Capítulo 37
"Eu quero tomar você como oxigênio
Baby, sou uma casa em chamas.
Então me leve para o céu agora.
Meu coração grita alto.
Eu preciso de você".
( House on fire-Sia).
No fim de semana Solange veio buscar a mim de carro para a viagem para Ubatuba, a casado irmão dela fica na praia em Santos, litoral de São Paulo.
Minha mãe realmente ligou para ela antes de permitir a viagem e as duas engataram num papo animado por video chamada. A mãe de Nathan tem os cabelos louros escuros e os olhos escuros. Ela me pareceu bem simpática quando também me chamou para conversar com ela rapidinho antes de desligar.
E naquela manhã de sábado minha mãe repetiu as instruções de que eu deveria me comportar direitinho e ajudar nos serviços da casa por que a dona Solange já estava sendo muito legal de permitir que fosse com o filho dela, apesar de sermos amigos, ela ainda não me conhecia bem.Eu a tranquilizei antes de entrar na Meriva prata da mãe de Nathan.
— Não sepreocupe, mãe. Obrigada por me deixar fazer essa viagem. Eu vou tirar muitas fotos de lá e te mandar. — ela sorriu e acenou em minha direção antes de dar as contas e descer as escadas para nossa casa.
— E aí pronta?Podemos ir, Estela? — perguntou Solange que usava uma blusa tomara que caia preta com babado e uma calça jeans escura, estava estilosa com os óculos escuros.
— Sim, estou animada e é um prazer te conhecer finalmente cara a cara.
— Você é ainda mais linda do que vi nas fotos do meu filho. — brincou ela e Nathan pigarreou, ele estava no banco do carona com usando óculos escuro,vestia uma regata algodão cinza e uma bermuda jeans, um tênis azul escuro e um boné preto.
— Concordo, mãe. Ela é bem bonita mesmo. — disse o garotinho que estava jogando no celular no banco de trás e que presumi que era o irmão dele.
— Oi, Vinicius!Tudo bem? É um prazer te conhecer. O Nathan me falou bem de você.
— Falou mesmo?Duvido! — ele encarou Nathan e voltou a jogar no celular, já seu irmão sorriu e piscou para ele.
Solange colocou sua playlist para tocar no som do carro e fomos ouvindo Sia, Kate Perry,Adele, Coldplay e One Republic até chegar ao nosso destino. Algumas músicas eu conhecia e outras nem tanto.
A mãe do meu ficante era bem simpática e nos avisou que os demais convidados já tinham ido no dia anterior para ajudá-la a organizar a casa e abastecê-la pelos próximos dias.
Eu tinha ficado tão ansiosa para a viagem que mal tinha dormido na noite anterior e por isso acabei cochilando durante o caminho.
Acordei por voltadas dez da manhã com o sol incomodando meus olhos, e só me dei conta que tínhamos chegado quando recebi um cutucão de alguém e ainda meio sonolenta percebi que se tratava do Vini.
— Você apagou durante o resto da viagem. — bocejei e ele riu.
— Eu não dormi bem, mocinho. Mas obrigada por me avisar mesmo assim. Não babei, não é? — toque o canto da minha boca e ele balançou a cabeça em negativa.
— Não me chame assim, eu não gosto de apelidos. Me chame pelo meu nome, ok?
— Está bem, me desculpe.
— Tudo bem, ainda somos estranhos. Essas coisas acontecem.
— Não ligue para isso, Estela. Vai se acostumar com Vinicius com o tempo.
— Assim espero. —respondi e dei um sorriso inadvertido. Tinha acabado de irritar o garoto sem saber.
Solange estacionou o carro em uma garagem espaçosa e eu desci do carro para ajudar a carregar minha bagagem e mais algumas coisas que Solange tinha comprado no mercado.
Fiquei deslumbrada com o que meus olhos viram assim que caminhei por alguns minutos e encontrei uma casa belíssima assobradada com piscina e espaço gourmet com churrasqueira.
A casa de Jacks ontem quatro suítes, banheiros sociais, sala de estar, sala de jantar,e a cozinha é bem espaçosa e aconchegante. Nathan fez questão de me mostrar todos os cômodos.
Os quartos que ficam no andar superior me pareceram lindíssimos com uma decoração antiga e remetendo ao interior com penteadeiras com espelho e feitas de madeira branca.
Fiquei encantada coma sala de estar que tem uma parede branca com texturas elegantes, uma cadeira de balanço azul turquesa, um sofá de dois lugares aconchegante como aqueles de sítio mesmo, e uma estante de madeira escura com retratos dos meninos e da família.
A varanda tem mesas e cadeiras e o quintal é gramado.
— A casa do seu tio é muito linda, tô boba.
— Ele e a minha mãe dividem o aluguel que recebem das temporadas, e isso ajuda um pouco a gente lá em casa. Se não fosse isso ficaria difícil porque não é sempre que minha mãe tem bastante clientes.
— Cadê o restante do pessoal? Me disse que a turma viria.
— Fala da Mônica,do Matheus e a Ju?
— Sim, eles saíram?
— Eles devem estar na praia agora mesmo, quer ir também? Eu tô doido pra estrear aquela rede de vôlei que trouxemos ontem pra cá.
— Sério? Você curte jogar vôlei?
— Qual o problema?
— Ah sei lá!Achei que fosse jogar futebol como outros garotos.
— Eu acompanho raramente o meu time na tv porque nem sempre tenho paciência para torcer, sabe? Nem todos os caras são iguais, portanto, nem todo garoto vai jogar só futebol, gata. Sabe jogar?
— Mais ou menos,eu não sou boa para o saque, mas talvez na posição de quem recebe a bola eu possa jogar, aquela da manchete.
— É a defesa,está certo. Coloque seu biquíni e vamos juntos. — sugeriu ele.
— E a sua mãe não vai precisar da minha ajuda para o almoço?
— Acha que eu vou deixar você ficar trabalhando aqui? Fazemos rodízio das tarefas,então não se preocupe, não vai pesar pra minha mãe e pra ninguém.
— Eles também ajudam?
— Matheus odeia lavar os banheiros, mas já zoei muito ele nos dias em que é sua vez. Mônica já gosta mais de ajudar com a louça e comida, e a Ju com a limpeza da casa. Cada um faz um pouquinho e dá para aproveitar bem os dias aqui.
— Ótimo! Vou colocar meu biquíni então e a minha canga, já volto.
— Ainda bem que euestou com você por que confesso que imaginar o tanto de caras que vão babar ao te ver já me deixa um pouco com ciúmes, sabia? Uma gata dessas não é pra qualquer um.
— Eu deixo você fingir que é meu namorado se eu receber cantada de algum idiota, ok?
— Nem vou precisar me esforçar pra colocar um folgado no seu lugar. Te aguardo lá fora, princesa. — Nathan me deu um selinho e cruzou o corredor para o quarto dele.
Abri minha mala preta e peguei um dos meus biquínis favoritos que é um branco com estampas florais e detalhes em turquesa. Vesti ele e por cima uma canga de viscose estampada com pompons nas laterais.
Peguei minha bolsa de palha em modelo tote com acabamento tramado em cor bege e turquesa e coloquei minha câmera digital, um chapéu, e água dentro dela,além de uma toalha para me secar do banho de mar.
Tirei a rasteirinha que eu estava usando e coloquei a havaianas branca, e me apressei para encontrar com Nathan.
Ele estava sem camisa e vestindo apenas um short azul marinho e com chinelos pretos.
— Passou protetor solar?
— Eita! Eu me esqueci de usá-lo, você passa em mim? — provoquei e ele mordiscou o lóbulo da minha orelha.
— Faço questão de passar. — ele sorriu e delicadamente ele abriu o protetor solar e espalhou gentilmente nos meus ombros, costas, braços e eu passei nas pernas e no rosto.
Eu fiquei ruborizada quando notei um par de olhos observando tudo de longe. Tinha até me esquecido da mãe dele. Ela parecia bem à vontade com que via, o que fazia com que meu receio de levar uma bronca, aos poucos fosse se dissipando.
— Já vão encontrar a turma?
— Sim, mãe.Precisa de mim?
— Podem ir se divertir. Não se preocupe, meu filho. Por enquanto seu irmão está desenhando e eu estou fazendo uma comida bem gostosa para vocês comerem quando voltarem. Não demorem tanto para não esfriar. Deram sorte que tem sol hoje porque julho nem sempre a gente consegue sair tanto. Caso precisemos ficar mais em casa, teremos boas opções para passar o tempo.
— Vamos aproveitar então, até mais mãe. — Nathan deu um beijo no rosto dela e saiu me puxando pelo braço.
Quando atravessamos o portão de madeira da casa, ele me encostou na parede, segurou firme na minha cintura e tomou meus lábios em um beijo ardente e que me acendeu inteira. Conforme ele explorava a minha boca e eu arfava contra seus lábios, eu podia sentir seu desejo pelo volume que eu via em seu short. Os olhos dele brilhavam e eu me sentia nas nuvens.
— Eu estava louco para te ter nos meus braços. Você está tão linda que não me segurei. Você me deixa maluco, Estela.
— Você também não fica atrás com esse tanquinho aí maravilhoso, e que tanto gostei de sentir quando ficamos juntos. — olhei para ele de um jeito malicioso e ele mordeu o lábio inferior e sorriu.
— Droga! Eu tô assim por sua culpa, o que vamos fazer?
— Quer esperar isso abaixar ou quer fazer uma loucura? — ele deu risada.
— Tá sugerindo o que tô pensando? — ele arqueou as sobrancelhas e sorriu.
— Depende, o que tem em mente?
— Não podemos usar o carro da minha mãe para isso, vai que pegam a gente noflagra.
— Então você vai sair assim? — dei risada.
— Como não ia ficar desse jeito com uma tentação dessas do meu lado? Aí fica difícil. Mas daqui a pouco isso passa. É só eu pensar em algo broxante que eu esqueço e tudo volta ao normal.
— Tem certeza?
— Eu adoraria sentir a tua pele e te ver enlouquecer comigo, o jeito é ir para a praia assim mesmo.
— O que seria broxante pra você?
— Prefiro nem dizer. — ele pegou uma bola de vôlei que estava no quintal da casa e depois trancou o portão, respirou fundo e deu passos largos em direção a praia que ficava a poucos metros dali.
— Você sempre gostou de jogar vôlei?
— Sim, e você?Mas a gente só faz isso de vez em quando.
— Faz tempo que não jogo, pode ser que seja meio desajeitada pra equipe. Se o Matheus for do time adversário tô na roça, ele é bem mais alto que eu.
— Eu vou estar na sua equipe e modéstia parte eu sou um ótimo atacante, vai ver isso.
— Humm! Tá todo confiante, esse menino. Gostei de ver! — sorri pra ele e ele desviou o olhar.
— Fui esperto aocaminhar carregando a sua bolsa na frente do meu short, deu pra esconder um pouco, espero que a Mônica não perceba ou ela vai me zoar pra caramba, você não faz ideia do quanto ela pode aloprar alguém. — brincou.
Atravessamos a rua e caminhamos por mais alguns minutos até encontrar o pessoal jogando perto de um dos quiosques da praia. Matheus estava dando uma surra em Mônica que não conseguia ser rápida o suficiente para defender os ataques dele, então fazia mais pontos que ela.
Eu nunca imaginei que depois do que passei conseguiria me divertir tanto, mas a Mônicam e ajudou muito e conhecer os amigos dela de certa forma foram uma salvação para mim. Nathan era como a calmaria do mar e a beleza dos dias ensolarados. Era incrível como ele conseguia me fazer tão bem.
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