Capítulo 10
Quando a realeza terminou a refeição e esgotou os assuntos amenos que mantinham o jantar sem discussões acaloradas por um tempo, todos se levantaram, com exceção de Taeyang. Malaika atrasou seus passos por um instante para trocar algumas palavras com o rei e Joon Ho aguardou pacientemente sua vez, para cumprimentar o primo e pedir desculpas sinceras, porém rápidas a Malaika por tê-la deixado transtornada dias antes.
Kayin avistou Nia ao se levantar e não fez qualquer esforço para reprimir um sorriso, os lábios grossos subindo nos cantos, ainda fechados.
O príncipe se aproximou da guerreira, que não demonstrou surpresa ao vê-lo tão perto, um pequeno sorriso se formando em seu próprio rosto, o primeiro em solo byeol que não era dirigido a Malaika ou Hadiya.
Kayin nem mesmo pensou que seu comportamento poderia ser considerado inadequado na corte estrangeira. Em Omlai, ninguém se atreveria a questionar suas atitudes, além do fato de que relações próximas entre nobres – ou mesmo membros da família real – e guerreiros não serem algo incomum.
À sua volta, a tia do rei passou por eles rapidamente, afastando-se de todos o mais rápido possível, e sua própria avó se retirou para descansar como se a atitude do neto fosse absolutamente normal. Malaika e Hadiya observaram o príncipe e a guerreira por um instante com semblantes igualmente divididos entre a alegria e a melancolia, mas Chul semicerrou os olhos que já pareciam mais fechados que os dos omlai quando percebeu a cena ao seu lado.
— Nia — disse Kayin agora a poucos passos da guerreira imponente que sempre parecia contrariar os conhecimentos dele sobre o corpo humano com sua agilidade e graciosidade. — É muito bom vê-la outra vez. Omlai não parece a mesma sem sua nguvu ya asili. — Quando Nia manteve o sorriso e deixou a cabeça pender um pouco para o lado em dúvida divertida, o príncipe acrescentou: — Todos sentem sua falta.
Nia, então, semicerrou os olhos depois de deixar escapar uma risada curta.
— Não acho que eu tenha sido tão popular para deixar um vazio tão perceptível — respondeu ela, sem dar importância a sua própria reputação.
— Bem, as guerreiras se perguntam como equilibrar os dias agora que seu raciocínio acurado e suas flechas precisas não estão mais lá.
— Dando atenção a conversas de guerreiras, Wako Mtukufu?
Os olhos da comandante tinham um brilho maroto, quase perverso, e Kayin disfarçou a sensação de que tinha sido atingido no estômago por aquele olhar com um dar de ombros, desviando os próprios olhos da mulher por um instante enquanto respondia:
— Bem, muitas vezes essas conversas têm relevância para o reino. Vocês costumam ser diretas e inteligentes. — Então ele voltou os olhos para ela com um brilho intenso. — E eu não posso culpá-las por dar voz aos meus próprios sentimentos.
Nia hesitou e seu sorriso se tornou amarelo antes que ela pudesse controla-lo. O flerte de Kayin não era novidade para ela, mas sempre era desconfortável. Não que ela não apreciasse a atenção e o príncipe herdeiro, sentia por ele um estranho tipo de amizade com algumas pitadas de afeto. Mas a relação dos dois era quase impossível, dadas as circunstâncias.
As leis de Omlai não proibiam que o príncipe herdeiro se casasse com uma comandante guerreira, mas isso só contava se os dois vivessem em Omlai, o que não era mais o caso de Nia.
Kayin percebeu a hesitação da guerreira e se esforçou para segurar um suspiro, sabendo o que viria a seguir. Não havia como ele ser mais evidente em suas insinuações e, quanto mais ele demonstrava que a queria, maior era a barreira que a mulher erguia entre os dois.
Nia nunca era rude ou se irritava com ele, mas era óbvio que não gostava de ter que rejeitá-lo tantas vezes. Por mais espontânea e impulsiva que ela fosse, ainda assim não gostava de contrariar qualquer membro da família real de Omlai. Era parte de seu dever como guerreira e comandante, mas parecia estrar entranhado em seu ser, correndo por suas veias junto com seu sangue.
Por isso, quando a guerreira o olhou com determinação descontente, o príncipe a impediu de falar.
— Não precisa dizer nada — declarou ele em um murmúrio, a voz carregando resignação. — Sinto-me satisfeito só por vê-la durante mais alguns dias. — Então, como gostava de manter o clima leve entre eles, acrescentou: — E todas as vezes em que eu vier visitar Malaika ou em que ela for nos visitar.
Kayin recebeu uma careta como resposta e riu.
A alguns passos deles, porém, a hesitação e a rejeição de Nia nem mesmo foram percebidas por Chul, que observava a cena com atenção, alternando o olhar entre a guerreira e o príncipe. Mas Chul viu todos os movimentos e expressões dos dois, apesar de não ouvir as últimas palavras sussurradas do príncipe. O capitão da guarda só não soube interpretá-los da maneira correta, imaginando que a mulher estava apenas se fazendo de difícil enquanto flertava com o príncipe de volta.
Chul emitiu um som vindo do fundo da garganta, mal interpretando a própria sensação de indignação que crescia no peito e chamando a atenção de Jae In, que ainda estava parado ao seu lado, observando a interação entre Taeyang, Malaika e Joon Ho, com seus olhos correndo frequentemente para onde Hadiya estava.
— Isso é repugnante — comentou Chul para si mesmo em voz baixa, sem perceber que Jae In agora lhe dava atenção. — Ele é o príncipe herdeiro e ela uma guerreira, uma guarda real. E todos ainda insistem em dizer que não há ninguém melhor que ela para proteger a princesa. Como, se ela passa mais tempo passeando e se engraçando com o herdeiro do trono?
Jae In observou Nia e Kayin. Eles formavam um belo casal, suas peles negras combinando e cintilando à luz da lua, a dela só um pouco mais escura que a dele, e os sorrisos de cumplicidade, apesar dos olhares tristes. O aprendiz imaginou que alguma lei os impedisse de ficar juntos, apesar do afeto que obviamente sentiam, mas, pessoalmente, não viu qualquer problema no relacionamento dos dois. Então voltou a observar seu capitão, que resmungava sem parar ao seu lado, os olhos grudados no casal como se uma força invisível o obrigasse a isso.
Então Jae In sorriu. Nunca tinha visto Young Chul tão transtornado quanto estava desde que a comitiva de Omlai tinha chegado. Chul não queria novos guerreiros ou guardas no palácio, independentemente de serem homem ou mulheres – apesar de o fato de as guerreiras omlai serem todas mulheres tê-lo enfurecido ainda mais graças aos padrões que ele acreditava que as mulheres deveriam seguir, e não por não terem capacidade para guerrear. Chul não queria permitir nem a menor insinuação de que ele não servia para o próprio trabalho de protetor do rei – o único que ele sabia fazer – e não podia deixar de pensar que tudo estava associado a sua incapacidade de impedir a morte do rei anterior.
Por isso, Chul estava determinado a odiar todas as guerreiras omlai e odiaria a própria Malaika também se sua educação e lealdade a Taeyang não o levassem na direção contrária.
Mas, como Jae In podia perceber naquele momento, o capitão não conseguia sempre tudo o que queria.
Obviamente Chul tinha encontrado mais um motivo para criticar a comandante e não abriria mão disso, mas ódio não parecia ser exatamente a emoção que o dominava naquele instante, por mais que o próprio capitão não percebesse isso.
— Na verdade, eu nunca a vi passeando — comentou Jae In, respondendo à pergunta que Chul tinha feito antes de tagarelar com resmungos ininteligíveis.
O capitão de repente olhou para o aprendiz com espanto.
— Como não? Você vem seguindo essa mulher por todos os lugares há dias! O que tem feito se não está prestando atenção ao que ela faz?
Jae In ignorou a crítica. Indignado como estava, Chul gritaria com qualquer um que cruzasse seu caminho, não significava que o capitão realmente o recriminasse. Mas o aprendiz não evitou a pergunta, sabendo que poderia ter problemas depois se o fizesse, no momento em que a memória daquele momento voltasse com o capitão de cabeça fria, mas não racional.
— Eu a tenho seguido, sim, e é exatamente por isso que sei que ela não fica só passeando pela capital — respondeu Jae In, seus olhos voltados para Nia, observando-a, admirando-a, pensando em tudo o que ela fazia e cujos motivos ele só podia especular, já que a comandante não falava muito para explicar suas atitudes.
— E o que ela poderia estar fazendo andando por aí o tempo todo se não está passeando?
— Acho que ela está montando uma rede de confiança.
— Uma o quê?
— Uma rede de pessoas de confiança. — Jae In voltou os olhos surpresos para o capitão, como se fosse paradoxal que o líder da guarda real não soubesse o que aquilo queria dizer. — Você sabe, reunir pessoas em que se pode confiar em várias áreas da corte e da capital. Contatos.
— Sei o que significa — cortou Chul, ríspido, seu olhar voltando para Nia, agora com suspeita. — Por que ela faria isso?
— Ora, por que ela não faria isso? — Apesar da voz grave, Jae In era a personificação da inocência, sem perceber que o capitão estava muito perto de estrangulá-lo por toda sua admiração por Nia. — Ela é uma guerreira e está em um local desconhecido. É natural que prefira se manter informada ou se assegurar de seus meios para proteger a princesa.
— Jae In? — Chul chamou, interrompendo a fala rápida e abstraída do aprendiz, que o olhou em expectativa.
— Sim, capitão?
— Cale a boca.
Enquanto caminhavam de volta aos aposentos de Malaika, a princesa caminhava na frente, absorta nos próprios pensamentos, enquanto Nia e Hadiya seguiam logo atrás, esta última sentindo enorme dificuldade em conter a alegria pela amiga.
— Parece que a distância não diminuiu o interesse do príncipe em você — Hadiya comentou com um largo sorriso, fazendo Nia arregalar os olhos e olhar para os lados para ter certeza de que ninguém tinha escutado.
— Não sei do que você está falando — declarou Nia, tentando fugir da conversa, mas, principalmente, do entusiasmo de Hadiya.
— Ah, por favor! É tão óbvio. Não é possível que você não tenha notado durante todos esses anos.
— O príncipe Kayin é apenas atencioso. Ele é gentil com todos, apesar de parecer rígido. Nós apenas nos conhecemos há muito tempo.
— Bem, ele não é tão gentil com todos. Não é assim comigo, para começar, e eu também o conheço há muito tempo. Desde que entramos para a guarda real.
Os olhos de Hadiya tinham um brilho travesso e, por um segundo, Nia pensou que pudesse usar isso para escapulir do assunto.
— Gostaria que ele fosse mais atencioso com você? — perguntou Nia, o rosto sem expressão tentando esconder a intenção por trás da pergunta.
— Não, é claro que não — respondeu Hadiya, como se a amiga tivesse enlouquecido. — Gosto do príncipe Kayin com a gentileza distante de sempre. Já você...
Nia franziu o cenho ao olhar para a amiga. Sua tentativa não tinha funcionado.
— O que tem eu?
— Você parece não se importar com a atenção extra que recebe do príncipe. E não adianta negar, você interpretou direitinho quando eu disse que ele não é assim comigo — completou Hadiya quando Nia abriu a boca para dizer o quanto a ideia parecia ridícula.
Bem, Nia não rejeitava por completo a atenção do príncipe porque gostava de pensar que ele era um amigo, apesar de os sentimentos dele parecerem sempre um pouco além disso. Ademais, Kayin era um homem bonito e inteligente, um príncipe herdeiro preparado e astuto. Qualquer mulher teria sorte em tê-lo. Mas Nia não guardava essa esperança.
— Gosto de pensar que tenho uma amizade com ele, assim como tenho com Malaika — Nia finalmente disse, após um instante pensativa.
— Não é o que parece.
— Eu não posso controlar o que o príncipe sente, Hadiya. Ninguém pode controlar os sentimentos.
— Já pensou em como seria se ficasse juntos? — Hadiya falava quase distraidamente, mas seus olhos estudavam as feições sérias de Nia. — Você não é completamente indiferente a ele.
— Quem poderia ser?
Hadiya sorriu. Era como se a comandante perguntasse a si mesma se era possível não gostar do príncipe.
— Bem, eu não sei aqui, mas em Omlai não há nada que impeça o relacionamento de vocês. — Hadiya deu de ombros, como se fosse uma questão muito simples. — Você teria que deixar a guarda, é claro, mas poderia voltar para Omlai, casar com o príncipe, se tornar rainha um dia.
Nia semicerrou os olhos, uma de suas mãos inconscientemente tocando suas flechas na aljava às suas costas enquanto ela pensava. Os supostos benefícios não pareciam maiores que os malefícios. Ela havia nascido para usar um arco, a destreza necessária para a luta fluía em suas veias. Além disso...
— Não quero ser rainha. — As palavras fizeram Hadiya fita-la com os olhos arregalados, como se a comandante tivesse enlouquecido. Apenas Nia Okonjo diria algo assim.
Então Hadiya caiu na gargalhada por um momento breve, mas que lhe tirou o fôlego. Não havia força no mundo capaz de convencer Nia a deixar de ser quem era.
— E eu nunca deixaria Malaika, nem para ficar ao lado do irmão dela — Nia prosseguiu, logo antes de apertar o passo, tentando se juntar à princesa que caminhava à frente e deixar a amiga guerreira para trás com suas sugestões absurdas. — Não sei de onde você tirou essa ideia ridícula.
Justo, pensou Hadiya, apressando o passo para alcançá-las enquanto percebia que ela mesma teria dado uma resposta assustadoramente semelhante se estivesse no lugar da amiga.
Joon Ho precisava se despedir da mãe antes de deixar o palácio e finalmente descansar em sua própria casa, por mais que a ideia de encontrá-la novamente naquela noite – depois de uma discussão da qual ela não tinha saído vitoriosa – deixasse o príncipe desanimado.
Com seu guarda a tiracolo, ele caminhava relutantemente até o pavilhão dela, chutando algumas pedras que encontrava no caminho enquanto resmungava sem parar.
— Joon Ho — sua mãe o cumprimentou assim que o viu passar pela soleira da porta, com a voz dura de quem tinha esperado mais do que a paciência permitia.
Como se ela tivesse alguma paciência, pensou Joon Ho, suspirando ao se aproximar da mãe e sentar à frente dela diante de uma mesa com um bule de chá e algumas xícaras.
— Não é possível que aqueles yamanins estejam realmente entrando para a família real de Hanbyeol. Consegue acreditar nisso? — Hee Jin começou a falar e por um instante Joon Ho se perguntou se ela o estava confundindo com outra pessoa. Talvez a mãe estivesse fora de si de verdade dessa vez. De uma forma que não podia ser perdoada culpando apenas o temperamento difícil dela.
Quando Joon Ho apenas a encarou sem dar uma única palavra, Hee Jin continuou, assumindo erroneamente que o filho concordava com ela:
— É a esse tipo de decadência que Taeyang vai nos levar, cada vez mais fundo no poço da selvageria.
Joon Ho inclinou a cabeça para o lado em um gesto que demonstrava confusão, como um animalzinho de estimação dócil e ignorante. Ele tinha usado essa tática com a mãe durante muitos anos para fingir que não entendia as infinitas reclamações e as tramas que chegavam perigosamente perto de traição. Como não tinha forças para enfrentar a mãe abertamente, fingir ignorância sempre tinha parecido a melhor opção, mesmo que de vez em quando isso a frustrasse tanto que a fazia gritar com ele.
Até onde ele sabia, porém, a mãe nunca tinha feito realmente alguma coisa que a condenasse, além de falar demais e criticar a linhagem principal da família real e suas escolhas, felizmente longe de pessoas que estariam interessadas em denunciá-la e vê-la presa ou morta. Quanto aos acontecimentos que ele suspeitava ser de autoria dela, bem, ele não tinha como provar isso – e não estava particularmente disposto a buscar as provas. Esse não era o seu trabalho.
Era um fato que a mulher não era a súdita mais leal do reino, sim, mas também era mãe dele e, com todo o trabalho que Joon Ho se obrigara a ter para manter-se longe de qualquer assunto que o ligasse ao trono, tentar investigar as ações de Hee Jin ou impedi-la de fazer qualquer coisa, principalmente sem provas de que ela efetivamente tentava fazê-las, seria o mesmo que ignorar todos os próprios esforços.
Por isso, Joon Ho deixava esse assunto nas mãos, que ele acreditava serem competentes, do primo e seus guardas. Se Hee Jin chegasse a causar problemas, eles seriam capazes de resolver tudo.
— Joon Ho, você precisa fazer alguma coisa — Hee Jin declarou, tirando o filho dos próprios pensamentos.
Ele piscou, dando a si mesmo tempo para pensar em como responder.
— O que foi, omoni? Precisa de alguma coisa? Não se sente bem?
O rosto de Hee Jin de repente pareceu estranhamente vermelho e, mesmo que Joon Ho tivesse certeza de que era de raiva, decidiu fingir que era por causa de alguma doença e usar isso a seu favor.
Talvez ela tivesse mesmo finalmente enlouquecido se achava que ele se juntaria a ela nas tramas contra o rei. Principalmente depois de tudo o que fizera durante anos com a intenção oposta.
— Eu estou bem, Joon Ho. Preste atenção!
— Mas não parece bem... — Joon Ho sussurrou, mas certificou-se de pronunciar as palavras alto o bastante para que ela ouvisse. Então reprimiu um sorriso quando a mãe fez um som parecido com um chiado.
— Não podemos deixar um rei metade oegugin levar nosso reino à decadência! Não chegamos até aqui para retroceder agora. É hora de você fazer alguma coisa.
— Omoni, eu realmente não acho que devamos...
— Até agora, não tínhamos opção. Ninguém que pudesse tomar o trono — Hee Jin interrompeu o filho, os olhos castanhos brilhando. — As leis byeol impedem que uma mulher assuma a coroa, por mais inconveniente que isso possa ser. Precisamos mudar algumas leis, é claro, mas, agora, o mais importante é impedir que Hanbyeol perca ainda mais poder e abandone de vez as tradições.
Joon Ho a encarava com o cenho franzido em uma expressão sofrida. Alguém precisava conter aquela mulher. Mas como?
— Fomos obrigados a aguentar as decisões de meu pai e meu irmão porque não tínhamos opção além de mim — continuou a tia do rei. — Mas agora é diferente. Agora você está aqui. E, se os ministros acham que Taeyang está pronto para reinar, então está na hora de você assumir seu lugar. Você é até mais velho que ele.
Era isso. A gota d'água. Será que ninguém além de Taeyang seria capaz de entender que Joon Ho não estava interessado no trono e nas responsabilidades que ele carregava? Nunca?
Inspirando profundamente e soltando o ar devagar, Joon Ho se levantou e se aproximou da mãe.
— Omoni... — disse em um tom gentil e levemente preocupado — Você não parece bem. Está vermelha como um tomate e obviamente agitada. — Com mãos gentis, mas firmes, Joon Ho deitou a mãe no colchão em que ela estivera sentada durante toda a conversa e colocou a mão na testa dela. — Acho que pode estar com febre. Vou buscar o médico.
Hee Jin chiou outra vez e começou a vociferar impropérios direcionados a ele, chamando-o de nomes que uma dama não deveria pronunciar e reclamando da situação e do fato de seu próprio filho se recusar a ouvi-la.
— Não se preocupe, serei rápido. Não quero que nada lhe aconteça enquanto trago o médico — Joon Ho declarou enquanto saía do quarto e, depois, do pavilhão.
O príncipe não chamou o médico. A mãe não precisava de um. Ao menos, não de um que não fosse capaz de curar sua cabeça.
O que ela precisava era parar de reclamar e tramar coisas absurdas para tirar Taeyang do trono. Joon Ho nem mesmo sabia se era possível obrigá-la a isso, mas achava que, mesmo assim, ela deveria ao menos manter o filho fora de seus planos. Talvez assim ele pudesse permanecer em segurança, já que ela se recusava a manter a si mesma segura.
3335 palavras
Conheçam Kayin Kalejaiye:
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