Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

1 - O reino árido

Um homem relativamente alto, com cabelos levemente grisalhos, olhos escuros como um dia foram seus cabelos, ombros largos, físico de um guerreiro dedicado ao treino regular, parecia entediado sentado na ponta de uma grande mesa de reuniões, cercado por uma porção de homens e mulheres que discutiam alguma coisa da qual ele não parecia interessado.

O belo rapaz que ocupava o assento ao seu lado, chutou-lhe o pé, impedindo-o de dormir, assustando-o no processo o que o fez praguejar alto, todos pararam de falar, olhando para o homem de meia idade.

— Er... Nada, prossigam – pigarreou o homem, tentando fingir interesse.

Os demais voltaram a discutir acaloradamente, enquanto o homem voltou-se para o jovem, estreitando os olhos.

— Se eu não tivesse amado sua mãe, o xingaria, de filho da puta – resmungou o homem ao jovem, que segurou uma risada.

— Pai, você estava quase dormindo, um rei não pode dormir durante a reunião com o parlamento – cochichou o rapaz, tentando ser coerente. Ele se parecia bastante com o pai, talvez um reflexo do homem na juventude.

— Por esse motivo está aqui Zigfried, para prestar atenção a toda baboseira chata e depois simplificar, para me explicar essa merda – retrucou o rei, baixinho.

— Estamos interrompendo algo, Brutus? – questionou uma bela mulher de cabelos escuros, muito parecida com o rei, censurando-o com os olhos.

— De forma alguma Briene, prossiga – ele acenou para ela.

O conselho falou sobre várias coisas, das quais o rei não dava tanta importância, ele deixava tudo isso nas mãos de algum filho interessado, pois só se interessava em planos de expansão e uma possível guerra, ele gostava de discutir com a rainha de Ashes, pois era o único reino que aguentaria o poder bélico de Iclent, então se tivesse que acabar com algum reino que fosse Ashes, não faria falta, no ponto de vista dele.

Brutus, o rei do poderoso reino de Iclent, no tratado ficaram responsáveis por produzir maquinários tecnológicos, Ashes criaria o sistema que operaria esse maquinário, mas Iclent passou a criar sua própria inteligência artificial, aumentar drasticamente o poder bélico e tendiam dominar um território maior, afinal seus vizinhos Phatom e Willkys, eram reinozinhos miseráveis, sem poder bélico, superpopulação com sucessão de monarcas estúpidos, seria um favor a eles se Iclent tomasse os territórios, afinal não passavam de desperdício de terras.

No ano de 400, iniciaram a primeira grande guerra, Iclent queria expandir, libertar-se do tratado, juntou aliados e tentou domina-los, mas Ashes juntou-se a Krifhit e Rieres, detendo os planos deles, mantendo os quarenta reinos exatamente como estavam, devastando Iclent.

Durante o ano de 810, Iclent já possuía cidades subterrâneas e não temia devastação de seu povo, tornou a se rebelar, visando expansão territorial. Dessa vez desenvolveram uma medida contra armas de fogo, um sistema chamado de "bolha", um cinto que criava uma espécie de campo de força, repelindo o ataque desse tipo de arma, tornando as espadas a única forma de luta.

Não só quebrou o tratado, pela primeira vez ao criar a própria tecnologia, como avançou para Phatom com tropas, exterminando qualquer oposição. Novamente Ashes, ergueu-se contra Iclent, com ajuda de Gumbol, Rieres e Krifhit (que se tornou inútil com os cintos bolha, já que eles criavam armas de fogo).

A segunda grande guerra foi atroz, levou quase toda Aztir a virar-se contra Iclent e seus aliados (Zafrir e Taupholes), os únicos que ficaram de fora da segunda grande guerra foram Ufreel e os reinos sem recursos bélicos (considerados miseráveis), ou seja, Phatom sequer se defendeu, se não fosse Ashes, Iclent teria conseguido dominar o território.

Ashes não tardou em copiar a tecnologia dos cintos bolha, igualando as coisas, obrigando Iclent a retornar ao seu território, ao bombardear a região desértica, provando que as cidades subterrâneas não eram tão boas.

O final da segunda grande guerra foi declarado, com a derrota de Iclent e seus aliados. Toda dinastia Iclent, passou a odiar os Ashes por isso, pois foram obrigados a assinar um tratado de paz, que os obrigava a permanecer no tratado, reduzir os preços de suas especialidades e manter a ordem, sem prejudicar a dinâmica ou distribuição dos quarenta reinos.

Obviamente com o tempo, todos já estavam quebrando o tratado e Iclent o fazia descaradamente, criando as próprias tecnologias, obtendo parte do próprio sustento, com criação de animais, pesca, somente plantio era inviável, já que Iclent era uma terra árida com desertos e savanas, pouca coisa crescia em seu solo, assim ainda compravam safras de alimentos, para eletricidade aproveitavam o sol escaldante da região, obtendo por meio de placas solares, água preferiam comprar por ser mais fácil e sempre terem tido bom relacionamento com Hydrias.

— ... Isso pode ser alguma espécie de ameaça? – a pergunta de Zigfried, despertou o interesse do rei que passou a prestar atenção no que diziam.

— Não sabemos dizer ao certo, os satélites capitaram distorções na atmosfera, mas pode ser só uma leitura errônea – respondeu Briene.

— Deve ser algum brinquedo novo dos malditos Ashes – resmungou o rei.

— Vamos investigar, se esse for o caso... – o rei interrompeu o que Briene, estava prestes a dizer, animado.

— Declararemos guerra, a esses malditos! – ele ergueu-se de sua cadeira, batendo com sua mão na mesa, muito animado.

— Se precisar chegar a tanto, então sim, Brutus – retrucou Briene, estreitando os olhos, como se o repreendesse, o rei Brutus tornou a se sentar, sentindo-se contrariado.

Zigfried reprimiu uma nova rizada, a reunião prosseguiu, onde Briene e Zigfried decidiram algo, enquanto o rei acatava o que ambos diziam. Ao final da reunião, os três permaneceram na sala enquanto todos saíam.

— Às vezes, me arrependo de ter abdicado da coroa, você é muito imbecil, Brutus! – ralhou Briene.

— Quanta asneira, lembro-me bem que eu não queria esse... – ele apontou para sua cabeça, como se estivesse usando uma coroa – Fardo! Você se casou com aquele guarda e resolveu abdicar ao trono quando sobramos só nós dois, me fodeu, maldita!

Iclent possui uma linha de sucessão peculiar e única, faz parte de uma de suas tradições mais primordiais, para entende-la primeiro é preciso dizer que o território se divide em vinte e seis cidades, todas subterrâneas, no centro de cada uma há um forte, por onde os civis têm acesso a superfície árida e seca dos desertos de Iclent. A capital Clent, localiza-se próximo ao mar, o palácio é o forte, por onde as pessoas podem sair do subterrâneo, esse palácio foi nomeado desde os primórdios de "Palácio dos sete reis". O nome do palácio é o motivo primordial de uma linha de sucessão tão única. Todos os reis de Iclent precisam ter sete filhos, para honrar os "sete reis", dentre os sete, o que "sobrar" será coroado.

Normalmente os Iclents são treinados desde sempre para serem guerreiros, são soldados acima de tudo, então é comum que alguns príncipes ou princesas pereçam jovens em guerras ou por serem tolos com egos enormes, alguns se casam com monarcas de outros reinos ou abdicam, como Briene Iclent, fez.

— Não seria justo me tornar rainha sem adicionar nada a Iclent, sem trazer uma aliança vantajosa ou algo parecido, também não queria dar à luz a sete filhos – retrucou Briene.

— Se pensar que meu pai, não foi tão feliz nessa coisa de casamento... Talvez tivesse se dado melhor, sem contar que a senhora é bem melhor com política que ele – riu Zigfried.

— Vai à merda, moleque! – rugiu Brutus – Os sete reis nasceram, então não encha meu saco.

— Com pequenos desvios no percurso, mas os sete nasceram – riu Briene.

Brutus Iclent não ficou conhecido por ser "sortudo no amor", pelo contrário, ele é praticamente "o viúvo negro".

Sua primeira esposa Hylda Hydrias, faleceu por complicações no parto do primogênito, um ano depois se casou pela segunda vez. A segunda esposa adoeceu meses após o parto, mas Brutus ainda tinha esperanças de encontrar uma parceira, casou-se pela terceira vez.

Para o rei de Iclent não era difícil arrumar pretendentes, além de rei em um reino poderoso, em sua juventude foi robusto e bem-apessoado, assim, o terceiro casamento estava indo bem, a esposa conseguiu sobreviver a primeira e a segunda gestação, com intervalo de dois anos cada, um casamento de quatro anos, era algo positivo para aquele rei que por um momento se considerou amaldiçoado.

A rainha trabalhava com as relações internacionais de Iclent, viajava bastante, então aconteceu, sua nave sofreu um acidente, ela não resistiu. Brutus resolveu que não cumpriria a tradição, permaneceria com seus quatro filhos, ele não morreria por conta de quebrar a tradição, afinal os deuses pareciam contra sua felicidade.

Mas o reino de Gumbol, estava desesperado atrás de uma aliança por casamento, obrigaram a princesa Gabrieelle Gumbol, fingir que estava disposta a se casar com ele, Brutus resolveu tentar novamente, e esse foi seu maior erro. Após o casamento, o qual o pai dela fez questão de saber se havia sido consumado, ela tornou-se uma pessoa agressiva, instável, transformou a vida do rei e dos filhos dele em um inferno.

Uma única relação com o rei, foi o suficiente para que engravidasse, nove meses depois de uma gestação conturbada, ela deu à luz a gêmeos, depois disso a rainha afundou-se em um lugar tão distante, escuro e inalcançável, entregando-se aos vícios, até que a encontraram morta de overdose em seus aposentos.

Depois desse episódio ele realmente desistiu de se casar. O que ele não contava, é que Belindra Bermonf que era amiga da Gabrieelle, apaixonou-se por ele antes que a tivesse desposado, ela tentou impedir a amiga de fazer aquilo, mas o rei de Gumbol, não deixaria ninguém interferir nesse tratado.

Com a morte prematura da amiga, Belindra aproximou-se do rei que já havia recebido nome de "viúvo negro", ele estava com coração partido depois de perder todas as outras esposas, só não ligava de ter perdido a última.

Ela se aproximou de todas aquelas crianças que precisavam de uma mãe, apegando-se a todos como se fossem filhos dela. Aos poucos ela tornou-se parte da vida de todos, incluindo do rei. Ela amou o rei, todos seus filhos e a única filha que tiveram juntos, com a mesma intensidade e carinho. Permanecendo ao seu lado durante longos quatorze anos, há cinco anos atrás, uma doença no coração a levou ainda tão jovem...

Assim, todos os filhos do rei Brutus são do mesmo pai, mas alguns dividiram a mesma mãe, o primogênito Zachary Iclent-Hydrias, herdaria o trono de Hydrias, mas faleceu com quatorze anos. Zedrius Iclent-Taupholes da segunda esposa, que também nasceu herdeiro de outro reino, Zuri e Zigfried Vyelir-Iclent do terceiro matrimonio, Zayn e Zaphira Gumbol-Iclent gêmeos do casamento desastroso e Zoey Bermonf-Iclent da mulher que foi mãe de todos.

— De qualquer forma, estou aqui para suprir sua completa falta de interesse na política do seu reino – Briene zombou do irmão mais velho.

— Pense que pelo menos, consegui vários casamentos vantajosos para Iclent – gabou-se Brutus, rindo.

— Alguma coisa precisava fazer, viúvo negro – brincou Briene, ele ergueu o dedo do meio em direção a ela, fazendo-a gargalhar alto, enquanto Zigfried assistia a conversa deles divertindo-se.

Nas reuniões com o parlamento, Brutus sempre levava um dos filhos que poderia herdar a coroa de Iclent. Como Zuri, estava noiva do herdeiro de Zafrir e Zedrius já nascera herdeiro de Taupholes, ele levava um dos outros, hoje havia sido a vez de Zigfried.

Brutus sentia no fundo de sua alma que o rapaz era parecido demais com ele, para tornar-se um bom rei sozinho, então caso Zigfried herdasse a coroa de Iclent, o rei torcia para que a esposa do filho fosse inteligente pelos dois.

Longe da sala de reuniões, na ala onde ficavam os oito quartos da realeza de Iclent, uma jovem garota de cabelos escuros, tentava voltar a dormir, depois que um raio de sol invadiu seus aposentos, refletindo diretamente em seu rosto, ela pegou um travesseiro e o colocou sobre o rosto.

De volta a escuridão, deu um sorrisinho satisfeito e tentou voltar a dormir, mas a porta do quarto da jovem escancarou-se, quando outra bela jovem adentrou o aposento.

Possuía longos e ondulados cabelos escuros, como os olhos, pele bronzeada, estatura baixa, uma mulher exuberante em suas formas, graciosa e altiva em seu andar, trajando um belo vestido preto, transparente, deixando-a ainda mais exótica e sexy. Caminhou cheia de confiança em direção à cama.

— Está na hora de levantar, Zaphira – cantarolou, a bela morena, ao sentar-se na ponta da cama, cutucando a deitada, insistentemente.

Zaphira retirou o travesseiro do rosto, bocejando, sentou-se meio descontente. Os cabelos escuros longos e lisos, estavam um completo caos, sua pele pálida contrastando com a cor dos cabelos, mas combinava com o belo par de olhos azuis.

— Qual o segredo da sua impecabilidade, Zuri? – perguntou Zaphira, preguiçosamente.

— O segredo é acordar cedo e dedicar algumas horas em frente ao espelho, me arrumando – debochou Zuri.

— Prefiro meu soninho – Zaphira deu de ombros, tentando se emaranhar novamente nos lençóis, Zuri os retirou dela, jogando-os longe, fazendo-a bufar.

— O príncipe Zafh, virá hoje ao palácio para marcarmos a data do casamento – lembrou Zuri, séria.

— Ah, por isso está me apressando! – Zaphira rolou os olhos.

— Claro! Ele deve chegar a qualquer momento, quero que todos estejam prontos e apresentáveis – falou Zuri.

Zaphira murmurou um xingamento, mas levantou-se, sonolenta, ao deixar sua cama prendeu o pé em uma ruga do lençol, caindo toda torta diante dos pés de Zuri, que se abaixou imediatamente, tentando ajuda-la e verificando se estava bem.

― Estou bem! Vou sobreviver – prontificou-se Zaphira, tentando manter o bom-humor, afinal estava acostumada a essas coisas, desastres faziam parte da sua rotina.

— Temos também um evento antes do meu noivo chegar... – Zuri ajudou a irmã a se levantar – Papai quer ter um café da manhã em família hoje, tem algo a nos dizer... Tente não quebrar nenhuma parte do seu corpo até o anoitecer, além do café ainda tem a recepção do meu noivo – pediu ela.

— Não posso garantir nada, mas tentarei sobreviver – Zaphira caminhou com cuidado até o lavabo, enquanto a outra olhava com certa apreensão seus passos – Sabe o que ele quer?

— Não, mas duvido muito que seja sobre meu casamento – Zuri suspirou.

Zuri ansiava o casamento com Zafh, desde o dia do noivado, mas havia uma porção de protocolos a serem seguidos, após o anuncio era esperado que demorasse algum tempo até a data do casamento, mas a distância era dolorosa para o casal.

Esse momento era o mais importante de suas vidas, finalmente acertariam a data então se casariam e poderiam viver juntos, Zafrir era um reino do continente central mais ao sul de Aztir que Iclent, não era tão longe, mas ambos não podiam se ver o tempo todo.

Zuri o conheceu aos dez anos, quando Brutus a levou para escolher a pedra preciosa que forjaria sua espada "sol da manhã", todos os filhos do rei de Iclent, possuíam espadas especiais, as lâminas feitas de pedras preciosas, no caso da arma de Zuri, uma zairian amarela, por isso ela nomeou a espada de "sol da manhã".

Com essa idade, gostavam de correr juntos, durante as negociações dos pais, tornaram-se amigos e com o tempo a amizade tornou-se outro sentimento, ao perceberem que estavam apaixonados, contaram para o mundo, namoraram, noivaram e finalmente se casariam, Zuri sentia-se radiante de finalmente passar seus dias ao lado do amado.

Ela passava os dedos pelos cabelos, ao mesmo tempo que olhava sua imagem no espelho, sem conter o sorriso satisfeito nos lábios, enquanto a irmã tomava um banho rápido.

Quando Zaphira estava saindo da ducha, escorregou ao pisar fora do tapete com o pé molhado, segurou-se na pia rapidamente, antes de se machucar, assustando a irmã mais velha, tirando-a de seus devaneios amorosos.

― Zaphi! Céus, se continuar assim, não conseguirá findar o dia ilesa! – alarmou-se Zuri.

― Estou bem! Me segurei aqui – Zaphira indicou a pia – Acho que ninguém ficaria feliz se eu enviasse uma nota com "Minhas desculpas, mas caí no banheiro e quebrei algum membro no processo, irei convalescer na cama, beijos Zaphi".

― Definitivamente, não! – exclamou Zuri, ainda preocupada com a irmã.

Depois de dois incidentes, seguidos, Zuri resolveu que permaneceria no aposento, para manter a irmã a salvo de si mesma.

*****

Longe dali uma bela morena corria pelo corredor em prantos no sentido contrário, a um rapaz de cabelos escuros e olhos bem azuis, muito parecido com Zaphira.

― Sabe Zayn, às vezes acho você malvado – disse outra morena, aproximando-se dele, tão bela quanto Zuri.

― Minha doce e jovem irmãzinha, existe somente uma garota a quem entreguei meu coração e alma – retrucou Zayn, com ar poético.

― E, ela rejeitou ambos! – lembrou ela, ele rolou os olhos, suspirando, ela bufou e continuou – Ah, qual é? Ela nem te quer, você está sendo trouxa – debochou a garota.

― Zoey, quando você se apaixona, não escolhe, só acontece. Não escolhi amá-la, mas a amo – ele sorriu.

Zoey balançou a cabeça incrédula, para ela, o irmão era um idiota. A garota passou o braço sob o dele, praticamente puxando-o pelo corredor, decidida a não falar nada, às vezes calar-se era a melhor opção.

― Onde vamos? – ele perguntou, risonho.

― Café da manhã em família – ela respondeu, secamente.

― Que... Divertido – balbuciou ele, com evidente sarcasmo.

Uma família de sete membros, já era bem complicada separada, quando junta... As coisas tendiam a sair do controle facilmente, ainda mais quando nesse recinto estariam Zedrius, Zigfried e Zaphira.

― E eu não sei? Aposto que o Zed, será o primeiro a ser repreendido – apostou Zoey.

― Eu apostaria no Zigfried, mas estou inclinado a apostar na minha gêmea – comentou Zayn, pensativo.

― Aposta é aposta, se eu ganhar, já sabe. Terá que pagar – ela sorriu maldosa.

― Céus! Você que é diabólica, Zoey! – ele exclamou, levando os dois a gargalhar.

Em outro corredor no palácio dos sete reis, Zuri caminhava ao lado da irmã, quando foi abordada por um funcionário, ele a questionava sobre a recepção do príncipe. Zaphira sentiu-se entediada, acenou para a irmã informando que continuaria sozinha, Zuri a fitou assustada, Zaphira ignorou.

Era conhecido dentre todos os familiares e até outros mais próximos que a garota era um desastre ambulante, mas vigiar seus passos para certificar-se de que ela não caísse nos próprios pés? Já era demais para o gosto de Zaphira, ela podia muito bem andar sozinha e tudo acabaria bem.

Ela terminou o caminho pelo corredor, subindo as escadas, sem qualquer incidente.

Quanta bobagem, pensar que eu poderia rolar as escadas só porque tropecei na cama e quase caí no banheiro. – pensou a garota.

Adentrou pelas portas duplas do grande salão de refeições de cabeça erguida, como aprendeu em alguma de suas aulas de etiqueta, princesas costumam ter aulas sobre isso, na maior parte das vezes Zaphira costumava esquecer tudo que tentaram lhe ensinar, mas hoje ela queria mostrar a Zuri o seu lado "elegante".

Avistou o pai e a tia Briene conversando, próximo a mesa, pareciam absortos em algo, fazia alguns dias que não via a tia, ela se animou esticando o braço para acenar para a tia, distraindo-se e tropeçando na barra do vestido.

Além de quase cair, pôde escutar o barulho de tecido rasgando, se inclinou para frente, analisando o estrago feito, havia uma fenda enorme na barra do vestido, pelo lado da frente.

― Que grande merda! – xingou ela, olhou na direção do pai, a tia se despedia dele. A garota não teria tempo de se trocar , não sem levar um a bronca pelo atraso.

― Ah, eu vi isso! – a voz do irmão mais velho, ás suas costas, a fez congelar no lugar.

Céus, podia ser pior? – indagou em pensamento, virando-se em direção ao irmão, Zedrius, o único com cabelos loiros, olhos azuis, pouco mais escuros que os dela, com a resposta ao lado, Zigfried.

— Aí Zaphi, um dia você vai me matar de tanto rir, modelito de hoje: "molambenta". – Zig gargalhou, alto.

— Zig, é incrível como você sempre está presente quando esse tipo de coisa acontece – ela resmungou, enquanto alisava o vestido, tentando se recompor.

― Não vai conseguir esconder esse pequeno detalhe fashion que acaba de confeccionar em suas vestes – riu Zed.

― Nem queria, tá? Gostei, está... Personalizado – ela deu de ombros.

— Nunca vi ninguém mais desastrado, ouso dizer que você é a definição de desastre com formas femininas – gargalhou Zed.

— Zed, quem o vê proferindo palavras difíceis assim, até pensaria que existe mais que ar dentro da sua cabeça – debochou Zaphira.

Zed deu de ombros, ignorando o comentário debochado da irmã, pois teria ajuda de Zigfried para caçoar dela.

— Ah, Zaphinha... Não mude de assunto, seus desastres são épicos! O filho do cozinheiro que o diga – abordou Zed.

— O coitado ainda treme de escutar seu nome – gargalhou Zigfried.

— Pelo menos você é temida! – comentou Zed.

— O rapaz não pode vê-la, que corre de você. Mas também, depois que sua espada escapou da sua mão e espetado a bunda do pobrezinho... – lembrou Zigfried, com lágrimas nos olhos de tanto rir.

— Foi um acidente! E outra quem o mandou para a sala de treino? – ela se enfureceu.

— O rapaz foi nos levar água – arfou Zigfried, tentando controlar o rizo, sentindo dores no abdômen.

— O garoto sempre corre com a mão no traseiro, quando está em sua presença – contou Zed, gargalhando.

— Na sala de treinos, não me responsabilizo por ninguém, ainda torço fervorosamente para que a próxima vez que minha espada acertar a bunda de alguém, essa seja a sua Zig ou da do Zed– retrucou Zaphira, irritada.

— O meu traseiro macio, você jamais acertará maninha – troçou Zigfried.

— Justamente por ser macio, entrará como uma faca na manteiga – ela deu um sorrisinho diabólico – Trabalhem os glúteos, não me incomodaria de acertar nenhum de vocês – ela os olhou feio, fazendo-os rir mais alto.

— Ei, os três, aí. Que palhaçada toda é essa? Por que estão rindo feito idiotas e não vieram tomar café? – bradou Brutus, lá da mesa disposta no meio do grande salão.

Os três se entreolharam, engolindo em seco e caminharam imediatamente em direção a mesa do café, Zed, passou seu braço ao redor da irmã, puxando-a para si enquanto andavam.

— Vou mandar construir um protetor de bunda para mim, sabe, por precaução – ele murmurou.

— Armadura completa seria mais prudente, não se esqueça de que estou com a "sangue escarlate" aqui. – ela o ameaçou, ele teve de se conter para não rir.

Sangue escarlate, é o nome da espada com lamina vermelha, feita a partir de uma pedra preciosa oriunda do reino de Taupholes, todos os Iclent dão nomes as suas espadas especiais.

— Minha irmã linda, que personaliza suas roupas com o desastre! – Zed beijou a cabeça da irmã, bagunçando seu cabelo, antes de solta-la.

— Ser irritante! – ela reclamou – Eu deveria personalizar a mão na sua fuça.

Ele se segurou para não rir, estavam quase ao lado do pai, Zigfried fez um comentário sobre a reunião do parlamento, Zed aproveitou para murmurar para a irmã.

— Vai treinar depois do café? – perguntou Zed.

― Acho que não terei outra opção, perdi o treino da manhã, dormi demais, se o pai souber que não treinei hoje, vai me arrancar meu couro – ela respondeu, baixinho, antes de ocuparem lugares um ao lado do outro.

*****✬*****

Nota: Saudações Aztirianas!!

Tenho muito orgulho dessa versão da história, pois pude contar vários pontos importantes e não ficar enrolando com conversas desnecessárias, nem enrolações.

Espero que tenham gostado =]

Beijinhossss

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro