Capítulo 21
Os ministros falavam sem parar, as vozes se sobrepondo, tornando o barulho ao redor de Taeyang ensurdecedor. O rei olhava para os homens à sua frente com desesperança, o corpo jogado, cansado, sobre o trono que era seu por direito, mas que trazia tantos problemas quanto status.
Como os ministros podiam ter coragem de insultar a rainha daquele jeito?, pensou Taeyang. Por mais que não concordem com a escolha do meu pai e a minha, acusa-la de profanar nossos espítiros antepassados é demais.
O tom de voz dos ministros diminuiu até uma conversa coerente que cessou aos poucos enquanto todos voltavam a encarar Taeyang, que ainda não tinha se movido desde o pedido para repreender Malaika.
O rei mal podia acreditar na audácia daqueles homens. Primeiro, tratando-o como se fosse um deles, gritando e soltando ordens como se Taeyang não tivesse o poder de mandar livrar cada um deles de suas próprias cabeças; em segundo lugar, vendo maldade no ato mais altruísta que ele conhecia além de difamar a rainha, criticando suas intenções; e por fim, exigindo uma punição para Malaika Kalejaiye Shin, não só a esposa amada e caridosa do rei, mas também a rainha de Hanbyeol. Tudo isso era inaceitável.
— Vossa Majestade não tem nada a dizer? — perguntou o ministro de pessoal.
Taeyang o encarou, sério.
— Acho que ele quer ouvir sugestões para a punição da rainha — falou outro ministro, atraindo os olhos do rei, que mal moveu a cabeça para fitá-lo.
— Eu acho... — começou Taeyang, com a voz controlada, seus olhos de um castanho tão claro que parecia dourado sendo a única janela para enxergar sua indignação — que os senhores deveriam parar de tirar conclusões precipitadas e preconceituosas. — Quando ouviu exclamações diversas, Taeyang nem mesmo se abalou, antendo os olhos firmes passeando devagar entre os dois ministros que tinham falado por último. — E também não devem achar que sabem o que eu quero ou o que pretendo fazer.
Com isso, todos os ministros ficaram em silêncio, a maioria encarando o rei com olhares assustados, mas alguns ainda fitavam o chão, envergonhados demais da cena que tinham causado para fitar o monarca que agora os observava com nojo.
— Mas, majestade, o que a rainha fez não tem perdão...
Taeyang não se importou em ver quem tinha falado. Ajustou sua postura, ficando completamente ereto no assento imponente e olhando todos de cima, com toda a altivez que aprendera a demonstrar, mas que normalmente preferia manter longe de suas expressões e seus gestos.
— Eu me recuso a acreditar que Malaika possa ter tido qualquer intenção duvidosa quando homenageou meus pais. Eu conheço minha esposa e confio em minha rainha. Vocês deveriam fazer o mesmo — decretou Taeyang, os olhos ainda passeando pelos rostos dos ministros com falsa desconsideração.
Então os olhos do rei finalmente encontraram Baek Jun Young, o jovem nobre estudiosos que tinha se tornado ministro da educação pouco antes do falecimento de seu pai e que tinha o incomum costume de dizer exatamente o que pensava nos raros momentos em que dizia alguma coisa dentro daquele salão.
O jovem ministro da educação era poucos anos mais velho que Taeyang e costumava apreciar mais o rei a cada vez que este contrariava os outros nobres e ministros e demonstrava isso naquele momento com um sorriso fechado que trazia à tona covinhas em ambas as suas bochechas, aparentes mesmo no rosto abaixado em respeito. Ele levantou os olhos por um instante, porém, e encontrou os de Taeyang presos aos dele, intensos como se o próprio olhar pudesse ser considerado uma ordem. Sustentou o olhar do rei, esperando por suas palavras.
— Tem alguma informação a acrescentar, Jun Young? — Taeyang perguntou, desviando toda a atenção do salão para o jovem estudioso.
— Perdão. O que quer dizer, Majestade? — Jun Young respondeu, cauteloso.
Taeyang abriu um sorriso seco, mas respeitoso. Aquela sala era o verdadeiro covil de víboras e qualquer um seria inteligente de ser cuidadoso com as próprias palavras e ações ali dentro, mas Taeyang não podia se dar o luxo de enfrentar os outros ministros sozinho, ainda mais quando não tinha todas as informações. E o rei precisava enfrenta-los, já que não podia permitir que sua esposa fosse difamada e obrigada a caminhar na corda bamba até terminar com o fim que aqueles homens aparentemente planejavam.
— O que sabe sobre o tributo da rainha aos meus pais? — Taeyang mudou a pergunta para impedir mais uma evasiva.
— Sua Alteza Malaika observou enquanto uma de suas criadas preparava oferendas e seguiu com ela até o santuário nesta manhã. A criada posicionou as oferendas e permitiu que a rainha acendesse o incenso e fizesse a reverência, que a rainha realizou perfeitamente, mas terminou com um gesto estranho, um gesto omlai. Mas, pelo que eu soube, o gesto parecia reverente — explicou Baek Jun Young, certificando-se de que pelo menos alguém falaria sobre como Malaika parecera respeitosa ao completar o ritual byeol com seus próprios costumes.
Antes que alguns ministros pudessem começar a falar, Taeyang os silenciou com um gesto da mão, focando-se em suas lembranças de tudo que seu pai lhe contara sobre Omlai.
— O último gesto incluía a rainha levar a própria cabeça ao chão em frente ao altar? — perguntou, ainda pensativo, como se quisesse confirmar as próprias lembranças.
— Sim, Majestade.
Então Taeyang voltou-se para os outros ministros com olhos tão intensos que poderiam soltar adagas mortais contra eles.
— Como se atrevem a acusar a rainha de profanação usando um dos costumes mais reverentes do povo dela contra ela?! Como se atrevem a me pedir que a repreenda por homenagear meus pais? — Percebendo que gritava e sua voz tremia, Taeyang baixou-a para um tom mais controlado. — Malaika tem o coração puro demais para planejar qualquer mal para mim ou para o povo byeol. É um ultraje que queiram manchar a imagem dela desse jeito.
Então Taeyang se levantou do trono, aumentando sua demonstração de autoridade, apesar de querer cuspir em todos os presentes, de tanto nojo que sentia.
— Minha esposa e rainha não precisa mudar absolutamente nada para me fazer feliz ou para ser uma boa rainha. Ela já faz as duas coisas perfeitamente — continuou Taeyang. E a forma aberta que ela tem de ver as coisas também me torna um rei melhor. — Por fim, para acabar com qualquer possibilidade de lidar com aquela questão novamente, concluiu: — Eu proíbo qualquer um de sequer mencionar esse assunto outra vez ou descobrirão exatamente que tipo de punição eu sou capaz de dar.
Sem dizem mais uma palavra sequer, Taeyang deixou a sala do trono com o corpo tremendo de raiva e os punhos fechados, desejando poder fazer mais para calar os homens que insistiam em agir contra Malaika.
Do lado de fora do edifício, Myeong Yo Han o encontrou e apressou o passo para acompanha-lo.
— O que faz aqui? — perguntou Taeyang depois de olhar rapidamente para o rosto do amigo e desistir de parar para conversar. Se o nobre sem cargo político quisesse falar com ele, teria que acompanhar seus passos frustrados.
— Vim vê-lo, conversar um pouco, ouvir sobre sua vida feliz com a rainha... mas não imaginei que as coisas estariam tão conturbadas por aqui. — As pernas longas do nobre mais alto que o rei mantinham os passos rápidos com facilidade.
— Você ouviu?
— Seria difícil não ouvir.
Quando Taeyang olhou para o amigo outra vez, encontrou um largo sorriso apaziguador em seu rosto e se forçou a evitar um suspiro.
— O que acha que devo fazer? — perguntou o rei.
— Com relação aos ministros ou à rainha?
Desta vez, Taeyang franziu o cenho ao encontrar de novo o sorriso do nobre. Era como se aquele sorriso tentasse evitar que Taeyang se irritasse com suas palavras. O rei revirou os olhos.
— As duas coisas — respondeu.
— Acho que já fez tudo o que podia com os ministros. No máximo, pode cumprir a ameaça e destitui-los os acusa-los de traição se continuarem — comentou Yo Han. — Sobre a rainha, acho que deveria demonstrar a ela como se sente de verdade com o que ela fez. Você não me pareceu irritado com a escolha dela enquanto falava com os ministros — explicou quando Taeyang levantou uma sobrancelha em questionamento e deu de ombros.
— Eu não poderia estar mais emocionado — contou Taeyang. — Nem se eu tivesse tido chance poderia pedir uma esposa mais atenciosa. — Então parou de andar de repente, obrigando o amigo a fazer o mesmo. — Mas ela parece um pouco triste às vezes. Não o tempo todo, mas acontece às vezes...
— Desde que os ministros começaram a criticá-la abertamente, talvez?
Taeyang encarou o amigo com uma expressão chocada quando percebeu que Yo Han podia estar certo. Então apenas assentiu em concordância.
Os olhos de Yo Han se desviaram do rei por um segundo enquanto pensava. Quando voltou a fitar o monarca, suas palavras foram firmes, mas lentas:
— Você pode tentar agradá-la também. Agradecer com um gesto grande o suficiente para ter certeza de que ela não vai entender errado.
Taeyang desviou os olhos para o caminho à sua frente enquanto pensava em como respondeu ao amigo. Ele tinha razão, Taeyang não podeia apenas confiar que Malaika entenderia dessa vez. Precisava ter certeza de que ela saberia exatamente como o marido se sentia e o que isso significava para o futuro dos dois.
O rei fechou os olhos enquanto suspirava e, quando os abriu, Malaika estava a alguns passos dele, parada na lateral do grande pátio em seu vestido justo de listras largas que imitavam um arco íris, com alças leves que caíam despojadamente sobre os braços e que fazia sobressair os seios fartos. O rosto da rainha, porém, estava sério, uma sobrancelha arqueada sendo a única indicação de que ouvira a última parte da conversa do marido.
Taeyang sentiu as faces quentes e pensou que poderia estar ficando vermelho. Não era segredo para ninguém o quanto ele gostava da rainha e apreciava estar com ela, mas saber que ela o ouvira comentar sobre isso com o melhor amigo deixava-o envergonhado.
Para Malaika, porém, aquilo era exatamente o que ela precisava ouvir depois das dúvidas dos últimos dias. Sua escolha de homenagear os falecidos pais dele não tinha sido apenas para agradá-lo, mas a princesa omlai não podia negar que se sentia inteira novamente ao saber que o rei ficara emocionado com o gesto.
Myeong Yo Han sorriu quando os olhos do amigo se perderam nos da jovem estrangeira e fez uma reverência para cada um, mal sendo notado por Taeyang e recebendo um leve aceno de cabeça de Malaika em troca.
— Vou deixa-los à vontade — disse para ninguém em particular e se afastou, pois o rei já não lhe dirigia a menor atenção.
— Fiquei sabendo sobre seu tributo no santuário — comentou Taeyang assim que Yo Han saiu, mas hesitou em se aproximar da esposa, incerto sobre como ela se sentia em relação a ele, sem saber bem o motivo da incerteza.
— Eu acabei de ouvir sobre sua discussão com os ministros... — disse Malaika, como se fosse um cumprimento, uma explicação para sua vontade de vê-lo.
Tão incerta quanto o rei, mas com a coragem que tinha ganhado ao ouvi-lo dizer que estava emocionado, Malaika avançou alguns passos lentamente, parando a um braço de distância. Taeyang agora podia ver que os olhos dela brilhavam com alguma emoção quente e tão forte que transbordava dos lábios que tremiam, tentando evitar um sorriso. Mas Malaika não se atreveria a sorrir abertamente, ao menos até ter certeza do que estava acontecendo.
— É difícil acreditar em como me defendeu hoje, depois de tantas vezes em que deixou que falassem de mim...
— Eu sinto muito — declarou ele. — Eu devia ter feito isso antes, devia ter cortado tudo isso antes. Eu estava tão focado em você e em finalmente têr você e no quanto é maravilhosa que...
— Estava focado demais em mim para pará-los? — Malaika deixou a cabeça cair um pouco para um lado, como um cachorrinho que não entende o que está acontecendo.
— Eu não achei que eles iriam tão longe. Quero dizer, eu só vejo o quanto você é perfeita e como me faz bem, não acreditei que alguém pudesse enxergá-la diferente. Não por muito tempo.
Então Malaika abriu seu sorriso infantil outra vez, o coração saltitando no peito com a felicidade de saber que o marido sentia o mesmo que ela.
— Talvez eu deva parar de distraí-lo — comentou ela, mas o sorriso não deixou seus lábios.
Então Taeyang arregalou os olhos e segurou os dois braços dela com desespero.
— Por favor, não!
Malaika gargalhou e colou sua testa à dele.
— Tudo bem, não acho que eu conseguiria mesmo. — Taeyang riu também, mas foi um riso contido. Ainda estava com a ideia dela deixando-o de lado na cabeça.
— Então... podemos jantar juntos para que eu possa agradecer devidamente pelo seu tributo?
— É claro, meu amor.
Quando o sol começou a descer ao encontro do horizonte, Jae In encontrou Hadiya no dormitório, afiando suas adagas depois de um treinamento. Ele se aproximou da guerreira, sabendo que ela era ainda mais letal quando arremessava suas adagas do que manejando-as.
Mas quando a especialista em adagas levantou os olhos para ele, o brilho deles era apenas uma fração do quanto equele homem era capaz de iluminar seu dia.
— Ouvi dizer que você estava de folga — disse Jae In, aproximando-se, mas não se sentou ao lado dela na cama.
Hadiya sorriu.
— Finalmente, sim — respondeu, seus olhos deixando a adaga em sua mão e focando nele por mais um instante.
— O que acha de um passeio? — Quando ela apenas piscou e continuou encarando-o, ele continuou: — Pelo palácio. Não iremos muito longe.
A guerreira hesitou, baixando os olhos para a adaga outra vez, lembrando-se de tudo o que haviam conversado e do conselho de Malaika. Não era fácil se permitir deixar a preocupação de lado, por mais que quisesse viver tudo o que Jae In tinha a lhe oferecer.
Quando uma das mãos dele encontrou a sua e delicadamente retirou-lhe a adaga, Hadiya não fez qualquer menção de impedi-lo, soltando o objeto e levantando-se quando o jovem a puxou devagar pela mão, entrelaçando os dedos nos dela enquanto ela ficava de pé.
— Prometo não fugir com você, já a tenho exatamente onde preciso — disse Jae In ao ouvido dela com voz baixa e rouca enquanto a virava para a porta e passava a mão livre pela cintura dela em um gesto tão íntimo que fez Hadiya estremecer.
— Promete não me distrair também? — perguntou a guerreira em tom brincalhão, mas sua voz saiu entrecortada graças à respiração irregular causada pelo toque leve e pela voz sensual.
— Não posso prometer muitas coisas nesse sentido, mas garanto que minha intenção é só um passeio inocente. O mais inocente de todos — acrescentou enquanto aproximava a boca da nuca dela, fazendo-a sentir sua respiração quente enquanto o sorriso dava lugar a uma expressão concentrada. Completamente concentrada na pele exposta da cor de chocolate.
Hadiya respirou fundo e virou-se para ele, relutantemente acabando com o contato da boca em seu pescoço.
— Então vamos dar um passeio inocente — disse, arrancando uma risada do aprendiz, que não se importou nem um pouco em segui-la de mãos dadas para o lado de fora do dormitório.
Os dois caminharam a esmo pelos diversos pátios do palácio, sem prestar atenção no caminho. Só perceberam que se aproximavam dos portões principais quando viram uma movimentação do outro lado destes.
Decidindo verificar o que estava acontecendo, viram duas guerreiras omlai cruzarem suas lanças uma contra a outra, impedindo que alguém passasse quase sem precisarem se mover.
— Vocês não têm educação?! Foram criadas com porcos?! Eu preciso passar! — Hadiya ouviu a voz feminina que não pertencia a nenhuma das guerreiras da rainha falando no idioma byeol e apertou o passo, já sabendo de quem se tratava. Jae In nem mesmo cogitou deixar o seu lado e a acompanhou, ainda segurando sua mão.
— Elas não falam sua língua — disse Hadiya no mesmo idioma da mulher, mas sem tom de explicação, sua voz dura.
— Então elas devem me deixar passar para que eu possa falar com alguém que me entenda — retrucou Lee Mi Suk, exarperada. Sua entrada barrada nos portões do palácio feria profundamente seu orgulho.
— Acho que já percebeu que Hadiya consegue entender o que você diz e eu também estou aqui — Jae In cortou-a sem parecer nada mais que perfeitamente educado. Até sorriu quando a nobre o encarou, para diminuir a raiva dela. — Não é necessário que passe desse ponto.
Mi Suk fez menção de dar um passo à frente, já que a força com que as guerreiras à sua frente seguravam as lanças tinha diminuído com a chegada do casal, mas as mulheres voltaram a bloqueá-la rapidamente.
— Elas podem não entender seu idioma, mas foram informadas de que sua presença no palácio está proibida. Ninguém entre as guerreiras omlai ou os guardas byeol vai permitir que a senhorita entre aqui. — Hadiya olhou para Jae In por um instante, para confirmar que os guardas byeol também cumpririam a ordem, e recebeu um aceno de cabeça como resposta.
Mi Suk grunhiu. Em sua opinião, o povo omlai não poderia ser mais insolente.
— Você também sabe que foi banida do palácio e que as guerreiras não hesitariam em cumprir as ameaças, então por que voltou? — perguntou Jae In, soltando calmamente a mão de Hadiya para deixá-la livre para o que precisasse, enquanto juntava suas próprias mãos às suas costas. Hadiya havia guardado as adagas de volta aos suportes na cintura antes de deixarem o pavilhão de treinamento e o aprendiz não pretendia impedi-la se a guerreira decidisse usá-las.
— O que quer? — soltou Hadiya, já sem a menor cortesia. — Diga ou pode retornar por onde veio.
— Prefiro contar ao rei — disse Mi Suk a contragosto. — Pretendo ajudar dessa vez, e não atrapalhar.
— Estará morta antes que possa ver Sua Majestade, quer mesmo tentar essa tática? — disse Hadiya.
A nobre byeol arregalou os olhos e seu queixo caiu. Por um instante, só foi capaz de encarar a guerreira, mas recuperou seu orgulho e fechou a boca com um som audível antes de falar:
— Certo. Talvez você se interesse em saber que a princesa Wang Hee Jin pretende matar a rainha.
Jae In deu um passo à frente, intimidando-a com sua altura.
— Não inclua a princesa Hee Jin em suas tramas — aconselhou o aprendiz com a voz dura. Mal podia acreditar que ela ainda tentava prejudicar outros depois de ser banida.
— Não estou incluindo ninguém em nenhuma trama minha — respondeu Mi Suk, dando um passo ultrajado para traz e levando uma mão ao peito. — E eu não tenho nada a ver com isso. O plano da princesa é só dela e eu apenas vim lhes fazer um favor e contar o que ela pretende. Não quero ser acusada de traição e pagar o preço pelas ações dos outros. Aprendi a lição com meus própris atos, obrigada.
Jae In e Hadiya duvidavam que ela tivesse realmente aprendido a lição, já que não tinha hesitado em tentar entrar no palácio, mas se mantiveram calados.
Quando o silêncio se prolongou, Mi Suk moveu um dos pés, inqueta.
— Se não acreditam em mim...
A filha do ministro de pessoal fez menção de se virar para ir embora, mas as palavras de Hadiya a fizeram parar:
— O que mais sabe?
Se a nobre está falando a verdade ou não, não custa tomar precauções, pensou Hadiya. Afinal, temos outros motivos para desconfiar da tia do rei.
— Tudo o que sei é que será logo — respondeu Mi Suk e observou a tensão tomar conta da guerreira e do aprendiz de guarda antes de voltar para a própria casa.
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