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A proibição

ATO I (Theos)

— O que farei em Primárium? — Pergunta Míndio, sentado no banco ao lado de Tanri.

— Sua missão é em Miramer e Malbork — começo, sentado ao lado da cama de Bucu adormecido. — Precisamos de informações detalhadas sobre suas defesas, rotinas de patrulha e possíveis aliados internos. Além disso, quero que identifique pontos fracos na estrutura de comando deles. Se pudermos semear discórdia entre seus líderes ou encontrar um traidor em suas fileiras, será uma grande vantagem para nós — concluo, colocando a mão na testa exageradamente ardente de Bucu.  — Onde você está Zilevo? Preciso que volte logo, não sei se Bucu sobreviverá sem sua ajuda — peço em meus pensamentos.

— Não seria mais prudente esperar por notícias de Urum e Lesus? — Pólimos interrompe, parado ao lado da porta.

— A cada momento que esperamos, eles se fortalecem. Não podemos nos dar ao luxo de hesitar. O tempo é essencial — comunica Tanri, remexendo a algibeira da calça.

— Míndio, sua missão é de reconhecimento. Não quero que se envolva em combates diretos. Use sua inteligência e astúcia para obter as informações de que precisamos — instruo, molhando a testa de Bucu.

— Se este for o caso — participa Tanri. — Te aconselho a se esconder bem e ser esperto. Precisará de lábia para enganar os deuses de Máterum caso eles te vejam — retirando o antigo amuleto, que Máterum lhe presenteara cerca de um século atrás, da algibeira.

Por que ainda guarda isso? — penso, contemplando o exótico amuleto de cristal arcririsiano verde, similar aos esverdeados olhos de Tanri.

— Acima de tudo, Míndio, evite a todo custo ser visto por Máterum — inteira Tanri, enquanto coloca o amuleto ao redor do pescoço.

Míndio, com sua maneira debochada, responde — Entendido... — mas interrompido por Tanri que evidência seu aviso.

— Míndio, ouça com atenção — começa Tanri, seus olhos esverdeados fixos nos de Míndio. — Máterum não é apenas uma entidade poderosa, um deus como nós; ele é o Universo. Sua percepção se estende por cada canto, cada sombra, cada sussurro do cosmos. Se ele desejar, pode sentir a pulsação de uma estrela distante ou o ondular de uma folha em um mundo esquecido..

Míndio escuta com mais atenção dessa vez.

— Quando digo que você não deve ser visto por ele, não me refiro apenas à sua presença física. Refiro-me à sua essência, à sua intenção, ao seu próprio pensamento. Máterum tem a capacidade de sentir perturbações, por mais sutis que sejam. Uma simples hesitação,  uma respiração fora do ritmo, um pensamento desviante, pode ser o suficiente para alertá-lo.

Tanri pausa, permitindo que a gravidade de suas palavras se instale.

— E quanto a enganá-lo... — Tanri solta um suspiro profundo. — Imaginar que se pode enganar o Universo é uma ilusão. Tentar enganar Máterum é como tentar esconder uma chama em plena escuridão. Ele vê além das máscaras, além das palavras. Ele sente a verdadeira natureza das coisas, a essência por trás de cada ação. Se você tentar ludibriá-lo, não estará apenas arriscando sua missão, mas sua própria existência.

Míndio assente lentamente, a compreensão clara em seus olhos. Ele entende a magnitude do que está sendo pedido e os riscos envolvidos. — Estou ciente de sua sabedoria milenar — pausando por um breve segundo, com olhar pensativo e sorriso sutil. — Mas, tem uma coisa que estou remoendo em minha mente. Se vocês são os filhos primogênitos de Máterum, por que ele prendeu vocês em Salacrum? É implausível que tenha aprisionado vocês só por terem o desobedecido uma única vez. Parece uma punição desproporcional para uma mera desobediência. — caminhando por entre o aposento.

Respiro fundo, buscando as palavras certas para que Míndio enfim entenda. — Máterum é o Universo, é uma entidade de dualidades. Ele é ordem e caos, criação e destruição, começo e fim. Em sua infinita sabedoria, ele percebe a vastidão do ser e do não-ser. Nossa existência, com nossa capacidade de escolha e livre-arbítrio, talvez representasse uma variável imprevisível em sua equação cósmica. Ele nos aprisionou não por mera desobediência, mas talvez por temer que, em nossa liberdade, pudéssemos desafiar a própria natureza do Universo que ele representa.

Minhas palavras ecoam no silêncio do aposento, e enquanto Míndio pondera, sou transportado por um momento a um passado distante, a uma memória do grande erro cometido.

ATO II

— Ele não pode nos impedir de criar novas coisas, Zulfiqar! — Exclamo, a raiva fervendo em minhas veias, enquanto me dirijo tempestuosamente ao meu aposento.

— Theos, acalme-se! Já confrontou nosso pai sobre isso, e tudo o que conseguiu foi irritá-lo ainda mais — adverte Zulfiqar, seguindo-me de perto, tentando me convencer a abdicar de minhas convicções.

— Não, Zulfiqar! Somos mais do que meros filhos.  Somos deuses! Fomos moldados com o dom da criação. É inadmissível não o desfrutarmos! — Digo, abrindo a porta do aposento com um movimento brusco. — É como nos dar braços e esperar que não os usemos, ou nos dar uma boca e proibir-nos de falar ou saborear! — Continuo, minha mão encontrando o cajado Míspigan.

— Por que você precisa desse cajado agora? — Zulfiqar pergunta, com tom de alarme em sua voz.

Sem dar-lhe qualquer resposta, empurro-o para o lado, e saio com o cajado firmemente em minha mão.

Quem Máterum pensa que é para limitar minha dádiva? — penso,  a indignação queimando em meu peito.

Com fúria, bato o cajado contra o arenoso solo de Primárium, fazendo a terra tremer sob meus pés. Ele verá do que sou capaz. O mostrarei minha criação!

Com estrondo do cajado, uma fissura profunda e vasta se abre diante de mim, estendendo-se por todo meu horizonte. De sua abertura, rajada ardente e brutal irrompe, sua luminosidade tão intensa e avassaladora quanto o próprio Sol em seu ápice. Chamas dançantes e selvagens ascendem aos céus, rasgando a escuridão da noite e banhando tudo em uma luz dourada e abrasadora.

O horizonte é dominado por essa visão apocalíptica, e o mundo parece parar por um momento, ofuscado e atônito diante da magnitude da minha criação.

— O que fizeste, Theos?! — A voz de Máterum ecoa, carregada de autoridade e surpresa. Ele emerge do castelo, e embora não corra, sua presença imponente se fazendo sentir, os olhos fixos na fissura.

E então, seu poder se desencadeia.

Pressão opressiva se espalha pelo ambiente. É como se o próprio ar se comprimisse, tornando-se mais denso e pesado. Sensação de vertigem me atinge, e me sinto sendo puxado para o chão. As chamas, antes indomáveis, vacilam, sufocadas pela força invisível. O rugido das chamas, substituído por zumbido baixo e constante, uma vibração que se sente nos ossos.

Quando a pressão se torna quase insuportável, ela desaparece de repente. As chamas se extinguem, e a fissura, embora ainda presente, parece ter perdido sua fúria ardente.

Máterum, com os olhos estreitos e a respiração pesada, olha para mim com uma expressão de advertência.

— NÃO! — Meu grito é quase um rugido, e ergo o cajado, sua ponta esférica apontada diretamente para Máterum, desafiando-o.

— Abaixa o cajado, Pequeno! — Ordena o Primordial, envolto em nuvem de cinzas, que absorve toda a luz ao redor. Sua voz ressoa como trovão, fazendo meu coração acelerar.

A raiva borbulha dentro de mim. — Não pode me proibir de criar vida! — Exclamo, o cajado ainda erguido, a energia pulsando mais forte.

Ele tenta se aproximar, cada passo fazendo o chão sob meus pés tremer sutilmente — Abaixa o cajado, Pequeno! Ainda não compreendes? Tudo o que faço é para tua segurança — Expressa, mantendo a calmo.

Minha respiração fica pesada, e sinto o peso de suas palavras. Mesmo assim, o medo e a raiva me impedem de abaixar o cajado. — Não se aproxime! — Grito, recuando a cada passo que ele dá em minha direção.

— Ou o que, Pequeno? Me matará? — Questiona, dando lentos passos em minha direção. — Se essa for sua vontade... Faça! — desafia, abrindo os braços.

— Não... Não se aproxime! — Imploro, a voz trêmula..

Mas ele não para. Cada passo que dá em minha direção amplifica o pânico que sinto.

— PARA! — Grito desesperadamente. A angústia me consome. Sinto o suor frio em minha testa. — Para! Por favor... para! — Suplico, limpando o rosto coberto por cinzas com o amargo líquido escorrendo dos avermelhados olhos de frustação.

Alumiando a esfera com o poder de criação, exalando intenso clarão do cristal arcririsiano esverdeado.

Por que não para? — Sussurro, quase inaudível.

Então Máterum para, olhando profundamente em meus olhos.

— Sei que fará a escolha certa, Pequeno...

Como um buraco negro no vasto firmamento, as palavras de Máterum me puxam para sua inescapável gravidade, revelando a essência imutável de nossa conexão. Nossa relação é como o horizonte de eventos, uma fronteira entre o conhecido e o desconhecido, onde o amor e o conflito coexistem em um delicado equilíbrio. A dor da traição é como ser engolido pela escuridão, onde a luz não pode escapar, e a angústia da escolha que fiz é a singularidade no centro, um ponto de infinita densidade e complexidade. E, assim como o mistério que envolve o que realmente acontece dentro de um buraco negro, sinto a incerteza do que virá a seguir.

— Me perdoa Interrompo com o coração pesado.

O espaço ao redor vibra, distorcendo-se sob a pressão da energia acumulada. Partículas luminosas disparam freneticamente, convergindo para o cajado, tornando-o um epicentro de força bruta. E então, com uma explosão de luz cegante e rugido ensurdecedor, descarrego todo poder acumulado, como um raio desenfreado, rasgando o espaço e, sem controle, em direção a Máterum, ameaçando engoli-lo com sua fúria incandescente.

Mas, no último segundo, uma figura familiar surge, empurrando Máterum para longe.

— Enlouqueceu?! — Tanri grita, sua voz carregada de incredulidade e raiva. Ele me lança com força contra o muro de Malbork, fazendo o cajado escapar de minha mão e cair com estrondo no chão. — Como...

Mas antes que possa continuar, Máterum murmura algo ininteligível e, com simples toque, Tanri desaba, inconsciente.

Máterum me encara, seus olhos transbordando desgosto — Nada nunca me entristecera tanto quanto tua conduta, Pequeno! — Ele diz, a voz profunda e ressonante.

Proferindo com tristeza sua sentença: — Com pesar em minha decisão. Sentencio-te a viveres o resto de tua vida em Salacrum.

Sem ao menos ser capaz de protestar ou pedir clemência, sinto uma força invisível me envolver. O mundo ao meu redor se distorce, e sou imediatamente teletransportado.

            Durante essa transição, vejo Zulfiqar, estático, assistindo à minha condenação. Em nenhum momento, intervindo ou desafiando a austera punição de Máterum.

ATO III

— Nunca imaginei que o Primordial fosse tão... instável — comenta Míndio, sentando-se ao lado de Pólimos, que rapidamente se levanta ao perceber sua aproximação. — Quem imaginaria que o ser mais perfeito existente, usufruiria de tantas imperfeições. — Ele se levanta, esticando-se. — Como Tanri falou, o tempo é essencial. Partirei imediatamente para Primárium e enviarei atualizações sobre minha missão.

Sem palavra de despedida ou último olhar, Míndio deixa o aposento.

Observando sua partida, reflito: — Espero que não retorne como Lésnar — reflito, lembrando-me novamente de Zilevo que partira há duas semanas, acentuando minha preocupação.

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