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Capítulo 19

Nia queria contar a notícia apenas para o rei. Entendia que provavelmente não conseguiria esconder a situação de Malaika, fosse porque a rainha e o rei raramente eram vistos separados depois do casamento, porque os dois não tinham segredos um com o outro ou porque a situação era – ou poderia se tornar – grave demais para ser mantida em segredo. Independentemente do motivo, a comandante já tinha se conformado com o fato de que teria que ver a jovem que tentava proteger de todos os problemas preocupada até que a questão fosse resolvida.

O que Nia não aceitava era ter que compartilhar tudo o que sabia com Young Chul.

A mulher não podia desobedecer abertamente uma ordem real, porém, não depois da confusão que tinha causado com a filha do ministro de pessoal, por mais que tivesse a melhor das intenções e uma boa razão. Por isso, tudo o que pôde fazer foi esperar, fazendo o máximo para controlar sua pressa, até que o rei mandasse alguém chamar o capitão de sua guarda.

Quando parecia que um buraco se abriria no chão da sala do trono de tanto que o pé direito de Nia batia contra ele sem parar, o homem chegou, acompanhado por Jae In e outros dois guardas.

Young Chul pareceu trazer com ele uma onda de calor, que subiu dos pés de Nia até a raiz dos cabelos no exato momento em que seus olhos se encontraram.

Os dois vinham se evitando desde que uma de suas discussões tinha acabado com um beijo que transformou toda a raiva contida e frustração em desejo e paixão, como se a distância pudesse evitar que algo semelhante acontecesse outra vez e, a julgar por seus comportamentos, parecia mesmo possível que a qualquer momento os dois se esquecessem de tudo ao seu redor e se lançassem nos braços um do outro. Mas nenhum deles estava disposto a admitir tal inclinação, é claro.

O homem exibia um sorriso de lado quando entrou na sala do trono, mas este desapareceu no instante em que viu a comandante do outro lado do salão. Nenhum dos dois sabia o que dizer e, inclusive, levaram algum tempo até perceber que havia outras pessoas no cômodo.

Conforme o coração de Chul acelerava, seu corpo ficava cada vez mais tenso. Sem querer que ninguém percebesse sua reação à mulher estrangeira que o tirava do sério o tempo todo, o capitão estufou o peito – disse a si mesmo que não era uma tentativa de chamar a atenção dela, e sim de demonstrar imponência – e se virou para o rei.

— Mandou me chamar, Majestade? — Chul perguntou, esforçando-se para evitar olhar para Nia pelo que pretendia que fosse toda a reunião.

— Nia tem informações importantes. — Taeyang deixou o trono e desceu os degraus que o levavam até onde os guardas e as guerreiras estavam, incapaz de conter a agitação que as últimas palavras de Nia tinham causado. — Ela disse que se tratava de uma questão de segurança, então achei melhor chamar você.

Como Chul não queria olhar para Nia tão rapidamente depois de se esforçar tanto para desviar os olhos dela, fitou a rainha, sentada em uma cadeira acolchoada e decorada à esquerda do trono com o semblante tranquilo, apesar de as mãos traírem seu nervosismo, contorcendo-se no colo.

— Tem a ver com todos e com toda a guarda — admitiu Nia, a contragosto. Ela tinha capacidade de preparar toda a guarda para o que os aguardava e até preferia agir sozinha, com suas guerreiras e qualquer outro sob seu comando tendo apenas suas ordens a seguir, mas precisava admitir que não era a única líder das guardas reais de Hanbyeol e não podia agir sozinha.

Malaika, de seu lugar no trono da rainha, percebeu o quanto a notícia tinha deixado sua comandante agitada. Além das desavenças com Young Chul e da frustação de qualquer líder quando não podia comandar sozinho, Nia estava aflita, inquieta até. A mulher geralmente contida não conseguia ficar parada por um segundo inteiro sequer.

— Não vou fazê-la esperar mais, Nia. Seja o que for, obviamente está te perturbando, então, por favor, pode nos contar — disse Taeyang com a voz comedida.

— Não estou perturbada — Nia declarou como um reflexo, sem nem mesmo pensar em com quem estava falando.

Taeyang olhou rapidamente para Malaika. O gesto pretendia fazer com que a comandante e todos os outros presentes pensassem que ele estava se desculpando com a rainha por acusar a comandante de estar perturbada ou até pedindo permissão à esposa para seguir com a questão, mas os olhos dourados do rei brilhavam de divertimento quando encontraram os da rainha. Era visível que Nia estava preocupada, mas se ela queria fingir que não, não seria ele a insistir no assunto.

— Com pressa, talvez. Perdão. — Taeyang fez um gesto para que Nia se colocasse no centro do salão e falasse para todos os poucos presentes o que a deixara agitada.

A comandante deu um passo para o lado, ficando de frente para o rei, Hadiya e os poucos guardas. O gesto a aproximou alguns centímetros de Chul, que sugou o ar cuidadosamente, ainda tentando evitar demonstrar qualquer reação a ela, por mais que seu corpo gritasse para repetir os toques da última vez em que estiveram tão próximos.

— Recebi informações de que tropas desconhecidas se juntaram na fronteira e estão marcando para o interior, a caminho da capital — começou Nia.

— Você recebeu informações? — Chul perguntou tão rápido que mal esperou a mulher terminar de falar.

— Sim — foi a resposta quase inconsciente de Nia. Ela sabia que haveria perguntas no momento em que começasse a falar, então não se importou com a interrupção.

— Recebeu essas informações de quem? — o capitão continuou perguntando, forçando a comandante a finalmente encará-lo.

— De um informante. — As palavras de Nia já tinham se tornado mais duras agora que sabia quem a estava questionando.

— Que informante confiável você poderia ter com tão pouco tempo em Hanbyeol? — zombou Chul, fazendo Nia fechar os punhos ao lado do corpo e dar um passo na direção dele.

Apenas um.

Chul ergueu o queixo em desafio e Nia parou onde estava. Ela queria estrangulá-lo, sacudi-lo até que ele parasse de confrontá-la na frente de todos e entendesse a gravidade da situação, mas conforme seus olhos se mantinham grudados aos dele, a imagem que antecipou em sua mente não foi de suas mãos rodeando forte pescoço branco e apertando, mas sim de suas mãos mergulhando no espesso cabelo castanho do capitão e puxando-o para mais perto...

— O fato é que eu os tenho — declarou Nia, a voz tensa ao tentar controlar os próprios pensamentos e ações.

Chul bufou, mas não impediu que ela continuasse falando.

— O tamanho do exército é alarmante e até agora ninguém consegue descobrir quem o comanda — completou Nia para o rei.

Taeyang olhou para Chul e para Malaika antes de falar:

— Não temos inimigos nas fronteiras.

— Com certeza há algum inimigo. Se não é o exército real nem foi reunido por ordens de Vossa Majestade, não há esperanças de que seja uma missão de paz — disse a comandante.

— Não, não é a paz que eles procuram...

— E as vilas e cidades da fronteira? Foram atacadas? — perguntou Taeyang, interrompendo o pensamento em voz alta de Chul.

— Até onde sabemos, o exército só está marchando. As vilas e cidades foram poupadas até agora — explicou Nia.

— Alguém de dentro? — Chul questionou baixinho, talvez mais para si mesmo que para os outros, mas percebeu quando os olhos de Nia encontraram os dele ao ouvir a pergunta.

— O que levaria um inimigo a reunir um exército e poupar o povo? — perguntou Malaika, finalmente desistindo de tentar parecer tranquila no trono e aproximando-se dos outros.

— Talvez o inimigo queira o reino para si sem causar muitos estragos nele — comentou Chul, parecendo pensativo.

— Um inimigo com consciência? — indagou Taeyang.

— Ou que quer parecer ter consciência — completou Nia.

Todos se entreolharam por alguns instantes, deixando o silêncio pairar sobre eles.

— Bem, não podemos simplesmente atacar se não fomos de fato ameaçados, apesar do tamanho do exército — começou Taeyang, como se pensasse em voz alta para que alguém pudesse refutá-lo se estivesse errado. — Sem contar que um ataque a um exército assim levaria tempo e preparo, o que, a essa altura, só poderia acabar em derrota. Vamos esperar os próximos passos deles e vigiar atentamente. Mandem espiões e batedores, aumentem as defesas do palácio, estejam prontos para abrigar o povo se necessário. Preparem-se para o pior.

Taeyang voltou a se sentar no trono depois de falar, de cabeça baixa e segurando uma das mãos de Malaika para obter forças. Ele não queria uma guerra, mas talvez não conseguisse evitá-la.

— Qual de nós, Majestade? — perguntou Nia, querendo saber se devia preparar as guerreiras para deixar o palácio ou para ficar e protegê-lo.

— Os dois — foi a resposta do rei, olhando de Nia para Chul como se não entendesse por que os dois pareciam confusos.

Quando ninguém disse uma só palavra, Malaika desviou os olhos do marido e dirigiu-os aos dois líderes das guardas.

— Nia, você é minha comandante. Chul, você é o capitão da guarda do rei. Mas o palácio é um só e a família real de Hanbyeol é uma só. Vocês precisam trabalhar juntos para nos defender da melhor maneira possível.

Nia trincou os dentes, mas Chul não aceitou a decisão em silêncio.

— Como posso trabalhar em conjunto com uma pessoa que insiste em fazer as coisas sozinha e pelas costas dos outros? — perguntou o capitão, lançando um olhar enviesado para Nia, pensando em como ela roubou o aprendiz Jae In de seu comando.

— Nia sabe compartilhar quando é necessário. — A voz de Malaika soou ligeiramente mais alta e determinada. A rainha não pretendia ser contestada. — Assim como acredito que o senhor seja capaz de confiar nas habilidades dela. — A alfinetada atingiu o alvo com precisão e Chul piscou, aturdido. — E agora é necessário, então devem encontrar um jeito.

Chul mordeu o lábio inferior para evitar responder a rainha outra vez. O homem que não confiava que ninguém fosse tão bom quanto ele mesmo precisaria aprender a aceitar que a autoridade de uma mulher estrangeira era tão alta quanto a dele no que se referia à segurança da família real.

A contragosto, tanto ele quanto Nia assentiram antes de começarem a se retirar da sala do trono.

Eles precisariam trabalhar juntos, conversar, discutir sensatamente sobre planos e próximos passos, mas ninguém disse que tinha que ser imediatamente. Ambos podiam ganhar tempo escolhendo seus batedores para enviar até o exército que se aproximava – mesmo que tudo que ganhassem fosse um par de horas.

Após a saída de Chul e Nia, o rei dispensou a todos, comentando que cada um receberia suas ordens de seus respectivos líderes, e observou enquanto começavam a se retirar do salão.

Perto da porta, Jae In ficou exatamente onde estava até que Hadiya passasse por ele.

Como se alguém tentasse impedir os dois de conversarem, o aprendiz não tinha sido capaz de falar com a jovem guerreira desde o dia em que a encontrou no pátio acompanhando Nia para o treinamento dele. Suas presenças eram exigidas em lugares distintos, estavam sempre ocupados e, para falar a verdade, Jae In tinha certeza de que Hadiya fazia questão de preencher qualquer tempo livre que tivesse apenas para evitar estar perto dele. A distância e a óbvia tentativa da jovem de evitá-lo estavam deixando-o apreensivo e Jae In não queria mais suportar aquela sensação.

Não podia mudar o que sentia pela guerreira e, honestamente, não queria. Assim como também não queria esconder seus sentimentos.

O aprendiz não estava magoado ou irritado, só... com saudade.

Ele entenderia se Hadiya não sentisse o mesmo, apesar de ter pensado que ela sentia, mas não saberia ao certo o que estava acontecendo se não a abordasse.

Hadiya parecia distraída quando se aproximou, com os olhos focados na saída, mas sentiu a mão de Jae In tocar de leve seu braço, chamando sua atenção. A guerreira se virou e levantou os olhos para encontrar o rosto do homem que não saía de seus pensamentos. Então soltou a respiração lentamente. Parecia que não conseguiria mais evitar a própria realidade.

Ela deu um passo para o lado para não obstruir o caminho sem desgrudar os olhos dos de Jae In, notando como o próprio corpo relaxava só de olhar para ele.

De repente, Jae In não sabia mais o que pretendia dizer. Abriu a boca, que ficou seca de uma hora para outra, e a fechou outra vez, sentindo o peito apertar com a vontade de tocá-la, mas se conteve. Ainda não sabia o que Hadiya vinha pensando ou sentindo depois que a beijara.

Respirou fundo, afastando o pensamento doloroso de que o beijo podia não ter significado o mesmo para ela.

— Senti sua falta — foi tudo que o aprendiz disse, a voz grave baixa como um sussurro.

Hadiya fechou os olhos, sentindo aquelas três palavras como se fosse um gole de água após dias com sede. Quando tentou falar, a voz ficou presa na garganta, embargada, e a guerreira baixou os olhos, nervosa e envergonhada.

Então a mão de Jae In que tinha tocado o braço dela para impedi-la de andar encontrou a mão dela e entrelaçou os dedos dos dois.

— Está tudo bem — disse ele e de repente seu corpo estava tão perto do dela que Hadiya poderia encostar a cabeça em seu peito com o menor dos movimentos. — Eu só... gostaria que parasse de me evitar agora.

Hadiya levantou os olhos de súbito para os dele. Ah, não! Ele está magoado!, pensou, buscando a tristeza nos belos olhos de um castanho tão escuro que por vezes parecia preto.

Mas tudo o que encontrou foi ternura.

Jae In a observava como se esperasse uma criança que encontrava um amigo novo pela primeira vez, com paciência e apreço.

Aquilo fez algo apertar no coração de Hadiya, que finalmente apoiou a cabeça no peito dele, buscando conforto mesmo que só por alguns segundos. Como ela poderia abrir mão de um homem como aquele para manter sua posição como protetora da rainha? É claro que a segurança de Malaika era importante para ela, mas bastava olhar para Jae In para reconhecer a própria felicidade, como se o sentimento estivesse o tempo todo ligado a ele, apenas esperando que ela o encontrasse. Como ela poderia escolher entre os dois?

Mas o problema era exatamente esse. Se Hadiya não era capaz de escolher agora, quando a situação ainda estava calma e a luta acontecia apenas em seu coração, como poderia escolher em um momento de perigo?

— Eu... — Hadiya começou, forçando-se a falar porque o homem merecia uma resposta, mesmo que não fosse a que ela gostaria de dar ou que ele gostaria de ouvir — não acho que isso pode funcionar.

— Nós? — indagou Jae In, percebendo a tristeza na voz da amada.

Hadiya balançou a cabeça para cima e para baixo enfaticamente, como uma criança.

— Não podemos desviar nossa atenção. — Seus olhos se voltaram por um instante para Malaika e Taeyang, que ainda não tinham deixado o salão.

Foi o suficiente para Jae In entender todo o medo e a resistência dela.

O aprendiz fechou os olhos por um segundo, controlando um suspiro aliviado. Então ela correspondia seus sentimentos. Isso era tudo o que ele precisava saber. O resto podia ser contornado.

— Eu não acho que precisamos nos preocupar com isso — comentou Jae In, soando confiante apesar de manter a voz baixa e calma como se falasse sobre o clima. — Não precisamos nos preocupar porque não precisamos proteger um ao outro. — Quando os olhos apreensivos da guerreira se voltaram para os dele, deixando claro que ela pretendia repreendê-lo, o jovem continuou: — Não é nosso trabalho e não é necessário.

Hadiya franziu o cenho.

— O que quer dizer?

— Quero dizer que você é boa no que faz. — Jae In viu um brilho nos olhos dela que não conseguiu identificar. — Eu vi homens sucumbirem a um ataque como o que você sofreu da estrada para cá. Homens fortes e competentes. Mas eles não sobreviveram e você sim. É claro que deve ter sido um trabalho de equipe e as outras meninas também merecem o crédito, mas a questão é que não preciso me preocupar com a sua segurança.

Hadiya não disse nada, mesmo quando a pausa se prolongou. Ela sentia coisas demais para conseguir falar. O homem tinha orgulho dela, respeitava, admirava, confiava... Ele sentia o mesmo pelas outras guerreiras, é claro, mas a forma como falava dela era... emocionante até para a própria Hadiya.

— E eu... — continuou Jae In quando pareceu que a guerreira ficaria em silêncio para sempre. — Bem, não sou tão competente ainda, mas estou treinando com Nia e me esforçando. E Nia diz que eu já sou bom em fugir.

Isso arrancou uma risada de Hadiya. Nia costumava mesmo dizer que às vezes a fuga era a melhor opção, se não houvesse perspectiva de vitória.

A risada morreu em um suspiro.

— Acha mesmo que podemos fazer isso? — a guerreira perguntou finalmente.

Jae In tirou uma trança de perto dos olhos dela antes de responder:

— Acho. Mas ainda quero a permissão do rei. Não quero ter que esconder o que sinto.

— E da rainha. Não dá pra esconder nada dela nem de Nia.

Jae In sorriu. Conhecia a própria mestra e já vinha ouvindo os comentários nada sutis que ela fazia durante os treinos. Com certeza a mulher sabia o que estava acontecendo entre o casal.

Antes que qualquer um dos dois pudesse dizer mais alguma coisa, Malaika passou por eles com o semblante neutro como se não tivesse ouvido uma só palavra da conversa dos dois, trazendo Hadiya e Jae In de volta para a realidade.

— Tenho que ir! — sussurrou Hadiya antes de correr para acompanhar a rainha, que já a deixava para trás e caminhava pelo corredor. Jae in sorria enquanto a observava correr, o coração tão leve que poderia sair voando a qualquer momento.

— Não precisa pedir minha permissão — o aprendiz ainda ouviu as palavras da rainha quando viu o rei parar ao seu lado e sorriu, porque a expressão de Taeyang demonstrava que estava prestes a dizer exatamente a mesma coisa.

Taeyang disse as palavras mesmo assim e observou como o aprendiz quatro centímetros mais alto que ele relaxava. Jae In podia tentar fingir, mas Taeyang enxergava os resquícios de apreensão e dúvida que o aprendiz ainda tinha e que acabavam de evaporar. Afinal, era do futuro dele e de sua felicidade que estavam tratando. Quem não ficaria apreensivo? Mas agora, com a aprovação do rei, o aprendiz já normalmente alegre sentia que podia sair pelo palácio saltitando e cantando e nada poderia abalar essa sensação.

No corredor, já afastadas o suficiente para que Taeyang e Jae In não as ouvissem mais, Hadiya ainda achava difícil acreditar que recebia a aprovação de Malaika tão facilmente.

— Alteza?

— Ora, não olhe para mim desse jeito — exclamou Malaika e abriu um pequeno sorriso ao perceber que começava a soar como sua avó. — Acha mesmo que eu quero te ver triste e cabisbaixa pelos cantos? — Quando Hadiya arregalou os olhos, Malaika fez um gesto com uma das mãos. — E isso não tem a ver com seus sentimentos afetando seu trabalho. Eu só quero ver minha amiga feliz.

Hadiya sorriu abertamente, finalmente demonstrando sua personalidade animada outra vez, mas se surpreendeu quando Malaika continuou a falar.

— Ao menos uma de nós merece ser feliz no amor.

— Alteza? — indagou Hadiya, tentando fazer a rainha explicar o que queria dizer.

Mas Malaika decidiu não comentar sobre seus medos recentes gerados pela dificuldade de Taeyang de ser incisivo quando ela era criticada. Ela nem mesmo havia comentado com o marido sobre isso e ainda acreditava que ele não tinha intenção de magoá-la, apesar de nos últimos dias estar falhando nesse quesito. Ao menos politicamente.

O fato, entretanto, era que não estava pronta para falar sobre isso ainda.

A rainha conhecia a guerreira ao seu lado, porém, e sabia que não poderia evitar a pergunta por muito tempo. Então desviou a atenção que tinha atraído para si.

— Bem, vai ser mais difícil convencer Nia a superar as dificuldades — comentou Malaika com um sorriso, em tom de explicação.

— Talvez aqueles dois precisem bater a cabeça para colocá-la no lugar — disse Hadiya, rindo.

— Talvez não demore para baterem uma contra a outra.

As duas amigas se olharam e caíram na gargalhada, naquele momento deixando de lado suas posições como rainha e guerreira.

3406 palavras

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