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2 - Doce escuridão

Brutus sentara-se na ponta da suntuosa mesa, Zed ocupou o espaço a direita dele, enquanto a esquerda permanecia vago, pois, tratava-se do lugar destinado a Zuri, Zigfried tomou o assento ao lado que seria da irmã, de frente para Zaphira, que estava do lado do Zed.

Zuri adentrou o salão, com passos apressados e graciosos.

— Onde estão Zayn e Zoey? – perguntou Brutus, sério.

— Acredito que já estão chegando – anunciou Zuri, beijando a testa dele, tomando seu lugar.

— Por que tia Briene, não ficou para o café? – questionou Zaphira.

— Ela disse que tinha assuntos do parlamento a tratar – respondeu Brutus, com um bocejo.

Zuri desatou a falar sobre seu casamento, enquanto Zaphira, Zedrius e Zigfried se serviam de café da manhã, disputando pelos mesmos alimentos, enquanto Brutus os observava com a sobrancelha erguida.

— Não temos comida o suficiente? – questionou Brutus a eles, presenciando a briga territorial dos filhos.

Os três se entreolharam, desistindo disso, sentando-se.

— Prossiga querida – pediu Brutus a Zuri, que fuzilou os irmãos com os olhos, antes de retomar o monólogo sobre casamentos.

Brutus virou-se em direção a Zuri, Zed aproveitou para roubar uma fatia de queijo do prato de Zaphira, que bateu com a colher em sua mão, fazendo-o controlar-se para não gritar de dor, pois a garota bateu com toda força.

— Vocês vão continuar se provocando por muito tempo, como duas criancinhas e terei de castigá-los? – questionou Brutus, voltando-se para os dois – Zed, você tem vinte e seis anos, Zaphira, dezenove. Será que é muito difícil que se comportem como manda o protocolo? – indagou, bem na hora que Zoey e Zayn adentravam a sala.

— O que fazemos em caso de empate da aposta? – murmurou Zayn, para Zoey, ao caminharem em direção à mesa, vendo os irmãos serem repreendidos.

— Que merda! Ninguém vence, parece o mais justo – reclamou Zoey.

Zigfried, não conseguiu evitar de rir dos irmãos.

— Isso serve para você também, Zig – completou Brutus, fazendo o sorrisinho dele, desaparecer.

— Desculpe a demora, estava treinando – informou Zoey, ocupando o assento ao lado de Zigfried.

— Ela me encontrou no caminho, nem sabia que teríamos esse café da manhã juntos hoje, alguma ocasião especial? – perguntou Zayn, sentando-se ao lado da gêmea.

— Só queria ter todos juntos, sabem que em breve a Zu, não estará mais entre nós – disse Brutus, sentindo um aperto na garganta, emotivo.

— Pai! Que horror! Parece até que morrerei – gargalhou Zuri.

— Estará longe – retrucou Brutus, secando uma pequena lágrima que desceu de seus olhos.

— Não seja bobo, não precisa chorar, os verei sempre – Zuri tocou a mão do pai, tentando acalentá-lo.

— Não estou chorando, isso é... Suor! Está quente hoje – fingiu Brutus, tentando se acalmar.

Zigfried e Zedrius se entreolharam sorridentes, aquele era um momento de deleite para ambos, pois um dia caçoariam muito do próprio pai, seriam xingados no processo, mas valeria a pena.

— Ei Zaphi, está tudo bem com você hoje? Não estava no treino hoje... — comentou Zoey, servindo-se de guloseimas.

Zaphira a fuzilou com os olhos, mas Zoey não teve tempo de ver, pois Brutus já estava prestando atenção nelas e não mais em seu martírio ao perder a primeira filha para um príncipe idiota.

— Como é? – perguntou ele, erguendo a sobrancelha em direção a Zaphira.

— Nada pai, a Zoey está enganada. Claro que eu estava no treino hoje, até acenei para você – ela deu uma risadinha, nervosa, olhando incisivamente para Zoey.

— Não, você não estava – retrucou Zoey, sem entender.

Zaphira, chutou sua canela por baixo da mesa, ela gritou.

— Ai! Pare de me chutar – reclamou Zoey, olhando feio para Zaphira.

Odeio irmãos mais novos, só servem para ser fofoqueiros. – pensou Zaphira.

— Por que não foi ao treino, Zaphira? – quis saber Brutus, cruzando os braços.

— Bom eu... Eu... Eu... – Zaphira gaguejou, sem saber o que dizer.

— Ela não estava muito bem hoje, com uma cólica terrível. Fui acorda-la e lhe mediquei – interferiu Zuri.

A expressão de Brutus, mudou imediatamente de bravo para preocupado.

— Está melhor, Zaphi? – perguntou, ela se sentiu aliviada, agradecendo a irmã mais velha pela mentirinha.

— Muito melhor – respondeu Zaphira, aliviada. Olhou para Zuri que piscou brevemente em sua direção, com um sorriso recatado nos lábios.

— Puxa Zaphi, não precisava tentar mentir, você é péssima nisso. – repreendeu Brutus.

— Não é algo que falo à mesa do café, faz parte das particularidades femininas – disse Zaphira.

— Por isso perguntei se estava bem, se precisa de algo, só pedir – sorriu Zoey, genuinamente preocupada com a irmã.

— Agora faz sentido, por isso me bateu com a colher, está na T.P.M. – comentou Zedrius, pensativo.

— Não seja tapado Zed, menos. – Zuri rolou os olhos.

— Agora que estamos todos juntos... – Brutus pigarreou alto, mudando o assunto, tudo que ele não queria era falar sobre cólicas, ou qualquer coisa desse tipo, então tratou de falar sobre o casamento da filha mais velha, como esse evento seria de suma importância, tentando não voltar a se emocionar.

O restante do café da manhã foi tranquilo, Zuri contou a eles sobre os projetos que tinha em mente para o casamento, quase todos tentavam demonstrar interesse no assunto, exceto Zedrius, que insistiu em fazer uma competição de arrotos ao terminar de comer,

Brutus dispensou os filhos do café da manhã, talvez o último com todos seus filhos juntos, uma vez que o príncipe Zafh ficaria hospedado em Iclent até o dia do casamento, que segundo Zuri, seria próximo.

— Zaphira, posso ter uma palavrinha com você? – questionou Brutus, antes que ela deixasse a sala.

Zaphira piscou algumas vezes, antes de assentir, Zedrius e Zigfried olharam maliciosamente para ela, murmurando um "se ferrou", ao passarem por ela.

Brutus inclinou a cabeça, incitando-a a segui-lo, caminharam silenciosamente até chegarem a uma sala de reuniões. Ele acenou para ela entrar, Zaphira assentiu, Brutus a seguiu fechando a porta, ativando o sistema de segurança.

— Não quero seus irmãos, se metendo onde não são chamados – explicou Brutus, indicando o sistema de segurança com a cabeça.

— Aposto que eles gostariam de escutar pela porta – riu Zaphira.

— Por isso acionei o sistema, assim esses imbecis não podem escutar – resmungou Brutus.

Zaphira sabia que ao se mencionar "imbecis", ele se referia a Zed e Zig, pois os três sempre tiveram uma relação muito "saudável". Sempre um brincando com o outro, pregando peças e coisas do tipo.

Brutus amava todos seus filhos. Zed e Zig eram aqueles que ele podia treinar com todas suas forças, que xingaria e seria xingado de volta, sem ressentimentos, ele se via nos dois. Com Zuri e Zoey, sentia orgulho, duas amazonas incríveis, as filhas delicadas, gentis e fortes que poderia querer. Já os gêmeos... Não os entendia, Zayn apesar de um bom lutador, era retraído, quanto a Zaphira... Essa era ainda mais complicada, Brutus simplesmente não compreendia como uma pessoa podia ser tão inapta!

— Muito bem, vamos começar com isso. Não sou bom com as palavras, você sabe, serei breve – começou Brutus, pigarreando alto – Estou ciente de que você não é muito chegada aos treinos, que não é a melhor guerreira de Iclent, embora isso pude perceber pelo seu teste de sobrevivência, que foi lastimável nas cinco vezes que o executou...

Os filhos do monarca de Iclent, ao completarem onze anos, precisam concluir uma tradição importante, o "teste de sobrevivência". Trata-se de uma iniciação, prova que são fortes, aptos a reinar Iclent, proteger o território e seu povo. Ao finalizarem, recebem a marca de Iclent, suas iniciais marcadas no quadril.

O teste consiste em deixá-los no meio do deserto com um cantil e um item que julguem necessário para sobrevivência, eles precisam retornar ao palácio, para isso são ensinados desde pequenos a saberem lidar com situações de sobrevivência.

Zachary, o filho pródigo de Iclent, completou o teste em apenas dez dias de caminhada. Escolheu levar uma arma de fogo, passou meses decorando os mapas de Iclent, sabia como se guiar, onde estavam os oásis, como encontrar animais para seu sustento, retornou com todas as honrarias de um grande rei.

Zedrius, o segundo a concluir o teste, demorou treze dias, levou uma lança. Para ele, caçar com lança era mais fácil, pois poderia pescar no processo, aos dez anos começou os estudos para se orientar e decorar os mapas, retornou com três dias a mais de diferença do irmão mais velho, mas ainda com grandes honrarias.

Zuri, foi à terceira a passar pelo teste, escolheu levar consigo uma bolsa de moedas, ela tinha outro plano em mente, ao invés de vir pelo deserto, usou o caminho contrário, em um dia chegou ao forte da cidade de Rutus, desceu ao subterrâneo, pagou uma passagem de metrô, retornando ao palácio em apenas cinco dias, quebrando todos os recordes. Os irmãos ficaram indignados com a tática dela, pois ela não caçou, comeu comida boa das cidades, bebeu refrescos, praticamente lidou com o teste como estar em um SPA, o que pareceu injusto para eles, mas foi completamente válido, afinal o teste consistia em retornar ao palácio, não importa como, pois, usar a inteligência é considerada uma tática.

Zigfried, o quarto a passar pelo teste, queria provar que podia ser tão bom quanto os irmãos mais velhos, recusando a estratégia de sua irmã, optou seguir pelo caminho árido, caçar e chegar ao palácio no décimo terceiro dia, como Zed, sentindo-se satisfeito consigo mesmo.

Zayn e Zaphira eram gêmeos, não seria justo passarem pelo teste juntos, então como Zayn tecnicamente nasceu primeiro, foi primeiro que a irmã. Ele sempre foi muito mais prático, optou por seguir os passos de Zuri, decorou o caminho de volta a Rutus, chegando ao palácio no sexto dia e apesar da desaprovação dos irmãos mais velhos, ele estava muito satisfeito consigo mesmo.

Chegou então à vez de Zaphira, ela queria fazer como seu gêmeo e Zuri, mas se perdeu no deserto, três dias depois tiveram que resgatá-la pois estava prestes a morrer de insolação, desidratação e inanição, com queimaduras feias de sol pelo corpo. Um tempo depois de se recuperar, tornou a tentar, Dessa vez conseguiu retornar a Rutus, pegou o metrô errado, foi parar em "Zand", a cidade que fica na divisa entre Iclent e Ashes, foi assaltada, sem dinheiro tentou retornar a pé, mas sequer conseguiu terminar de cruzar a cidade antes de sentir sintomas de fadiga, inanição e desidratação, novamente teve de ser resgatada.

O forte de Rutus, contém elevadores que levam as pessoas até quase a entrada da cidade, a partir daí eles descem uma curta escadaria magnifica e passam por um arco suntuoso onde está escrito em letras cursivas "Bem-vindos a Rutus", então na terceira vez que Zaphira tentou o teste, quebrou uma perna, um braço e algumas costelas quando rolou as escadarias, novamente foi resgatada.

Meses depois, chegou à quarta vez, ela resolveu que não era boa ideia tentar ir por baixo da terra, então com ajuda de Zuri e seu gêmeo tentou decorar o mapa para seguir os passos dos mais velhos...

Não é preciso dizer que foi uma péssima escolha, certo?

Zaphira levou uma arma de fogo dessa vez, mas uma coisa é fato, ela sempre foi péssima de mira, um animal selvagem a atacou, ela errou o tiro, só não morreu porque a equipe de apoio a tirou de lá.

Já era bem vergonhoso ter falhado quatro vezes, além de motivo de chacota, diziam por aí que ou ela era azarada demais, ou apenas estúpida. Quase completando doze anos finalmente chegou sua quinta tentativa.

Tentou por Rutus novamente, dessa vez chegou ao metrô certo, teve problemas nas linhas atrasando sua viagem em dois dias que teve que manter-se hospedada em um hostel (já que o dinheiro cedido não era uma quantia exorbitante) da cidade de Ficlent, perdeu o horário do metrô, tendo que viajar dois dias depois, retornou ao palácio dos sete reis no décimo dia, atrasada para quem foi pelo caminho mais fácil, mas pelo menos chegou.

Zoey não teve problemas, foi pelo caminho árido, chegou ao palácio no décimo primeiro dia, sem precisar de outra chance, mas depois de ver a irmã falhar quatro vezes, se preparou para isso com dois anos de antecedência.

— Bom, sei que pode parecer bobagem, mas estou inclinado a acreditar que existem pessoas que não nasceram para a "coisa" e me refiro a lutar. Embora sempre tenha acreditado que qualquer imbecil conseguisse, parece que não é bem assim, você definitivamente não nasceu para lutar... – Brutus prosseguiu com seu discurso.

— Eu sou imbecil, então? – ela perguntou, erguendo a sobrancelha.

— Claro que não! Que droga Zaphi, não está prestando atenção no que estou falando? – exasperou-se ele.

Ela o olhou confusa, ao seu ver, até o momento ele não havia falado nada com nada.

— Bem, confesso que estou confusa, primeiro que o senhor não disse nada de fato, e segundo que parei na parte do "qualquer imbecil", que me pareceu deveras depreciativo – explicou ela, ainda com a sobrancelha erguida.

— Não! Eu não tive intenção de ferir seus sentimentos, quero dizer... Bem, não sou bom com as palavras Zaphi, me perdoe, eu só... – ele fez uma pequena pausa pensando nas palavras que usaria, então prosseguiu – Só queria dizer que acho que essa coisa de lutar, não é para você – tentou se retratar, meio sem jeito, coçou a nuca, um ato de nervosismo.

— Se lutar não é para mim, o que seria então? – ela quis saber.

Que lutar, se tratava da área de especialidade de Zaphira, a garota sabia, mas também sabia, que era boa em desenvolver sistemas, construir maquinários.

— Eu não faço ideia! Essa é uma resposta que você precisa buscar – respondeu, olhando com expectativa para ela.

— Pai, o senhor é péssimo observador, ou obtuso mesmo – ela suspirou, ele ergueu a sobrancelha, confuso, ela exalou, sabia que ele não havia entendido o que acabara de dizer – Sou boa com burocracias, tecnologia e maquinário.

— Ah! – ele exclamou feliz – Essa é minha garota, inteligente e pode vir sempre às reuniões do parlamento, odeio aquelas coisas – ele estremeceu.

— Quando quiser – ela sorriu.

— Pelo menos, não há como tropeçar ou se machucar, fazendo essas coisas chatas – ele brincou.

— Não duvide da minha capacidade, para acidentes – ela gargalhou.

— Que os deuses nos ajudem – ele a puxou, beijando sua testa – Sentirei sua falta quando se casar, assim como Zuri.

— Aposto que serei a última, herdarei a coroa de Iclent – ela deu uma risadinha depreciativa.

— Duvido muito. Não conte a suas irmãs, mas você é a mais bonita das Iclents, pelo menos para isso aquele casamento maldito serviu de algo, pois me deu uma filha maravilhosa – ele sorriu.

A garota corou, permanecendo sem fala, pois era difícil o pai elogiar, esse tipo de coisa sempre o deixou constrangido. Pela primeira vez ela sentiu realmente conectada a ele, por muitas luas achou ser um "peixe fora d'água", tão diferente de todos os irmãos, o pai simplesmente não a compreendia e a pessoa que a entendia morreu cinco anos atrás. Sorriu para o pai, aproximando-se e abraçando-o afetuosamente.

— Sei que se a coroa for sua, Iclent será afortunada com uma excelente rainha, pois fará coisas grandiosas – ele murmurou.

— Mas, não sou uma guerreira – ela afirmou, tristemente.

— Ah, só se casar com um troglodita que faça essa parte que estará perfeito – ele gargalhou, ao soltá-la, fitando-a com orgulho.

Zaphira corou violentamente, havia um "troglodita" que a interessava, mas ele estava noivo, o único homem que já havia despertado seu interesse estava prestes a desposar uma princesa de reino menor...

Ela sabia que se contasse ao pai poderia acabar com esse casamento, que reino seria louco de recusar uma aliança com Iclent? Mas, não podia fazer algo assim, poderia acabar com a vida dele e da noiva, talvez até mesmo do pequeno reino. Existem outros homens no mundo, ela voltaria a se interessar por outro, se não... Bem, caso fosse à rainha de Iclent, poderia optar por inseminação artificial, quem disse que precisava ser casada para reinar?

Os alarmes de emergência foram acionados, despertando-a de seus devaneios, Brutus soltou-a imediatamente seguindo até a estação de trabalho da sala de reunião.

— Como é possível estarmos sob ataque? – ele questionou furioso.

Zaphira o empurrou para o lado acionando rapidamente o sistema, ela era muito boa com tecnologia, ele a olhava trabalhar satisfeito.

— Não é apenas um ataque, eles já invadiram o palácio, quebraram as barreiras estão por toda parte – informou Zaphira, ao verificar o sistema de segurança.

— Porra! – rugiu o rei, apressando-se até a porta, trabalhando com o sistema de trava, enquanto dava ordens pelo comunicador, ao abrir a porta, parou de falar no comunicador, virou-se para Zaphira – Zaphi, vá para o subsolo, proteja a entrada da cidade de Clent! – ele pediu, antes de deixar a sala de reuniões.

Mesmo se tivesse tempo, não o questionaria, acionou o computador de bordo.

— Direcionar para entrada de Clent. Trava por reconhecimento ocular. Alertar os cidadãos sobre a ameaça – ordenou ao sistema, enquanto corria para a direção que o sistema a indicava.

Algo primordial em Iclent, é avisar a população de qualquer coisa que possa os ferir, precisam estar alertas e prontos para ajudar se for preciso, pois todos possuem instruções de batalha, até civis sabem lutar.

Seguindo o sistema, ela correu para as escadas de serviço, a caminho do subsolo, onde permaneceria para defender Clent se necessário, pretendia passar seu tempo consertando os danos no sistema de defesa, acionando os auxiliares.

Longe dali, Zuri deparou-se com algo que nunca havia visto antes, soldados altos inteiramente vestidos com armaduras escuras, as proporções não eram de humanos comuns, ela imaginou que poderiam ser algum tipo de máquinas.

— O que são essas coisas? – questionou em seu comunicador, ao desferir um golpe fatal em seu oponente, vislumbrando o que parecia ser sangue escuro em sua lamina.

"Parece coisa de Ashes, aposto que desenvolveram alguma nova arma e estão contra nós" – respondeu a voz de Brutus, pelo comunicador.

Que Ashes e Iclent são inimigos de longas datas, é um fato! Mas Zuri, não entendia por que eles atacariam agora?

Mas ela não teve tempo de pensar muito a respeito, com graça e agilidade, adentrou a batalha ao lado da irmã Zoey, sua missão era ser a penúltima defesa, precisavam proteger o caminho ao subsolo, a entrada da cidade era a prioridade, necessitava ser guardada, o último resguardo, dependia de Zaphira, e ela rezou aos deuses que os inimigos não chegassem a ela, pois a chance de perder mais alguém de seu sangue, seria alta.

Zaphira descia as escadas rapidamente, porém cautelosa, rolar as escadas, se machucando não ajudaria em nada.

Escutou passos que definitivamente não eram seus, o sistema alertou de presença desconhecida, ela terminou de descer e correu para o corredor, escondendo-se atrás de um pilar.

Com seu terminal acessou as câmeras do andar, três soldados trajando armaduras escuras, subiam as escadas de serviço. Não seria uma boa ideia enfrenta-los, então tornou a correr, seguindo o caminho à sua frente, tendo que ignorar as escadas que a levaria rapidamente.

Ao perceber movimento, os três a seguiram, o sistema apitava em seus ouvidos informando-a de que estava sendo seguida. Continuou correndo, indo diretamente para a escadaria principal, ali teria auxilio dos guardas.

— Zaphi, mexa esse seu traseiro enorme, para longe daqui – bradou Zigfried, enquanto lutava contra um inimigo.

— Esse é o plano – ela gritou para ele, enquanto corria escada abaixo.

— Não vá por aí, as escadarias principais estão pipocando de inimigos - ele berrou, fazendo-a estacar, acessou o navegador, verificando o caminho a frente, fez um cálculo de probabilidades, parecia promissor então tornou.

— O navegador diz que tem muitos dos nossos também, é possível conseguir passar. – disse a ele.

Ele deu o golpe final, em seu oponente e correu até ela, arfando.

— Não, a coisa está bem caótica. Estou indo para lá, Zayn pediu reforços. – informou.

— Qual rota sugere? – ela ergueu a sobrancelha.

— Use o caminho dos coelhinhos – ele deu de ombros.

Caminho do coelhinho era um código, para referir-se a uma passagem secreta na ala infantil, que era decorada com coelhinhos. A passagem a levaria para o subsolo, próximo à entrada da cidade de Clent.

Os três que a seguiram finalmente apareceram e vieram em direção aos dois.

— Ah, é... Esqueci de mencionar que trouxe mais três deles comigo, para seu deleite – ela riu.

— Que beleza – ele voltou-se contra os três.

— Zig, tome cuidado – ela pediu, antes de voltar a subir as escadas, em direção ao caminho dos coelhinhos.

— Digo-lhe o mesmo – ele gritou, para ela.

Ela não olhou para trás, ficou para ajudar ou esperou para ver se o irmão ficaria bem, sabia que ele se viraria, Zigfried era um dos melhores guerreiros de Iclent, confiava que ele daria conta dos inimigos, caso precisasse de reforços, pediria no canal de batalha do comunicador.

Zaphira, encaminhou-se rapidamente pelo corredor vazio, o sistema apitou ao identificar algo estranho à frente, ela parou, deparando-se com um inimigo, vendo-o de perto, parecia tão alto, as proporções físicas diferentes de um guerreiro comum.

Cintura muito esteira, pernas finas demais, ombros largos, bíceps relativamente pequenos, o capacete meio estreito, parecia mais uma máquina do que um humano.

Não tinha como correr ou se esconder, então sacou sua espada sangue escarlate, a única opção seria enfrenta-lo, jamais havia enfrentado alguém de verdade, torceu para conseguir sair dessa com vida.

Ele primeiro sacou sua arma, disparando em sua direção a arma lançou algum tipo de laser, a bolha repeliu mesmo assim, ele guardou a arma, sacando uma espada longa de aparência mortal, partindo para cima dela.

Ela aparou seus golpes como podia, ele era muito mais habilidoso que ela. Dado momento ela sustentou seu golpe por tempo suficiente para que Zaphira chutasse com toda força o estomago dele. O inimigo não pareceu sentir o golpe, mas se desequilibrou, com essa deixa, ela abaixou-se passando-lhe uma rasteira, que o fez cair no chão. Rapidamente ela fincou sua espada no peito dele.

Retirando a espada em seguida, não ficaria ali presenciando os últimos suspiros do inimigo, precisava chegar ao seu posto. Se virou para retomar o caminho, estava perto da sala dos coelhinhos.

Deu dois passos, sentiu que algo segurava seu tornozelo, a garota virou-se rapidamente, uma mão do moribundo segurava-a, com uma força inesperada, ele a puxou, derrubando-a no chão.

Com uma mão ele a prendia, com a outra ele fincou uma lamina escura, na batata da perna dela, fazendo-a gritar de dor.

O inimigo desfaleceu após prender a perda da jovem ao chão com seu golpe, afrouxando o aperto, mas a dor intensa, pulsando, era tão insana que Zaphira não conseguia pensar em qualquer outra coisa.

— Zaphi? – ela escutou a voz do Zed, ao longe.

Despertando-a de seu horror, precisava sair dali antes que coisas piores acontecessem, com as mãos trêmulas, terminou de rasgar a barra do vestido, envolvendo o tecido em suas mãos, segurou a lamina puxando para soltar a perna.

Meio desajeitada, puxou com toda força que aos poucos lhe esvaía, a dor não ajudava a manter o foco, mas com grande esforço e um urro de dor, removeu a espada, jogando-a em qualquer lugar.

Ao ser retirada, o sangue começou a jorrar, ela tentou enrolar a perna com os panos que havia envolvido as mãos, pressionando o ferimento, para estancar, mas não estava sendo efetivo.

— ZAPHIRA! – gritou Zed, ela virou o rosto em direção a voz do irmão.

Ela já estava mais pálida que o normal, ele tentava ir em seu auxilio, mas foi interceptado por outro inimigo.

O corredor ficou muito branco, então escureceu. Zaphira não viu ou escutou mais nada, perdeu a consciência caindo em uma doce escuridão.

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Nota: Saudações Aztirianas!!

Capítulo tenso? Sim, mas podem se acostumar com isso rs.

Espero que tenham gostado, até o próximo!

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