir.

Ontem foi minha despedida com as meninas. Elas pareciam preocupadas, ainda mais quando souberam que eu passaria alguns dias fora. Me prometeram que manteriam as coisas sob controle, mas eu não estava certa disso. Jasper me ligou, conversamos durante horas sobre sua chegada ao Reino Unido, mas não quis preocupá-lo com o meu incidente.

Assim que o carro estacionou na frente do enorme prédio com o letreiro escrito "Hospital Psiquiátrico de Saint Luna", tia Ellie e eu descemos e caminhamos na direção da recepção. Como meu nome já estava na grade semanal, apenas fui direcionada a um quarto que compartilharia com mais alguém.

Eu esperava que  um hospício fosse mais assustador, com pessoas loucas surtando e gritando de seus quartos desesperadas, com diversas tentavas de suicídio e casos mais bizarros que  os outros. Na verdade o lugar até que era "calmo", haviam procedimentos psiquiátricos, reuniões psicológicas e também os andares. Cada andar era um nível de loucura, do primeiro ao último ficavam dos mais calmos aos mais graves, respectivamente.

Fiquei confusa por não estar no primeiro andar, e sim no segundo, por ter que receber mais atenção. Tia Ellie tentou me convencer de que aquilo não era necessário, era truque de Lúcifer, eu não precisava estar ali se não quisesse; mas eu queria. Achava que seria uma boa experiência, algo necessário que pudesse ajudar a controlar meu psicológico. Talvez desse certo.

Me despedi da minha tia e acompanhei uma das funcionárias do hospital. Não esperava uma recepção de hotel ou das férias de verão (que aliás, foram antecipadas por causa do massacre), mas até que o lugar era agradável ao máximo possível.

— O café da manhã será às sete, às nove são as consultas com o psiquiatra, meio dia o almoço, das três às quatro acontecerá a roda de conversa com os psicólogos, cinco horas é o café da tarde e às dez todos deverão estar na cama. — Disse a funcionária, me orientando em relação aos horários.

Apenas concordei quando chegamos no quarto em que eu iria ficar. Ela destrancou a porta e deu espaço para que eu pudesse entrar, mas logo trancou novamente quando eu já estava dentro. Uma garota de cabelos ruivos tirou os livros da sua frente e me encarou despreocupada.

Coloquei minha mochila em cima da cama e me sentei, enquanto olhava o quarto. A ruiva se sentou na cama e jogou o livro longe, e só aí fui reconhecê-la.

— Anne Watson?

— Eu te conheço? — Questionou confusa, tentando lembrar do meu rosto.

— Provavelmente. Eu estava aqui para impedir que Dylan Hendrix matasse você, lembra?

— É verdade. — Concordou mais aliviada e me olhou preocupada. — Por qual motivo veio parar aqui?

— Tentativa de suicídio, possível esquizofrenia por ouvir vozes e ver gente morta. — Respondi naturalmente, como se aquilo não fosse nada demais.

— Então você deveria estar no quarto andar. — Falou brincando e sorriu. — Eu já estou aqui há meses com acompanhamento psiquiátrico, mas ainda não me liberaram.

— Aqui é tão ruim assim? — Perguntei tentando não me assustar, mas provavelmente já teria me arrependido.

— Só um pouco. Lá fora eles colocam a mídia como se fosse um lugar de paz, mas aqui eles nos tratam como animais. Temos que ficar trancados o tempo inteiro nos quartos, levam tudo nosso, não podemos fazer ligação para outras pessoas e nem mesmo conversar livremente com outros pacientes que não estejam do mesmo quarto que nós.

— Tudo bem, eu quero ir embora. — Me levantei e andei até a porta. — EU QUERO IR EMBORA, FOI UM ENGANO!

— Uma vez que você entra, você não sai de imediato. É apenas mais uma das vozes que eles mandam calar a boca caso fique gritando pelos corredores. — Alertou, deitando-se novamente na cama. — Boa sorte.

Gritei indignada e me joguei na cama.  Não adiantaria muito, e eu não iria usar os poderes porque justamente queria dar um tempo daquilo. Apenas vou esperar para ver no que vai dar.

— Esqueci de avisar que geralmente aqui a comida é ruim, mas ou você come ou você morre de fome.

Anne andava ao meu lado segurando uma bandeja azul, com um prato cheio de comida estranha e sem cor. Caminhei até a mesa fazendo cara de nojo, e me sentei na sua frente.

— Isso aqui é um hospital ou uma prisão? — Perguntei segurando o garfo sem ponta de plástico. — Por que eles não dão talheres normais?

— Uma mistura dos dois. — Respondeu colocando a comida na boca. — Para que os suicidas não usem como arma.

— Faz sentido. — Falei mexendo na comida, com receio de comer.

Demorei um pouco para começar a comer, e até que não era tão ruim assim. Com certeza não era boa, nem um pouco, mas era comestível o suficiente para me manter viva.

Quando terminamos, bebi o máximo de água possível para esquecer o almoço. Voltamos para o quarto e ficamos trancadas, jogando assunto fora, enquanto esperávamos o horário para a roda psicológica.

Passamos horas lá, até cheguei a cair no sono, mas pela janela vi que havia ficado de noite. Ainda estávamos lá durante esse tempo inteiro.

— Anne? — Chamei, desviando sua atenção do livro. — Por que ainda não fomos nessa tal reunião?

— Sinceramente? Eu não sei. — Respondeu ansiosa e nervosa. — É a primeira vez que isso acontece.

— Vou tentar chamar alguém. — Falei me levantando e caminhando até a porta. — OLÁ? TEM ALGUÉM AQUI?

— Eu tentei isso também, mas não adiantou. — Ela se levantou da cama e ficou ao meu lado. — Já deve estar na hora de dormir.

— Precisamos sair daqui. Isso não é normal! — Me virei para ela, tentando não entrar em pânico. — Acho que aconteceu alguma coisa.

— Que tipo de coisa? Acha que todo mundo desapareceu do nada e só sobrou nós duas?

— É uma possibilidade. — Sugeri pensativa. — Justamente no dia em que eu cheguei...

— O que isso tem a ver? Você sabe de alguma coisa? — Questionou alterando o som da voz.

— Se afasta da porta. — Pedi, e ela deu alguns passos para trás.

Coloquei as duas mãos na porta de aço e segurei por alguns instantes. Concentrei nos meus novos poderes, e tentei achar uma forma de usá-lo sem medo junto com a magia da tríade. Deixei tudo se concretizar sozinho, senti o fogo sair das minhas mãos e se espalhar por toda a porta. Segundos depois, havia um enorme buraco com algumas faíscas em volta do aço derretido.

— Como...

Antes de Anne terminar sua pergunta previsível, saí do quarto e olhei para o corredor. Esperei ela vir comigo, ainda impressionada com meu pequeno truque. Pelo menos eu ainda tinha isso.

— Onde estão todos? — Perguntei começando a andar pelo lugar, enquanto Anne me seguia.

— Deveriam estar por aqui. — Comentou olhando pela pequena janela na porta de cada quarto. — O hospital está vazio!

— Estranho, e todas as portas continuam fechadas. — Analisei tentando puxar alguma das portas, mas continuavam trancadas.

Andei até a recepção e vi tudo solitário, sem nem uma alma. Não havia médicos, funcionários e nem mesmo seguranças. Eu iria supor que todos saíram correndo por algum motivo, mas tudo estava no mesmo lugar. Era como se as pessoas simplesmente tivessem desaparecido.

— Quer olhar nos outros andares? — Anne perguntou e eu dei de ombros.

Subimos a escada até o terceiro andar, o que estava acima de nós. Passamos pelos corredores e não havia ninguém também, em nenhum quarto. Olhamos tudo, cada canto daquele hospital, até chegarmos ao último andar, o andar em que ficavam os mais loucos.

Anne andava receosa ao meu lado, e dava para sentir o medo que ela transmitia através das suas energias. Essa era mais uma das habilidades com a magia que ganhei do inferno, eu podia sentir o que as outras pessoas sentiam, absolutamente qualquer sentimento.

— Eu odeio esse lugar, odeio! — Sussurrou nervosa.

— Não precisa vir se não quiser. — Ofereci notando sua apreensão, mas ela negou com a cabeça.

— Eu quero ir.

Suspirei com receio e comecei a andar naquele corredor, onde os quartos tinham paredes de vidro e não tinham janelas no lado de dentro. As camas eram brancas, mas também era a única coisa que tinha em cada quarto. Todos também estavam vazios, não havia ninguém, exceto o som vindo do último quarto que assustou a mim e a Anne.

— O que foi isso?

Perguntei assustada, mas tomei coragem para andar até aquela direção. Em passos demorados, chegamos até o último quarto. A luz tinha mal contato, ficava piscando sem parar. Havia uma mulher, e sem ofensa, o cabelo dela era horrível!

Quando ela se virou na nossa direção, vi que sua pele era coberta de ferimentos. Seus dentes eram podres e tortos e suas unhas enormes. Não parecia humana, mas sim um ser muito ruim.

— Quem é ela? — Anne perguntou pouco atrás de mim.

— Acusada de canibalismo e uso de recém nascidos para possíveis rituais satânicos. Problemas de agressividade e transtorno de personalidade. — Sussurrei lendo o quadro pendurado na parede ao lado. — Era uma bruxa.

— Uma o que?

O vidro resistente que  mantinha a mulher lá foi quebrado espontaneamente. Antes da resposta, ela pulou para fora e começou a correr atrás de nós duas, que nos viramos e começamos uma fuga.

— Não era para termos ido lá! — Anne gritou virando o corredor e entrando no elevador.

Apertei os botões depressa enquanto via a mulher se aproximando de forma macabra enquanto a porta demorava a fechar. Com pouca brecha da porta, a mulher monstro agarrou Anne pelas unhas e tentou puxá-la para fora, mas algo surpreendente aconteceu.

Anne deu um grito de desespero, e esse grito foi acompanhado de uma força que jogou a bruxa longe, batendo na parede de trás e a quebrando. O elevador se fechou, e Anne respirou fundo tentando voltar ao normal.

— Como você fez aquilo? — Perguntei encarando-a, e ela me olhou preocupada.

— Eu não sei!

Quando o elevador abriu novamente, estávamos no térreo. Corremos até a direção da porta, mas haviam duas garotas que estavam prestes a entrar.

— Jesse! Seline!

Corri na direção delas e as abracei, como se nunca mais fosse fazer aquilo. Elas me encararam nervosas e preocupadas, ambas com o olhar apavorado.

— Viemos buscar você. Aconteceu uma coisa, todas as pessoas da cidade desapareceram. Literalmente todas, só restaram as... — Seline parou de falar quando notou que Anne estava há poucos metros de nós, ainda totalmente confusa. — bruxas.

Espero que tenham gostado. Vote no capítulo se você gostou e comente suas opiniões sobre o livro! Sz

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