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Vantagens

    Levantei me sentindo menos cansada. Passei o restante da escuridão anterior pensando na proposta de Lyan. Teria certa vantagem em seguir com eles, pins, é sempre bom ter moedas sobrando no bolso, não se sabe quando se pode precisar delas. Mas a vila estava confortável e calma, com exceção do episódio ocorrido a duas escuridões atrás e também estava a ganhar pins. Então não havia motivos suficientes para partir. 

    Sai do quarto com a intenção de ir até a floresta caçar, estava com meu arco suspenso nas costas a aljava pendurada em um dos ombros e Arthas na cintura. Seu peso me fizera muita falta. 

    Quando saí da taberna Tray estava sentado no deque afiando sua adaga. O sol aparecia timidamente no horizonte, o que me informava que ainda estava um pouco cedo para que o garoto estivesse ali. Ele se vira ao ouvir a porta, mas estava diferente do usual.

  "Vai caçar tiha?"

  "Saudações pininho. Irei."

  "Posso ir?" Ele desvia o olhar parecendo envergonhado, nada comum.

  "Vai atrapalhar?" Questiono.

  "Não vou fazer barulho. Juro pelos poderes da lua." Esse juramento era considerado importante por todos os reinos, já que esta era uma das poucas lendas que ainda estavam vivas e presentes por todas as regiões. Não que ela valesse algo para mim, mas podia valer para outros. Olho na direção de Tray que estava cabisbaixo, dou de ombros, não faria diferença para mim desde que ele não atrapalhasse. 

    Fui andando e ele veio logo atrás. Não disse nada durante todo o trajeto, estava estranhamente calado, o que me agradou bastante gostava do silêncio principalmente quando estava indo caçar. Me acomodei em uma das árvores e ele subiu em uma que estava extremamente próxima a minha. Respirei fundo e aguardei.
    

____***____

    Tray permaneceu em silêncio durante todo o momento em que estivemos na floresta. A alvorada não estava boa para caça. Aparentemente o frio estava voltando aos poucos a Edyn e isto estava começando a me atrapalhar, os resultados não estavam sendo tão satisfatórios quanto antes ou poderia ser apenas uma alvorada ruim, mas permaneceria com isto em mente como sendo mais uma das vantagens de partir caso viesse a provar ser culpa do clima. 

    Quando estávamos chegando a taberna, Tray segurou o pano que estava enrolado no meu pescoço e o puxou levemente. Me virei para ele.

  "Algo errado?" Questiono a ele olhando ao redor.

  "Nada, esquece!" Ele grita e sai correndo na direção da taberna.

    O observo tentando entender o que acabara de acontecer, mas não obtenho sucesso. Por fim desisto e sigo meu caminho até o celeiro que continha uma porta que dava direto para a entrada da cozinha. 

    Clint estava picando algumas verduras em um dos extremo do cômodo. Ele me ouviu chegar e olhou em minha direção na expectativa, mas mudou de expressão rapidamente quando viu que era eu.

  "Saudações." Digo ao colocar o saco com duas aves na pia.

  "Saudações Ely." Diz ele cabisbaixo voltando sua atenção para onde se encontrava anteriormente. Estava prestes a sair da cozinha quando ele fala novamente. "Tem alguma noticia de Amber?"

  "Não, aconteceu algo?" Questiono sem entender.

  "Ela não aparece aqui na taberna desde o ocorrido. Questionei a Nyla o que tinha acontecido e ela me disse que ela estava se sentindo culpada. Sabes de alguma coisa?" Ele olha para mim de longe suplicante, parecia preocupado.

  "Nyla disse mais alguma coisa?" 

  "Não que eu me lembre. A vi conversar com uns daqueles hóspedes que causaram aquela comoção na taberna no dia em que houve o jogo de Clarins, mas foi apenas isto." Responde Clint. Me lembro que eles estavam interrogando um dos homens que invadiram a vila, então provavelmente contaram a Nyla o motivo deles estarem aqui, o que não faria tanta diferença já que por mais que não soubessem, o homem já estava morto.

  "Diga a Amber que ele está morto."

  "Perdão? Não entendi."

  "Ela irá entender, diga isto e as coisas provavelmente voltarão ao normal." Saio da cozinha deixando Clint preso em seus pensamentos. 

    Tray estava sentado em um dos bancos perto do balcão de bebidas pensativo, ele me vê e desvia o olhar novamente. O ignoro e vou sentar na mesa de sempre. Estava com fome, não havia colocado nada no estômago desde a escuridão passada e fora esse um dos motivos de eu ter voltado da floresta, a caça não estava boa e eu já queria algo para comer. Nyla não se demorou para se por em minha frente.

  "Saudações cara Ely. O que deseja?"

  "Meus comprimentos Nyla. Se já tiveres uma refeição pronta pode ser esta, seja ela qual for."

  "Certo." Ela se virou em direção ao balcão e depois se voltou para mim. "O que aconteceu com Tray?" Dou de ombros em sinal de que não sabia e também não me importava. "Certo. Antes de qualquer coisa, sei o que irá responder, mas da mesma forma que agradeci a Lyan, Kaydes e Kven, quero agradecer a ti por impedir que acabassem com a taberna. Tenho uma dívida contigo e se em alguma alvorada precisar, estarei disposta a pagá-la." Antes que eu pudesse pensar em responder, Nyla se retirou e foi em direção a cozinha. Os moradores de Edyn gostavam mesmo de agradecer sem motivo. 

    Pensei em subir até meus aposentos para guardar o arco e a aljava, mas sabendo que teria de subir depois de qualquer forma, apenas os tirei e os coloquei ao lado da cadeira. Fixei os olhos na mesa e aguardei Nyla voltar com minha refeição, o que demorou pouquíssimos raios. 

  "Desejo a ti uma excelente refeição." 
  "Agradeço." 

    Olho para a tigela a minha frente e vejo grãos, verdura e carne de boi. Talvez esta fosse a refeição mais simples que eu comera desde que chegara na vila, com exceção do ciclo que cheguei, mas o gosto estava ótimo como sempre.

    Acabei minha refeição e me levantei para pegar minhas coisas. Quando estava indo em direção a escada me deparei com Tray a poucos metros de onde eu estava parado feito uma estátua encarando os próprios pés. Ele ergueu seu olhar determinado.

  "Olha, não sou de fazer isto, então grave bem o que vou dizer por que não irei repetir. Já faz muito ciclos que me viro sozinho, não preciso de favor dos outros e nem da ajuda dos outros. Eu roubo e é nisso que sou bom mas também não sou estúpido reconheço quando.." Ele suspira como se estivesse com dificuldade de falar, olha para os lados para ver se não tinha ninguém por perto. ".. enfim.. me perdi.. o que eu queria dizer é.." Ele prende o ar, fecha os olhos e fala um pouco mais alto que o normal "Obrigado!!" Ele abre os olhos e vejo suas bochechas corando "...Ely." Sua voz termina em um sussurro ao proferir meu nome, quase inaudível.  Nem todo o controle que possuo pelas minhas emoções seriam capazes de disfarçar minha surpresa naquele momento, claro que fiz o máximo pude, mas tenho certeza que não fora suficiente. Andei em sua direção e coloquei a mão sobre sua cabeça bagunçando seus cachos, ele olhou para mim e lhe direcionei um simples sorriso, ele estava surpreso. Sai andando deixando-o estagnado aos pés da escada.

  "Adeus, pininho." Sussurro para mim mesma. Era o momento de partir.

____***____ 

    Terminei meu banho e fui pentear meus cabelos. Havia lavado todas minhas roupas e estas já estavam a secar na brisa fria que a escuridão carregava. Não sabia quando teria de partir, mas já estava arrumando minhas coisas. Eu havia me decidido que iria partir da vila, mas ainda não sabia se seguiria viajem junto a Lyan e seus companheiros.

    A taberna não estava tão barulhenta quanto o usual, mas ainda podia ouvir o som das vozes no andar debaixo. Resolvo prender o cabelo e tentar a sorte de encontrar Lyan na taberna. 

    Antes que eu chegasse ao salão da taberna visualizei o grupo em uma mesa distante. Penso em ir até eles, mas não estava a vontade de lidar com todos eles ao mesmo tempo, então teria de encontrar uma forma de chamar a atenção de Lyan ou de Kaydes. Me sentei em uma das mesas disponíveis que dava uma ampla visão por toda a taberna. 

    Clint aparece pela porta da cozinha e me visualiza rapidamente. Ele veio em minha direção e se sentou em uma das cadeiras logo depois de colocar uma tigela de sopa na minha frente. Eu não estava com fome, mas como não sabia se esta haveria de ser uma das últimas refeições que comeria de Clint a aceitei de bom grado.

  "Nyla disse que sua informação poderia mesmo ser útil, apesar de não ter me informado o motivo. Preciso saber?"

  "Acredito que não fará diferença alguma se souber. A única que precisa saber é Amber." Clint me olhava pensativo enquanto eu colocava a primeira colher de sopa na boca. 

  "Certo. Nyla me questionou se eu tinha certeza sobre esta afirmação."

  "Absoluta." Digo depois de esvaziar a boca. 

  "Lhe vejo depois." Clint se levanta e caminha em direção a Nyla, ele diz algo e ela assente com a cabeça. Clint caminha em direção a porta e pega seu casaco que estava pendurado no lado direito e sai rapidamente da taberna. Desvio meu olhar para Nyla já sabendo que estaria me encarando, ela sorria triunfante, mas eu não fazia ideia do motivo. 

    Voltei a olhar para a sopa a minha frente que estava quente o suficiente para afugentar o frio que percorria meu corpo. Levo mais uma colher a boca e resolvo tentar chamar a atenção de algum dos hivess. Ambos estavam bem entretidos, além de que ainda não sabia como chamaria atenção deles. Percorro o olhar pela taberna, pensando que se Tray estivesse aqui ele faria isto facilmente, mas eu não o via em lugar algum. Quando voltei a olhar na direção da mesa me deparei com os olhos de Lyan cravados em mim, sustentei seu olhar e para minha surpresa ele se levantou e veio em minha direção. 

  "Arqueira." Ele me cumprimentou e se sentou na cadeira a minha frente. Jogou os braços para trás e sentou de uma forma despojada.

  "Meus cumprimentos Lyan ou há de preferir que eu lhe chame de Hiv. Convencido?" Ele abre um sorriso.

  "Entendi seu ponto, Ely certo?"

  "Exato."

  "Então, por que me chamou?" 

  "Como soube?" Questiono realmente curiosa. Afinal eu estava tentando arrumar uma maneira de fazer isto, mas não acreditava que apenas olhar em sua direção seria suficiente.

  "Eu senti, foi a conexão entre a gente." Ele debocha. Eu conseguia entender a razão de seu amigo sempre revirar os olhos para ele, era difícil não ser tentada a fazê-lo, mas eu o ignoro e levo uma colher da sopa a boca. Ele tenta me encarar e ri de si mesmo. "Talvez Kaydes esteja mesmo certo quanto a você ser imune a mim"

  "Sábio amigo este que possuis. Acredito que devias aprender com ele."

  "Ouço muito isto." 

  "Não duvido."

  "Então?" Insiste ele.

  "Gostaria de saber os detalhes de sua jornada." 

  "Foi mais fácil do que pensei." Ele diz para ninguém em particular. "O que deseja saber?"

  "Bom, acredito que tú não me falarás tudo que desejo saber, então por que não me conta tudo que posso saber?" Consigo ver com o canto do olhos que ele me esquadrinhava. 

  "Você não é nada burra." Ele endireita sua postura. "Mas eu também não, e não irei arriscar te contar algo sem antes tirar minhas próprias dúvidas. "Eu podia sentir seus olhos cravados em mim. "Então, antes de qualquer coisa, poderia me olhar nos olhos, Ely." Eu não estava surpresa. Lyan não se mostrara ser uma pessoa qualquer já havia muitos ciclos, só não imaginava que ele me requisitaria tal coisa. Lyan não aparentava ter muito mais ciclos de vida do que eu, supus que não pudesse entender o que eu escondia, então não encontrava um real problema em encará-lo, mas ao ver sua expressão quando nossos olhos se encontraram eu percebi que estava tremendamente enganada. 

  "São..." Lyan se inclinou para frente involuntariamente, pelo menos não parecia que ele estava pensando ao realizar o ato "...magníficos." Suas palavras me deixaram confusa, talvez eu estivesse certa e ele realmente não soubesse das lendas. Eu recuo e ele faz o mesmo ao perceber minha atitude. "Perdão, não fora minha intenção." Ele pigarreia e se ajeita demonstrando um certo desconforto "..eu só pensei que não existissem coisas assim." Agora eu o encarava, não tinha uma opinião formado sobre seu conhecimento. Ele volta a olhar para mim. "É dourado?" Ele pergunta sem tirar os olhos do meu.

  "Sim."

  "Incrível! Meu pai ficaria abismado se visse algo assim, ou talvez não. Ele sempre me repreendeu por não acreditar nas lendas que circulavam no reino, então é provável que ele cuspisse um grande EU TE DISSE na minha cara."

  "Como sabe sobre as lendas? És tão novo quanto eu para saber sobre isto, esta aqui não é de conhecimento popular como a da lua."

  "Minha família é do tipo que gosta de ficar contando histórias, nunca acreditei em nenhuma delas. Bom, aparentemente toda história tem um fundo de verdade, por menor que ela seja." O encaro sabendo o que ele queria dizer, as duas cores nos meus olhos não provavam que o que as lendas diziam eram verdade, ou seja ele continuava não acreditando nelas. "Mas consigo entender a razão de escondê-los." Aceno com a cabeça e ele volta a sua posição despojada. "Voltemos ao que te interessa. Estamos em uma missão, não preciso te dizer que é sigilosa então direi o que tenho autorização. Primeiro: Arti é o líder, é bom eu deixar isto claro pois seu ego é frágil." Entendo o aviso, não o estava fazendo para aparecer, acho que ele tinha consciência de que para as pessoas a volta parecia que era ele a ditar as regras. "Segundo: Sely deve ser protegida, ela não tem muitas habilidades defensivas muito menos de ataque, então é nossa tarefa protegê-la."

  "Creio então que a missão tenha algo a ver com ela. Afinal não trariam alguém indefesa por todo esse trajeto atoa." Lyan sorri após meu comentário.

  "Poderia até dizer que gosto de sua maneira de pensar se eu não desgostasse de você." 

  "Perdão?" Questiona por não entender sua afirmação.

  "Perdoada." Ergo a sobrancelha, mas ele continua sua explicação "Terceiro, é terceiro né? Me perdi. Bom de qualquer forma, a missão não é perigosa então não tem com que se preocupar, não estamos raptando Sely nem pretendemos vendê-las para comerciantes. Eu só não gosto de ser pego desprevenido caso algo venha a acontecer, sabe, tipo aquele pequeno alvoraço de duas escuridões atrás."

  "Pequeno? Não quero saber o que você considera um alvoroço normal, muito menos um grande."

  "Espero mesmo que você não descubra, não estou afim de enfrentar um. Bom, precisa saber de mais alguma coisa?"

  "Para onde estão indo?"

  "Ahh, claro, esqueci disso. Estamos indo para Tenma."  Permaneço em silêncio. "Algum problema?" Ele interrompe meu silêncio depois de alguns raios. 

  "Não." Minto, não sei se era um problema. Deixei Tenma por certos motivos que me levaram a pensar que não voltaria ao reino tão cedo, mas a verdade é que a oportunidade me seria bem útil, tinha uma coisa que deixei em Tenma. Uma coisa não, alguém. Poderia apenas averiguar o que deixei pendente e depois parti novamente, ninguém nem saberia que estive por lá. Seria mais conveniente do que eu poderia imaginar. 

  "Se você diz. Então, tenho ou não uma arqueira?"

  "Quando partirmos?" Ele abre um sorriso que ilumina todo seu rosto.

  "No próximo raio de sol." Mais cedo do que eu imaginava. 

  "Só preciso de mais uma coisa." Digo.

  "E qual seria?"

  "Metade das pins. Acredito que isto se chame antecipação." Ele pensa um pouco e por fim cede.

  "Posso resolver isto. Antes de partimos te dou sua antecipação."

  "Combinado." 

  "Até a próxima alvorada arqueira.." Ele se levanta e encena como se tivesse cometido um erro ".. quer dizer Ely." Ele sai em direção a sua mesa aparentemente feliz consigo mesmo. 

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