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🌞 Capítulo 8 🌞

Escrito por: amorices


Naquele momento, era como se minha mente tivesse esquecido toda a atmosfera dos arredores. O medo dos lobos fora substituído por uma sensação que eu não consegui discernir. Tinha muito a ver com não poder ser dito em palavras por conta do nó que se formava em minha garganta e pelas várias voltas que meu estômago continuava dando dentro de mim.

Infelizmente, não consegui me sentir emocionada com sua proposta ou empolgada com a ideia de tê-lo mais do que deveria. Na verdade, aquela pergunta deu vida às lembranças que até então se mantiveram bem trancafiadas dentro do meu eu que tentava ficar bem.

Taehyung continuou a me encarar com seu semblante levemente ansioso e eu sequer pude esconder meu desconforto. Sabia perfeitamente dos meus sentimentos por ele, mas sua proposta fez com que eu me lembrasse do meu noivado que se findou tão de repente e sem meu consentimento. Meu coração ainda doía com os questionamentos inexplicáveis.

- Sua reação não foi a que eu imaginei... - Ele sussurrou baixinho, deixando seu sorriso harmônico se desfazer aos poucos.

- Eu... - gaguejei um pouco e limpei a garganta, fugindo do seu olhar - não sei o que dizer... Não estava esperando por isso, sabe?

Ele acenou lentamente, como se estivesse compreendendo que eu procurava me desvencilhar, que algo me desprendeu bruscamente do seu afago. Mas tive medo que ele entendesse errado, que minha resposta saísse distorcida, como era previsto.

- Não estou dizendo que não quero... - Apressei-me a dizer, mas seus olhos continuavam a me analisar, a me estudar como se eu fosse um experimento dando maus resultados.

- E você quer? - Perguntou firmemente - Seja sincera, Na Ri.

Foi estranho quando meus olhos começaram a verter lágrimas incoerentes enquanto eu gaguejava sem conseguir me expressar direito. O que se passava em minha mente soaria agressivo e ao mesmo tempo defensivo demais para que eu pudesse pronunciar.

- Por que está chorando? - Sua voz era um sussurro magoado.

Tentei falar, mas foi em vão. Meu medo de magoá-lo se chocava com meu receio de me magoar novamente.

- Me desculpa! - Consegui dizer por trás do choro inoportuno.

Taehyung se aproximou e enxugou o meu rosto com as mangas de sua camisa de flanela, o que me fez querer chorar mais ainda, porque ele era tão terno e caloroso. Eu não poderia ser sincera com ele.

- Você não quer morar comigo, eu entendi. - Disse limpando até as lágrimas acumuladas debaixo do meu queixo - Não precisa chorar por isso.

- Tae, não é nada com você... Você é maravilhoso e eu não menti sobre meus sentimentos... É só que eu não sei se consigo... - Abaixei a cabeça com os olhos fechados, me sentindo péssima por não conseguir explicar o que estava acontecendo.

- Tudo bem. - Ele me calou com aquelas simples palavras que soaram tão distantes - Acho que me precipitei um pouco. Esqueça o que eu disse, ok?

Neguei com a cabeça querendo que ele entendesse o que eu não conseguia.

- Melhor você ir deitar, deve estar cansada. - Disse, afastando-se de mim - Eu ficarei aqui na sala. Não precisa se preocupar. Boa noite, Na Ri.

Sem saber como consertar minha reação estúpida, caminhei até o quarto e me martirizei até pegar no sono, sonhando por vezes que Taehyung apareceria ali para me fazer companhia e eu poderia dizer-lhe tudo que me doía por dentro. Contaria sobre o fiasco do noivado que tive e todos os traumas que se enraizaram em mim sem que eu percebesse. Diria que eu tentaria arrancar as ervas daninhas e prepararia o terreno para que nosso sentimento crescesse bonito e sadio.

Mas ele não veio e eu transitei a noite toda entre o sono, o limbo e a realidade. Sonhei lembranças dos tempos em que namorei e noivei com Dong Yul; da época em que vivi a vida que planejei por tanto tempo. Quando tudo mudou, pareci incapaz de sobreviver. Quando o amor de Taehyung tentou fincar raízes mais profundas, pareci incapaz de oferecer um solo fértil.

A verdade é que eu continuava uma verdadeira bagunça por dentro.

Despertei quando o sol começou a bater nos vidros da janela. Levantei, tropeçando em meus pés, querendo que tudo não tivesse passado de um sonho ruim, querendo encontrar Taehyung ali, a minha espera. No entanto, eu estava sozinha em casa e era muito egoísmo esperar por sua presença.

Havia um bilhete na bancada da cozinha.

Chequei novamente os rastros do animal que invadiu sua casa e era apenas um guaxinim, isso explica sua horta destruída e o lixo revirado. Mas as cercas serão ajustadas ainda hoje.

Ah, o que eu disse ontem... Vamos fingir que não aconteceu.

Taehyung

***

Alguns primos mais velhos de Taehyung vieram ajustar as cercas, reforçando o arame farpado e rindo por termos achado que eram lobos. Sorri gentilmente e ofereci refrescos ao fim do trabalho, mas não pude deixar de pensar que eu me sentiria mais confortável se Taehyung tivesse ido junto com eles, o que me dizia que eu o tinha magoado.

E eu contei os dias que ele não apareceu, e os dias em que não tive coragem de procurá-lo.

Os guaxinins não voltaram de novo, mas eu ainda só conseguia adormecer quando o primeiro galo cantava distante e qualquer ruído noturno ainda me tremia por inteira. O verão que se apresentara caloroso, tinha agora um tom ardido e sufocante. Parecia que eu havia voltado ao inverno congelante, agora me queimando por dentro e por fora.

Tive tempo de pensar em tudo que aconteceu e sentir a falta dele vezes mais do que era permitido sentir saudades para uma pessoa só. Contudo, foi em sua ausência que eu pude revirar as minhas memórias doloridas e intocadas, além de me dar conta que minhas economias não me manteriam até o inverno, mesmo que a família Kim continuasse mandando mantimentos, trazidos agora somente por Chae Rin, o que me deixava ainda mais magoada.

Dong Yul não aparecera como meus pais disseram, o que me deixou muito aliviada. Não sabia se ao olhar para sua cara eu o estapearia ou se entraria em transe. Os acontecimentos distantes eram o que mais me atormentavam.

- Você e meu irmão terminaram? - Chae Rin perguntou em uma de suas visitas matinais.

Não soube como responder, mas não pensava que era realmente um término. Sabia que Taehyung estava magoado, só não sabia como alcançá-lo novamente. Conquistar seu interesse de início tinha sido tão delicado e sutil e eu não sentia que poderia ir até ele e dizer que agora eu queria e antes não. Não seria justo com ele.

- Vocês dois demoraram de responder. - Ela constatou com uma careta e continuou a descascar a manga em suas mãos.

- O que ele respondeu? - Perguntei receosa.

Chae Rin pareceu pensar um pouco. - Ele disse que você precisava resolver umas coisas consigo mesma e que eu entenderia quando fosse adulta.

Recostei-me ao batente da porta e suspirei. Ele soube explicar o que nem eu mesma compreendi.

- Foi isso mesmo? - A garota insistiu, oferecendo-me um pedaço da fruta - Ou você cansou dele?

- Impossível alguém se cansar do Taehyung. - Sussurrei, dispersa.

- Eu me canso todos os dias. - Ela deu um risinho matreiro - Mas as férias de verão estão acabando e ele tem ficado muito no pomar e nas plantações, mal estou vendo-o.

Mais um pedacinho do meu coração se partiu. E outro se partiu também ao imaginar como Taehyung deveria estar se sentindo.

- Pelo menos a professora chata de biologia se aposentou! - Chae Rin continuou dizendo e comemorando - Terei muitas aulas vagas até que encontrem uma substituta.

- Estão precisando de uma professora de biologia na sua escola? - Perguntei, sentindo meu coração se aquecer com a ideia de um salário entrando em minha conta todo mês.

A garota acenou tranquilamente.

- A diretora deve estar subindo pelas paredes, porque ninguém de fora quer vir trabalhar aqui. - E riu mais ainda - Ainda bem!

Não pensei duas vezes naquela possibilidade. Pedi urgentemente o endereço da escola à Chae Rin, que se ofereceu para me levar até lá, mas só até a porta, porque ela não queria passar o resto das férias ali.

A diretora Choi quase chorou de felicidade quando apresentei meu currículo e me mostrei interessada no cargo.

- Serão 40h semanais. Você terá de assumir as disciplinas de Biologia e Química. - Ela me avisou como se aquilo fosse me dissuadir da oportunidade - Fundamental II e ensino médio.

Eu tinha ensinado apenas algumas vezes quando consegui um estágio, mas minha formação era voltada para a área de pesquisa. No entanto, ela não pareceu preocupada com aquilo.

- Se ainda quiser, a vaga é sua. - Disse-me - É uma escola pública esquecida pelo governo, então quase não abrem concursos para cá. O professor de Geografia dá aula de Educação Física e de História, para você ter uma noção.

- Eu quero. - Respondi com confiança e me senti útil quando assinei o contrato e recebi mais informações sobre o início das aulas e conheci a escola.

Voltei para casa sozinha, animada com a ideia de voltar a estudar para ministrar as aulas. Procuraria mais materiais e poderia fazer alguns experimentos químicos simples que aprendi. Os alunos se sentiriam intrigados. Minha mente já estava traçando várias possibilidades e eu quis correr até Taehyung para contar a novidade a ele, mas parei em frente a minha casa, observando um cachorro com coleira em minha varanda.

Me aproximei, estalando os dedos e ele prontamente abanou o rabinho. Seu pêlo preto e curto era como camurça.

- Está perdido? - O animalzinho que não deveria ter mais de cinco meses, mostrou-me a barriga para que eu alisasse e eu percebi que se tratava de uma fêmea - Ops, está perdida, mocinha?

Olhei em volta enquanto ela lambia minha mão, até que encontrei um bilhete no assoalho preso por uma pedra.

O nome dela é Shik e vai cuidar da sua plantação contra os guaxinins e te fazer companhia. É só uma vira-lata, mas é a mais esperta e corajosa dos filhotes daqui. Cuide dela e ela cuidará de você.

Fique bem, Na Ri.

Taehyung

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