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Capítulo 53: Sempre Sabemos a Verdade

Saint Luna, 08 de abril de 1991
Segunda-feira - 03:21 P.M.

Após o fim das aulas, Seline, Jesse e eu fomos até a nossa cabana no meio da floresta. Jesse havia arrumado tudo, deixando Seline e eu de boca aberta.

— Mas, Alice, você não nos contou como foi o seu aniversário. — Seline falava empolgada, enquanto eu observava o lugar. — Rolou amasso?

— É, Alice. — Jesse concordou entrando na brincadeira. — Conta para gente como foi.

Revirei os olhos sorrindo, um pouco envergonhada, e notei que elas me encaravam curiosas sobre meu aniversário com meu namorado.

— Foi incrível! — Afirmei com os olhos brilhando. — Jasper foi bem romântico comigo, e o lugar que você recomendou eu adorei.

— Mas e os amassos, rolou? — Seline insistiu, e a essa altura, eu já queria que um buraco me engolisse.

— Sim, sim. — Falei virando o rosto delas, e elas começaram a rir.

— E você, Seline. Ultimamente não pode mais falar nada, já que largou o Alex para ficar com o Chris. — Jesse provocou e Seline a empurrou de leve.

— Eu não larguei o Alex, ele que me largou! — Se defendeu. — Aliás, Chris é só meu amigo. Caso o Alex pense que seja algo a mais, isso não vai ser da conta dele.

— Então, voltando ao assunto. — Chamei a atenção das duas, que pararam de rir na hora e olharam para mim. — Sobre o assassinato. Jesse, descobriu mais alguma coisa?

— Dylan disse que também acha que Aaron é o assassino. Aliás, eu pedi para ele ir à escola hoje, mas ele não foi. Será que aconteceu alguma coisa?

— Não sabemos, talvez ele vá amanhã. — Falei me aproximando da janela e observando o lago. — E você, Seline?

— Eu o observei durante essas semanas e só o vi praticando bullying e implicando com outros garotos, mas ele não agrediu a mais ninguém. — Falou pensativa. — A ficha de advertência da escola também só relatava coisas pequenas e a agressão ao Dylan.

— Precisamos continuar investigando a vida desse garoto. — Falei pensativa, saindo de perto da janela. — Mas como?

— Através dos pais e dos amigos dele. Ele não pode deixar nada passar em branco, tem que haver alguma pista. — Jesse concordou, ainda mais determinada.

— Mas e se estivermos erradas? E se não for ele? — Seline sugeriu.

— Tudo indica que é ele! Você tem alguma opção melhor? — Jesse perguntou e Seline negou.

— Seus amigos, Billy e Connor e seus pais. Vamos nos dividir. — Falei pensando em um plano. — Seline investiga Billy, Jesse investiga Connor e eu os pais dele.

— Certo. — Concordaram juntas, já preparadas para a longa tarde que teríamos.

Após algum tempo na cabana, cada uma de nós seguiu seu caminho investigativo. Eu ainda não sabia ao certo como investigaria Aaron através dos seus pais, então pensei em uma maneira um pouco louca. Eu teria que ser tão absurda quanto Lucy, pena que ela não estava aqui para me ajudar.

Quando cheguei na casa de Aaron, notei que havia movimentação. Toquei a campainha algumas vezes, até uma mulher alta e sofisticada me atender.

— Olá, precisa de ajuda? — Ela perguntou com um sorriso ao me receber.

— Aaron está em casa? — Questionei por precaução.

— Não, ele saiu. — Respondeu. — É amiga dele?

— Sim, eu precisava entregar uma coisa a ele. Sabe onde ele está?

Eu falava tão naturalmente que parecia até real. A mulher não desconfiou nada, acho que estava me saindo bem.

— Ele saiu para resolver umas coisas. Você quer entrar? Ele não deve demorar. — Ofereceu.

— Não, obrigada. Eu realmente preciso voltar. — Observei pela porta a parte de dentro da casa e vi que a única movimentação era a dela mesma. — O pai dele está em casa? Seu marido, no caso.

— Não, ele está no hospital trabalhando. Só chega tarde, por quê?

— Nada. — Sorri tentando disfarçar. — Obrigada, senhora Foster.

Aaron não estava em casa, e eu torcia para ele não estar com seus dois amigos idiotas. Se estivesse, atrapalharia um pouco Jesse e Seline ao investigá-los.

Ao chegar no hospital, fui na recepção e perguntei sobre o doutor Foster, e ela indicou exatamente a sala em que ele trabalhava. Pelo elevador, subi dois andares e parei em um dos prédios. Andei até a sala indicada e vi que a porta estava entreaberta, e uma placa dizendo "bata antes de entrar".

(...) Aaron é um garoto problemático, então temos que ocultar o máximo que podemos. Foi um acidente o que aconteceu.

Uma voz feminina falava com ele, e eu vi pela porta, a sombra do homem passar.

Nat, eu nem tenho como agradecer o que você está fazendo por mim. — Falou o homem, provavelmente o pai de Aaron.

— Na verdade você tem sim.

Logo depois, ouvi um longo silêncio, e sons de beijo. Afastei um pouco a porta e olhei o homem de costas enquanto a mulher estava sentada na sua mesa, beijando-o com certo fervor.

Quando ela afastou seu rosto do dele, pude ver perfeitamente quem era.

— Natalie! — Sussurrei comigo mesmo.

A mãe do Alex era amante do pai de Aaron. Eles sabiam de algo que ele havia feito, e tentavam ocultar o máximo possível. Eu tinha certeza de que ela usava seu poder na escola para contribuir com essa omissão.

— Eu preciso ir agora. Sexta-feira eu volto, mas é bom não deixar que ninguém nos veja.

Esse era o momento em que eu gostaria de ter uma câmera fotográfica para revelar a cena e mostrar à mãe de Aaron. Coitada!

Antes que Natalie pudesse sair, corri para longe daquele corredor e a observei saindo da sala dele, enquanto ajeitava sua roupa

—Você tem certeza que foi isso o que ouviu?

Jesse e Seline estavam confusas com meu depoimento, apesar de Seline estar feliz com isso, não sei o porquê.

— Sim. E ela ainda disse que sexta-feira voltaria lá. — Falei com total certeza.

— Então ela sabe de algo que ele fez. Isso conta como cúmplice ou omissão de crime, certo? — Jesse questionou e eu confirmei.

— O mais importante agora é esperar o dia e conseguir as provas. Por enquanto, ficaremos apenas de olho nele e nos amigos na escola.

Seline e Jesse disseram que as movimentações de Connor e Billy eram normais, sem suspeitas ou segredos. Perguntei se eles estavam com Aaron, mas elas negaram e os chamaram de delinquentes.

Passamos mais alguns minutos conversando sobre o assunto e tiramos algumas horas para praticarmos os feitiços.

Precisávamos aprender a controlá-los sem usar o grimório, pois já houveram várias situações em que não conseguimos usar os feitiços.

No dia seguinte, terça-feira, Seline insistiu para que fôssemos à escola mais cedo. Ela, Lucy e Alex haviam preparado algo que deixaria Natalie irritada, e juntos combinaram com o resto da escola.

— Demorei, mas cheguei.

Anunciei, vendo Seline, Lucy e Chris na entrada dos fundos. Jesse também não havia chegado e o sol nem tinha nascido ainda.

— Acho melhor entrarmos logo antes que alguém nos veja aqui. Os outros poderão entrar logo que chegarem. Não teremos tempo para arrumar tudo. — Disse Lucy na sua forma de criança, o que a tornava engraçada.

Seline empurrou a porta e esperou que entrássemos. Como Chris não enxergava, ela o ajudou a entrar depois de mim e da Lucy.
No porão, pegamos todas as caixas e começamos a colocá-las para fora, imaginando cada canto que aquilo estaria arrumado.

— Eu não acredito que estou colaborando com isso. Isso é loucura! — Falou Chris com receio, mas com uma gota de diversão na voz.

— Isso se chama viver a vida, querido. — Seline respondeu do alto de uma escadaria, enquanto colocava alguns balões e fitas coloridas.

— Alice, ligue os fios das músicas. Tente colocar com o máximo de som possível. — Lucy pedia, colocando as tintas presas em balões no teto.

— Sim senhora.

Fui até a parte de fiação da escola e abri minha maleta. Demorei alguns minutos para conectar o som nos alto-falantes da escola. Coloquei uma música popular para testar, e o som foi surpreendentemente alto.

Logo em seguida, Alex chegou acompanhado de Sharon, e não demorou muito para Jesse chegar também.

Eram quase seis e meia da manhã e já estava tudo pronto. Alguns já chegavam animados, mesmo estando tão cedo. Para animar, deixei tocando as músicas que Lucy pedia, mas num volume razoável. Aos poucos a escola lotava, mas aquela sonsa da Natalie ainda não havia chegado.

— Tomara que ela não nos dê suspensão. — Jesse falava ao meu lado, preocupada.

— O que é uma suspensão perto de uma omissão de assassinato? — Questionei naturalmente, fazendo Jesse me encarar surpresa.

— Alice? Você está bem? Tem certeza de que não é um metamorfo?

— Aprendi a aproveitar mais as pequenas coisas e a dividir a importância de cada uma delas. — Dei de ombros, de certa forma como Seline falaria.

— Que orgulho! — Falou como uma emoção falsa, e eu ri dela.

— PODEM ME EXPLICAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO NESTE LUGAR?

A voz repugnante da megera tentou passar pela música, mas quase ninguém a ouvia.

Seline pediu para Lucy abaixar um pouco a música, e então subiu em uma das mesas do refeitório, onde a maioria dos alunos estavam aglomerados.

— Seu reinado acabou, Natalie. — Falou com rancor e Natalie se aproximou furiosa. — Alex, por quê não vem me ajudar?

Alex se aproximou da mesa, olhando a cara de ódio da sua própria mãe, mas ele mesmo estava animado com tudo aquilo, como se tratasse de uma vingança pessoal.

— Estamos cansados das suas regras tolas que não mudam em nada! Impedir coisas bestas não fará com que o assassino desapareça do nada, e muito menos você! — Falou com a voz levemente embolada, então presumi que ele havia bebido.

— Alexander Butler, desça daí agora mesmo! — Ordenou com o rosto fervendo de raiva.

Ao redor, os alunos olhavam a situação quietos, apenas acompanhando toda a cena.

— E se não descer, vai fazer o que? Ir embora de novo como fez há alguns anos? — Alex a desafiou, e a mulher pareceu demonstrar certo receio e vergonha. — LIBERA A MÚSICA LUCYYYYY!

Novamente o som começou a tocar em uma música rápida e agitada, e os alunos começaram a se movimentar no rítmo dela. Gases coloridos e bastante tinta e confete haviam sido soltos por todo o lugar, sujando qualquer um que estivesse perto.

Litros de tinta verde neon foam jogados em cima de Natalie, que deu um grito frustrado e paralisou ao ver que gritar não adiantaria. Ela se virou e saiu correndo, e então a festa continuou.

— VITÓRIA NOSSAAAA!

Gritou Lucy se aproximando animada, e Jesse e eu rimos. Até que o plano de Seline e Alex deu certo, mas eu tinha certeza que eles dois aprontaram muito mais para infernizar Natalie.

Tudo estava indo bem, até as luzes e a música desligarem. Olhei receosa para Jesse, e todos ao redor começaram a sussurrar entre si. Será que havia acabado a energia?

— De novo não!

Torci para que não fosse o que eu estava pensando, mas era tarde demais.

Ouvi gritos do fundo do refeitório, e quando me aproximei, havia sangue espalhado pelo corredor fora do refeitório. Era um rastro, e seguindo-o, chegamos até o tumulto que se formou no auditório.

Pendurado por fios ligados aos transmissores, o corpo daquele garoto estava preso pelo pescoço. Ele havia sido enforcado, mas o mais assustador era que havia um enorme rasgado na sua barriga, onde saía suas tripas e muito sangue.

Os olhos do garoto estavam abertos e indicavam pavor. Ele havia sido torturado durante o tempo que estávamos distraídos com a rebelião no refeitório, e a música alta impediu de ouvirmos qualquer grito de socorro.

O assassino estava ali novamente, depois de meses sem assassinar ninguém. Com certeza aquela era a pior cena de morte possível, me dava vontade de vomitar ou gritar.

Tyler Wright havia falecido no dia nove de abril de mil novecentos e noventa e um, às sete e meia da manhã no colégio Everest High School.

E não foi uma morte de causas naturais. Ele havia sido cruelmente assassinado e estripado num lugar com mais de trezentas pessoas, e ninguém o ouviu.

Aquele seria mais um motivo para, mais que tudo, encontrar aquele maldito assassino de uma vez por todas.

Espero que tenham gostado. Vote no capítulo se você gostou e comente suas opiniões sobre o livro! Sz

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