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Capítulo 13: Nora Está Louca

Saint Luna, 03 de Fevereiro de 1991
Domingo - 07:28 P.M.

Eu não sabia definir o que sentia nesse momento. Não conseguia compreender se era raiva, tristeza, angústia, desespero. Eu não queria que acontecesse nada com Crystal, e também me sentia mal pela minha leve discussão com Seline mais cedo.

"... ainda não há informações de onde a adolescente está e nem de quem foi o responsável pelo sequestro, mas todos esperamos encontrar o sequestrador e prendê-lo o mais rápido possível."

A notícia já estava espalhada por todo o país e foi chocante principalmente por ser um sequestro à luz do dia.
Ouvi alguém bater na porta e olhei minha tia, como pedido de consentimento para atender. Ela concordou e eu fui ver quem chamava na porta.

— Boa noite, sou o detetive Marcus e vim investigar o sequestro de Crystal Price. A senhora Sarah Price se encontra? — O homem mostrou o seu distintivo e eu dei espaço para ele entrar.

— Tia, tem um detetive querendo falar com a Sarah sobre o sequestro da Crystal. — Avisei antes do homem entrar. Minha tia se levantou do sofá em que estava sentada assistindo à notícia e foi recebê-lo.

— Boa noite, detetive! Entre e espere um instante que Jessica chamará a Sarah.

Ela me olhou como se tivesse dado uma ordem no qual eu entendi de primeira. Fui até o quarto de hóspedes em que Sarah estava e chamei na porta.

— Sarah! — Bati três vezes. — Tem um detetive lá embaixo querendo falar com você.

Sem muita demora, a mulher abriu a porta e agradeceu, logo descendo as escadas e indo de encontro ao detetive.

— Senhora Sarah? — Perguntou Marcus vendo-a descer e a mulher afirmou. — Sou o detetive Marcus, investigo os casos correntes de Saint Luna. Mesmo que haja possibilidades de Crystal já ter sido levada para fora da cidade, todas as autoridades da Califórnia já estão em busca da sua filha.

Ela pareceu não estar muito surpresa e nem mais tranquila, mas esperou que o detetive continuasse sua análise, então manteve-se calada esperando que o homem continuasse as perguntas.

— Havia alguém no momento em que Crystal Price foi sequestrada?

Tanto Sarah quanto minha tia Liz me olharam ao mesmo tempo. Cruzei os braços e o detetive virou seu olhar para minha direção, provavelmente esperando uma resposta.

— Eu estava com Crystal na hora do sequestro junto com outras duas amigas.

— E a senhorita poderia me dizer como tudo aconteceu?

— Eu não via Crystal há um ano e meio, então ela resolveu me visitar este final de semana. Combinei com minhas outras duas amigas, Seline e Alice, de levarmos Crystal para conhecer a cidade. Fomos até a praia e ficamos lá por um tempo, depois fomos em uma lanchonete próxima e pedimos nosso lanche, até Crystal se levantar e ir ao banheiro. Depois disso ela não voltou, mas também não a vimos sair.

— E por acaso você notou algo ou alguém de errado ou suspeito neste período de tempo?

Forcei minha memória tentando lembrar de alguma evidência. Sim, havia um homem na lanchonete nos encarando, tanto que quando Crystal desapareceu, ele sumiu da lanchonete também!

— Tinha um homem lá nos encarando. Ele era estranho, mas não o vi entrar no banheiro porque ele estava o tempo inteiro em pé um pouco mais a nossa frente e só foi embora depois que percebemos que Crystal não estava lá.

Eu queria poder falar sobre o que Alice descobriu, mas provavelmente estaríamos encrencadas se alguém, principalmente um detetive, descobrisse que fizemos algo contra a lei sem autorização de um responsável.

— Você se lembra como era esse homem? — Perguntou o detetive Marcus segurando seu bloquinho de anotações e uma caneta, anotando cada detalhe do que eu falava.

— Não, não consigo me lembrar.

Era verdade. Eu não conseguia me recordar da aparência física do homem, só lembro que ele estava lá, como se as memórias da sua fisionomia estivessem borradas ou com uma mancha preta na frente.

— Por enquanto é só isso. Se você se lembrar de algo mais, vá até a delegacia da cidade e me procure por lá. Obrigado!

Concordei com a cabeça e vi minha tia o acompanhar até a saída e voltar alguns segundos depois. Ela me encarou como se tentasse ler a minha mente, mas não falou absolutamente nada a respeito.

— Vamos jantar antes que fique mais tarde. Jesse, você pode arrumar a mesa?

Perguntou Sarah e eu confirmei. Fui até a cozinha e comecei a arrumar a mesa, dando três espaços para nós. Ela e minha tia tinham preparado o jantar, mas não estávamos com ânimo para comer.

— Jessica Whitmore, preciso falar com você. — Disse minha tia um pouco antes de nos sentarmos.

Quando seus responsáveis te chamam pelo nome completo e dizem que querem conversar, nunca é boa coisa. Penso, será que ela descobriu que eu e as meninas sabemos tudo?

Depois de jantarmos em silêncio, Sarah pediu licença e foi para o seu quarto dormir. Eu não podia imaginar as emoções de uma mãe com a filha sequestrada, sabe-se lá aonde e com quem. Subi para escovar os dentes e voltei para a sala onde minha tia estava. Ela parecia séria, o que me deixava mais receosa.

— Terminei. O que você quer conversar? — Perguntei me sentando ao seu lado no sofá.

— Jesse, por mais que você tente esconder de mim, eu já sei. Eu já tive sua idade. — Desviei o olhar, já sabendo no que aquilo ia levar. — Eu descobri quando tinha dezesseis, como você. Descobri ser a terceira fase no natal, a Deusa usou meu pai para me alertar.

O pai que ela falava, era meu avô. Fred já havia falado dele umas vezes, mas soube que morreu dois anos antes de eu chegar à família, diziam ser câncer no cérebro.

— O que quero dizer é que você ainda tem muito o que descobrir, coisas que te deixarão sem escolhas, sacrifícios e decisões importantes. — Ela puxou algo que estava do seu lado e me entregou, era o grimório. — Acho que isso te pertence agora, não só a você, mas a Seline e Alice também. Vocês não conseguem ler certas páginas porque deverão passar por espécies de provações e a cada evolução de vocês, uma determinada quantidade de páginas estará visível.

Peguei o grimório em minhas mãos e o encarei. Tanto esforço para minha tia saber de tudo? Eu não sabia se ficava surpresa ou agradecida, pelo menos eu não precisaria esconder mais nada de Elizabeth.

— Desde quando você sabia? — Perguntei analisando a mais velha e pude perceber a sombra de um sorriso.

— Desde quando você o abriu pela primeira vez, junto com suas amigas no porão. Quando começamos a seguir o grimório, acabamos criando uma ligação com ele, como se ele avisasse quem o abre ou não.

— Por que não falou antes?

— Porque eu sabia que você precisava aprender certas coisas sozinha. Espero que vocês consigam chegar na fase superior das bruxas e não cometam meu erro.

— Qual foi seu erro? — Eu já estava agoniada de tantas perguntas, mas sabia que não seria tão fácil assim para descobrir.

— Eu não posso falar, Jesse. Agora chega de perguntas e vai para cama agora.

Eu não ia perguntar mais nada, ela já me falou mais do que eu podia imaginar. Eu ainda tinha dúvidas mas, presumi que eu teria que respondê-las sozinha. Dei um abraço na minha tia, o que a surpreendeu, e subi para tomar banho e dormir. Amanhã será um longo dia.

Ao invés de ter uma boa noite de sono, eu tive pesadelos. Na verdade, foram como flashbacks ou memórias perdidas, de certa forma apagadas.
Eu estava de volta ao restaurante, no mesmo momento em que Crystal sumiu. Aquele homem no qual seu rosto era um borrão, estava lá novamente, a poucos metros na bancada de pedidos. Ele usava um terno social e óculos escuros, mesmo sendo fim de tarde. Era ele, o cara de quem Rita havia nos avisado, frente a frente nos observando de forma discreta, tanto que ninguém notou. Será que era só eu que o via ali? No sonho eu não conseguia gritar, nem mesmo avisar. Era inútil.
Mais uma vez eu me vi em outro lugar, numa situação que já havíamos passado. Estavam Seline, Alice e eu na concessionária olhando os arquivos no carro em que Crystal foi levada.

Stephen Gabes.

Era ele quem encontramos no arquivo. O dono do carro que morreu há quatro anos em um acidente de caminhão. Finalmente a imagem ficou clara no momento da lanchonete. Era ele e ele não havia morrido.

Saint Luna, 04 de Fevereiro de 1991
Segunda-feira - 05:47 A.M.

Acordei com a respiração ofegante e um peso no coração. As lembranças do sonho ainda estavam nítidas na minha cabeça, como se eu tivesse estudado elas por uma semana até gravá-las em perfeitos detalhes.
Eu sabia quem era o homem de terno. Era Stephen Gabes. Eu precisava avisar a Seline e Alice o mais rápido possível e poderíamos então ter uma chance de encontrar Crystal.

Eu me sentia estúpida, não deveria ter tentado resolver tudo sozinha na base do estresse. Eu não conseguiria encontrar Stephen sozinha, assim como Seline e Alice também não. Pela primeira vez eu entendia o porquê da Deusa nos unir. Precisávamos umas das outras para resolver esses quebra-cabeças juntas.

Na escola, o dia parecia demorar para passar a cada vez que eu olhava o relógio. Participei da aula de geografia e depois de química (com o Adam, para variar), mas minha mente estava flutuando. Eu não aguentava mais esperar sentada até que Crystal aparecesse magicamente, eu necessitava fazer algo agora mesmo.

Desde a hora que eu cheguei, não vi nem Alice e nem Seline. Eu precisava me desculpar com as duas e contar sobre o que aconteceu ontem. O sinal tocou indicando para irmos ao intervalo e eu peguei meu grimório, indo até o refeitório. Peguei uma bandeja e fui até a fila, colocando meu almoço e indo procurar um lugar para sentar. Passei meus olhos pelo lugar na expectativa de encontrar as meninas, mas eu não as vi lá.

Andei até uma mesa vazia e me sentei, começando a comer.

— Olá. — Ouvi uma voz feminina me chamar e por um momento pensei ser as meninas, mas notei que era outra pessoa que eu me lembrava de um tempo atrás. — Você é Jesse, amiga da Seline, não é?

— Sim. O que você quer, Nora? — Perguntei curta e direta, fazendo Nora tirar o sorrisinho do rosto.

— Sabe, eu queria me reconciliar com a Seline e até mesmo começar uma amizade com vocês, talvez.

Aquilo não me convenceu, foi como se eu soubesse que ela estava mentindo, até mesmo como se a minha sensibilidade estivesse ativada e eu sentisse sua verdadeira intenção.

— Você está mentindo! — Afirmei fazendo ela fazer um falso olhar de decepção.

— Eu jamais seria capaz de fazer isso, Jesse.

— Para você é Jessica. — Agora ela me olhava como se já estivesse cansada daquele show.

— Tudo bem, Jessica. Eu só quero dizer que eu sinto muito por semana passada, talvez possamos recomeçar com o pé direito.

De repente noto uma movimentação no refeitório, onde todas as garotas sussurravam entre si e olhavam para um determinado ponto. Havia um garoto entrando e se sentando numa mesa sozinho. Ele era bonito, alto e pareceria um típico atleta popular, se não fosse pela jaqueta preta de couro e pelo olhar que tentava não focar em nenhuma garota para que elas não surtassem. Resumindo, o cara parecia ter saído de uma gangue de motoqueiros que viajam pelo Missouri.

— Então você vai ter que falar diretamente com a Seline, porque seu problema não é comigo. — Depois de encarar fixamente o badboy entrando, Nora volta sua atenção para mim e lança mais um sorrisinho falso.

— Queridinha, acho que você não está me entendendo. Imagine só como você se sentiria sendo a abelha rainha por dois anos e sem problemas, até uma novata estrangeira chegar achando que pode fazer o que quer.

— Tudo bem, agora eu entendi. — Comecei a rir e Nora me encarou confusa. — Você está com inveja da novata estrangeira.

— Você não sabe o que está falando. Eu cansei de tentar bancar a boazinha, sei que você não vai cair nesse truque. Tudo bem, mas você não vai impedir uma pobre garota de tentar manter seu título.

Agora eu entendia o que estava acontecendo. Percebi quatro amigas de Nora saindo do refeitório e Nora me olhando com um olhar como se "já tivesse vencido".

— Isso só está começando.

Afirmou, começando a rir e notando o badboy saindo do refeitório também. Será que ele fazia parte daquele jogo psicótico de Nora, ou era apenas coincidência ele sair do refeitório segundos depois do grupinho rosa?
Tentei levantar, mas Nora segurou meu pulso com força, impedindo que eu fosse a qualquer lugar.

Elas pretendiam se vingar de Seline, e seria da pior forma possível.

Espero que tenham gostado. Vote no capítulo se você gostou e comente suas opiniões sobre o livro! Sz

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