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Os reinos

    O sol ainda brilhava no horizonte quando retornei a vila. Havia saído cedo para montar as armadilhas na floresta, e quando a oportunidade surgia caçava algumas aves. Não tinha a intenção de levá-las para a vila. Usei a carne das aves para montar as armadilhas. No final, restava duas dentro do saco, como eram poucas não tinha muita utilidade para Nyla ou para a casa de carnes. 

    No caminho até a taberna vi Frevvy conversando amigavelmente com uma mulher que tinha cabelos pretos e ondulados, estes se estendiam até o ombro. Seu semblante era calmo e sereno, era uma mulher extremamente elegante mesmo com o avental amarrado na cintura e um pano branco pendurado no braço esquerdo. Conforme fui chegando mais perto o ouvi dizer.

  "Lila querida, falta pouco para escuridão, ainda tenho que terminar de consertar aquela espada do viajante que esteve aqui duas alvoradas atrás. Meu prazo termina hoje, se não ele não irá pagar." disse Frevvy acariciando os cabelos da mulher.

    Frevvy falava muito alto, já a mulher quase sussurrava, então não consegui ouvir o que ela disse em resposta. Ele abraçou a mulher e lhe deu um beijo demorado. Quando se afastou ele virou em minha direção e me viu. Acenou e falou ainda mais alto, como se o tom de antes não fosse alto o suficiente.

  "Ely!" ele foi até mim e me agarrou pelo braço e me levou até a mulher "Esta é minha esposa Lila. Essa é a caçadora que lhe falei querida." 

  "Oh! Tú és ainda mais jovem do que eu imaginei, Frevvy falou muito de você e em como traria muita carne para a vila." ela colocou a mão esquerda na boca rindo "Ele adora qualquer pessoa que possa lhe proporcionar comida, por isso se casou comigo. O conquistei pelo estômago."

   "Meus comprimentos. É um prazer lhe conhecer missa" olhei para os olhos de Frevvy que brilhavam enquanto olhava para ela "Ouso falar, que não foi apenas pelo estômago."

    Ela sorriu timidamente e olhou para Frevvy. Eles eram completamente diferentes quando comparados fisicamente, mas o jeito como se olhavam era idêntico.

  "Com certeza foi só pela comida, nada a ver com a beleza." brincou Frevvy e eles sorriram. "Vejo que está voltando da floresta, conseguiu montar as armadilhas ?"

   "Na verdade sim. Fiquei bastante surpresa com sua matéria prima. O metal é de ótima qualidade e muito bem ornamentado. Vejo que não estava exagerando quando falou que era o melhor ferreiro da vila."

   "Eu sei" - ele estufou o peito ao receber meu elogio. "Previsão para carnes ?!"

   "Querido, você sabe muito bem que a caça é algo imprevisível, não dá para você obrigar um animal a cair na sua armadilha, não apresse a menina!" disse Lila repreendendo o marido.

   "Desculpe-me Ely, eu sou afobado. Vejo que conseguiu aves. Clint, o cozinheiro de Nyla sabe prepará-las muito bem." Lila olhou para ele com um olhar de como se tivesse sido traída.

   "Claro que você as prepara ainda melhor, minha Lila!" ele respirou aliviado ao olhar para ela e perceber que tinha conseguido contornar a situação.

    "Consegui, mas não foram muitas. As cacei apenas para colocá-las na armadilha, só tenho duas no saco. Mas, não é de grande utilidade para uma taberna que serve muitas pessoas. Porque não fica com elas?" estendi o saco para Frevvy, mas foi Lila que respondeu. 

    "Não podemos aceitar!"

    "Não se preocupe, terei mais daqui algumas alvoradas. E como eu disse são apenas duas, não serviriam uma taberna e são poucas para poder vender na casa de carnes. Acredito que vocês dois fariam grande proveito."

    Frevvy pegou o saco e abaixou a cabeça em agradecimento e logo depois o entregou para Lila.

  "Bom, eu tenho que ir. Tenho que terminar o trabalho de hoje. Agradeço imensamente a gentileza Ely." sem jeito ele saiu em direção ao local onde trabalhava.

  "Frevvy é umas das pessoas mais gentis que conheço, mas não sabe como se portar quando a gentileza é retribuída." dizia Lila enquanto acompanhava o marido com os olhos. 

  "Como eu disse, não tinha utilidade para mim. Não foi gentileza, foi só conveniente."

  "De fato existem várias maneiras de se interpretar a situação" ela voltou o olhar em minha direção "..mas, a minha não vai mudar independe de qual seja a sua." sua voz era carregada de calma e ternura " Vou preparar essas aves. Bom passar na escuridão Ely.

   "Para ti também." e em poucos raios ela desapareceu do meu campo de visão.

    Cheguei na taberna "solnascente" em poucos raios. Sentados no deque de madeira estavam Clint e Amber conversando casualmente, como se conhecessem um ao outro por toda a vida. O que parecia improvável, pois Amber com sua pele branca provavelmente havia nascido naquela vila. Mas Clint não tinha características do reino de Edyn.

    Entrei na taberna e subi as escadas até meus aposentos. Minha banheira estava cheia e a água estava morna, me despi e fique lá por vários raios aproveitando a rara sensação de me banhar em água quente. Assim que acabei de me arrumar ouvi alguém batendo na porta, fui na direção da mesma e a abri. Era Amber.

  "Meus comprimentos Ely! Percebo que já tomou o banho. Peço desculpas por entrar em seus aposentos sem sua permissão. Mas, só entrei para colocar a água quente, como desculpas pela confusão da escuridão passada. É grosseiro me portar assim na frente de visitantes, ainda mais daqueles que nos ajudam."

   "Já saiu de Edyn, Amber?"

  "Na verdade não!" respondeu ela um pouco surpresa pela súbita mudança de assunto "Claro que quero pelo menos sair dessa vila quando a oportunidade surgir. Conhecer a cidade central, você já viu? O castelo?"

    A cidade central de Edyn era onde moravam os nobres, burgueses e é claro a realeza. As pessoas diziam que as construções eram diferentes das da vilas.

  "Não conheço o centro de Edyn, mas conheço outros reinos, e tenho que lhe revelar que Edyn é o mais formal deles. Situações como brigas em tabernas são normais, então não se preocupe. Não há necessidades de se desculpar, e nem de entrar aqui para agrados."

  "Entendo, peço que me perdoe pela intromissão, não irá acontecer novamente." ela se retira um pouco sem jeito.

    Fechei a porta logo depois. Eu não tinha nada a esconder, mas eu queria deixar claro que apreciava mais a privacidade do que a educação excessiva do reino. Deitei na cama e meus olhos foram se fechando aos poucos, o cansaço que eu nem sabia que estava ali foi tomando conta do meu corpo e antes que eu percebe-se caí no sono.

____***____

    Quando acordei já era escuridão e estava frio, peguei minha capa e desci as escadas. A taberna estava completamente vazia, tirando pelo copo de leite e o pão que se encontrava na mesa onde eu sempre me sentava. Peguei os dois e sai da taberna. Me sentei no degrau do deque com o copo em uma mão e o pão na outra.

    Olhei para cima e vi as estrelas, eram muitas. Fique lá por vários raios admirando cada uma delas, era o que mais gostava na escuridão, pingos de luz que ninguém sabia o que eram ou onde estavam. Podia ser magia, ilusão ou até mesmo explosões de luz, era um mistério e isso sempre havia me fascinado. Elas tinham até mesmo padrões, como se fossem desenhos que aparentemente tinham locais reservados no céu, pois apareciam sempre no mesmo lugar. Nas escuridões mais sombrias, aquelas que não possuíam lua e nem nuvens, mais elas apareciam.
Terminei o pão e o leite gelado e fiquei sentada no deque até a alvorada chegar. Vi Clint dobrando a esquina antes mesmo que ele me notasse.

  "Saudações cara Ely!" disse ele ao me ver sentada na escada.

   "Saudações." ele olhou para o copo e estendeu a mão para pegá-lo "Levarei para a cozinha se não se importar."

    "Agradeço."

    "Vamos entrar ? Deve estar com fome, não comeu a última refeição do ciclo anterior. Vou assar biscoitos, enquanto isso você pode tomar mais leite e pão se assim desejar."

    Eu estava mesmo com muita fome, minha única refeição havia sido algumas frutas que havia comido na floresta, o pão e o leite que haviam deixado para mim. Me levantei e o segui até a cozinha. Ele colocou um saco de legumes sobre a bancada e pegou os biscoitos prontos e os colocou dentro do forno do fogão a lenha. Clint era extremamente organizado, tudo na cozinha parecia estar no lugar onde ele havia guardado. De dentro do saco ele tirou o leite e os pães que cheiravam como se tivessem acabado de ter sair do forno.

  "Meus avós construíram uma fazenda um pouco afastado da vila, logo depois começaram a vender leite de vaca fresco. Me deram um quarto e em troca faço pães para eles, sempre trago alguns para Nyla e Amber." ele estendeu o pão e o copo de leite.

   "Agradeço." ele deu de ombros e se virou para acender o fogão a lenha.

    Ficamos em silêncio enquanto eu comia o pão e ele arrumava as coisas para servir na taberna. Me sentei na cadeira mais perto e continuei a comer, a fome realmente estava a me dominar.

  "Não vejo Nyla à uma escuridão. Ela ainda está dormindo?" perguntei a Clint.

   "Nyla foi resolver negócios na vila vizinha. Ela foi a cavalo, não deve demorar muito."

   "Amber fica cuidando dos hóspedes ?" perguntei a Clint e este me encarou e começou a rir. 

  "Amber não sabe cuidar nem de si mesmo quanto mais dos hóspedes." no mesmo instante Amber entrou na cozinha ainda bocejando.

   "Olha como fala Clint a construção consegue ouvir. E se ela ouve, eu ouço!" disse Amber com as mão na cintura e com cara de sono.

    Seus cabelos estavam presos em um coque com vários fios soltos, ela parecia uma menina quando a olhava daquele jeito. 

  "Saudações Ely, deu má sorte em se encontrar com esta mula tão cedo?" disse ela apontando para Clint.

   "Meus comprimentos, na verdade está mais para sorte. Acho que eu teria caído de fome no deque se ele não tivesse aparecido."

    "Acredito que seja verdade, ela já comeu três pães." concluiu Clint sem se importar.

    "Pelo menos tem um bom apetite, espero que tenha sobrado para mim." disse Amber ao se sentar na cadeira que ficava do lado oposto a minha.

    Clint pegou o saco e de lá tirou mais dois pães e os entregou a Amber, que pegou um e o mordeu cantarolando.

  "E o meu muito obrigado?" indagou Clint.

   "Não fez nada além de sua obrigação!" ela mordeu o pão e piscou para ele. Percebi que Clint sorria de lado, mesmo que não desse para Amber ver.

   "O que temos no cardápio hoje ?" perguntou ela a Clint ainda com pão na boca.

   "Pelos reinos Amber, tenha modos! Fale com a boca vazia." advertiu ele enquanto apontava uma colher para ela que antes ele utilizava para bater os ovos "Teremos omelete."

   "Delícia!" celebrou Amber "Ely você vai descobrir que ficou na melhor taberna, pois nenhuma outra tem Clint."

   "A comida de Clint, me lembra muito a de Tenma, os temperos quero dizer. Da última vez que visitei Edyn me lembrava das coisas com menos sabor." disse a ninguém em particular.

   "É porque sou de lá, não que você já não suspeitasse. Minha pele entrega minhas origens."

    Os reinos possuíam características físicas distintas, os traços eram mais marcantes em famílias de sangue puro, como na realeza. Mas, ainda sim os habitantes dos reinos também carregavam as características. Tenma em sua maioria era composta por pessoas de pele morena, olhos castanhos e cabelos pretos, assim como Clint mas, ele tinha traços mais leves que os outros habitantes que eu conhecia.

  "Meus pais eram de Tenma, mas como sabe é um reino mais.." ele fez uma pausa "..difícil de se viver, posso assim dizer, meus avós moravam aqui. Então quando completei 10 ciclos de vida me mudei para essa vila, para morar junto a eles." disse ele sucintamente. Havia vários furos em sua história, mas Clint era prático e contava apenas o que parecia julgar necessário, não perguntei mais nada.

  "E desde então ele vive perturbando minha vida e a de Nyla mas, a comida dele compensa o desgaste emocional que ele nos traz. Por isso nossa taberna é tão famosa, o tempero de Clint se destaca nessa vila." disse Amber.

   "Eu? Perturbando Nyla? Tenho certeza de que se ela for expulsar alguém irá ser a sobrinha e não o forasteiro."

   "Calunias!" respondeu Amber e voltou a comer o segundo pão. "Falando em características, Ely é de Nouri certo ? Seus olhos são verdes."

   "Sim, nasci em Nouri, mas acredito que andarilhos não possuem reinos." respondi sem dar muita atenção para o assunto. 

   "Bom, eu sou de Edyn!" disse Amber como se a revelação não fosse óbvia.

   "Claro que é, com essa pele parecendo da cor da neve seria difícil confundir!" disse Clint brincado, já que ela não tinha a pele tão branca assim. Amber jogou um pedaço de pão na cabeça dele furiosa. 

   "Vai saber! Vocês poderiam confundir, afinal não tenho olhos azuis e nem cabelos pretos!"  disse ela triunfante.

    "Claro que não! Você é da realeza por acaso ? Todos sabem que pela riqueza de Edyn este é um dos reinos que possui maior número de forasteiros, sendo assim tem muita miscigenação. Apesar que a pele clara deve ser um traço forte, porque a maioria do povo de Edyn pode ter mudado a cor do cabelo ou dos olhos, mas a pele branca permanece."

    "Ah lá vai você dar uma de sabidão mas, dizem que quanto mais você se aproxima da central mais dessas características vão aparecendo. Então por mais que você diga, ainda tem gente que não é da realeza e possui os traços!! Então poderia sim surgir a dúvida se eu era ou não de Edyn." concluiu Amber satisfeita por retrucar Clint.

  "Tá bom Amber! Fique com sua falsa vitória, você precisa dela mais do que eu." disse ele com um tom brincalhão e ela jogou mais um pedaço de pão da cabeça dele, mas ele não pareceu se importar "Os biscoitos estão prontos."

    Clint colocou um dos pratos de metal cheio de biscoito sobre a mesa e colocou os que ainda estavam cru no forno.

  "Abra a taberna Amber. Se não vão pensar que não iremos servir nada no café!" continuou Clint.

  "Mas, nós servirmos café apenas para os hóspedes, o restante vai ao mercado de pães ou comem em suas casas." reclamou Amber emburrada na cadeira.

  "Nyla sempre abre, então nós também vamos abrir, ou ela vai te matar vagarosamente quando voltar!"

    Amber levantou ainda relutante, e foi abrir a porta e percebi que também foi tirar poeira e varrer o chão.

    Comi os biscoitos e no terceiro percebi que não cabia mais nada. Clint recolheu minhas coisas e deixou um prato com biscoitos em cima do fogão para não esfriar, imaginei que fosse para Amber quando ela acabasse de fazer as tarefas.

    Passei o restante da luz de sol treinado arco e flecha na parte de trás da taberna, com vários troncos de árvore como alvo. Quando a escuridão chegou entrei comi e fui em direção a cozinha onde estavam Clint e Amber.

  "Você disse que Nyla foi a cavalo para cidade vizinha, por acaso teria outro cavalo que eu pudesse pegar emprestado para caçar? E se pudesse arrumar algum alimento para viajem eu agradeceria, acerto com Nyla depois." perguntei a Clint. 

   "Claro, irei providenciar tudo. Deixarei tudo no celeiro junto ao cavalo." respondeu ele.

  " A caça irá demorar desta vez ?" perguntou Amber.

  "Sim! Fiz um acordo com a missa da casa de carne. Para isso precisarei ir um pouco mais longe e também de um cavalo parar carregar tudo depois. Sairei no primeiro raio de luz. Bom passar na escuridão a vocês dois e obrigada!" me retirei da cozinha e fui para meus aposentos.

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