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Capítulo 45: Pacto Com o Diabo

Saint Luna, 19 de março de 1991
Terça-feira - 12:23 A.M.

Hoje o dia havia sido longo. Pela primeira vez conseguimos usar feitiços simples e ideias juntos, e ainda conseguimos prender aquela criatura que Seline soltou acidentalmente.

Quando cheguei em casa, percebi que era dia de plantão da minha tia, então estava sozinha. Agora faltavam exatamente dois dias até o Ostará e eu ainda não fazia a mínima ideia de onde e nem de como seria. Esperava que Lucy nos ajudasse quanto a isso, já que ela fazia parte de tudo aquilo.

Antes de tudo, coloquei o jarro em uma parte da casa protegida por símbolos e ervas que minha tia guardava, em cima de uma estante. Depois, fui até o banheiro e tomei um banho demorado e quente para tirar as energias que aquele dia me deixou.
Subi para o meu quarto e troquei de roupa, colocando meu pijama roxo escuro com enfeites de luas e estrelas, por coincidência.

Me deitei na cama e segurei o grimório em minhas mãos. Ele era bem misterioso e cada frase era carregada por um enigma, algo que Lucy faria bem. Abri pelas primeiras páginas e reli seu segundo parágrafo, escrito por uma letra itálica e escura, mas com uma linguagem informal.

O ritual final levará ao brilho do sangue de um pecador, que cairá eternamente sobre quem os lê. — Recitei passando a ponta do dedo indicador sob a página.

Quase não conhecíamos esse mundo de magia, éramos novatas quanto a isso. Em dois meses já vivemos muita coisa, e uma delas quase matou a minha melhor amiga. Eu não estava pronta para perder ninguém que eu amo, então daria o meu melhor. Entraríamos no universo de um ser que estava tentando nos matar, mas não teríamos outra opção.

Qual era o objetivo disso tudo? Quais planos a deusa tríplice tem para nós? A cada dia que se passa, um parece mais lento que o outro. Eu tinha um sentimento de que coisas piores aconteceriam durante esse tempo, ainda enfrentaríamos mais mistérios e desgraças, mas no final tudo valeria à pena. Mas o custo disso seria caro? Acho que só saberemos se seguirmos em frente, enquanto isso, protegeremos a quem amamos, não importa o que aconteça.

Sem nem perceber, acabei adormecendo com o grimório em cima de mim e o abajur aceso.
Acordei com o coração disparado e com falta de ar, o que pareceram minutos dormindo e sem sonhar. Olhei para o relógio ao lado da cama e vi que ainda batia às quatro horas da manhã.

Quando olhei na direção da janela, vi um homem alto parado olhando na minha direção. Não dava para ver direito por estar muito escuro, mas percebi que ele vestia jeans e uma jaqueta com o estilo de motoqueiros.

— Olá, Jessica, ou como te chamam, Jesse. — Falou com a voz grossa e firme, dando ênfase no meu apelido.

— Quem é você? — Falei tentando controlar minha respiração, já sabendo sua resposta. Ele deu um passo à frente, dando para ver seu rosto na luz fraca que iluminava parte do quarto.

Seus olhos eram azuis gelo, haviam alguns poucos fios grisalhos no seu cabelo e sua barba era bem curta. Ele era de certa forma muito bonito, fácil de encantar qualquer mulher adulta que ele andasse por perto.

— Você sabe quem eu sou. — Afirmou de forma meio psicótica. — Não precisa ter medo, e nem precisa levantar e sair correndo. Você não vai conseguir.

— O que você quer, Lúcifer?

— Pode me chamar de Leifhel, para os íntimos. — Falou de forma sarcástica. — Enfim, eu só estou aqui por um motivo.

— Deixa eu adivinhar. — Falei com certo deboche na minha voz. — Acho que para tentar impedir minha tríade de assumir magia negra com uma fusão da magia wicca e acabar com seus planos e os de Stephen?

— Caramba, você é bem inteligente! — Falou animado e se sentou em uma cadeira no canto do quarto. — Mas na verdade não. Eu vim fazer uma proposta, e sabe, eu andei observando você durante esses dias.

— Proposta? — Me sentei na cama e o encarei confusa.

— Você está me vendo aqui em carne e osso, certo? — Perguntou e eu fiquei quieta, esperando para ver aonde isso ia nos levar. — Você e suas amigas nunca viram aquela deusa tríplice que vocês chamam de Hécate.

— Não a vimos, mas já sentimos e ela nos ajudou várias vezes! — Afirmei confiante. — Vai direto ao ponto.

— A magia que eu ofereço é muito maior do que daquelas bruxas que só sabem mexer com plantas e adorar uma deusa invisível. Eu posso oferecer muito mais, e você sabe disso. Você e suas amigas têm muito potencial para não saber usá-los.

De primeira, eu fiquei um pouco surpresa. Nunca imaginei que ele fosse fazer esse tipo de proposta, principalmente para mim. Por que ele não falou com Seline ou Alice? Por que resolveu invadir logo meu sono?

— Eu não entendo. — Sussurrei. — Você prejudica todos ao nosso redor, criou um assassino em série na minha escola e ainda dá ordens para Stephen nos matar sempre que nos vê. O que você quer com isso?

— Eu não criei um assassino em série na sua escola, querida. — Falou. — Ele teve seus motivos para fazer o que fez. Quando você souber, vai entender o lado dele. — Leif se levantou da cadeira e andou em direção da janela. — Quanto à Stephen, ele tem dívidas comigo. Mas, pode deixar que ele não vai mais incomodar você e nem suas amigas, mas isso apenas durante um tempo. Você tem quarenta e oito horas para pensar na minha proposta.

E então, eu acordei.

O despertador tocou tão alto que eu me assustei. Quando acordei, estava com dificuldades para respirar e com o coração acelerado. Então tudo aquilo havia sido um sonho?

Não, não foi um sonho!

Eu tinha certeza de que eu havia recebido a visita na noite passada, mas não necessariamente era pessoal.

Olhei pela janela aberta com a cortina balançando. O dia já havia clareado e o sol estava mais forte que ontem, com leves resquícios da chegada da primavera.

Desliguei o despertador que indicava seis horas da manhã. Levantei da cama e fui logo me arrumar para mais um dia naquela maravilhosa escola em que me enfiaram.

Tia Liz ainda não havia chegado, então fiz um café da manhã rápido e comi sem pressa. Depois, fui caminhando até o colégio enquanto meus pensamentos não saíam da proposta que Leifhel me ofereceu ontem.

— Não faz sentido. — Digo comigo mesma ainda confusa com a situação.

Stephen nos deixaria em paz durante esse tempo, mas pelo o que eu entendi, Stephen tinha uma dívida com Leifhel ou Lúcifer.

Pelo o que eu me lembro, Stephen era amigo da tia Liz, da Ellie e da Mariyah, e elas dizem que ele sentiu inveja dos seus poderes e correu para a magia negra, traindo-as. Mas, e se houver um outro lado da história de Stephen? E se ele foi obrigado a fazer isso sem escolha? E se ele não foi ameaçado e forçado por Lúcifer a cometer aqueles crimes e a tentar nos matar? Não havia explicação para isso tudo estar acontecendo, e era bem óbvio de que a única pessoa com quem devêssemos nos preocupar era Leifhel.

— Bom dia! — Cumprimentei Alice e Seline que estavam juntas na entrada.

Seline parecia cansada e Alice preocupada. Definitivamente o dia não estava bom para ninguém.

— Bom dia, Jesse. — Disse Alice. — Hoje teremos duas coisas para fazermos. A primeira é observarmos aqueles garotos que perseguem Dylan, a outra é irmos ao cemitério para abrir aquele santuário e descobrir o que tem lá dentro.

— Não podemos descansar nem por um dia? — Perguntou Seline levemente estressada. — Todos os dias gastamos horas com coisas da magia, investigação do assassino e mais enigma. Isso é cansativo não só para mim, com certeza!

— Ninguém descansaria para nos matar. — Afirmei e ela deu de ombros. — Mas se você quiser tirar o dia para descansar, tudo bem. Acho que é melhor para você.

— Muito obrigada! — Agradeceu, e logo em seguida, o sinal tocou.

— Até mais. — Me despedi delas e andei até minha primeira aula do dia.

Durante a metade do dia de aula, eu não havia visto Dylan nem nas aulas e nem pela escola, então supus que ele estava em casa ou internado, devido aos ferimentos de ontem.

As aulas eram entediantes, mas eu tinha que começar a prestar mais atenção para não repetir de ano. Semana que vem começarão as provas e eu até agora não consegui estudar nada. Talvez Alice pudesse me ajudar quanto a isso.

Não demorou muito para o sinal tocar indicando o intervalo. Guardei minhas coisas e saí da sala, caminhando até o refeitório. Notei que os garotos que bateram em Dylan ontem também não estavam lá, então provavelmente foram suspensos por um tempo.

— Alice? — Chamei ao ver a garota distraída pelo corredor.

— Ah, oi. — Falou e andou na minha direção. — Você viu Seline? Eu estava a procurando, mas não encontrei.

— Na verdade não, acabei de sair da sala de aula. — Falei. — Eu preciso contar uma coisa para você. Prefiro evitar esse assunto com Seline, já que ela parece meio cansada esses dias.

— Não tem muito tempo que ela perdeu o pai e nós ainda puxamos ela para as nossas missões malucas. Dá para entender o lado dela também.

— Sim. — Concordei com um longo suspiro. — Vamos para um lugar mais reservado.

— Para o jardim!

Acabou que eu não fui almoçar, mas Alice e eu andamos até o jardim e nos sentamos em um banco perto das árvores. Aquele era o lugar que quase ninguém da escola ia, e quem ia eram alguns casais para darem uns amassos escondidos.

— Então, o que você tem para contar? — Perguntou ansiosa.

Contei tudo o que havia acontecido na noite anterior, referente à visita de Leifhel. Ela pareceu um pouco chocada, principalmente na hora que contei sobre a proposta dele.

— Quarenta e oito horas que ele deu é o tempo até o Ostará. — Falou numa análise. — Ele falou que Hécate nunca apareceu para nós, então não devemos acreditar nela.

— Sim. — Concordei esperando ela continuar.

— Mas ontem minha tia me contou algo que se encaixa perfeitamente nesse diálogo. — Alice disse pensativa. — Quando houve a divisão entre as bruxas satânicas e as bruxas wicca, uma falava que a crença do outro era tudo mentira. Por exemplo, a cultura wicca diz que o diabo, o céu, anjos ou inferno não existem. Sendo que sabemos que existem.

— Então você quer dizer que Lúcifer só estava tentando me manipular para me fazer acreditar que Hécate não existe? — Perguntei. — Faz sentido.

— De qualquer forma, ainda teremos que obter a magia negra. Talvez se houvesse uma forma de fazer Lúcifer acreditar que aceitamos a proposta, e mesmo assim continuarmos como tríades da deusa tríplice...

— Não daria certo. — Afirmei e ela me olhou confusa. — Ele sabe cada passo que damos. Não seria fácil esconder algo assim de um ser como ele. Ainda temos aquela coisa que o grimório nos indicou, a chave dos dois mundos. Sem contar do labirinto da realidade, que temos que descobrir uma forma de entrarmos nele e irmos até o inferno.

— Acha que vamos conseguir o poder da magia negra indo até o inferno? — Questionou tentando entender aonde eu estava chegando. — Pode ser. Mas é muito perigoso.

— Tem outra alternativa?

— Na verdade não. — Falou se levantando do banco e eu levantei também. — Hoje mais tarde vamos visitar Dylan no hospital que eu descobri que ele está, depois vamos ao cemitério.

— Você é bem esperta. — Confessei ao me levantar e ouvi o sinal tocar para voltarmos à aula. — Nossa, o tempo passou e eu nem notei.

— Pois é, nunca temos noção do tempo. — Falou andando ao meu lado para dentro da escola. — Nos vemos mais tarde então.

— Tchau. — Me despedi de novo e andei para minha próxima aula.

Quando todos os alunos estavam na sala, a porta se abriu e um homem entrou na sala. Todos pararam de falar e voltaram a atenção para ele, que parecia bem neutro quanto aos olhares.

— Bom dia, crianças! — Disse colocando seu material em cima da mesa. — Eu passei um tempo fora por problemas familiares, mas agora estou de volta. Bem, vamos começar a aula.

Adam estava de volta, mais inteiro do que nunca. Talvez ele voltasse a ser um problema, mas não estávamos prontas para mais uma pedra no nosso caminho.

Espero que tenham gostado. Vote no capítulo se você gostou e comente suas opiniões sobre o livro! Sz

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