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❄ Capítulo 1 ❄

Escrito por: Apenas_Kaari

PARTE I - INVERNO

Me debulhei em lágrimas assim que larguei as malas sobre o assoalho de madeira. Era o fim. Tinha ido para lá visando o final trágico e deprimente da minha vida.

Vovó morava numa pequena aldeia rural na província de Gyeongsang do Sul, mas ela não estava mais lá. Não havia sinal de vida humana naquela casa velha, só havia sobrado o cheiro de mofo, poeira, e curtas lembranças da minha infância.

Quando me levantei do chão vi o quanto meu casaco branco estava sujo, e não havia um cantinho sequer limpo naquele lugar. Também não quis limpar. Acabei apenas me encostando num canto qualquer e cobri o nariz com a manga do casaco. A neve caindo do lado de fora não me ajudava a pensar em outra coisa, senão meu fim.

Eu iria morrer de frio, de fome, e quem sabe intoxicada com aquela sujeira. Faria parte da casa como material em decomposição, e adeus.

A noite caiu, e embora eu não tivesse muita noção do tempo, eu vi a escuridão me engolir. Meu estômago roncou para me fazer companhia e lembrar que eu ainda estava viva. Meus dedos já estavam congelando pelo ar frio que entrava pela porta, a qual larguei aberta sem motivo nenhum.

— Eu disse que vi um carro. — Ouvi uma feminina e rouca voz do lado de fora. Ergui minha cabeça, e mesmo querendo não ser curiosa, aquilo me chamou atenção. — Deve ser algum dos filhos da Srª Oh.

— Não parece ter alguém em casa. — Outra pessoa disse, parecia um homem.

— Vou só dar uma espiadela.

— Vovó!

Eu me assustei com o vulto que se aproximou e sem querer soltei um grito. Escondi meus olhos e continuei tremendo sem saber o que estava acontecendo. Havia luz de repente e deixei escapar um olho para ver o que estava acontecendo.

— Oh, te assustei? — Alguém se aproximou. — Me desculpe. Mas você vai congelar se não acender a chaminé.

Depois de escutar melhor a voz rouca, me toquei que era uma senhora e descobri meu rosto encontrando um sorriso. Ela estava agachada ao meu lado, completamente agasalhada e havia um lenço amarrado em sua cabeça.

— Você é jovem. — Ela disse parecendo admirada quando revelei meu rosto. — Deve então ser a querida neta da Hye Ri. Sua avó vivia falando de você.

— O-Oi. — Gaguejei me sentindo desconfortável.

— Por que está aqui sozinha? — Ela continuou perguntando e achei estranho, porque a segunda pessoa não havia entrado também.

— Eu vim passar um tempo. — Murmurei.

— Em pleno inverno? — Elevou a voz. — Não há nada nessa casa, e o mercado fica a horas daqui. Vai morrer de fome e frio até amanhã.

Levantei me sentindo sufocada e passei as mãos pelo meu casaco espalhando ainda mais a sujeira. A luz vinha de uma lanterna, que estava na mão da senhora.

— Quem é você? — Perguntei olhando de cima.

A senhora gemeu em se levantar e riu um pouco da situação. — Sou a vizinha. A nossa propriedade fica bem ao lado. Sou a Kim Tae Hee, mas pode me chamar de vovó Kim.

— Aaaah. — Murmurei olhando em volta.

— Você é a Na Ri, certo? Não se lembra de mim? — Ela se aproximou com os olhos arregalados e meneei com a cabeça. Eu me lembrava de poucas coisas. — Hye Ri gostaria de ver você, é uma pena que tenha vindo tão tarde.

— É... — Desviei o olhar. — Eu vim tarde demais.

Me assustei sem querer quando ela tocou meu ombro, mas apenas recebi outro sorriso.

Eu me lembrava pouco da minha avó, havia a visitado poucas vezes, e ela se foi de repente. Apesar de ter sido uma neta displicente, ela deixou a casa para mim, e lá foi o único lugar que sobrou para eu me esconder.

— Você está com fome? — Ela perguntou.

— Na verdade, estou sim. — Assenti envergonhada.

A senhora pareceu se animar de repente, e sem querer fiz uma careta sem entender seus gestos exagerados. Mamãe vivia dizendo que não gostava do campo, que as pessoas eram mal educadas e barulhentas.

Gritei sem querer quando as luzes se acenderam de repente. A casa parecia cinza, coberta de pó.

— Está tudo bem. — Ela disse rindo de mim. — Meu neto deve ter ligado os disjuntores.

Recuei ainda assustada quando alguém surgiu na porta, batendo os pés no chão, como se tivesse tirando a neve dos sapatos. Era um homem, que sorriu assim que olhou para dentro. Não, talvez apenas um garoto bem alto de ombros largos. Quando enxerguei seu rosto rapidamente tive a impressão de ver uma criança.

— É o Taehyung. — A Srª Kim disse. — Meu neto. Eu disse Tae, a Na Ri está de volta.

— Ohhh! — O rapaz sorriu me encarando. — Oi! — Ele tirou a luva e me ofereceu a mão, sorridente.

Apertei sua mão, e me assustei quando percebi o quão fria a minha estava.

— Acho que vou pegar alguma madeira para acender a chaminé. — Ele disse. — É uma casa velha, não tem aquecedor.

— A casa está muito suja para ela ficar aqui. — A senhora disse parecendo decidida. — Passe uma noite com a gente.

— Não! — Me apressei em dizer, até porque a senhora já estava me empurrando para fora. — Amanhã eu resolvo o que precisa ser resolvido, e apenas ficarei por aqui.

Os dois se entreolharam parecendo preocupados, mas nem morta que eu iria passar a noite na casa de estranhos. Já era demais para mim estar vivendo aquela aventura num lugar que eu nem gostava.

— Te ajudamos a limpar tudo amanhã. — Ela insistiu. — Vai ficar doente se ficar mais tempo aqui.

— Não. — Respondi trêmula. — Agradeço a gentileza, mas agradeceria ainda mais se me deixassem sozinha.

Desviei o olhar do rosto da idosa e caminhei para longe deles. Apesar de estar com fome e com frio, eu não queria pessoas perto de mim.

— Tudo bem. — Ela disse. — Vamos ao menos acender a chaminé, ou você vai acordar um cubo de gelo amanhã.

Antes que eu negasse a gentileza novamente, eles começaram a se movimentar e saíram. Soltei um suspiro de alívio, o que veio acompanhado de uma tosse.

Ousei caminhar um pouco entre os poucos cômodos. Era uma casa pequena e velha. Uma sala, uma cozinha, dois quartos e um banheiro. Grande parte da propriedade era a horta da vovó, que naquela altura já devia estar completamente morta e destruída, pelo tempo e pela neve. A casa não tinha mais nenhum pertence, além de alguns armários velhos, que não me senti tentada a vasculhar.

Voltei para a sala quando ouvi o som de algo batendo no chão e me deparei com Taehyung limpando seus pés da neve outra vez, dessa vez segurando alguns tocos de madeira. Ele sorriu um pouco quando me viu, antes de entrar na casa e passar por mim pela passagem apertada. O segui até a cozinha, onde ele jogou as madeiras na chaminé.

— Aqui está tão frio quanto lá fora. — Disse ofegando. — Você não está sentindo?

— Não sei. — Murmurei apenas observando.

Ele começou a acender o fogo e sem pensar me encostei quando senti o calor. Meu corpo relaxou e meu suspiro veio simples. Continuei com as mãos erguidas, para absorver o calor.

— Acho que estava sentindo. — Ele comentou agachado ao meu lado.

Olhei rapidamente para seu rosto, e mudei de ideia quanto à criança que pensei ter visto mais cedo. Ele tinha um rosto bonito, com maxilar desenhado e um olhar intenso, apesar de os cabelos negros e lisos estarem escorridos sobre sua testa cobrindo um pouco dos seus olhos grandes.

— Obrigada. — Sussurrei sem saber o que mais dizer.

— Tem certeza que prefere ficar aqui sozinha?

— Sim, por favor. — Assenti com a cabeça.

Taehyung me encarou por alguns segundos, e apesar de duvidoso, concordou com um breve sorriso e levantou-se. Ele tinha um sorriso único, começando pelo formato interessante de seus lábios.

— A gente ainda mora na propriedade ao lado, não é tão longe. — Ele disse me olhando de cima e anuí em silêncio. — Foi bom te ver.

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