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O Plano

Lyan 

    Cheguei ofegante e escancarei a porta do quarto de Sely, seu rosto estava pálido e suado, tinha um balde com um líquido fedorento e gosmento bem ao seu lado. 

  "Maldito sejam os germes de Divon e Tyler." Digo entre dentes. 

    Arti estava ao lado de Sely e estava tão pálido quanto ela, mas não por estar doente. Respirei fundo e comecei a pensar. Era uma vila de passagem, tem de ter um curandeiro ali, não sei se o conhecimento dele seria suficiente mas talvez me desse tempo de ir até os Casters e trazê-los até aqui. Não, eles não viram, teria de pegar os remédios e pedir instruções, mas acho que eles não me dariam de bom grado, os Casters não compartilhavam seu conhecimento medicinal, eu sabia pois já tinha tentado os convencer a me ensinar várias vezes. Sai do quarto, não me adiantaria de nada ficar ali, eu teria de procurar alguma informação que me levasse a algum lugar. Desci as escadas e dei de encontro com uma missa com vários ciclos de vida, com os cabelos já esbranquiçados. 

  "Saudações hivess, necessitas de algo?" Pergunta a missa.

  "Minhas saudações a ti, na verdade preciso, existe algum curandeiro na vila?" Ela não demonstra surpresa ou curiosidade com minha pergunta, o que é estranho. 

  "Estas a olhar para uma. Quando se vai alcançando certos ciclos acabamos por adquirir novas formas de nos entreter." Continuo a achar as atitudes dela um pouco estranhas, relaxo.

  "Ah.. não diga coisas assim, tenho certeza que não possuí ciclos suficiente para se encontrar entediada." Digo com um sorriso despreocupado.

  "De fato, ainda não. Já que tiveres tanta sorte e achaste sua curandeira, em que posso lhe auxiliar?" Sorte, rio comigo mesmo. Se este fosse o caso seria algo inusitado nessa pequena aventura. 

  "Minha irmã que está hospedada no andar de cima precisa de uma avaliação. Não está muito bem."

  "Certo. Me leve até ela." 

    A levo até o quarto de Sely e abro a porta. Kven estava na janela, Kaydes sentado em um canto jogando pedrinhas para cima, despreocupado como sempre e Arti se encontrava da mesma forma que o deixei. 

  "Saudações a todos os hivess." A missa cumprimenta a todos no quarto, ela direciona o olhar para Arti e o cumprimenta pelo nome e pede ele para que se afaste, ele vem em direção a mim.

  "O quê a dona da taberna faz aqui?" Pergunta Arti baixo.

  "Disse ser uma curandeira."

  "O que uma dona de taberna há de saber sobre doenças?"

  "Não tenho um visor do futuro, Arti. Ela disse que era uma e eu a trouxe até aqui."

  "E você nem tentou averiguar os fatos?" E lá vai ele de novo me criticando, já estava ficando chato. 

  "Ahh, desculpe minha ignorância, estou com tempo de sobra para sair procurando sábios da medicina com seus certificados de estudos, em uma vila de passagem" Enfatizo bem as últimas palavras. Arti revira os olhos e me ignora, como sempre faz quando não sabe me responder. Vejo Kaydes se levantando e vindo em nossa direção.

  "Nome." Pergunta ele a nós dois. Olho para Arti esperando que o responda, não sabia qual era o nome da missa.

  "Nyla, se não me engano."

    Arti se encolhe envergonhado, já sabendo o que Kaydes iria fazer. Kaydes era o que passaria mais despercebido na vila sendo assim a pessoa ideal para averiguar o fatos como Arti tinha sugerido. Não precisei dizer nada a Kaydes, a tarefa era sua e ele já sabia disto. Eu sabia que Arti não era burro, mas as vezes só tentava se fazer de esperto, lá no fundo eu sabia que ele pensava que tinha algo a provar para mim, mas ele estava tremendamente enganado. 

    Saio do quarto de Sely e jogo meu braços em cima do parapeito de madeira que dava para a taberna, tentando divagar a mente para não me preocupar demais. Os quartos ficam nas extremidades do estabelecimento o centro é aberto e é possível ver praticamente toda a taberna. Estou perdido absorvendo o ambiente e volto o olhar para o alvo do jogo de clarins, me lembro da escuridão passada mas não estava nervoso por perder, não ligava muito para isto. É quando percebo que a pilastra que a mulher estava perto estava exatamente na direção do alvo, a imagem dela recuando um passo me vem a mente. Maldita! Ela não recuou por estar hesitante, ela sabia que a pilastra estava lá e seria uma referência para que acertasse o alvo. Me senti levando um tapa por ser enganado, por mais que ela não soubesse que o tinha feito. Sorrio achando graça e lembro novamente de meu pai e de suas lições. Os reinos, as Arahs são compostas por várias pessoas diferentes que podem até ser melhores do que você, aprenda a deixar o ego de lado, ou isto lhe trará a ruína. Pôde não me trazer a ruína mas com certeza me tirou pins. Quando era mais novo pensava ser o dono de tudo e todos, sempre fui treinado a ser um guerreiro e pensava que era o melhor entre eles, aprendi da pior forma que eu não era nada além de um ser insignificante que ainda tinha muito a aprender.

    Enquanto ainda divagava em minhas memórias felizes, ou não tão felizes, a mulher de cabelos castanhos que acabei por descobrir o nome, Amber, entra na taberna com um saco com algumas coisas verdes quase saindo para fora. Vejo de relance algo laranja, mas a distância e a rapidez com que ela vai até o outro cômodo não me deixa ver mais do que isto. Dou de ombros. Viro de costas para o parapeito e encaro Sely dentro do quarto ainda pálida. Palidez era algo que já tínhamos normalmente, não sei como ela conseguiu ficar ainda mais branca do que antes, isto deveria ser estudado, só acho. Vejo Nyla se levantar e falar alguma coisa com Arti e depois vem até mim. 

  "Ela ficará bem, posso obter as ervas para que acelere sua cura, lhes darei antes do chegar da lua. Aconselho que a deixe em repouso e a dê muito líquido além dos medicamentos que lhe proporcionarei." Disse ela como se fosse algo natural. 

  "Agradeço. Quanto te devo?" Pergunto já colocando as mãos no bolso.

  "Acertamos no terminar de sua estadia, ainda terão de acertar as escuridões que ficarão a mais." Concordo com a cabeça e ela desce as escadas. Entro no quarto de Sely.

  "Acredito que agora teremos que revezar para permanecermos com ela, até mesmo durante a escuridão." Diz Arti. Olho para ele com um sorriso brincalhão no rosto, mas ele me corta antes que eu fale qualquer coisa "Não comece Lyan!"

  "Do que está falando? Não disse nada." Falo entre risos. A tensão no quarto havia sumido um pouco. Finjo estar organizando um quadro e vou falando alguns turnos "Então Arti, tem preferência com algum? Tipo o da escuridão" Em questão de raios vejo algo voando na minha direção desvio sem muito esforço sem saber o que era, viro para trás e vejo um saco com penas que usávamos para colocar a cabeça. "Ui, mortal!" Brinco me referindo a sua arma letal.

  "Idiota!" Os ombros de Arti relaxam. Preocupado demais. Sorrio de canto para ele e ele retribuí. Sim, relação complicada eu sei. "Devo ficar esta escuridão, tú e Kaydes são os que menos dormiram em nossa trajetória e Kven ficara de guarda na escuridão que passou." Concordo seriamente com ele, sabendo que este era o raciocínio mais lógico. Saio do quarto como que não querendo nada e pego o saco com penas discretamente enquanto Arti ainda estava distraído. Aponto para a cabeça dele.

  "Segure essas mãos em?" Ele se vira na minha direção pronto para me responder e jogo o saco em sua direção, ele desvia, é claro e eu saio correndo. 

  "Quantos ciclos tú tens Lyan, seu idiota!" Ouço Arti gritando nas minhas costas ainda dentro do quarto. Seu vocabulário de xingamento era limitado a idiota, assim como grande parte da população de Edyn. Desço as escadas confiante que sua irritação por mim ocupara um pouco das preocupações em seus ombros. 

    Bato na porta que acreditava que dava a cozinha na esperança de conseguir algo para comer. Amber aparece em poucos raios.

  "Ohh.. Saudações hivess." Diz ela passando por mim e indo até o balcão com um pano em uma das mãos.

  "Saudações missa, pode me chamar de Lyan."

  "Vejo que não estas derrubado, depois de tantas canecas que bebeste na escuridão passada, pensei que irias acorda apenas na alvorada seguinte a esta."

  "Sou resistente." Digo brincalhão.

  "Percebi. Então o que desejas?" Pergunta ela enquanto limpava o balcão.

  "Acredito que mais ale não seria apropriado." Ale era a bebida alcoólica mais comum de todos os reinos, seu maior produtor era Nouri, as sementes eram produzidas com facilidade na região e por isto os maiores produtores estavam lá, era a maior fonte de renda do reino.

  Amber percebe que eu estava brincando e sorri "Ahh, devo dizer que é extremamente apropriado beber em pleno raio de sol, não vejo por que não." 

  "Sabia que era inteligente, mas vou ficar com copo de leite e pão. Sinto que se eu abusar um hivess ali no andar de cima tentará me matar."

  "E já não tentou?" Ela pisca para mim e entra cozinha a dentro. No mesmo instante que a porta se fecha atrás dela a da taberna se abre revelando um hivess moreno de cabelos castanhos, ele logo me encara.

  "Saudações." 

  "Saudações a ti." Respondo. Meus olhos vão em direção a mão dele que continha uma fornada de pães assados e na outra um saco fechado. O cheiro estava ótimo. "Então, vejo que é o cozinheiro." 

  "Sim. E tú o encrenqueiro."

  "Acho que este título é de Arti. Sei lá, mais a cara dele já que não fui eu à agarrar o colarinho de alguém." O cozinheiro franze a testa.

  "És um pouco informal para um nativo de Edyn, não?"

  "És um pouco formal para um nativo de Tenma, não?" Rebato a pergunta. Hivess sério, me lembrava Arti.

  "Nasci em Tenma, mas passei a maior parte de meus ciclos em Edyn. E qual seria a sua desculpa?" Pergunta ele. Dou de ombros e ele não insiste no assunto. Nada curioso, não era tão parecido com Arti, já que ele com certeza teria insistido no assunto. "Desejo a ti uma ótima alvorada." Conclui ele.

  "A ti também." Ele acena com a cabeça e estava prestes a entrar na cozinha quando Amber sai da mesma.

  "Clint!! Atrasado" Exclama Amber.

  "Olha quem está a criticar." Diz ele colocando os pães nas mãos de Amber. "A farinha acabou, tive de esperar o mercado abrir para adquirir mais."

  "Harram.. sei que dormiu além do que devia, podes confessar." 

  "Meu nome não é Amber." Responde.

  "Pêsames para ti, seria mais bonito se fosse." Ele revira os olhos e sorri, mas ao se lembrar de que eu estava lá para ver parou de sorri e entrou cozinha adentro dizendo que iria preparar mais algumas coisas.

  "Clint é o cozinheiro. Aqui está seu leite e o pão, que por sorte acabou por chegar se não teria de lhe servir algo já estragado no canto dos armários de Clint." Amber faz um cara de nojo, acho graça. "Então és da capital?" Ela solta do nada e começo a rir quase engasgando com o leite que já estava descendo pela minha garganta, ela era muito direita. Normalmente os moradores de Edyn eram um pouco mais discretos, acho que isto não se aplicava a ela.

  "Sim e não, moro nas proximidades. Um pequeno vilarejo a espreita da capital."

  "Como é a capital?" Ela apoia os dois cotovelos no balcão e coloca a cabeça apoiada na duas mãos, seus olhos brilhavam de curiosidade.

  "Agora.. Sufocante." Não preciso pensar duas vezes para responder, mas vejo seus olhos desapontados. "Por causa de tanta gente" Tento me redimir virando um pouco o rumo da conversa "A capital é cheia e barulhenta não tem a calmaria de uma vila, mas é extremamente linda." 

  "Ahh não me importaria nem um pouco de me sentir sufocada por ter muitas pessoas ao meu redor. Desejo muito ir até a capital." Ela fala sonhadora. Me redimi facilmente. 

  "Não vai se arrepender, é mesmo um lugar que todos deveriam conhecer." Digo com sinceridade, o que a capital era para mim não haveria de ser para ela.

  "Eu irei." Diz ela. 

  "Mas sua vila não é nada ruim." Digo mudando de assunto.

  "Não mesmo, pelo menos aparece algumas pessoa interessantes. Tú e seus amigos, tem Ely também, até mesmo Tray eu acabei por tomar um certo tipo de afeição." Ligo o nome Tray ao ladrãozinho esperto da escuridão anterior. "Não é um desperdício passar os ciclos por aqui, acaba por ser bastante divertido." 

  "Sua amiga é bem habilidosa , acho que tiveram sorte de encontrar uma boa caçadora."


  "Ely? Acredito que fora ela que nos encontrara. Uma escuridão qualquer, simplesmente apareceu na vila e ofereceu seus serviços a Nyla em troca de um aposento para descansar. No final a situação serviu a todos muito bem."

  "Hum.." 

  "Mas Ely é muito reservada, todavia é amigável e bem informada. Sabe bastante sobre os reinos já esteve em todos os três e conhece bastante da cultura de cada um. Ela parece um tanto quanto assustadora no começo mas com o passar dos raios você percebe que dialogar com ela é bastante interessante, principalmente se Tray estiver por perto, ele é deveras engraçado é uma dupla singular."

  "Eu que o diga, fui extorquido pelos dois em nosso primeiro encontro." Digo brincando e ela começa a gargalhar.

  "De fato, fora um excelente primeira impressão." Eu diria péssima, já que não estava nem um pouco afim de ficar perto da mulher de turbante, mas tinha coisas mais importantes do que meu querer, infelizmente ela era um arqueira.

  "A conversa está ótima mas preciso levar um pouco de comida aos meus companheiros pomposos. Posso ter mais alguns pães e copos de leite?"

  "Claro!" Ela sai por alguns raios e volta com um saco que exalava cheiro de pão e um bandeja cheia com uma jarra de leite e vários copos "Quer que eu lhe ajude a levar?"

  "Não precisa" Pego uma das bandejas na mão, sem problemas para equilibrá-la e o saco de pão na outra. Subo as escadas e entro no quarto de Sely, coloco a bandeja no móvel perto da janela e abro o saco de pães, vejo que há em torno de sete pães lá dentro pego um e mordo enquanto sento no chão. Arti e Kven não demoram muito para pegarem suas porções.

  "Devemos enviar uma mensagem informando que haveremos de nos atrasar?" Pergunta Kven a Arti.

  "Não tem necessidade." Respondo no lugar de Arti, que não demonstra surpresa alguma.
  "Perdão? O deixará esperando?" Kven agora se direciona a mim. 

  "Não. Partimos bem antes do combinado a intenção era chegar antecipado e dar uma sondada na área. O prático de fazer isto é que também ganhamos tempo caso uma intercorrência aconteça." Giro o pão a cima de minha cabeça "Ou no nosso caso, várias intercorrências." Kven direciona o olhar para Arti que dá de ombros. 

  "Sinto cheiro de pão." Kaydes chega abrindo a porta colocando o focinho para dentro, foi direto para o saco pegando um pão e depois um copo de leite.

  "Descobriste algo?" Dispara Arti antes que Kaydes mordesse o primeiro pedaço do pão.

  "Nada interessante, ela é mesmo uma curandeira. Fora treinada pela missa que vende as ervas medicinais, aparentemente é uma das únicas que teve autorização para aprender."

  "Autorização?" Pergunto, não precisa de autorização para ser uma curandeira de vila.

  "Foi a palavra que usaram, mas quando tentei saber mais a fundo ninguém sabia explicar ou não queriam. Mas parece que alguém da vila sabe mais que ela, mas não deu pra descobrir quem era. Fiquei com fome e voltei, achei que o essencial era só descobrir se podíamos ou não confiar nos seus medicamentos."

  "E era." Digo, mas ainda intrigado com a palavra autorização.

  "E a arqueira o que descobriu?" Me pergunta Kaydes com a boca cheia de pão.

  "Arqueira?" Pergunta Arti.

  "Você falou com ele, né Lyan?! Te disse para contar o mais rápido possível." Repreende Kaydes.

  "Me contar o quê?" Todos olham para mim e eu me volto para o pão como se ele fosse a coisa mais interessante do quarto. Não estava afim de falar de algo que ainda não havia me decidido. Kaydes joga os braços para cima e se volta para Arti.

  "Precisamos da arqueira." Dispara Kaydes. Vejo Arti ficando vermelho.

  "De forma alguma!! Estas fora de si?" Ele se levanta da cadeira nervoso.

  "Arti você sabe que nossa formação tem um furo enorme sem Divon e Tyler, nosso grupo foi montado com pessoas limitadas, por que você não queria muita gente. Agora veja só! Estamos em falta." Kaydes também se levanta. Eu só observo, para variar um pouco, era até divertido.

  "Não teria como adivinhar que DOIS de seus soldados viriam a ficar doente o meu está ao meu lado saudável." Arti aponta para Kven. 

  "Sim, mas não muda o fato de que precisamos de um arqueiro e tem uma de bandeja logo ali do lado de fora e ainda é muito boa." 

  "Pelos reinos Kaydes, como sabes que ela é boa? Acertar uma adaga no centro de um alvo a alguns metros de distância não há de lhe dar um título de melhor arqueiro da região. Vale ressaltar que o próprio Lyan nunca colocou a mão em um arco e todavia acertou o alvo várias vezes e errou por pouco o centro ainda vendado. Isto não o torna um bom arqueiro, na verdade provavelmente há de ser horrível nisto." Dispara Arti.

  "Obrigada!" Digo fingindo receber o insulto, mas eles me ignoram.

  "Lyan não é base para merda nenhum e você sabe disso. Tente acertar um alvo vendado, duvido que irá acertar!" Eu também duvidava, mas guardei minha concordância as palavras de Kaydes comigo mesmo, estava ali só para assistir. "E olha que você ainda foi treinado para usar a besta, sua mira tem de ser no mínimo razoável."

  "Estás a duvidar de minhas habilidades?" 

  "Importa? Não é esta a questão aqui, precisamos da arqueira."

  "Prestes bem atenção Kaydes, eu estou a comandar a missão e não irei por todos em risco por conta de um palpite sobre uma arqueira qualquer a qual nem conhecemos."

  "Ha! Você está comandando?" Kaydes o desafia.

  "Sim! Tens algum problema com este fato?" 

  "Kaydes." Digo baixo o suficiente apenas para ele ouvir. Kaydes suspira fundo e se senta novamente ao meu lado.

  "Foi o que pensei." Arti se vira nervoso e senta olhando em direção a Sely, que ainda dormia mesmo depois da gritaria dos dois. Sely dorme igual a um urso quando hiberna, nada a acorda.

  "Vocês dois são muito estourados!" Digo cutucando seu abdômen com meu cotovelo. Ele me olha com cara feia.

  "Por que ficou ai sentado que nem um tolo?" Conversávamos a meio tom e nenhum dos dois conseguia nos ouvir.

  "Primeiro, estava evitando o que você acabou de fazer. Arti já está descontrolado, falar da arqueira agora não seria o melhor momento. Segundo, não me decidi se devemos ou não recrutá-la." Arti era uma bomba preste a explodir desde que saímos nesta missão ele nunca foi o homem mais paciente dos reinos, mas desta vez ele estava sendo insuportável. Eu sabia o motivo e por isto ainda não tinha eu mesmo xingado ele, envés disto as vezes apenas o provocava, nada demais. Kaydes era a pessoa mais volátil que eu já havia conhecido, não aceitava afrontas e se irritava facilmente, principalmente quando considerava uma pessoa ignorante e para ele era exatamente isto que Arti era. O mais interessante de Kaydes era que na mesma rapidez que sua raiva vinha, ela também se dissipava.

  "Descobriu algo?" Pergunta ele quase voltando ao seu estado normal.

  "Absolutamente nada. A missa, Amber, é bem falante mas aparentemente nem mesmo ela sabe algo útil. A arqueira não é daqui e parece que anda muito entre os reinos. Talvez seja uma andarilha qualquer que ganhe suas pins de vila em vila caçando e acabou por ficar boa nisto. Conversando com Amber ela deu a entender que conheceu o garoto a poucos ciclos, então ele também não é daqui e não acho que ele e a arqueira se conheçam a muito tempo afinal a mão dele ainda estava enfaixada, ou eles tem um relação muito estranha de ficar provocando um ao outro roubando cavalos e perfurando mãos de conhecidos ou eles se conheceram neste evento e o garoto acabou se apegando a ela. Ela não se mostrou útil ainda. Existe uma grande diferença em caçar animais e estar disposta a atirar em uma pessoa para matar."

  "Não estamos falando em matar ninguém Lyan. Você sabe que ela seria só um conforto de uma retaguarda. Você também sabe que a probabilidade de alguém nos interceptar no caminho até Tenma não é grande."

  "Mas existe e se ela existe prefiro não confiar minha retaguarda em alguém que hesitaria."

  "Lyan, usa esse lado calculista seu para chegar a lógica que podemos não ter a chance de encontrar outro arqueiro andando de bobeira, não é você que sempre diz que a mesma oportunidade dificilmente aparece duas vezes?" Olho para Kaydes e sorrio.

  "Não vale usar minhas frases contra mim. Não sabemos nada sobre ela, nisto Arti está certo."


  "Bom, graças aos germes de Divon e Tyler, agora teremos algumas alvoradas para descobrir." Ele abre um sorriso bem iluminado e o retribuo concordando com sua perspectiva. 

  "Certo. Então o que achou da vila?" Pergunto

  "Da vila não posso falar, mas aquela missa que serve aqui na taberna.. Bom, gosto muito do que vejo." Começo a rir de Kaydes.

  "Você não presta."

  "Ahh por favor Lyan, sei que você também reparou. Ela com certeza reparou em você, encontrei ela nesta alvorada e a primeira coisa que perguntou é se você tinha sobrevivido a bebedeira da escuridão passada."

  "Foi praticamente a primeira coisa que me falou quando me viu. Mas ela não estava aqui quando você saiu, chegou um pouco depois."

  "Encontrei ela quando fui procurar informações da dona da taberna. Ela é mesmo falante, me contou que na escuridão anterior Nyla tinha feito uma lista de várias coisas que ela tinha que comprar assim que a alvorada chegasse. Não parava de reclamar, dizendo que não gostava muito da missa que era dona da casa medicinal e que não gostava nem um pouco de ir até lá. Depois começou a falar que estava atrasada para limpar as coisas na taberna e saiu correndo. Gostei dela."

  "Hurrum, dela ou do corpo?" Kaydes riu e me empurrou com o ombro.

  "Sou um moço de família, não tenho olhares impuros." Ele faz uma imitação barata que imagino ser de Arti e eu caio na gargalhada. Ele me olha maldoso. "Falando em corpo, acho que alguém aqui se interessou na arqueira." Fecho a cara. "Sabia! Há! Nunca vi alguém te irritar tão fácil em todos meus ciclos de vida." As vezes realmente me tirava do sério o fato de Kaydes me conhecer tão bem, ele me conhecia até melhor que Arti e olha que cresci com ele.

  "Não me interessei por ninguém, na verdade acho que distanciamento eterno é o que gostaria apesar que tenho quase certeza que isto não existe." Digo parecendo uma criança. Kaydes ri ainda mais alto, gostando de poder tirar uma com minha cara para variar.

  "O quanto ela te irrita me faz querer que ela venha conosco ainda mais."

  "Vá para as profundezas do abismo Kaydes." Digo sério mas com um tom de brincadeira.

  "Vai ser divertido. Enquanto estávamos conversando com ela seu sarcasmo se foi, vai ser maravilhoso não ouvir suas brincadeiras por vários ciclos."

  "Ahh não se preocupe, se isto acontecer quando estivermos sozinho descarregarei todas minhas adoráveis piadas em cima de você." 

  "Não obrigado, seguirei ela todo o tempo. Afinal já que você quer evitá-la se ficar perto dela ficarei longe de você."

  "Ohh Kaydes. Tenho dó de seus pesamentos, já esqueceu que quando voltarmos será apenas eu e você? "Ele fecha a cara, sabendo que é verdade. Eu rio de sua derrota e logo depois ele me acompanha. 



Notas: Olaa!

Tudo booom?

A amizade de Kaydes e Lyan é algo tão natural que até mesmo eu me impressiono com o vinculo de irmandade que os dois tem!

Espero que estejam gostando! Comentem bastante para mim poder saber a opinião de vocês!

Abraços!

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