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Capítulo 35



" Perseguimos nossos demônios por uma estrada vazia.

Assistindo nosso castelo se transformar em poeira.

Escapando de nossas sombras.

Este não é o mundo que tínhamos em mente.

Mas temos tempo.

Sorrisos quebrados.

Olhos cansados.

Leve-me para quando estávamos cheios de vida".

(Different World – Allan Walker)

No dia seguinte fui acordada pelo cheiro do café que invadiu as minhas narinas. Os pássaros da floresta próxima de onde eu morava estavam cantando e o dia estava ensolarado.

Era por volta das dez da manhã quando acordei e me deparei com uma mesa linda preparada por ele. Tinha pão francês, presunto, mussarela, biscoitos, algumas frutas, suco de laranja, e pães doces.

— Pensei que ia embora logo cedo? Não disse que sua mãe lhe pediu para voltar de manhã para casa?

— Eu não podia deixar de te fazer um agrado, minha flor. Depois que tomar seu café eu vou embora. Vou passar no mercado para fazer compras para minha mãe. Já falei com ela quando acordei às 8h30, e avisei que chegaria por volta de uma da tarde.

— Que lindo! Foi muito gentil da sua parte ter feito tudo isso. Vou ao banheiro e já volto. — pisquei para ele e ele assentiu.

Fiz minha higiene matinal e retornei para a mesa a fim de provar tudo que ele tinha preparado. Ele me entregou um misto quente que fez para mim, e que estava uma delícia, eu estranhamente tinha acordado com bastante fome, talvez tenha sido pela noite que tivemos e deve ter me feito perder umas boas calorias.

Comi o misto, uns biscoitos, provei o café e deixei o suco para tomar mais tarde, precisava só da cafeína para me acordar mesmo por que estava bastante cansada ainda.

— Você estava dormindo tão sossegada que eu não quis te acordar. Saí bem devarinho para não fazer barulho e fui na padaria aqui perto para comprar essas coisas.

— Quanto gastou? Eu não queria que ficasse gastando comigo, Nathan.

— Não tem problema, esse dinheiro é meu mesmo. Algumas vezes eu faço uns bicos perto da minha casa e ganho uma grana com isso. Quando o dono tem que se ausentar eu fico no lugar dele atendendo os clientes.

 — Se você está dizendo, então acredito. Vou ter que retribuir a sua gentileza depois disso, e aí como vou fazer?

— Você pode ir pra praia comigo, minha mãe, meu irmão e mais uns amigos, o que acha?

— Vou poder conhecer sua mãe, sério? — eu estava eufórica com a possibilidade de conhecer a família dele por que é alguém que de algum jeito já amava.

— Sim, acho que vai fazer bem pra você passar uma semana conosco em Ubatuba, assim como meu irmão também curte o mar e pegar conchinhas pela praia para fazer artesanato com a minha mãe depois, são bem legais os trabalhos que eles fazem, acho maneiro.

— Eu vou falar com a minha mãe para pedir permissão e provavelmente ela querer conversar com a sua mãe antes.

— Não seja por isso, eu vou me apresentar para a sua mãe como seu namorado se você deixar, pelo menos de mentirinha, e convenço a minha mãe a nos ajudar. Tenho certeza que a dona Solange vai gostar muito de você. E com a gente vão apenas a Mônica, Richard e a Liliane, estes dois últimos são amiguinhos do meu irmão e a Mônica ele já conhece há bastante tempo, já está acostumado com o jeito dela espoleta.

— Seu irmão não vai achar ruim que alguém estranho apareça por lá? Você ainda não me explicou a razão de tantos cuidados com ele. — tomei um pouco de café e passei margarina no pão francês, depois dei uma mordida enquanto ainda conversávamos.

— Meu irmão tem TEA, ou seja, transtorno do espectro autista, o grau dele é leve e se você assistiu a série Atypical da Netflix vai entender um pouquinho sobre isso, o Vini tem algumas parecidas com o Sam. Então nossa casa é regida por um quadro de rotinas e minha mãe precisou ficar trabalhando como home office para conciliar seus compromissos com as terapias e atividades que ele precisa fazer por que também tem um pouco de TDAH, então minha mãe o leva para fazer natação e judô assim ele descarrega sua energia extra. É por isso que se ela me chama, logo tenho que atender o que ela deseja por que depois que meu pai foi preso por desvio de dinheiro da sociedade que ele tinha com meu tio, a barra ficou pesada lá em casa. Eu tenho que se for forte e cuidar da minha mãe e do meu irmão. Ela ficou muito deprimida com o que aconteceu, afinal, não é fácil se decepcionar com o grande amor da sua vida dessa forma, não é? Imagina descobrir que a pessoa que você ama mente, engana, não tem princípios e ainda prejudica pessoas?

— Caramba! Você enfrenta muitas coisas difíceis, Nathan. Eu nem posso imaginar como é passar por tudo isso. A gente nunca tem como saber as guerras das outras pessoas escondidas por trás de um sorriso.

— Pra você ver como todo mundo passa por coisas complicadas na vida, a diferença é como você lida com elas. Não é só você que encara situações difíceis depois do que houve na escola. Acha que eu gosto de reprimir as minhas emoções? Mas não tem jeito, eu não posso chorar ou gritar na frente deles. Eu posso piorar alguma crise do meu irmão e deixar minha mãe mais nervosa, ela teve até que tomar medicação e fazer acompanhamento psicológico. Então quanto ela não está bem, eu tenho que ir correndo para casa para ajudar com meu irmão, eles dependem de mim. Eu grito e choro no meu quarto contra meu travesseiro quando eu preciso. Saio uma vez por semana com os amigos para espairecer por que eu também sou humano, certo? A minha mãe também tem o dia dela sair e ir passear sozinha seja numa cafeteria, livraria, parque ou museu. É um momento dela para relaxar e eu fico com meu irmão nessas vezes, a gente reveza por que a carga em cima de um só não dá para aguentar. Ela precisou gastar quase todas as economias que tinha com o advogado do meu pai e nem sempre tem clientes fiéis para manter a renda equilibrada. Ela não me deixa trabalhar registrado ainda, mas quando tiver a maturidade eu vou trabalhar para ajudá-la e vou me matar de estudar para conseguir passar em uma faculdade pública. Minha mãe é tudo que eu tenho na vida além do meu irmão. — eu me emocionei ouvindo as batalhas que ele enfrenta e não pude repelir meu impulso de abraça-lo. Sentei em seu colo e envolvi meus braços ao redor do seu pescoço, e ele deixou cair uma lágrima do seu olhar, mas eu sequei gentilmente com meu dedo polegar da mão esquerda.

— Obrigada por dividir a sua história comigo. Sou grata por sua confiança e por me ensinar a ser menos egoísta e achar que só eu tenho problema no mundo. Você está sempre sorrindo quando te vejo, jamais poderia imaginar que passasse por tudo isso, mas é como disse antes, nós temos a tendência a mascarar nossas emoções diante dos demais.

— Não tem de quê, princesa. Agora você já sabe o motivo da minha correria quando saímos. Já entende por que eu vou voando para casa. E por que preciso avisar com antecedência quando vou dormir fora. Algumas vezes meu irmão tem pesadelos e fica mais calmo comigo por perto.

— E o seu pai? Você fala com ele? Faz tempo que ele foi preso?

— Eu só falo com ele uma vez no ano, e faz exatamente três anos, e o tempo de prisão para esse tipo de crime que se chama peculato é de um a doze anos de reclusão.

— Você o odeia, não é?

— Já odiei muito e por isso fiquei bêbado algumas vezes no começo. Mas com o tempo aprendi a perdoar o que aconteceu, não por ele, mas sim para tirar o rancor de dentro de mim por que iria me matar e pela minha mãe e meu irmão eu tinha que ficar bem. Eu entendi que perdão não se é dado por merecimento por que se assim fosse você perdoaria um assassino facilmente? É claro que não, mas o perdão é paz para o coração por que ele fica pesado e dói muito com sentimentos negativos, e sem liberdade a gente não vira a página, então não consegue seguir em frente.

— Hoje você tirou o dia para me dar uma surra de lições, hein?

— Tô parecendo filósofo por acaso?

— Tá chegando perto. Sinto muito por tudo isso com seu pai. Ainda bem que a sua mãe tem você para ajudá-la. Agora quero conhecê-la mais do que antes. Ela criou um garoto com um coração de ouro por quem admiro muito e acho que talvez arraste um bonde por ele.

— Por mim? Duvido! E se essa história de namorados de mentira virar verdade, você aceitaria ser minha namorada?

— Vamos deixar rolar pra ver o que acontece. — calei a boca dele com um beijo que ele retribuiu com o mesmo desejo que sentiu emanar de mim. Ficamos ali curtindo um ao outro até que ele recebeu uma mensagem cobrando que fosse ao mercado e viesse logo para casa, então ele se despediu de mim e foi embora me deixando com o coração feito uma montanha-russa de emoções, o que já era uma consequência do seu efeito em mim.

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