QUINZE
Já se passava das 8hs quando Débora acordou, naquele dia ela desmarcou todas as suas consultas a fim de passar o dia com Leandro e descansar depois dos últimos acontecimentos. A mulher fitou o teto enquanto pensava na última visita que ela e o marido fizeram ao médico, ainda não havia conversado com o rapaz sobre o resultado e o que eles iriam fazer a partir dali, e o medo de tudo o que viria ainda se apossava do seu ser.
Débora suspirou alto tentando afastar para longe as suas preocupações e tateou o espaço ao seu lado percebendo que estava vazio, ela então se levantou da sua cama bagunçada e caminhou devagar até o banheiro para fazer suas higienes matinais.
Depois de tomar o seu banho, Débora pegou a toalha que estava pendurada no gancho perto do box e começou a enxugar o seu corpo enquanto retornava para o quarto, ela logo estendeu o tecido molhado no varal improvisado perto da janela e pegou uma roupa limpa no cabide a vestindo em seguida, e antes de sair atrás do marido, ela arrumou a cama e abriu as cortinas e as janelas permitindo que o sol e o ar fresco entrassem no local.
A irmã de Daniela seguiu até a cozinha e logo sentiu o cheiro do café invadir o ambiente, Leandro estava parado na pia enquanto despejava o liquido quente na garrafa térmica, mas ele rapidamente percebeu a presença da esposa e sentiu ela lhe dar um beijo nas costas.
— Bom dia, meu amor. — Débora o cumprimentou e logo ouviu o marido lhe saudar de volta.
Leandro terminou de coar o café e rapidamente lavou a garrafa para retirar o liquido preto que havia derramado, ele então levou o objeto para a mesa já posta com pães, margarina e queijo, e antes do rapaz se posicionar à mesa, ele foi até a sua esposa e lhe deu um beijo carinhoso nos lábios.
O casal iniciou o seu desjejum enquanto conversavam amenidades falando sobre os últimos acontecimentos que rondavam o grupo de amigos, mas mesmo com tudo o que estava acontecendo, eles ainda sabiam que precisavam conversar sobre o futuro dos dois e que não precisavam mais adiar.
Os dois terminaram de tomar o café, e depois de lavar as louças e deixar a cozinha limpa, o casal seguiu até a varanda em silêncio, o dia estava quente com poucas nuvens no céu, Leandro logo retornou para a cozinha e foi até a geladeira para pegar cubos de gelo preparados com morango, hortelã e suco de laranja, ele então os despejou em uma jarra de vidro junto com água gaseificada, refrigerante de limão e bastante gelo.
O rapaz logo retornou para a varanda segurando a bandeja e ofereceu a bebida para a esposa que aceitou de bom grado, Leandro lhe deu a taça cheia e se sentou ao seu lado cortando aquela quietude e perguntou aquilo que estava preso na sua garganta e que ele estava adiando desde o dia em que os dois descobriram o resultado dos exames.
— Meu bem, o que nós vamos fazer? Acho que já está na hora de falarmos sobre o que está acontecendo.
— Não sei, eu definitivamente não sei. — Débora tomou um gole do seu drink enquanto sentia o rapaz acariciar os seus pés que estavam sobre as pernas dele. — A gente pode continuar tentando, mas sabemos que as chances de conseguirmos é quase zero.
— Eu não me imaginaria fazendo isso, mas podemos tentar a fertilização in vitro.
— Mas é tão caro, fora que tem a chance de não dar certo.
— É, é caro mesmo, mas podemos tentar, eu sei que você quer sentir a gravidez, sem falar que você deve ficar a coisa mais linda com a barriga grande gerando uma vida.
Débora sorriu com o comentário do marido sabendo que ele estava certo, o seu maior sonho era gerar um filho e sentir todas as fases da gravidez. Sem perceber, ela colocou a mão na barriga e imaginou como seria se ela ficasse grávida.
— Eu ia ficar linda, mesmo, não é!?
— Muito. — O rapaz abriu um sorriso. — Então, quer tentar?
— Tem certeza, Leco?
— Tenho, podemos tentar. Vamos ter um filho, só nosso.
Débora colocou a taça em cima da mesinha de centro e saiu de onde estava sentada indo até o marido para lhe dar um beijo carinhoso, o rapaz a pegou no colo e levou seus lábios até o pescoço da esposa para beijá-lo fazendo ela se arrepiar com o gesto.
Ela logo se soltou e virou o seu corpo continuando sentada no colo do marido enquanto voltava a conversar com ele sobre o procedimento que iriam realizar para que os dois pudessem ter o filho que tanto queriam, e com um sorriso no rosto, Débora sentiu que tudo daria certo para o casal.
🍀
Cássio parou o seu carro no grande estacionamento do hospital em que Flávia continuava internada, o rapaz suspirou alto antes de sair do automóvel se preparando psicologicamente para realizar a visita diária para a namorada.
O rapaz passou as mãos no rosto tentando colocar para fora toda a preocupação que estava no seu coração, e pegou o seu telefone móvel que estava no banco ao seu lado para depois sair do carro e ir para o interior do hospital, mas antes que ele adentrasse no local, ele sentiu o celular vibrar na sua mão e atendeu ainda na porta do grande estabelecimento.
Do outro lado, o rapaz ouviu uma voz feminina lhe avisando que Flávia teve uma piora e ele correu em direção à recepção sem encerrar a ligação à procura de informações da namorada, ele então parou em frente ao balcão e perguntou para a mulher ali no local o que havia acontecido com a loira e se poderia entrar para vê-la.
— Calma, senhor. — A morena pediu enquanto interfonava para alguém e ficou calada por alguns segundos ouvindo a voz do outro lado falar, e instantes depois ela encerrou a ligação. — Ela está no meio de uma cirurgia de emergência, infelizmente você não pode entrar agora, mas é só aguardar ali no corredor que o médico irá lhe passar todas as informações quando ele retornar.
Cássio não viu outra saída a não ser esperar, ele então seguiu até uma daquelas cadeiras desconfortáveis e se sentou para que pudesse aguardar o doutor voltar, e mais de uma hora depois, ele já não estava mais aguentando esperar.
O rapaz se levantou da cadeira e caminhou cada vez mais aflito pelo corredor, o horário de visitas já havia acabado, e os visitantes daqueles pacientes internados já saíam da UTI colocando os equipamentos de proteção na lixeira, mas nada do médico aparecer para lhe dizer o que estava acontecendo.
Cássio sentiu o seu celular vibrar no bolso da sua calça e viu o nome do seu irmão na tela, ele então atendeu a ligação e falou com Caio por alguns minutos, mas ele logo viu um homem alto saindo de dentro da sala cirúrgica enquanto retirava um grande jaleco descartável e o jogava na lixeira, e o rapaz rapidamente se despediu do irmão e encerrou a chamada indo em direção ao médico.
— Oi, boa tarde. Me dê notícias da Flávia Moreira, por favor.
— Você é? — O médico perguntou com uma expressão cansada.
— Cássio, sou namorado dela.
— Então, foi bem delicado o caso dela, o coágulo no cérebro da Flávia foi rompido e foi preciso fazer uma cirurgia de emergência, foi complicado conter a hemorragia, mas nós conseguimos e agora ela tá bem, tá descansando e em observação.
— Ela vai ficar bem? — Cássio perguntou com aflição.
— Vai sim, ela só precisa ficar sendo monitorada, mas o quadro dela já está estável.
— Ah, que bom. — O rapaz suspirou aliviado, e pediu em seguida. — Posso ver ela?
O doutor, por um momento, iria avisar que o horário de visitas já havia encerrado, mas ao ver a aflição e o medo presente no rosto de Cássio, ele mudou de ideia, afinal, aquela paciente que ele salvou a vida naquela tarde era o amor da vida de alguém.
— O horário de visitas acabou, mas eu vou permitir que você entre, mas só dez minutos, pode ser?
— Pode sim, obrigado.
O homem sorriu e logo entregou os equipamentos de proteção para Cássio que os vestiu rapidamente, o moreno agradeceu mais uma vez e adentrou na UTI avistando Flávia deitada em um leito perto da parede, ele então se aproximou da loira e a viu com os olhos fechados e com vários fios conectados no seu corpo.
— Oi, meu amor. — Ele cumprimentou a namorada pegando na sua mão gelada. — Sou eu, o Cássio. Você consegue me ouvir?
Flávia não esboçou nenhuma reação, mas o rapaz imaginou que ela estava dormindo depois de uma cirurgia tão demorada, ainda assim ele continuou a conversar com a loira mesmo que ela não fosse responder, só conseguia agradecer por sua namorada estar viva.
🍀
Já era noite quando Débora se arrumava em frente ao grande espelho que havia no seu quarto, Daniela estava ao seu lado e terminava um penteado simples nos seus cabelos cacheados, pois naquele dia as amigas se encontrariam em um restaurante bastante movimentado da cidade.
As irmãs conversavam enquanto terminavam de se arrumar, e Débora contava sobre o resultado dos exames bem como a decisão do casal em realizar a fertilização in vitro.
— Tem certeza que vocês querem isso, mesmo? — Daniela perguntou depois de finalizar o seu penteado. — Você sabe que eu te apoio em tudo, mas não faça nada que se arrependa depois.
— Queremos, se for a única maneira de engravidar, nós vamos tentar. Meu sonho sempre foi engravidar e gerar uma vida dentro de mim, preparar o enxoval, fazer o pré-natal tudo certinho, sentir o bebê mexendo, sentir o parto, tudo pra ter meu filho nos braços.
— Você ficaria tão linda grávida, já tô imaginando você de barrigão.
— Eu ficaria, né!? — Débora perguntou virando o seu corpo de lado em frente ao espelho ao se imaginar com a barriga de grávida.
— E ficaria mais convencida, ainda. — A mais nova brincou e logo sentiu a irmã lhe dar um tapa no ombro.
A conversa das irmãs foi interrompida pelo barulho do celular tocando, e Débora logo pegou o aparelho e viu o nome da amiga na tela, ela então atendeu a ligação e falou com Isabella por alguns segundos a ouvindo avisar que já estava do lado de fora junto com Juliana, e que as duas já estavam esperando por elas, a mulher logo encerrou o telefonema e chamou pela irmã que a acompanhou até a saída. As duas seguiram até o quintal atrás de Leandro e logo o encontrou parado perto da pia.
— Já estamos indo. — Débora avisou indo até o marido para lhe dar um selar nos lábios.
— Não querem mesmo que eu leve vocês? — O rapaz perguntou e viu a esposa negar com a cabeça.
— Não, a Isa veio nos buscar.
— Tomem cuidado, qualquer coisa liga pra mim. — Leandro pediu e recebeu mais um beijo.
As irmãs logo se despediram do rapaz e seguiram até a saída, Débora abriu o portão e avistou o carro da cunhada parado na calçada, e depois de fechar a casa, elas adentraram no veículo e cumprimentaram as duas amigas ali presentes, e começaram a conversar animadamente não demorando muito para que elas chegassem no restaurante.
O lugar era uma casa de dois pavimentos feita com colunas de madeiras e coberta com telhas revestidas por palhas, todo o seu redor era feito com um vidro bem resistente e bem na entrada havia uma pequena varanda também com colunas de madeiras e arbustos à sua volta.
O grupo de amigas seguiu para o andar de cima e foram para a mesa que elas haviam reservado para aquela noite, o garçom logo se aproximou delas com o cardápio na mão e entregou para elas que analisaram as opções por alguns minutos, e depois de escolherem o que iriam comer e o beber, o rapaz saiu em direção à cozinha com os pedidos anotados.
— Então, como anda a vida de vocês? — Isabella perguntou com curiosidade. — Quero saber das fofocas.
— A minha tá parada. — Juliana avisou dando um suspiro. — Tô esperando a compra da casa dar certo pra eu poder me mudar.
— E o trabalho?
— A compra da clínica deu certo, fiz negócio com o meu colega e na segunda eu já começo a trabalhar.
— Falta só cuidar do coração, né!? — Isa brincou com a amiga que fez um bico.
— Ainda tá na do Alex, Ju? — Daniela questionou.
— Sim, mas eu não vou atrás dele. — Juliana apontou para a ruiva. — Essa doida que quer que o irmão acabe com o casamento dele pra ficar comigo.
— Eu não, eu só quero que você não desista do amor. E se ele te amar de verdade e tiver em um casamento ruim?
— Não acho que o casamento dele seja ruim. — Foi a vez de Débora comentar. — Nunca vi ele e a Renata em crise, sempre pareceram ser um casal feliz.
— Sim! Foi o que eu falei pra Isa. — Juliana avisou e ouviu a mais velha terminar de falar.
— O que eu acho é que depois que ele te reencontrou o amor reacendeu e pode ter falado mais alto que o amor que ele sente pela Renata, ou seja, ele pode estar bem dividido entre vocês duas.
— Não quero me meter nisso, por isso eu decidi me afastar dele, e eu peço que me ajudem, viu, dona Isa?
Isabella concordou com a amiga, mas antes de falar algo, elas viram o garçom se aproximar com as bebidas que cada uma pediu, e depois que elas receberam seus respectivos copos, o rapaz retornou para o balcão, logo a ruiva voltou a falar e perguntou para a amiga à sua frente.
— Dani, sua vez. O que anda acontecendo na sua vida de especial?
— Você não vai contar da sua, não? — Juliana perguntou com deboche para a ruiva.
— Vou, mas eu vou ser a última a falar, pra ter mais impacto.
— Como assim mais impacto? — Daniela questionou. — O que você aprontou no Canadá, dona Isa?
— Nada, foi tudo maravilhoso, mas normal.
— Ah, agora você vai falar. — Débora ordenou e todas viraram o rosto para Isabella.
— Não aconteceu nada, gente. Eu estudei, trabalhei, conheci uns carinhas legais, mas não rolou nada sério, só queria terminar meu mestrado e vim embora pra cá.
— Vocês acreditam nisso? — Juliana brincou. — Porque eu não.
— Eu não, eu acho que tem mais coisas aí. — Daniela respondeu e virou o rosto para a ruiva mais uma vez. — Cuida, Isa, fala o que aconteceu. Somos suas amigas, não vamos te julgar.
— Não aconteceu nada, juro. — Isabella se defendeu. — Juro pela nossa amizade.
— Se não quer falar agora, tudo bem. — Débora falou com calma e o que ela disse em seguida fez a ruiva gargalhar. — Sabemos que uma hora você vai dizer o que tanto esconde no seu coraçãozinho de pedra.
— Minha estadia no Canadá foi maravilhosa, é um país que eu voltaria a morar com toda a certeza, eu nem ia voltar pro Brasil, voltei só porque tava com saudade de todos aqui e não tava mais aguentando ver vocês só por videochamada.
As amigas olharam para a ruiva com desconfiança, sabiam que ela estava escondendo algo, mas desde sempre elas nunca forçaram nenhuma delas a nada, combinaram que tudo viria e seria dito naturalmente sem pressão.
— Vai Dani, você não disse as novidades da sua vida. — Isa falou com animação. — Já largou aquele seu marido mala?
Débora não pode deixar de gargalhar com a definição dada para Thiago, e logo foi acompanhada pelas outras amigas que riram depois.
— Larguei, e foi a melhor coisa que eu fiz na vida.
— Concordo!
— E o seu amor pelo Caio, já assumiu pro Brasil? — Isabella perguntou depois de beber um gole do seu drink.
— Ôh bicha curiosa. Fala o que você esconde que eu conto se eu tô com o Caio ou não.
— Não tô escondendo nada, minha gente.
— Eu tenho um negócio pra falar. — Débora avisou tentando mudar o assunto. — E quero saber o que vocês acham.
— Diga!
Antes que a mais velha começasse a falar, as amigas viram os garçons chegarem perto da mesa com o jantar pedido por elas, e depois de colocarem os pratos sobre a madeira, eles retornaram à cozinha com as bandejas vazias. Débora então começou a se servir enquanto começava a relatar a sua luta para conseguir engravidar, bem como a visita que ela fez ao médico junto com Leandro, contando também dos resultados que o casal descobriu depois que os dois fizeram os exames solicitados.
— Estamos pensando em fazer a FIV, sei que a adoção também existe, e pode até ser que eu adote uma criança depois, mas eu quero sentir a gravidez e saber que eu tô gerando uma vida e amar ela desde que ela começar a se formar dentro de mim.
— Se é o que querem, a gente apoia vocês, amiga. — Juliana comentou enquanto colocava mais arroz no seu prato.
— Isso mesmo, em tudo que escolherem, foi só como eu falei antes, não faça nada que se arrependa depois.
— Façam, que eu quero apertar e cheirar muito meu sobrinho barra afilhado. — Isabella declarou.
Débora gargalhou com o comentário da ruiva, e se sentiu feliz com o apoio que as elas estavam lhe dando, sabia que se dependesse do seu grupo de amigas, ela nunca estaria sozinha.
🍀
Depois que a esposa saiu de casa junto com Daniela, Leandro preparou algumas carnes e petiscos para comer durante a noite junto com uma cerveja gelada, e enquanto os pedaços de proteína assavam, o rapaz chamou os seus amigos para se reunirem com ele, não demorando muito para receber a confirmação de cada um, com exceção de Cássio que afirmou que não estava com ânimo para se reunir com alguém, o que foi logo respeitado pelos amigos.
Leandro encheu o seu copo com mais cerveja e tomou um longo gole enquanto sentia o cheiro da carne assando na churrasqueira de alvenaria que ficava instalada no quintal. Logo o rapaz viu o seu irmão adentrar no local e o cumprimentou com um aceno amigável, Alex foi em direção ao armário preso na parede e pegou um copo limpo para poder acompanhar o mais velho.
— E aí, como andam as coisas do lado de lá? — Leandro perguntou depois de se sentar na cadeira que ficava em frente ao irmão.
— Tá tudo bem. — O moreno respondeu depois de tomar um gole da sua cerveja. — A Renata tá super animada com a gravidez, e quer montar tudo logo.
— E você? Não tá feliz com a gravidez?
— Claro, sempre quis ser pai, e tá sendo maravilhoso acompanhar a gestação.
— Mas eu tô te achando tão pra baixo, o que tá acontecendo? — Leandro questionou depois de virar a carne na churrasqueira. — Quem deveria tá assim era eu.
— Por que? — Alex perguntou intrigado.
— Depois, me fala o que tá acontecendo, primeiro. Tem a ver com uma mulher que voltou de Portugal e ainda mexe com você?
O moreno sorriu com a pergunta do irmão percebendo o quanto o mais velho lhe conhecia bem, afinal, Leandro estava mais do que certo, depois que Juliana voltou, tudo o que ele sentia por ela reacendeu dentro do seu coração.
— Tá tão na cara assim?
— Você gosta muito da Ju, não é!?
— Demais. — Alex respondeu e começou a desabafar para o irmão mais velho. — Eu tô muito dividido, porque eu amo a Renata, mas eu também amo a Ju, sempre foi ela, mas eu não quero deixar a Renata nesse momento, deixar ela sozinha na gravidez vai ser muito sacanagem.
— Posso te fazer uma pergunta meio chata? — O moreno concordou com a cabeça e Leandro questionou em seguida. — Se sempre foi a Ju, porque você casou com a Renata?
— Eu amo a Renata, de verdade, quando eu a conheci eu achei ela tão linda, me apaixonei, e eu não ia aguentar esperar a Ju voltar, sabe-se lá quando ela ia voltar. E se ela tivesse encontrado alguém em Portugal? Entende? E se ela tivesse me esquecido e aprendido a amar alguém igual eu aprendi a amar alguém?
— Entendi, se a Ju te ama, também, se for realmente com ela que você quer ficar, e se for recíproco o que você sente por ela, você tem que sincero com a Renata, e não fugir das suas obrigações com o seu filho.
Alex concordou com a cabeça sabendo que o irmão estava certo, logo a conversa dos dois foi interrompida com o barulho do interfone tocando, e Leandro prontamente atendeu ouvindo a voz de Caio do outro lado, o rapaz então foi abrir a porta para o moreno que se juntou a eles começando a conversar amenidades e tentando esquecer os problemas por um instante.
🍀
Do outro lado do muro, Renata estava parada encostada na parede enquanto ouvia tudo o que os irmãos conversaram, e saber que seu marido amava outra mulher lhe causou uma enorme tristeza, mas ao mesmo tempo não imaginava viver longe de Alex.
A mulher sentiu algumas lágrimas desceram pelo seu rosto, e ela logo deixou os amigos conversando e voltou para a sua casa sem ser percebida, Renata se sentou no grande sofá que havia na sala e naquele momento ela se sentiu derrotada, com muita raiva e tristeza crescendo dentro do seu coração, e naquele momento, ela se sentiu perdida sem saber o que fazer.
Olá, morees. ❤️✨
Mais um capítulo postado com o fim de um arco, próximo capítulo já vem com uma passagem de tempo e muitas coisas acontecendo. 👀
Débora e Leandro decidiram fazer a Fertilização In Vitro, acham que vai dar certo e eles vão conseguir ter o filho que tanto sonham?
Quase que a Flávia vai, mas a autora aqui tem amor por ela e deixou ela viver, mas pobre do Cássio que quase morreu do coração. 😙
As amigas se encontraram e mataram a saudade com um bom papo, mas parece que Isa esconde alguma coisa delas ou foi só impressão? 🤔
Alex está bem dividido entre Renata e Juliana, quem o coração do moreno vai escolher?
E por fim, Renata descobriu o amor que o marido sente por outra mulher. O que acham que ela vai fazer depois disso? 👀
Não demoro voltar. Beijinhos. ❤️✨
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