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O criador o levou para onde estava o jardim. De agora em diante ali seria sua habitação.
- Eu o plantei especialmente para você. se chama Éden.
Seus pés pisaram as pedras afogueadas. Tudo ao seu redor brilhava. O chão era impregnado de ouro, turquezas, topázios e uma infinidade de outras pedras preciosas que o deixavam colorido e brilhante. O próprio céu era cumulado de pedras preciosas.
As plantas e flores ao redor brilhavam intensamente.
As águas cristalinas do rio que cortava o jardim e ia desembocar em um lago apinhado de nenufares também brilhava como o mais puro cristal. As nenúfares cantavam por causa da sua presença, não eram flores comuns, eram, flores que jamais existiriam em outro lugar, em qualquer era da eternidade, porque aquelas flores tinham, sido especialmente feitas para ele e só existiriam ali.
Ele deixou-se dominar pelas garras do prazer e novamente suas mãos dedilharam o pífaro com a agilidade de um mestre, com uma habilidade que nenhuma outra criatura jamais teria.
O som da doce melodia encheu a tarde de explendor. Um esplendor magnífico que nunca mais existiria.
Ele nascera e era perfeito.
*******
A luz continuava a brilhar intensamente enchendo o universo de explendor. Era a luz que um dia criara a perfeição, a luz que brilhava no jardim e que não tinha fim, estava em seus olhos e dava vida a tudo. Nada vivia sem a luz, nada podia existir sem ela, ela era a essência da vida e não havia como mudar aquilo.
No meio da luz surgiram milhões. Seres cercados de luz e rodeados de explendor. Seres tão lindos como seu criador.
Até mesmo em seus nomes havia luz.
Eles eram perfeitos, sem defeitos. Mas neles havia uma perfeição diferente.
Não era a perfeição de Lúcifer, o anjo de luz.
Lúcifer os ofuscava, tinha toda a perfeição.
Eles tinham sido criados pelo mesmo criador, mas não tinham um lar de luz. Não pisavam em pedras afogueadas. Nem todos eles tinham instrumentos de ouro em suas mãos. Os que tinham entoavam uma linda melodia que enchia o céu.
Eles eram anjos.
O mesmo criador. O eterno. A essência da perfeição, a luz que os criara.
Mas ele estava acima. Ele sentia o amor. Ele via a obra perfeita sendo gerada dia após dia na vasta eternidade.
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