Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 7: Caixinha de Segredos

Saint Luna, 25 de Janeiro de 1991
Sexta-feira - 12:48 P.M.

Após o almoço, Seline, Alice e eu começamos a pôr o nosso plano e prática. Fomos até a sala da diretora alertar que "tinha alunas causando briga no banheiro feminino e que uma das delas agrediu a Seline (de novo)". Foi bem convincente, contando como Seline poderia ser uma ótima atriz futuramente.

Enquanto elas iam até o banheiro no outro andar, entrei sorrateiramente na sala de Mariyah sem ninguém perceber, já que o corredor estava vazio. A sala dela era grande, com alguns quadros decorativos, estantes com troféus conquistados pela Everest High School e uma mesa principal com duas poltronas, bem sofisticado e casual. Caminhei até sua mesa e procurei por fotos ou um livro parecido com o que encontramos lá em casa. Não havia absolutamente nada de relevante que não fosse assuntos colegiais.

— Não é possível. Tem que ter alguma coisa!

Além da escola, a casa dela poderia ser uma ótima dica. Mas não teríamos acesso tão rápido quanto na escola, e aliás, ela passa a maior parte do tempo aqui, então deve ter alguma coisa que passou despercebido.

Olhei os quadros pendurados na parede e observei as imagens. Eram paisagens muito parecidas umas das outras. Talvez haja algo oculto como no papel que Alice achou escrito com tinta invisível, afinal, as bruxas (ou wiccanos, não sei) adoram colocar símbolos ocultos, imagens assustadoras e textos em latim. Eles pelo visto nunca ouviram falar em modernidade, não poderiam simplesmente guardar tudo numa pasta e escrito, de preferência, em inglês?

— É, Jesse. Está na hora de botar a a cabeça para funcionar. Vejamos, o que Alice faria na minha situação?

Eu quase não conhecia as garotas. Conheço-as não tem nem uma semana, mas mesmo assim, parece que nos conhecemos há anos, ou décadas, ou séculos. Vai saber! Sabemos que temos uma ligação, principalmente Alice e eu por descobrirmos que alguém da nossa família se juntou a uma tríade macabra no passado. Mas e Seline? Eu liguei com a tia Liz, a Alice com seu pai, e Seline? Será que havia alguma ligação dela com a diretora? Eu não podia imaginar qual.

Me aproximei dos quadros na parede e observei cada imagem. Todas elas relatavam uma casa de madeira perto de um lago, rodeado por árvores. Uma floresta, talvez. Todas as pinturas relatavam a noite, com o céu sem estrelas e apenas uma lua no topo de cada imagem. Mas havia algo, em três dos quadros, a lua apresentava diferentes fases.

As fases da lua.

Se bem me lembro, mais cedo Alice disse algo sobre isso. Na primeira imagem, a lua estava em posição crescente, na segunda estava em lua cheia e na terceira em lua minguante.

— E se...

Tirei os três quadros da parede e os coloquei no chão tentando juntar para que formassem um só, e não é que deu certo?

— O símbolo da Deusa Tríplice!

Sussurrei enquanto observava o quadro. Agora sabíamos que Mariyah sabia e fazia parte daquilo tudo, mas ainda não entendia o que tínhamos a ver com aquilo? Na verdade, nunca cheguei a acreditar em deuses, ou em religiões, até isso aparecer na minha vida.

"Ainda não é o fim"

Lembro-me de ouvir essas palavras sussurrando na minha cabeça no momento em que eu estive mais fraca, onde eu achei que fosse morrer. Foi por ela que eu me reergui, foi por ela que eu consegui lutar. Seria essa voz, a voz da Deusa?

Arrumei os quadros de volta no lugar e me preparei para sair da sala, já que eu estava há um bom tempo ali e as meninas poderiam voltar a qualquer hora. Quando abri a porta para sair, acabei dando de cara com o professor de química, Adam.

— O que você faz aqui? Onde a diretora Mariyah está?

Ele perguntou percebendo que eu estava sozinha na sala dela. Tentei pensar em algo que pudesse enrolar o homem por um tempo, mas acabei travando. Acabei inventando qualquer desculpa que me tirasse o mais rápido o possível de lá sem que houvessem desconfianças.

— Eu não sei, também vim procurar por ela, mas pelo visto a sala está vazia. Ela não está aqui.

Ele me olhou pouco convencido e deu de ombros entrando na sala atrás de mim. Saí de lá o mais rápido possível, deixando o nosso professor Adam sozinho.

Ah, sim. Eu havia esquecido de criar teorias sobre ele também. Talvez ele tivesse descoberto sobre Mariyah e a tivesse ameaçado em troca de algo. Mas, no primeiro dia de aula, quando eu e as meninas nos conhecemos, acabamos ouvindo Adam e Mariyah discutindo e isso chegou a envolver nossos sobrenomes. Com certeza não era apenas uma coincidência nos encontrarmos no mesmo dia, no mesmo lugar, com pessoas misteriosas falando sobre nossa família.

Vi as meninas se aproximando novamente junto com a diretora. Ela passou por mim dando um sorriso fraco e entrando na sua sala, fechando a porta e nos deixando sozinhas do lado de fora.

— Como vocês encobriram a mentira? — Perguntei quando Alice e Seline se aproximam e se olham com um olhar traiçoeiro.

— Ah, isso foi moleza! Dissemos que o grupo agressor foi embora antes de chegarmos e que não os reconhecemos. Eu fiz um leve pânico, mas disse que estava bem, então Alice disse que ela não precisava se preocupar e que se acontecesse novamente avisaríamos.

A voz de Seline demonstrava que ela havia se divertido bastante com a situação, talvez já estivesse acostumada a inventar essas mentiras para sei lá o que.

— E você? — Alice olhou diretamente para mim com a expectativa estampada nos olhos. — Descobriu algo?

— Na verdade eu achei o mesmo símbolo que você mostrou mais cedo. Estava em uma pintura na parede, três quadros separados com a imagem de uma cabana de madeira num lago. As três figuras mostravam que estava de noite, cada um em uma fase. Lua crescente, cheia e nova.

— Três fases. Será as fases da Deusa Tríplice? Donzela, que simboliza a pureza; a fase Mãe, que simboliza a proteção; e a fase Anciã, que simboliza a sabedoria. Cada uma delas significa uma fase da lua, o que pode levar a cada um dos três da foto, simbolizar uma fase, servindo juntos à Deusa.

Até que a teoria de Alice fazia sentindo. Eu realmente estava impressionada, Seline também.

— Agora já sabemos a quem eles serviam e como isso funciona. Falta saber o porquê de estarmos envolvidas, se isso é algo bom ou ruim e o que Adam tem a ver com isso. Será que nessa aventura mística toda, alguém usa magia? Tipo, magia de verdade?

Como se já não bastasse as perguntas anteriores, Seline surgiu com um novo papo de maluco. Magia? Realmente estamos ultrapassando as leis naturais da vida.

— O que você quer dizer com magia, Seline? — Perguntou Alice.

— Quero dizer — Ela dá uma pausa e continua — que nisso tudo devem haver rituais e uso de magia negra ou magia natural com a força dos elementos da natureza. Ah, qual foi? Vocês nunca assistiram filmes assim?

— Não! — Alice e eu respondemos juntas, fazendo Seline revirar os olhos.

— Deve ter uma consequência nisso tudo. Não iriam adorar alguém invisível com símbolos de lua simplesmente por nada. Não escreveriam frases sem sentido em latim apenas por diversão. Eles devem receber algo com isso, magia, rituais, ou até mesmo vozes da Deusa, se isso for real.

Seline estava no nível de começar a duvidar das coisas, e eu entendia. Ela citou sobre vozes, como eu já havia falado antes. Não era a única, bem lá no fundo eu ainda acreditava

— Bom... — Começo a falar com receio do que elas iriam pensar. — Há um tempo eu estava numa situação ruim, achei que fosse morrer. Eu ia morrer, eu estava preparada para isso, até ouvir uma voz feminina e aconchegante dizendo "ainda não é o fim", aí eu consegui ganhar forças e, bem, cometi uns erros que me fizeram senti bem.

"Uns erros" como matar o seu próprio irmão.

Foi por um bem maior, Jesse. Ele abusou de você!

Disse o meu subconsciente. Na verdade ele estava certo, mas eu nunca iria me acostumar com essa ideia. Eu era uma assassina, querendo ou não. Luke havia sido meu irmão psicopata que infelizmente fez coisas ruins comigo e com meu corpo, no qual ainda não consegui superar. Eu desejava no fundo do meu coração que ele estivesse queimando no inferno, e se tivesse mais chances, o mataria várias e várias vezes.

Meus pais eram boas pessoas. Lauren sempre foi muito carinhosa e atenciosa comigo, e Fred também. Como um filho teve a coragem de matar os próprios pais? Ele deveria se sentir muito injustiçado ou algo do tipo, mas infelizmente sei que existem vários como ele por aí.

— Eu ouvi a mesma coisa quando também pensei em desisti, e eu também fiz algumas coisas pesadas. Na verdade... eu não me sinto muito a vontade em falar sobre meu passado, mas... eu matei meu pai.

Por um momento, eu e Seline fizemos silêncio com a confissão de Alice. Deveria ser doloroso falar aquilo para quem acabou de conhecer, mas como eu disse, parecia que nos conhecíamos há anos.

— Eu matei meu irmão depois que ele esquartejou meus pais enquanto dormiam. — Digo fazendo as duas olharem para mim. Pelo menos Alice parecia mais confortada.

— Eu assassinei meu ex namorado que me sequestrou e quase me matou. Temos algo em comum, nós matamos um homem antes de eles quase nos matarem e ainda ouvimos a voz da possível Deusa Tríplice.

Seline estava certa. Mais uma ligação entre nós, então significa que tudo isso estava ligado antes mesmo de nos conhecermos.

— Somos escolhidas, não sei porquê, mas somos. Ela nos escolheu com algum propósito.

Depois de assumirmos nossos crimes, o clima ficou mais pesado. Talvez estivéssemos rodeadas de culpa, ou dor, ou medo de tudo o que nos aconteceu. Nossos casos viraram notícia na época, mas ninguém nunca soube que os maiores culpados disso tudo, éramos nós mesmas. Dessa vez não fomos a vítima.

Quando as aulas terminaram, fomos para as adicionais. Eu pratiquei meu arco como sempre, Alice foi para a aula de especialização de robótica e Seline foi para a aula de natação. Bem produtivas. A Everest High School apresentava vários tipos de aulas extras que se podia imaginar, mas era bom pela interação e gosto que cada um tinha. Não era atoa que era o melhor colégio da Califórnia.

Marcamos de nos encontrar na saída, antes de Adam sair da escola. Já estava de noite e ventava um pouco. A maioria dos alunos já foram embora, só estavam os funcionários e nós três. Até a diretora já havia ido para casa.

— Eu não posso demorar, senão minha mãe vai me deixar de castigo por um mês. — Disse Alice.

Antes que eu ou Seline pudéssemos responder, notamos Adam deixando a escola. O seguimos até a saída de forma que ele não percebeu nossa presença. Normalmente os professores costumam pegar seus carros para irem para casa, mas ele não. Adam seguiu seu caminho a pé pelas ruas escuras e pouco movimentadas, e nós nos escondendo atrás de carros e caçambas de lixo.

— Ele mora mal, heim!

Seline fazia cara de nojo o caminho inteiro. O lugar onde Adam morava era bem esquisito, mas continuamos mesmo assim. Algumas pessoas passavam e nos olhavam desconfiadas, mas ignoramos o máximo que pudemos. Sei que é errado julgar alguém pelo lugar onde mora, mas infelizmente nem todos tinham a mesma condição que a nossa.

No futuro, quem sabe, eu não posso ajudar pessoas assim? É um desejo altruísta que tenho desde quando os Whitmore me adotaram, inclusive pelo incentivo de Fred. Fazíamos serviço comunitário toda semana, ajudávamos lares carentes, hospitais e orfanatos. Eu me sentia bem.

— Para onde ele foi? — Perguntou Alice vendo que Adam acelerava os passos, até acabarmos de perdê-lo de vista.

— Droga! Será que ele sabia que estávamos seguindo-o?

Olhei desconfiada e irritada para a direção que ele havia ido.

— Ele não pode ter ido tão longe. — Seline tentava observar para onde ele poderia ter ido.

— As vezes ele já entrou em casa e nós não vimos. — Disse Alice com a voz baixa, enquanto olhávamos juntas para a rua que ele havia entrado.

— Vocês estão me seguindo? — Ouvi uma voz do nosso lado, como se tivesse surgido do nada. Era Adam, e talvez agora estivéssemos encrencadas.

Espero que tenham gostado. Vote no capítulo se você gostou e comente suas opiniões sobre o livro! Sz

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro