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A Arqueira

Lyan

  "Kaydes está demorando." Disse Sely preocupada olhando para a floresta.

  "Ele só está vadiando por aí, não se preocupe com ele." Respondo enquanto tento acender a fogueira.

  "Vigie a boca." Disse Arti claramente nervoso.

  "Ah..peço perdão, eu disse algo que ofendeu seus ouvidos pomposos?" Digo sem pensar, tenho quase certeza que minhas respostas tem vontade própria. Ele apenas me lança um olhar me censurando, em resposta levanto as mãos como que em um ato de redenção cínica.

    Eu e Arti estávamos em pé de guerra desde de que discutimos sobre a nova formação. Ele não gostou do meu plano e me atacou com várias falhas que este tinha, como se eu já não soubesse da existência de cada uma delas, a tática era minha, óbvio que eu conhecia cada uma de suas falhas. Mas era o que podíamos fazer, já que não tínhamos Tyler e Divon. Arti como gênio que é, apontou o dedo para criticar, mas não deu nenhuma sugestão e quando falei que estava disposto a ouvir o seu plano perfeito ao qual ele obviamente não tinha, finalmente calou a boca. Foi um grande alívio não ouvir mais sua voz. Mas agora aqui estávamos, ele me corrigindo por coisas idiotas sempre que tinha chance e eu liberando meu sarcasmo deliberadamente tendo ou não a oportunidade.

  "Vocês dois estão insuportáveis, isto sem constar o fato que estão agindo feito crianças." Repreendeu Sely. Nenhum de nós dois diz mais nada, Sely era a única que conseguia se meter entre nós, sempre foi assim. Eu chamava ela de efeito calmante.

    Acendi o fogo e olhei para Kven que estava cortando as carnes que eu trouxe a alguns raios atrás. Ele percebe meu olhar e troca de lugar comigo, colocando a carne para assar. Eu, Kven e Kaydes, comíamos a comida que nós mesmo caçávamos. Graças ao maravilhoso universo, destino, sorte ou seja lá o que foi que me causou tantos problemas, o desvio para levar Divon e Tyler a um lugar seguro nos atrasou. Então para que a comida não acabasse, deixamos nossas porções para Arti e Sely comerem, eles não estavam acostumados a comer carne daquela forma. Lembro de Sely insistindo que não deveria receber tratamentos especiais, primeiro achei engraçado ela fazendo caretas enquanto tentava comer o lagarto praticamente cru, mas depois que ela vomitou me senti um idiota por deixar ela fazer algo tão desnecessário. Ela não tinha nada a provar. Quanto a Arti, já tínhamos brigado então não me importava com que ele fazia ou não. Enquanto esperava a carne, ouvi passos se aproximando, em questão de raios vejo Kaydes aparecendo entre as árvores, não precisava olhar duas vezes para saber que ele estava nervoso.

  "Sério Lyan, como você sempre encontra um jeito de me irritar?" 

  "Você poderia ser um pouco mais especifico? Estou perdido dessa vez."

  "Obviamente você está!!" Ele devolve a besta para Arti e recupera o fôlego. "Tem uma vila logo a frente seu imbecil!!"

  "Ahh, então ela está próxima."Digo sem interesse na informação.

  "Você disse que estava longe."

  "Não, não! Você está distorcendo minhas palavras meu querido amigo, eu disse que não sabia a qual distância estávamos, vocês estavam com fome e disseram que devíamos parar e caçar."

  "Você é uma pedra bem incomoda na minha bota!" Disse ele.

  "Também te amo."
  "Vá se ferrar." Olho para Arti no mesmo instante que estas palavras são praticamente cuspidas da boca de Kaydes.

  "Ah seus ouvidos pomposos só se incomodam quando eu falo?"

  "Sim, seu timbre de voz é irritante." responde Arti.

  "Ah farei questão de falar ainda mais que o usual então."

  "Isto ha de ser possível?" Pergunta Arti.

  "Calem-se os dois, eu to com fome e cansado, não peguei o coelho e quase perdi minha mão. Vamos levantar acampamento e ir para vila, algo me diz que pelo menos terei carne." Disse Kaydes enquanto juntava suas coisas e colocava sobre a carroça.

  "Não, espera aí. Perder mão e coelho, estas coisas me interessaram bastante, algo me diz que é uma história que vale a pena conhecer para jogar na sua cara no futuro." Digo enquanto levanto para começar arrumar as coisas.

  "Na verdade não é tão interessante assim, mas encontrei um arqueira." Parei o que estava fazendo e olhei para Kaydes, que já estava mais calmo. "Achei que pudesse lhe atiçar a curiosidade."

  "Boa?" Pergunto ao me aproximar.

  "Boa o suficiente para quase me fazer ter um buraco na mão. Mas não sei nada além disto."

  "Hum.. Fazer um buraco na sua mão não é tão difícil, seria mais surpreendente se me dissesse no seu cérebro já que ele é pequeno, isto sim seria um alvo difícil de acertar." Kaydes riu alto, sua irritação ia embora muito rápido.

  "Esta foi muito boa."
  "Eu sei." Digo me vangloriando.
  "Apresem-se!" Diz Arti.

    Acabamos de levantar o acampamento rapidamente. Não tinha ninguém dentro da carroça porque ainda não tínhamos livrado a coitada dos germes de Tyler e Divon, estávamos a cavalo. Não demoramos a chegar a vila, acho que isto iria irritar até mesmo Arti, mas esta parte seria um bônus. Estávamos imundos e até eu estava com fome. Kaydes era um péssimo caçador assim como Kven, então este era mais um fator para meu amigo aparecer tão irritado no acampamento. Águas passadas, ele já voltou ao bom humor.

  "Como saberemos em qual taberna adentrar?" Pergunta Sely.

  "Procure a mais cheia." Responde Kaydes.

  "Mas esta não a de ser a pior das escolhas, pois se há muita gente, também quer dizer que o alimento será escasso."

  "Seu raciocino faz sentido C.."Bato no cavalo de Kven antes que ele fale mais de sua burrice. Ele apenas aperta as rédeas do cavalo e me encara.

  "Sejas mais cauteloso Kven!" Repreende Arti.

  "Sim ele faz sentido, mas nesta escuridão temos outro objetivo além da comida. Mas acredito que falta de carne não será um problema que enfrentaremos nessa vila." Responde Kaydes ignorando a burrice do nosso companheiro.

    Avistamos um senhor andando pela rua de mãos dadas com sua mulher. Desço do cavalo e vou até eles.

  "Meus comprimentos a vós. Eu e meus amigos estamos de passagem pela vila e necessitamos de uma taberna e uma estalagem. Vós estarás fazendo um imenso favor a cada um de nós se pudessem nos indicar algumas que consideres boa." O casal me avaliou e a mulher sorriu.

  "Meus comprimentos a ti hivess. Apenas uma me vem a mente, estamos a caminho de lá nós mesmos já que tem a melhor refeição da vila. Ela se chama "Solnascente". Não será difícil de encontrar, siga esta estrada de pedra e com toda certeza irá vê-la de longe. Grande parte da vila deve ir a este destino nesta linda escuridão lunar." 

  "Meus agradecimentos a vós." Abaixo a cabeça  e volto para onde todos estão.

  "Bom saber que ainda lhe resta um pouco de modos." Provoca Arti.

  "Ahh não se engane, isto ali é só fingimento." Encaro Arti, que por sua vez apenas guia o cavalo na direção que a missa nos indicou.

    A missa tinha razão, a taberna foi fácil de encontrar. Depois de arrumar nossas coisas, entramos no local. Todos estavam bem felizes, alguns nos olharam pelo canto do olho, tentando nos identificar, mas nos ignoraram logo em seguida. A taberna estava muito cheia, talvez o palpite de Sely não fosse mesmo ruim, era muita gente para comer.

  "Tem uma mesa disponível naquela direção." Apontou Sely. Muitos olhavam para ela, mesmo suja ainda se destacava, como sempre. Olho para Arti e vejo que ele acaba de ficar ainda mais nervosos com os olhares direcionados para Sely.

  "Ela é uma garota bonita Arti, supere, eles sempre vão olhar." Sinto orgulho de mim mesmo por dizer uma frase para Arti com a intenção de confortá-lo envés de irritá-lo.

  "Isto não elimina o fato de que não aprecio tais olhares." Responde ele entre os dentes. 

  "Você não tem que gostar, não é sua tarefa. Além de que, você é o último aqui que poderia dizer algo, afinal foi você que permitiu essa babaquice." Ao terminar de dizer a ultima palavra, percebo que meu momento confortá-lo durou pouquíssimo raios, meus maus modos de irritar os outros já estavam ativos de novo.

  "Não me venha pregar sermões Lyan. Ela pode ser sua irmã, mas quem permaneceu ao lado dela fui eu, tú escolheste fugir."

  "Escolhi? Temos um ponto de vista um pouco diferente quanto essa afirmação." Respondo com calma. "O covarde é você que a permitiu estar aqui. A culpa é sua então não me venha com essa de que eu fugi." Quando terminei a frase Arti se virou nervoso e agarrou minha gola e cerrou os punhos, pronto para me socar. 

  "Quer mesmo falar de covardia Lyan?" Os olhos de Arti ardiam em fúria. Já os meus tenho certeza que não mostravam nada além de tédio. 

  "Idiotas, vocês estão chamando atenção!" Kaydes nos repreendeu, mas Arti tinha estourado então não recuava e eu, não ligava. Antes que ele tentasse me acerta no rosto, vi um vulto de uma mulher de cabelos castanhos e surpreendentemente uma caneca de cerveja apareceu entre nós.

  "Meus caros hivess, adoraríamos um espetáculo másculo nesta maravilhosa escuridão, mas o que acham de deixarmos tais coisas para depois?" Ela sorri e Arti solta meu colarinho, a missa então sussurra. "Eu mesma apreciaria observar dois hivess musculosos com rostos tão esculturais brigarem, rasgarem as camisas e todas essas pequenas coisas que acontecem em uma briga, mas temo que esta não seja a vontade de todos os meus clientes." Ela termina sua fala colocando a caneca na mão de Arti e pisca para mim. "Acredito que estás em dívida comigo bonitão." Não me aguento e caio na gargalhada. 

  "É mesmo?" Digo entre risos. "Me certificarei de pagá-la."

  "Esperarei ansiosamente."  Ela desvia o olhar de mim, e volta-se aos outro. " A mesa está vaga, por que a missa e os hivess não se assentam, irei lhes proporcionar a refeição que desejarem."

  "Devo lhe pedir perdão por esta cena ultrajante missa, acredito que a nossa longa trajetória fez com que estes dois perdessem a sanidade." Sely estava mais vermelha do que o sol, sua vergonha tinha chegado ao ápice. 

  "Não a com o que se preocupar missa, separar alguns hivess costuma ser parte do ofício" Ela sorri amigavelmente "..mas tenho de confessar que separá-los talvez tenha sido o maior erro de minha escuridão, afinal seria um privilégio ver suas camisas rasgadas." Eu começo a rir novamente e Kaydes me acompanha, Sely fica ainda mais vermelha e Arti vira o rosto constrangido. 

  "Ah então acredito que devo te pedir perdão por te privar dessa visão?" Digo entrando em sua brincadeira.

  "Exato! Agora eu vejo um pedido de desculpas plausível a minha terrível decepção." Ela sorri e se volta a todos. "O quê posso lhes trazer nesta maravilhosa escuridão lunar?"

  "O que tens a ofertar?" Pergunta Arti, agora que se recompôs. Eu e Kaydes ainda estávamos rindo.

  "Estais com sorte, nesta escuridão estamos celebrando a temporada de calor que foi agraciada a nosso reino. Então temos variadas opções, cervo, ave ao molho doce, ensopado de galinha e coelho assado. Os acompanhamentos da carne são sementes brancas ou sopa de legumes."

  "Estou maravilhada, me admira que tenhas tantas opções de carne, esta vila deve manter ótimas relações com fornecedores e comerciantes." Sely estava com os olhos brilhando, todas as vilas que passamos não tinham mais do que um pouco de carne de porco ou galinha.

  "Algo bem similar a isto." A missa sorri. "O que desejam?"

    Por indicação todos pedimos o cervo, a carne em si já era muito boa, mas a missa nos disse que o cervo do cozinheiro era conhecido como o melhor de toda região. 

  "Sabe Kaydes, acho que você deveria ir até o cozinheiro e reivindicar o posto de preparar o melhor cervo da região, acredito que ele entraria em êxtase pelo sabor de sua comida!" 

  "Lyan, estou com tanta fome que irei ignorar seu comentário, ou melhor irei ignorar sua presença, fará minha escuridão maravilhosa." Quando abri a boca para responder Kaydes, Sely se levantou e puxou minha orelha e a de Arti.

  "Vós pareceis duas crianças, o que lhes passava a mente quando quase arrumaram uma briga dentro de uma taberna? Tenham consciência do que estamos fazendo aqui!"

  "Acaba com eles Sely!" Torce Kaydes.

  "Estamos passeando? Férias em família e amigos, hull." Digo animado.

  "Um ciclo ainda lhe faço engolir esse sacarmo." Diz Arti.

  "Oh! Te desafio a tentar!" Respondo o provocando. Arti não conseguia me tirar a calma, não era muitos que tinham êxito ao tentar. A irritação dele só me fazia querer irritá-lo ainda mais.

  "Calem-se os dois" Sely sussurra em nossos ouvidos, apertando nossas orelhas com mais força. "Eu lhes peço por favor, chega." Sua voz era doce e calma, ela solta nossas orelhas e volta-se a sentar. Arti se acalmou no mesmo instante que Sely disse por favor. Eu sabia que não teria mais como irritá-lo. O efeito calmante operou mais uma vez.

  "Esta mesa é bem agitada" Diz a mulher aparecendo com várias tigelas na mão. Ela começa a colocá-las sobre a mesa.

  "Foi rápido." Diz Kven pela primeira vez.

  "Como podes perceber a taberna está cheia, é sempre assim em dias de comemoração. O cozinheiro é bem preparado para tais eventos. Desejo a mais maravilhosa das refeições a vocês." A mulher de cabelos castanhos se retira tão rapidamente quanto chegou. 

  "Pelos reinos, que maravilha é essa?" Ouço Kaydes dizer. 

    Não me demoro a pegar minha tigela e levar o pedaço de carne a boca, chego a conclusão que maravilha é insuficiente para descrever o sabor do cervo. Aquilo estava além do meu vocabulário.

  "Acho que nem você consegue estragar este momento Lyan." Kaydes coloca mais um pedaço de carne na boca e fecha os olhos.

  "Kaydes, vou te trocar pelo cozinheiro."Digo entre uma colherada e a outra.

  "Justo. Eu também me trocaria por ele." Eu rio de seu comentário e logo depois volto a comer.

    Todos ficamos calados aproveitando a refeição, pensei que a missa estava exagerando quando elogiou o cozinheiro, mas eu não poderia estar mais enganado. Estava para colocar outra colher na boca quando sinto algo quase insignificante perto do meu bolso. Levo a mão abaixo da mesa, encontro um braço e o puxo.

  "O que temos aqui?" Um menino magro com bem menos ciclos que eu sai de baixo da mesa com meu puxão. Todos param de comer e olham na minha direção.

  "Sou um menino, você é cego?"

  "Jura? Por alguns instantes pensei que fosse um animal ou um inseto, acho que preciso avaliar minha visão." 

  "Haha, muito engraçado."

  "É eu sei, obrigado pelo elogio."

  "Você é sempre tão convencido?"

  "Sim, ele é!" Responde Kaydes e volta a comer.

  "Acho que você está com algo que pertence a mim." Estendo a mão esperando meu saco de moedas. Ele tira a mão de trás das costas e coloca meu saco de pano cheio de pins na minha mão. Kven estava preste a se levantar já com a espada na mão quando o olho rapidamente, dando-lhe um sinal para permanecer sentado. " O que farei com você mãos leve?" Digo me divertindo com o garoto, ele leva a mão a cabeça como se estivesse tentando pensar em um jeito de escapar. Seus olhos brilham quando ele vê algo atrás de mim. Viro para trás, mas não vejo nada.

  "Já que você é tão esperto e inteligente, o que acha de fazermos uma aposta?" Pergunta ele, todos da minha mesa param de comer e olham para nós.

  "Interessante, continue."

  "Aposto que você não consegue ganhar uma rodada de Clarins." Diz o garoto enquanto sorria. 

  "Você esta apostando nas minhas habilidade de mirar?" Eu rio. "E quais são os termos?"

  "Nada demais, a única coisa que precisava fazer é ganhar uma vez, se não ganhar metade dessas pins são minhas." Diz ele apontando para o meu saquinho. Avalio a aposta, há duas aberturas. Primeira: Se empatássemos eu também perderia meu dinheiro. Segunda: Ele não disse que seria meu oponente. Normalmente quando alguém é muito convencido de suas habilidades faz questão de colocar a palavra EU no desafio e como ele não o fez, acredito que meu oponente seria outra pessoa.

  "E o que eu ganho? Você não parece ter muito dinheiro consigo." 

  "Não tenho, mas te dou o que quiser em troca."

  "E o que um ladrão pode me dar?" Pergunto interessado, ele abre um sorriso charmoso.

" A pergunta correta não seria, o que um ladrão NÃO pode roubar?" Abro um sorriso, e ouço Kaydes sussurrando "Merda!". Claro que ele já sabia minha resposta. Mesmo sabendo que algo imprevisível podia aparecer, aceitaria a proposta apenas por que o garoto me cativou. 

  "Feito, mas vamos mudar uma parte, você ganha apenas se eu perder!" Estendo a mão e o garoto a aperta, concordando com os termos.

  "Já volto." Ele vira e sai andando por entre as pessoas da taberna.

    Vasculho o ambiente e o encontro em uma mesa bem nos fundos, ele conversava com alguém que eu não conseguia ver o rosto, na verdade não conseguia ver nada, a pessoa estava coberta da cabeça aos pés, literalmente. O garoto junta as mãos implorando e mesmo assim a pessoa não se move. Até que por fim ele diz algo e ela se levanta e caminha na nossa direção. Quando ela chega perto, não consigo fazer nada além de admirá-la. Suas roupas eram bem diferentes das que eu estava acostumado, ela usava uma coturno de couro preta e uma calça de malha grossa cheia de detalhes em um tom bem escuro, uma camisa bege parecia estar em baixo do pano preto que estava enrolado em seu pescoço, o pano era irregular, mas tampava seus braços e caia até a metade da barriga, ela era uns mais baixa do que eu, mas sua aura não passava esta impressão. Na sua cabeça um pano cinza enrolava todo o seu cabelo. Ela perfeita da cabeça aos pés, mas o mais incrível era seu rosto, se um dia precisasse descrevê-lo acredito que não seria capaz de dizer nada além da cor branca de sua pele e dos olhos num intenso verde claro. Nunca havia conhecido alguém tão bonita.

  "Tiha este é Hiv. Convencido, Hiv. Convencido esta é a tiha." Disse o garoto. 

    Solto o ar que nem percebi que tinha prendido e pergunto fingindo desinteresse na mulher a minha frente "Vejo que tens uma amiga interessaste, mas o que isto tem a ver comigo?" Finjo de desentendido, sabia que ela provavelmente seria minha oponente, mas gostei do garoto, iria dar um incentivo a ele.

  "Ela é sua oponente." 

  "Lyan.." Ouço a voz de Kaydes mas o ignoro.

  "E por que aceitaria ela como oponente quando a aposta foi feita com você?" Mais uma vez finjo de desentendido. O garoto realmente merecia um ponto por tentar me enganar, ele era novo tinha muito o que aprender e foi por isso que o deixei pensar que me enganara, não queria destruir seu ego. Mas confesso que também fiquei curioso quanto a mulher na minha frente. 

  "Sim, ela foi feita comigo. Mas eu não disse contra quem." Sorri fingindo surpresa.

  "Vejo que fostes enganado por uma criança." A mulher falou e meus olhos se viraram para ela involuntariamente, mas ela não olhava nos meus.

  "Cale a boca tiha, não sou criança." O menino protestava irritado.

  "Oh é mesmo?" Digo sorrindo para provocá-la um pouco.

   A mulher nem sequer altera a expressão e ainda me ignora, não sei o motivo mas fico um pouco incomodado. Ouço Kaydes abafando o riso logo atrás de mim. 

  "Bom, vamos ao que ME interessa." O garoto abre os braços nos guiando até o alvo que estava pendurado na parede no fundo da taberna.

    O jogo era simples, o alvo era composto por cinco círculos na cor branco e preto, sendo o do centro o objetivo principal, quanto mais ao centro se lançava, mais pontos se ganhava. Retirei uma adaga da bota e a girei na mão esquerda. Olhei para mulher, ela estava observando minha adaga.

  "Precisa de uma querida?" Ela desvia o olhar da minha mão e se abaixa puxando sua adaga da coturno. Girou a mesma na mão direita, repetindo os mesmos movimentos que eu fizera na esquerda, imaginei que esta era sua forma de dizer: não, obrigada. As pessoas foram se aglomerando aos poucos.

  "Bom, o princípio do jogo é o mesmo de sempre, o primeiro a errar perde. Envés de beberem, o ganhador leva as pins do Hiv. Convencido. As jogadas são alternadas e iremos sortear com a moeda. Pode me dar uma Hiv. Convencido?" Pede o garoto com um sorriso no rosto.

  "Quero terra." Digo me referindo ao lado que representa o formato de nossa Arah.

  "Certo, terra para você" O garoto aponta para a mulher "..e brasão para ela." Ele joga a moeda para cima e ela cai no chão. Arah.

    Giro a adaga mais uma vez e sem precisar me concentrar a lanço, esta finca no centro do alvo. Ouço gritos de comemoração, muitos da taberna nos observava. Vou até o alvo e retiro minha adaga. 

  "É todo seu." Faço uma reverência fingida e abro um sorriso em direção a mulher. Quando acabo de levantar o corpo tomo um susto com a adaga voando mililitros do meu rosto. A comemoração das pessoa continua, não preciso olhar para trás para ter certeza que uma adaga estava fincada no centro do alvo. O incômodo desconhecido vem de novo, ele era irritante. Lançamos mais de dez vezes e nenhum de nós errou o centro do alvo.

  "Vamos torna isto um pouco mais interessante" o garoto pegou dois panos e segurou um em cada mão. "Vendados" Ele direcionou olhar para mim antes que eu protestasse "Está com medo?" O garoto era esperto, me provocou antes que eu negasse. Me ajoelhei e virei a cabeça para que ele amarrasse o pano, a mulher fez o mesmo. O garoto me posicionou em frente ao alvo, respirei fundo e fiz o lançamento. Quando tirei a venda a adaga havia acertado a borda do primeiro círculo. Comemoraram mesmo assim. Olho para mulher, ela parecia hesitante e então ela recua um dos pés para trás, batendo o mesmo na pilastra que estava atrás dela. Vou caminhando até o alvo.

  "Hesitação não trás a vitória." Digo para provocá-la. Quando estava prestes a tirar minha adaga, minha visão periférica nota um vulto, e por instinto recuo a mão. A adaga dela finca bem ao lado da minha, só que a dela encontrava-se bem ao centro do alvo. Ela tirou a venda e olhou na minha direção.

  "Tens razão, não trás!" diz ela com a mesma voz monótona, ela obviamente nem ligava para vitória e isto era irritante.  A taberna vira uma bagunça, todos gritavam pelo espetáculo. O garoto vem saltitando em minha direção e estende as duas mãos que formam uma concha. Retiro as moedas do meu saco e coloco metade delas nas suas mãos.

  "Foi um prazer fazer negócios com você Hiv. Convencido." Ele sai saltitando até a mulher de olhos verdes, pelo menos o garoto sentia alguma coisa.

  "Depois disso, eu entenderia se quisesse ir embora" Disse Kaydes quando eu voltei a me sentar na nossa mesa, ele nem sequer tentava segurar o riso. Antes de ter a chance de responder, noto a mulher que acabara de me vencer bem ao meu lado. Ela da uma olhada rápida para mim e depois se volta para Kaydes.

  "Acredito que este seja o imbecil, correto?" Diz ela apontando o dedo para mim.

  "Touché" Responde o Kaydes rindo ainda mais do que antes. Quando me viro prestes a responder aquela mulher ela se vira e vai embora, pronto já era.

  "O que foi isto Kaydes?!" Pergunto um pooouco alterado. Ele ria sem parar, os outros se juntaram a ele. Uma caneca de bebida é colocada bem na minha frente quando estava prestes a xingar Kaydes, olho para cima e vejo a mulher de cabelos castanhos de antes.
  "Vejo que conheceram nossa arqueira."

  "Arqueira?" Pergunto confuso, sem conseguir me concentrar. A mulher não expressara nada durante todas minhas provocações, não disse mais do que três frase e depois ainda me chama de imbecil? Eu já não estava raciocinando direito.

  "Sim, a razão de termos tanta carne como a missa ali sugeriu" Disse ela apontando para Sely "É por que nossa arqueira é uma excelente caçadora e pelo jeito isto lhe favorece bastante no Claris. A bebida é por minha conta." Ela pisca e sai para atender outras mesas.  

  "Ela é a arqueira da floresta." Diz Kaydes entre risos.

  "Obrigada, a essa altura eu não seria capaz de descobrir sozinho! Você é um inútil." 

  "Ui, alguém tá estressado. Eu tentei te avisar, você não ouviu." 

  "De fato ele tentou Lyan." Sely tenta intervir.

    Pego a caneca e ignoro todos da mesa. Meu sangue fervia de raiva. Nem mesmo eu sabia do por que tamanho estresse. Lembro-me da calma que mantive com Arti quando ele estava prestes a me bater, também lembro de pensar que não existia muitos que tinham êxito em me fazer ficar irritado, bom, acabara de conhecer uma mulher que fizera isto sem sequer tentar. Eu faria o possível para evitá-la pelo resto dos meus ciclos de vida.


Notas: Olá!!

Tudo beem!?

Gente confesso estava muito ansiosa com a chegada desse capítulo!! Eu queria que chegasse logo o momento em que meus dois narradores iram se encontrar, foi bem díficil decidir de quem seria a narração kkkk' 

Espero que tenham gostado! Comentem bastante para que eu saiba a opinião de vocês!

Abraços!

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