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| Capítulo 4

Ametista se viu diante de portas duplas feita de madeira escura, com arabescos entalhados nos cantos. Era um trabalho bonito, rústico, e ela percebeu desenhos de aves e peixes entre os ramos.

--- Achei que houvessem portas no seu mundo. --- Velinor debochou, ao seu lado --- O quê nos espera está do outro lado. Não fique parada como uma idiota.

--- Uteh azi dron dae motah esso? *(Você não pode ser mais gentil?)* --- Murmurou Dain, passando por eles para chegar até as portas --- Barvi dae Er Ganisthy. *(Ela é a Prometida.)*

Ametista não entendeu nada do quê ele disse, exceto por "Er Ganisthy", mas sabia que o Cavaleiro estava repreendendo o orc, pois Velinor revirou os olhos enquanto Dain abria as portas para eles.

Por um momento, Tista achou que não conseguiria andar.

Seus pés colaram no chão e ela sentiu o corpo rígido pelo medo. Então, olhou para Dain e ele estava olhando-a. Havia fogo em seus olhos, e ela se viu presa naquelas chamas.

Se esqueceu de sentir medo e entrou na sala.

Havia uma mesa comprida no centro e atrás dela uma grande janela de vidro. A mesa estava cheia e as figuras ali sentadas conversavam quando eles entraram.

--- Quando ela vai chegar? --- Indagou uma voz de mulher.

--- Em breve. --- Respondeu outro.

--- Quando?

--- Não sei, não sou eu quem está a trazendo.

--- Quem eles estão esperando? --- Ametista perguntou a Velinor, curiosa, seguindo-o até a mesa.

--- Adhalina. --- Foi a resposta curta do orc.

--- E quem é essa?

Alguém parou na porta ainda aberta e uma trombeta foi tocada. O som suave encerrou as conversas e aqueles sentados finalmente notaram não apenas Ametista, mas também as figuras que se juntavam na entrada.

--- Kala Adhalina hava Nande Lux! *(Salve Adhalina do Clã Lux!)* --- Saudou o elfo de armadura, ainda segurando a trombeta --- Aitcho in Zanen Opaly, Orda Eldun Denlanea. *(Princesa da Floresta Negra, Senhora dos Elfos de Denlanea)*

Uma mulher, uma elfa, apareceu na porta. Parecia um raio de luz do sol adentrando a sala. Usava vestes brancas, com joias de ouro, seus cabelos eram dourados como grãos de trigo e olhos azuis como o céu. Havia uma coroa sob sua cabeça.

--- Ah. --- Ametista engoliu em seco, desejando do fundo do coração estar em casa --- Essa é ela.

Adhalina parou numa das pontas da mesa.

Dois elfos a acompanhavam. O da trombeta tinha cabelos dourados e olhos escuros, não trazia nenhuma arma junto ao corpo. A outra, uma elfa de pele negra, tinga longos cabelos negros e uma espada na cintura.

--- Parece que estamos todos aqui. --- Os olhos azuis da Princesa percorreram a sala e pararam em Ametista, ainda de pé --- Acho que devemos fazer uma apresentação decente a nossa convidada. Sou a Princesa Adhalina, da Floresta Negra.

Ela fez uma breve reverência e Ametista acenou com a cabeça em resposta.

O elfo sentado à esquerda de Adhalina se ergueu. Tinha feições belas e suaves como as de uma donzela, usava vestes bonitas, de seda preta, com bordados roxos, que combinavam com seus cabelos negros. O sorriso zombeteiro em seus lábios destruía a beleza de suas feições.

--- Príncipe Glérion, o Belo, do Bosque do Arauto. --- Se apresentou, imitando a reverência da outra.

Em seguida foi a vez do homem sentado na outra ponta. Ametista reconheceu seus traços quando ele a cumprimentou com um aceno.

--- Dandelor Bellator, Imperador das Ilhas Irmãs. --- O Imperador de cabelos negros apontou para o homem sentado ao seu lado --- Este é meu marido, Anthorin, Imperador Consorte, Senhor da Baía dos Afogados.

O homem loiro acenou de maneira suave. Tinha feições belas, cabelos dourados como ouro. Usava vestes bordadas, mas assim como as de seu marido, práticas. Não eram suntuosas como as dos Elfos.

A voz Dain despertou Ametista e a fez desviar os olhos do Pirata. O Cavaleiro permanecia de pé, mas havia se aproximado da mesa.

--- Dain, O Cavaleiro Vermelho. --- Ele a olhou nos olhos, sem se importar com as demais pessoas presentes --- Sou Montador de Myer, a Fúria Escarlate e represento os Cavaleiros do Vale do Fogo.

Ametista fez um breve aceno para ele, sentindo os olhos do Cavaleiro queimarem os seus.

Uma mulher se ergueu. Estava sentada ao lado de Anthorin e se parecia muito com os humanos. Ela não tinha pele verde ou era alta demais, mas tinha olhos vermelhos vibrantes como sangue fresco. Seu cabelo preto era cortado muito curto e suas vestes eram brancas, em contraste a sua pele escura.

--- Cinthia Gauthier. --- Se apresentou. Seus traços eram belos, mas havia neles uma ferocidade que não se deixava enganar pela fragilidade de sua aparência --- Senhora do Clã dos Manipuladores de Sangue.

O próximo era um anão. Tinha barba e cabelos grisalhos, e estava coberto de prata e ouro. Ele permaneceu sentado e Ametista não se agradou da cobiça em seus olhos escuros.

--- Zendhar, Terceiro. --- Sua voz parecia um trovão ricocheteando nas paredes --- Rei Soberano dos Anões das Colinas Azuis.

--- Muito bem! --- A princesa Adhalina se sentou, encarando-a --- Agora, imagino que seja a sua vez. Sente-se. Estamos curiosos.

Tista engoliu em seco.

Os orcs que a sequestraram sabiam seu nome. Eles também deviam saber. Por um momento, lhe ocorreu que talvez eles tentassem lhe dar uma falsa sensação de conforto ou talvez quisessem saber mais a seu respeito.

Ela não daria mais nada a eles, então ergueu o queixo e respondeu:

--- Me chamo Ametista.

Adhalina sorriu. Talvez, ela esperasse aquela resposta.

--- Maravilha! Já nos conhecemos. Agora... --- A Princesa apoiou as mãos na mesa --- Vamos falar sobre o quê te traz aqui. A primeira coisa que deve saber é que não faremos nenhum mal a você. Somos todos aliados com um propósito em comum. Matar o Rei dos Elfos.

Ametista sentiu os olhares queimado seu rosto, então se concentrou nos olhos azuis da Princesa.

--- Por que querem matar ele? --- Indagou.

--- Porque ele é um tirano. --- Foi a mulher de cabelos pretos, Cinthia, quem respondeu --- É o quê há de mais ruim em nosso mundo e não contente com as cidades elficas que tomou, quer conquistar o continente inteiro. Algo que não vamos deixar que aconteça.

--- Ele era um dos príncipes da cidade elfica Sanemarin. --- Contou Adhalina, a elfa de pele negra ao seu lado lhe estendeu um mapa o qual ela abriu sobre a mesa --- Matou o a mãe e os irmãos para assumir o trono. Depois, iniciou guerras com as cidades vizinhas as quais devastou e conquistou.

Ametista puxou o mapa para perto, passando os dedos pelos nomes marcados de vermelho. Thiéram, Warenhell, Rhuneston e Ylaínthy.

--- Essas são as cidades que ele tomou? --- Questionou, ainda observando o mapa.

--- Sim. --- Assentiu a princesa --- Cada uma dessas cidades é comandada por um General de Alto Escalão do Rei. São tão terríveis quanto ele e mais impiedosos ainda. Batalhas estão sendo travadas em nossas fronteiras, tentativas de invasão e domínio que estão eclodindo por toda parte. Não sabemos quanto tempo mais iremos resistir.

--- E como acham que eu posso ajudar? --- Ametista afastou o mapa --- Eu não sou... eu não tenho nada de especial. Saberia se tivesse. Como posso vencê-lo?

--- Você é a garota da profecia que foi lançada quando ele assumiu o trono de prata. --- Disse Dain, em voz baixa --- A profecia da qual o rei veio fugindo a vida inteira.

--- "A primeira criança nascida na sétima lua do Ano Sombrio, cuja as veias trazem o sangue escuro e os olhos luz, trará a queda daquele que se senta no trono de prata..." --- Receitou Dandelor, olhando-a com atenção --- "E dela será a luz que dissipa as sombras."

--- A profecia não mencionou gêmeos, não sabíamos qual de vocês seria o certo. --- Contou Glérion --- Então, nos atentamos aos detalhes. "A primeira criança". O gêmeo mais velho, obviamente.

Ametista engoliu em seco. Sentia-se cada vez menor, mais encolhida naquela sala, mais sufocada.

--- Como sabem que somos nós mesmo? --- Indagou, a voz baixa demais --- Vocês podem ter...

Os acontecimentos seguintes foram rápidos e confusos. Anthorin, que estivera quieto a reunião inteira, puxou da cintura uma adaga e jogou-a em direção à Ametista. A garota não teve tempo para reagir e pois as mãos em frente ao rosto por reflexo.

Luz explodiu de suas palmas e a adaga foi jogada para trás com um estampido, passou a centímetros do Imperador de cabelos loiros e atravessou a janela de vidro. Deixou ali um buraco, pelo qual um feixe de luz atravessou.

Ametista abriu a boca, incrédula.

--- Aposto como não sabia disso. --- O Imperador Dandelor sorriu para ela, assim como seu esposo Anthorin, que ainda estava calado.

--- Desde quando...

--- Sempre. --- Respondeu o pirata de cabelos negros --- Sempre esteve dentro de você. O mundo humano não era propício para florescer seus poderes. Aqui é seu mundo. Sua casa. Esse poder é tudo de que precisamos para derrotá-lo. Precisamos de você.

Ametista encarou suas mãos. Sentiu algo se agitar em seu peito. Em suas veias. Queimando. Ela ergueu a cabeça para olhar nos olhos do Pirata.

--- Tenho outra escolha? --- Sussurrou.

Dandelor demorou um segundo para responder. Ela viu Anthorin segurar a mão do marido, e então o Imperador sussurrou de volta para ela:

--- Não.

A mesa toda ficou em silêncio.

--- Você certamente não sabe, mas... --- O Príncipe Glérion a encarou, com sua expressão zombeteira e arrogante --- Sua mãe nasceu aqui. Ela pertencia ao nosso mundo. Esse poder está no seu sangue e veio dela. Foi assim que soubemos que você era a escolha certa.

Tista perdeu o fôlego por um momento. Sua mãe... sua mãe não era humana. Se ela havia nascido ali, então...

Cinthia crispou os lábios com desdém.

--- O Maligno não saí de sua Fortaleza há mais de uma década. --- Ela estalou a língua --- Estou esperando que diga como essa criança vai matá-lo, Adhalina.

--- Uma vez ao ano, no solstício de inverno, o Maligno abre as portas de sua fortaleza para dar um baile. --- Respondeu a Princesa, agaroa encarando a outra --- É a única oportunidade que teremos de entrar sem levantar suspeitas, pois o lugar estará cheio. De convidados e de guardas. Temos que nos infiltrar no baile. --- Ela se virou para Ametista --- Você deve chegar até ele e matá-lo.

--- Não sei nada sobre matar. --- Tista balançou a cabeça --- E menos ainda sobre dançar, se quer saber. Me arrisco no samba, mas não é grande coisa.

--- Por isso vamos preparar você. --- Garantiu Adhalina --- O Solstício é daqui trinta e cinco dias. Terá de viajar até a Fortaleza e treinar no caminho par...

--- Há mais uma coisa. --- Cinthia a interrompeu --- Os Generais. Será impossível chegar ao rei sem antes passar por eles. O baile se tornará um banho de sangue.

--- Eu sei. --- A princesa pareceu ligeiramente incomodada com a interrupção, mas sua expressão logo se normalizou --- Precisaremos de quatro guerreiros para matar os Generais para que Ametista possa chegar ao Maligno.

O rei dos Anões limpou a garganta.

--- Que guerreiros seriam esses? --- Indagou ele.

--- Existem quatro clãs de Orc's elementais aqui, como todos sabem. --- Começou a princesa --- Eles se uniram para tentar acabar com o Maligno algum tempo atrás. Os quatro clãs batalharam por cinco anos, mas a rebelião não foi bem sucedida e o rei matou os líderes.

Adhalina acenou para a elfa ao seu lado novamente, e ela foi até as portas, abrindo-as. Quatro orc's passaram por elas.

--- Esses são os novos líderes tribais. --- A Princesa tinha um brilho de triunfo nos olhos quando se ergueu --- Os melhores guerreiros Orc's que existem em nossas terras.

Ela apontou para um deles. Ametista calculou que ele tinha, no mínimo, dois metros de altura. Assim como Felliny, o orc tinha pele azul, e longos cabelos cor de petróleo, seus olhos eram de um azul intenso. Usava armadura de metal e por baixo vestes de couro. Tinha presas afiadas, mas não parecia ser hostil como Yondher.

--- Hallo é Líder dos Orc's de Água do Sul. --- Explicou a princesa, e então apontou para a orc ao lado dele ---- E Ceridana é a nova Líder dos Orc's de Terra do Norte.

Ceridana tinha a pele verde, mas era muito diferente de Velinor. Seu cabelo era preto e longo, e seu rosto estava pintado com tinta negra. Ela tinha um olhar feroz, e cravou-o no rosto de Ametista.

Adhalina apontou para o terceiro orc.

--- Mestre Auront é o Líder dos Orc's de Ar do Oeste.

Ele era o mais alto e parecia ser o mais velho também. Sua pele e seus cabelos eram brancos, assim como sua armadura. Não havia ferocidade em seus olhos claros, mas sim seriedade. Sabedoria. Ele a fitou com compaixão.

A última da fila era uma orc de pele vermelha e cabelos negros. Nela não havia nenhum traço de calma. Seus olhos pareciam duas chamas acesas, mas ela não tinha presas.

--- Khali. --- Adhalina não se aproximou dela quando apontou --- Líder dos Orc's de Fogo do Leste.

Ametista passou os olhos por eles. Nunca havia visto figuras tão diferentes e imponentes. Pareciam ter saído de um de seus livros.

--- Eles acompanharão você e garantirão sua vitória. --- A princesa fitou-a --- Serão seu escudo e sua espada nessa guerra.

Cinthia crispou os lábios de novo, e se levantou.

--- Você está confiando nosso futuro a uma criança e um bando de orcs vingativos. --- Acusou ela, pondo a mão sobre o peito --- Meu povo não irá morrer pela imprudência de uma mortal!

--- Cinthia... --- O Príncipe Glérion começou, mas ela nem pareceu ouvi-lo.

--- Leve-a até a Fortaleza, e quando o rei estiver morto minhas tropas lhe darão auxílio. --- Continuou Cinthia --- Não antes disso.

--- Precisaremos de você. --- Respondeu a Princesa --- Se quisermos tentar...

--- Os Orcs tentaram vencê-lo e falharam. O preço a ser pago foi alto demais. Não cometerei o mesmo erro. --- Ela ergueu o queixo fino --- Meu Clã não tem forças para impedir os avanços do rei e proteger sua... "criança escolhida". Não vou derramar o sangue deles nas espadas dos inimigos. Se me quer como aliada terá de aceitar meus termos.

Cinthia parecia feita de pedra naquele momento, sua expressão era dura e impassível e Ametista sentiu um arrepio na espinha ao ver os olhos dela. Vermelhos como sangue.

Velinor, de pé atrás da cadeira de Ametista pois uma das mãos no encosto. Até ele parecia tenso quando Cinthia continuou.

--- Lhe darei o apoio que precisa e estarei ao seu lado, desde que isso não signifique enfraquecer minhas defesas. Quero seu apoio em minhas batalhas, ou não poderei ajudá-la nas suas.

Ela permaneceu de pé, encarando a princesa que a encarava de volta. Foi Zendhar, Rei dos Anões, quem encerrou o silêncio, ele limpou a garganta e proclamou com sua voz de trovão.

--- As Colinas Azuis oferecem suas armas e sua hospitalidade a escolhida... --- Seus olhos, brilhantes de cobiça se direcionaram para os Imperadores --- Desde que meu direito às Colinas Vermelhas seja reconhecido.

--- As Colinas Vermelhas não pertencem a você. --- Dandelor rebateu, de cenho franzido --- São direito da Princesa Vênas.

--- Há quem discorde...

Dandelor abriu a boca novamente, porém, Adhalina foi mais rápida e o interrompeu.

--- Tenho certeza de que podemos entrar num consenso justo sobre os termos dessa aliança. --- Ela se virou para Tista, com um sorriso discreto --- Ametista... tenho certeza de que você está cansada. Deve descansar agora.

Tista não teve tempo para rebater. Velinor se inclinou sobre a cadeira e segurou seu braço.

--- Venha. --- Murmurou ele, em seu ouvido.

Velinor a levou de volta para o quarto em que estivera antes. Quando abriu a porta, Ametista percebeu com alegria que seu irmão estava ali, a esperando.

--- Jas! --- Tista correu e se jogou nos braços do irmão.

--- Você está bem? --- Ele a abraçou apertado --- O quê eles fizeram?

Ela separou o abraço ao ouvir a porta bater. Velinor havia ido embora.

--- Eles me apresentaram a um... conselho de guerra ou sei lá. Estão planejando um ataque ao castelo, fortaleza, barraco... que seja! --- Tista suspirou --- Eles querem que eu mate o rei num baile. Falam como se fosse tão simples que... nem consigo acreditar que seja verdade.

--- Você não precisa fazer isso. Podemos fugir.

--- Como? Nadando? --- Ela riu, balançando a cabeça --- Jas... por que acha que ficamos desacordados até chegar ao mar sob domínio dos Piratas?

--- Não sabemos como voltar. E nem poderíamos sozinhos. --- Jasper suspirou, pondo a mão em seu ombro --- Sinto muito.

Ametista se sentou numa cadeira próxima, cobrindo os olhos e o rosto com as mãos.

--- Queria que fosse um sonho. --- Disse ela, quando seu irmão sentou na cadeira ao lado --- Então, eu abriria os olhos e... estaria em casa. Minha casa de verdade.

Jasper não disse nada. Não havia nada a ser dito.

--- Eu preciso te contar uma coisa. --- Ametista ergueu o rosto para fitar o irmão --- É sobre nossa mãe.

A porta se abriu novamente e Wanderley apareceu. Os gêmeos se viraram para vê-lo no mesmo instante.

--- Acho que estou atrapalhando... --- Ele coçou a nuca --- Volto depois.

--- Nada disso! --- Ametista ergueu-se, foi até o tio e o empurrou para dentro, fechando a porta --- Senta. Você sabia?

--- Sabia do quê? --- Jasper juntou as sobrancelhas.

Wanderley bocejou, se sentando na cadeira antes ocupada pela sobrinha, então cruzou as pernas.

-‐- Não de tudo isso. --- Começou ele, gesticulando --- Sua mãe... me contou algumas coisas. Cida sabia mais do que eu. Ela aceitou dizer a todos que Elena era nossa prima, a protegendo de perguntas. Não sei se ela sabia sobre a profecia... eu não mesmo sabia, mas sei que sua mãe confiava nela. E em mim.

Ametista e Jasper trocaram olhares, e o garoto indagou em voz baixa:

--- O quê você sabia, então?

--- Que ela não era do nosso mundo. --- Wanderley baixou os olhos para as próprias mãos --- E que precisava salvar suas crianças. Sua mãe não era humana, embora se parecesse muito com uma. Ela chegou até nós no meio de uma tempestade, bateu em nossa porta. Grávida e sozinha. O quê poderíamos fazer se não acolher ela?

Ele ficou em silêncio um tempo, então sorriu, erguendo os olhos de novo.

--- Ela me contou algumas histórias sobre esse lugar, os povos daqui... acho que ela nunca quis que vocês soubessem, mas não por mal... ela só não os queria em perigo. --- Os olhos negros os fitaram com seriedade --- Devem saber disso. Ela fez tudo por vocês.

Ametista cruzou os braços.

--- Seria menos perigoso se soubéssemos com antecedência. --- Murmurou. Jasper concordou.

--- Sinto por isso. --- Wanderley pois a mão sobre o peito --- Mesmo.

Os gêmeos se olharam, sorrindo dessa vez.

--- Só acredito se me der 100 conto. --- Ametista esticou a mão para o tio.

Ele riu, dando um tapa em sua mão.

--- Pidona.

Eles riram juntos e por um breve momento, pareceu que estavam todos em sua casa. Sentados na varanda, jogando dominó enquanto o sol se punha. Num domingo preguiçoso qualquer.

Wanderley suspirou, segurando as mãos dos gêmeos com as suas e os puxando para um abraço.

--- Prometo que vou proteger vocês. Não importa o quê aconteça. --- Garantiu ele, então apontou para a porta fechada --- E aqueles dois pestinhas também.

--- Estamos ouvindo! --- Gritou uma voz, do outro lado da porta. Era José.

--- Pestinha é o seu cu! --- Gritou Aruanda, a voz abafada pela madeira.

--- O seu que é mais azul! --- Wanderley gritou de volta.

Ametista parou de sorrir aos poucos e encarou as próprias mãos, engolindo em seco.

--- Tem mais uma coisa. --- Sussurrou ela --- Eu... tenho poderes. Não sei como nunca percebi... eles sempre estiveram lá, só que... adormecidos.

--- Poderes? Que tipo de poderes? --- Jasper a olhou desconfiado.

Ametista ergueu as palmas das mãos. Nem ela sabia o quê devia fazer, mas pareceu tão natural que quando o sangue em suas veias esquentou, e as pontas de seus dedos formigaram, ela já sabia o quê aconteceria.

O quarto se iluminou como se um sol estivesse ali dentro e em seguida os feixes de luz se juntaram, girando um sobre o outro das mãos dela até o teto.

--- Puta merda. --- Sussurrou Jasper --- Minha irmã virou um abajur.

Princesa Adhalina

Príncipe Glérion

Senhora Cinthia Gauthier

Imperador Anthorin

Imperador Dandelor

Rei Zhander

General Hallo

General Ceridana

General Auront

General Khali

Ilustrações do capítulo

(Ametista, Wanderley e Jasper)

(Ametista mostrando seus poderes)

(Império Pirata)

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