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Sombras sob Malbork - Parte I

ATO I (Void)

Enquanto adentro o grande salão, uma onda de ansiedade se apodera de mim.

Admiro a arquitetura do salão, com suas paredes de madeira caramelada entrelaçada por veios de ébano. Observo cada detalhe, desde os entalhes meticulosos até o modo como a luz se reflete sobre as superfícies polidas, criando um espetáculo de sombras e tons dourados. Cada um desses detalhes me lembrando a imponência dos deuses e a importância desse encontro.

No centro do salão, a mesa retangular domina o espaço. A cadeira vazia de Máterum, no lugar de honra, parece pulsar com uma energia que transcende o físico, como se o próprio ar ao redor dela vibrasse com o poder invisível do Primordial. À direita e à esquerda, as cadeiras de Báron e Muntera, respectivamente, indicam a hierarquia celestial. Cada assento ocupado pelos deuses reflete sua posição e importância: Térax, Toihid, uma cadeira vaga e Ézus ao lado de Muntera; Korla, Dynes, Córpulus e, finalmente, a cadeira que me aguarda, ao lado de Báron.

Atrás da mesa, o corredor que leva aos aposentos dos deuses, exceto os de Báron, Muntera e Máterum, cujo estão nos andares superiores. Do outro lado do salão, um imponente portão de entrada se destaca.

Sentando-me à mesa, meus olhos se desviam para o teto inacabado, onde através das lacunas nas vigas expostas, vislumbro o espetáculo celeste da noite. Estrelas cintilantes pontilham o céu escuro como diamantes brilhantes, enquanto a Gáilus cheia derrama uma luz prateada e suave sobre todos nós. É como se os próprios astros testemunhassem nosso encontro.

Retornando os olhos a mesa, analiso alguns dos deuses que se encontram na reunião:

Começo por Córpulus, apelidado de o Titã, uma referência à sua imensa altura que ultrapassa até mesmo a de Máterum e dos outros deuses. Ele emana uma presença dominante, capaz de impor respeito e medo em todos ao seu redor. Sua força descomunal e resistência extrema são lendárias, tornando-o um dos mais formidáveis entre os deuses.

Seu corpo abusivamente alto e robusto, é uma verdadeira manifestação de poder. Seus braços longos e musculosos, poderiam facilmente ser confundidos com troncos de árvores. Suas pernas tonificadas, com coxas grossas e panturrilhas definidas, dizem ser capazes de esfarelar rochas com único chute.

O rosto de Córpulus é marcado por traços profundos: olhos castanho-escuros, um nariz largo e lábios espessos que se contraem em uma linha fina, denotando sua seriedade, salientada por seus curtos e escuros cabelos, seu queixo quadrado, e suas grandes orelhas levemente circulares.

Não obstante, o verdadeiro destaque é sua invulnerabilidade, com uma pele bela e negra tão límpida e dura quanto o cristal arcririsiano, a qual nenhum golpe comum é capaz de perfurar, exigindo uma arma divina ou de arcríris, ou zérum, para causar-lhe algum dano significativo. É como se um escudo invisível o protegesse de qualquer ameaça física, destacando sua invulnerabilidade.

Cada movimento de Córpulus é observado em um silêncio respeitoso pelos presentes. Uma estátua de ébano cujo simples ato de se sentar à mesa parece desafiar as leis da física. Ele personifica a imponência física e a força titânica, tornando-o no campo de batalha o Golias de ébano dos deuses de Máterum.

Tirando meu foco de Córpulus ao perceber Báron se juntar a mesa. — É a primeira vez que o vejo desde minha chegada em Malbork — penso, absorto em sua persona.

Sua entrada não é marcada por alarde, mas pelo contrário, há uma elegância quase imperceptível em seus passos.

Sua presença provoca um sutil realinhamento na dinâmica do salão. Os olhares se voltam para ele, como se o ar ao redor dele carregasse um peso que obriga todos a prestar atenção.

Observo cada detalhe de Báron com uma admiração que beira a veneração. Seus olhos são como um dueto hipnotizante, como um céu noturno em contraste com uma aurora vívida. O olho esquerdo é um abismo de escuridão, sugando toda luz e atenção, enquanto o direito é um mistério violeta.

Seus cabelos grisalhos, curtos e meticulosamente arrumados, emolduram um rosto com sobriedade. Assim como seu queixo arredondado, testa ampla e orelhas pontiagudas.

Em um gesto simples, ele ajusta sua cadeira com uma mão firme. Ao se acomodar, sua postura é a de alguém que não apenas conhece seu lugar no mundo, mas que também moldou esse mundo à sua volta.

A verdadeira essência de Báron, percebo, vai muito além de sua aparência física. Ele é mais do que um guerreiro: é um símbolo de lealdade inabalável, de honra e de compromisso com a justiça. Seu título de melhor guerreiro de Marum, outorgado pelo próprio Primordial, é tanto uma bênção quanto um fardo, mas ele o carrega com uma dignidade que inspira respeito.

Enquanto o contemplo, entendo que a descrição física de Báron é apenas uma parcela do que o torna verdadeiramente excepcional. A verdadeira grandiosidade de Báron reside em sua essência honrosa e destemida, transcendendo qualquer mera aparência exterior. Ele representa o ideal ao qual todos nós, deuses, aspiramos.

Seus olhos ocasionalmente se encontram com os dos outros deuses, e em cada troca de olhares, há um reconhecimento tácito de sua autoridade e respeito. Ele é mais do que um guerreiro; ele é um líder, um mentor, e acima de tudo, um exemplo do que significa ser verdadeiramente grande. Um deus digno e incontestável de assumir a posição de Guardião de Marum.

No salão, um murmúrio crescente preenche o espaço, como uma sinfonia suave de vozes dos deuses, cada uma tecendo uma melodia de expectativas e conjecturas. Essa cacofonia sutil é um reflexo da tensão e da antecipação que permeiam o ar, um prelúdio para o evento principal.

Entre esse burburinho, a voz do planeta-vivo, Térax, se eleva, cortando a atmosfera com uma pergunta que parece pairar sobre todos nós: — Onde está Máterum? – A indagação captura a atenção de todos. Há uma pausa coletiva enquanto todos os olhares se voltam em busca de uma resposta.

Nesse instante, como se atendendo ao chamado, Máterum emerge majestosamente das sombras da escadaria. Sua descida é uma coreografia de poder, cada passo medido exalando autoridade e dignidade. Ele desce as escadas com a postura de um rei, seu porte ereto e a cabeça erguida, um lembrete visual de sua posição exaltada entre nós.

A vestimenta que Máterum traja é a mesma que recordo de nosso primeiro encontro, mas agora parece ainda mais imponente, como se cada momento vivido desde então tivesse acrescentado uma camada de profundidade e significado à sua presença. O tecido se move com ele, uma extensão de sua vontade, cada dobra e vinco parecendo contar uma história.

Ao anunciar sua presença com um simples — Estou aqui, Térax —, sua voz é a personificação da calma e do controle. O timbre de Máterum ecoa com uma autoridade inquestionável.

A sala, antes preenchida com o som de conversas fragmentadas, agora cai em um silêncio reverente. Os deuses, antes dispersos em seus próprios pensamentos e conversas, agora estão unidos em sua atenção voltada para Máterum. Suas expressões variam de alívio a respeito, de admiração a expectativa, mas todos compartilham um senso comum de veneração pela figura que agora se posiciona diante deles.

Enquanto Máterum se aproxima do centro do salão, lembro do momento em que o conheci.

ATO II

A batida firme e resoluta de Ézus na porta do aposento de Máterum ecoa pelo corredor, uma premonição do encontro iminente. — Senhor! — Chama Ézus.

Quando Máterum abre a porta, seus olhos acinzentados brilham com um calor quase paternal, um brilho que parece iluminar o próprio corredor. — Deixe-o entrar! — Ele ordena, seu tom é de uma autoridade que é ao mesmo tempo acolhedora e inquestionável.

Ele está trajando um chambre excêntrico, as manchas glaucas sobre o tecido escuro formam um padrão que parece quase vivo, ondulando suavemente com cada movimento. A faixa de cipó escarlate que adorna a vestimenta acrescenta um toque de elegância, destacando-se contra a escuridão do tecido. Observo, fascinado, a maneira como a luz se refrata sutilmente sobre o tecido, criando um efeito quase hipnótico.

Como é airoso! — Penso, não conseguindo evitar uma admiração quase infantil. A presença de Máterum é envolvente, emanando uma aura benigna que parece afastar qualquer sombra de medo. Sinto uma segurança inexplicável, como se, na presença dele, nada pudesse me atingir.

— Ézus, poderia, por favor, certificar se nossa outra hospede está bem aconchegada em seu aposento? — Máterum solicita, com uma simplicidade surpreendente para alguém em seu poder.

Ézus responde com um aceno de cabeça, uma expressão de respeito e dever no rosto. — Sim, pai — ele diz, fechando a porta ao se retirar

            O aposento, embora menor do que eu esperava, possui um charme singular. O bastão coberto por um manto azulado repousa perto de uma janela arredondada que oferece uma vista do portão principal. A luz filtrada pela janela dá vida ao quarto, tocando suavemente os móveis comuns (uma cama, uma escrivaninha, um armário) e transformando-os em parte de um cenário mais amplo e significativo. A simplicidade do quarto contrasta com a complexidade da entidade à minha frente.

Máterum se inclina graciosamente, estendendo a mão para uma cadeira de madeira próxima, movendo-a em minha direção com um gesto convidativo. — Void? Não é mesmo? — Ele indaga, sua voz suave e ponderada, cheia de uma gentileza que parece preencher o quarto. — Perdoa-me por não ter me apresentado antes, estava bastante ocupado.

Enquanto ele se vira para pegar uma pequena caixa sobre a escrivaninha, observo um grande símbolo de espiral escarlate adornando as costas de seu chambre. O símbolo, intrincado e vivo, capta minha atenção por um instante fugaz.

Máterum retorna, sentando-se ao meu lado com uma postura relaxada, porém atenta. — Soube que Ézus e Dynes te encontraram na estrada de Miramer. — ele começa, sua voz fluindo com uma naturalidade que ameniza a tensão do momento. — E já peço desculpas pela possível reação exagerada de Dynes. Diferente de sua irmã, ela ainda não tem muita experiência com novos deuses. — Seu sorriso é leve, e uma risada descontraída escapa de seus lábios, preenchendo o quarto com uma sensação de calor e alegria.

Sinto-me compelido a sorrir em resposta, embora um pouco sem jeito, e digo:  — Não há problema. Dynes me pareceu bastante experiente.

Admirado com seus cintilantes olhos acinzentados, sinto demasiada alegria. Alegria incomum, sem explicação. Abundante, interminável, como se seu brilho, neste momento, espantasse qualquer melancolia que ousasse adentrar em meu coração.

— Isso mesmo, me acharam caído no deserto — retomo. — Me disseram que havia acabado de “nascer”. Confesso que estava confuso, mas graças às conversas com Ézus, agora vejo mais claramente.

Máterum, com um sorriso compreensivo, abre delicadamente a pequena caixa — Fico feliz que tenhas socializado nesse tempo — ele diz, retirando um anel da caixa. — Como forma de boas-vindas, quero presentear-te com isto. — Seus olhos encontram os meus, e por um momento, o mundo parece diminuir até só restar nós dois naquele aposento. Entregando-me um anel de aparência incomensuravelmente bela, feito de cristal arcririsiano escarlate-escuro com linhas pretas.

Contemplo sua aparência deslumbrante, e observo a imagem de um olho cintilante nele.

— Este anel, — Máterum começa, um lampejo de nostalgia em seus olhos — foi feito para um de meus primeiros filhos.[CG1]  Ele sempre... — Ele pausa, seu olhar se perdendo no vazio por um instante, tomado por uma melancolia súbita. — Deixa para lá. Não é para isso que estamos aqui — ele conclui com um sorriso triste nos lábios.

Coloco o anel no dedo anelar direito, sentindo-o ajustar-se perfeitamente — É muito bonito — agradeço.

— Não subestimes este anel, Void — Máterum enfatiza, suas mãos firmes segurando a minha, infundindo uma energia vibrante que faz o anel emitir um brilho intenso. — Ele dar-te-á o poder de aumentar teu poder oculto.

— Poder oculto? — Pergunto, rodopiando o anel.

Máterum se afasta para colocar a caixa de volta na escrivaninha, seu olhar ainda conectado ao meu. — Imagine, por exemplo, se tivesses nascido da criação da vida verde, poderias ter a habilidade de filocinese. — Sua voz é didática, explicando com paciência enquanto caminha em direção à porta. Ele se vira, um gesto que convida a seguir, e continua. — Deuses normalmente levam décadas para dominar seus poderes. Mas com esse anel, esse processo será acelerado exponencialmente.[CG2]  É complicado de entender tão rápido, mas sinto em ti, monumental potencial. Quando retornar de Zaranler te auxiliarei na libertação de seu poder oculto. Mas, por agora, tenho muitas tarefas para cumprir — saindo dos aposentos comigo.

— Ficarei honrado, senhor! — digo, a voz cheia de gratidão e respeito, seguindo-o pelo corredor.

Máterum para abruptamente, virando-se para mim com um sorriso espontâneo. Sua risada, calorosa e genuína, ecoa pelo corredor. — Senhor? — ele brinca. — Void, não precisas de tanta formalidade. Podes me chamar de Máterum, ou se preferires, Pai.

Essa oferta, simples mas profundamente significativa, me enche de uma vasta alegria inesperada.

            Embora eu tenha conhecido Máterum há apenas alguns minutos, sinto como se o conhecesse há décadas. Sua presença me envolve com uma segurança semelhante à de um recém-nascido nos braços de sua mãe, oferecendo uma sensação de proteção e pertencimento que nunca imaginaria ser possível.

Ao caminhar ao lado de Máterum, reflito sobre a nossa breve interação, percebo o quão estranho é sentir uma conexão tão profunda com alguém que mal conheço. Máterum, com sua aura acolhedora e presença paternal, parece mais um guardião benevolente do que uma entidade a ser temida. Sua bondade e compaixão são tão palpáveis que é difícil compreender como alguém, especialmente um filho, poderia desejar seu mal.

Anel Primordial -  joia de design hipnótico e perturbadoramente vivo. O corpo do anel é feito de um cristal arcririsiano escarlate-escuro com linhas negras. Dominando o centro do anel está a figura de um olho de íris acinzentado e pupila dilatada, é circundado por veias tênues que irradiam em direção ao branco, dando a ele uma qualidade assustadoramente orgânica. O olhar parece quase vivo, incrustado no cristal como se estivesse observando.

Poder Oculto – A essência em forma de poder de criação, único para cada indivíduo, classificada em três formas:

Varlexo: nesta forma a essência do portador é compartilhada integralmente com algum objeto. O limitador é de só poder utilizar o poder de criação com a ajuda do objeto, arma divina, no entanto, como benefício o poder de criação é mais vasto.

Gapelari: em prol da magnitude desse poder oculto, geralmente o portador é limitado pela própria essência do poder oculto, sendo capaz de possuí-lo por completo apenas quebrando condições ou utilizando um canalizador. Quando o portador domina plenamente o poder oculto, ele é capaz de se equiparar ao Primordial em certos atributos.

Arkhaggelos: a origem deste poder ainda é um mistério. Embora suas raízes permaneçam desconhecidas, ele ostenta uma força comparável à do Gapelari, mas notavelmente, sem os limitadores associadas a este último.[CG3] 

ATO III

No grande salão, o ar se enche de expectativa enquanto Máterum se posiciona em sua cadeira, a postura ereta e o olhar penetrante. Até que então, ele toma a fala. — Reuni-vos aqui hoje, pois realizaremos uma missão contra os deuses renegados ao amanhecer. E cada um de vós desempenhareis um papel crucial na nossa vitória. — Ele pausa, deixando as palavras ecoarem pelo salão, enquanto os olhares dos deuses se cruzam, alguns com determinação, outros com uma ponta de receio. — De antemão, aviso que nem todos irão a Zaranler comigo. Alguns ficarão aqui para proteger o castelo de um viável ataque surpresa dos deuses renegados.

Dynes, inquieta, tamborila os dedos sobre a mesa. — E quem irá contigo a Zaranler? — indaga, a voz tingida de uma ansiedade sutil.

— Sim. Muntera, Moam, Toihid, Córpulus e Ézus — Máterum anuncia, enumerando os nomes com confiança. Seu olhar percorrendo o rosto de cada deus escolhido, como se reforçando a importância de seu papel.

Um silêncio pesado cai sobre a sala, quebrado apenas pelo som de uma cadeira se movendo. Báron se inclina ligeiramente para frente, suas feições refletindo um conflito interno. — Eu não irei? — Sua voz, normalmente calma, carrega um toque de incredulidade. Ele olha diretamente para Máterum, buscando uma explicação, enquanto os outros deuses lançam olhares curiosos em sua direção, sentindo a tensão crescente no ar.

— Báron, és o meu melhor guerreiro, por isso, és o mais indicado para ficar e defender Malbork.

Incrédulo, Báron contesta. — Não consigo compreender, Pai. Minhas habilidades são mais necessárias no campo de batalha. Por que me pede para permanecer aqui? Deixe outro em meu lugar! — Sua voz é firme, mas seu olhar revela uma busca por respostas, um pedido silencioso para entender a lógica por trás da escolha de Máterum.

A sala, até então preenchida por um murmúrio subjugado, agora se encontra em um silêncio expectante. Os olhos dos deuses se voltam para Báron, cada um ponderando a seriedade da objeção levantada por ele. Suas palavras não são apenas de um guerreiro desejando lutar, mas sim de um líder questionando a estratégia de guerra.

Sinto-me desconfortável ao ver a sombra da incerteza se espalhando entre os deuses. Pensamentos como “Se até Báron discorda, algo não está certo” e “Será que a seleção para o ataque está bem-feita?” rodeiam a mesa, alimentando suas próprias dúvidas.

Máterum, mantendo sua postura calma e soberana, responde em tom benévolo. — Báron, seu valor como guerreiro é inquestionável, mas tua habilidade de liderar e proteger é igualmente importante. Malbork precisa de tua força aqui. — Ele faz uma breve pausa, avaliando a reação de Báron. E também captando os pensamentos duvidosos dos deuses. — Não obstante, se tiveres certeza da objeção, deixo Toihid no teu lugar. O que achas?

Báron, após alguns momentos de reflexão, percebe também os pensamentos de dúvida que gerou com sua contestação. Ele sabia que o líder dos deuses tinha uma sabedoria profunda e sempre agia em prol do bem maior de Marum. Sentindo-se arrependido por descordar da decisão de Máterum em frente a todos e, assim, gerando incertezas nos pensamento dos outros deuses, ele inclina a cabeça em um gesto de aceitação resignada. — Não será necessário. Entendo e respeito sua decisão, Pai. Se acredita que minha presença aqui é crucial, assim será. — Conclui Báron, dispersando partes dos pensamentos; seguidamente, olhando as estrelas no céu.

— Como desejar, Báron — declara Máterum.

Seu olhar então se volta diretamente para mim. E uma sensação de insegurança começa a se espalhar dentro de mim. — Void, considerando que és o mais novo deus dentre nós, ficarás ao teu cargo vigiar os prisioneiros.

— Sim, Pai — respondo mexendo delicadamente em meu anel. — Será que eu sou capaz de lidar com essa responsabilidade?— Questiono-me, procurando em seu olhar algum sinal de confiança em minha capacidade, enquanto meu próprio coração bate acelerado, ponderando o peso da tarefa que me foi confiada.

Observo os olhares confiantes e habilidades notáveis que os deuses exalam. Comparado a eles, sinto-me como uma folha jovem entre árvores seculares, inexperiente e frágil. Portanto, uma semente de dúvida brota em meu peito: — E se algo imprevisto acontecer? E se os prisioneiros tentarem uma fuga audaciosa? Serei capaz de contê-los sozinho?

Enquanto me perco nesses pensamentos, a voz serena de Korla irrompe, trazendo-me de volta à realidade. — Tenha cuidado com Kinkara — ela adverte, suas sobrancelhas se franzindo enquanto desvia o olhar, como se a mera menção de Kinkara evocasse memórias que ela preferiria manter enterradas.

O nome ‘Kinkara’ ecoa em minha cabeça. Lembrando-me vividamente do dia em que o conheci.

Córpulus

Báron

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